Aphorism, foto Paulo Correia |
O duo punk Pastel de Miolos circula neste momento por sete países da Europa (Alemanha, Leste Europeu e Escandinávia), em sua segunda turnê internacional.
Já neste fim de semana é a vez do quinteto de death metal e grindcore Aphorism decolar rumo a São Paulo para três apresentações: duas na capital e uma em Guarulhos.
Na volta, levam seu som brutal com letras em português para passear em Aracaju, Caruaru e Recife entre os dias 6 a 8 de setembro.
O giro por duas regiões é parte do esforço para divulgar seu terceiro álbum, O Grotesco e o Desespero.
“Sempre que lançamos um novo disco renovamos a nossa energia para fazer shows, que é a parte mais interessante do trampo de quem tem banda. Lançar um disco é um tanto complicado, pois envolve um investimento de dinheiro então geralmente nos juntamos com alguns selos que lançam o álbum juntamente conosco, dividindo uma parte da despesa e isso acaba criando um laço. Geralmente é uma galera que já conhece a banda e se amarra no som”, conta o baixista Rafael Inah.
Com o disco lançado por uma coalizão de selos formada pela Tropical Death (BA), Cospe Fogo (SP), Resistência Underground (PE), Oxenti Recs (RJ) e Vômito de Gato (RN), a turnê acaba sendo viabilizada por essa ação conjunta.
“Naturalmente esses selos organizam alguns shows para lançarmos o disco na terra deles, o que acaba que também é uma oportunidade para eles assistirem o show de uma banda que eles curtem. Estamos indo para São Paulo e Guarulhos agora em agosto e para Aracaju, Caruaru e Recife em setembro. Buscamos melhores datas para voltarmos ao Rio de Janeiro para mais algumas apresentações por lá e por fim conhecer o Rio Grande do Norte, terra onde ainda não tocamos”, conta.
"A banda surgiu em 2009. A Aphorism acaba sendo o resultado de diversos projetos em que tocamos juntos desde meados de 2004, basicamente com a mesma galera, mudando entre as diversas bandas, um ou outro integrante. Então já tocamos juntos há bastante tempo e isso ajuda muito no entrosamento e a entender as composições de cada um", acrescenta Rafael.
Da Rússia, com amor
Aphorism em ação, foto Vitor Moreira |
Já foram pauta da Noisey (site de música da conceituada revista Vice), e em blogs gringos.
"Nós demoramos muito para gravar o primeiro álbum, mas a partir daí foi quando a banda mudou e tomou um rumo mais sério. Depois disso as coisas começaram a acontecer mesmo. Acho que no cenário em que vivemos, lançar um disco já é uma grande conquista e cada um dos três álbuns que lançamos trouxeram consigo outras oportunidades e novas conquistas. Lembro que, pesquisando no Google, assim que lançamos o I (nome do primeiro disco) encontramos um blog italiano que citava esse lançamento como um entre os 10 melhores lançamentos de música extrema no mundo. Até então éramos totalmente desconhecidos", relata.
“Nos aplicativos de stream vejo sempre ouvintes de diversos paises. Conquistar esse público é legal também, mas o melhor de tudo e onde a gente se diverte é fazendo show, tocando para uma galera diferente, ver a reação do público, conhecer gente, conhecer bandas, pessoas interessadas. Em resumo, conquistamos pessoas e queremos conquistar mais pessoas para fazer mais shows e fazer a roda girar e a coisa acontecer”, conta Rafael.
Uma curiosidade sobre a banda é que, apesar de ter seu nome grafado em inglês, as letras são cantadas - vociferadas - em bom português.
“Quanto ao nome, na verdade é o primeiro problema que toda banda encara quando surge. Ensaia, compõe e até aparecer o primeiro show, é o tempo que temos para discutir um nome para a banda. A ideia de Aphorism veio por conta do nome de um disco da banda Red Sparowes (que não é uma influência nossa) que foi lançado quando começamos. A opção por cantarmos em português não foi programada, mas algo que aconteceu. Na verdade, no Brasil, a maioria das bandas de Grindcore cantam em português mesmo, enquanto que as de Deathmetal cantam em inglês. Transitamos em ambos os espaços. Com relação a tocar no exterior, isso pode ser um entrave nos EUA, mas na Europa eu acredito que o cenário é mais aberto, até por ter diversos países com línguas diferentes, então não atrapalharia. Temos ouvintes nos aplicativos de stream em diversos países europeus e latinoamericanos. Uma coisa curiosa acontece na Rússia, que sempre são os primeiros a descobrir e compartilhar quando lançamos algo novo”, acrescenta.
Vistos como punks (de estilo grindcore) pelo público do metal e como metal pelo público punk, o quinteto acaba se beneficiando dos dois gêneros e também já planeja voos para terras mais distantes.
“A banda não é ocupação principal de nenhum dos integrantes e é difícil casar o calendário com férias e outros compromissos. Mas pretendemos sim e vamos fazer isso. Temos as portas abertas em países e festivais”, conclui.
www.facebook.com/aphorismkvlt
NUETAS
Ivan Moto lança CD
Separe a camisa havaiana. A adorável Ivan Motosserra lança Agogô, seu primeiro CD, com show no Mercadão.CC. Sábado, 16 horas, com Las Carrancas e os DJs Ivan himself e Rodrigo Sputter. R$ 10. Se pagar R$ 20, leva o CD.
Ex-Panteras sábado
O eterno Os Panteras Carlos Eládio faz o show Viva Raul na Varanda do Sesi. No repertório, canções do Maluco Beleza. Sábado, 22 horas, R$ 30.
NHL Festival debuta
A 15ª(!) edição do NHL Festival traz à cidade (o mineiro) Vitor Brauer & (a carioca) Larissa Conforto para se apresentar com os locais Bagum e Invisible Drums (coletivo reunindo Mapa + Aurata + Soft Porn). Domingo, 16h20, no Club Bahnhof, R$ 15.
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