terça-feira, abril 25, 2006

"YOU MAY FIND YOURSELF LIVING IN A SHOTGUN SHACK /

YOU MAY FIND YOURSELF IN ANOTHER PART OF THE WORLD / YOU MAY FIND YOURSELF BEHIND THE WHEEL OF A LARGE AUTOMOBILE / YOU MAY FIND YOURSELF IN A BEAUTIFUL HOUSE / WITH A BEAUTIFUL WIFE / AND YOU MAY ASK YOURSELF / WELL, HOW DID I GET HERE? / LETTING THE DAYS GO BY / LETTING THE WATER HOLD ME DOWN"...
Once in a lifetime, Talking Heads.

O PUNK ROCK PERFUMADO DA FLAUER
Direto ao assunto. Em seu primeiro disco, E se for dessa vez..., a Flauer me cheira muito à punk rock feminino, com ecos de P.J. Harvey, The Breeders, Sleater-Kinney (bandas do movimento riot grrrrls, enfim) e bossa nova. Elas provavelmente negariam, mas senti a influência maligna de Alanis Morrissete e suas mãozinhas suadas avançando sobre os vocais de No need for a friend (faixa 6, que depois fica bem pesada, mas paciência). Bandas punk de meninas costumam ser aquela coisa meio tosca e divertida, puxada pro bubble gum, mas não é o que acontece aqui. Digo, a tosquidão instrumental está presente, mas senti falta de uma certa leveza (e não é no som), um sentido de diversão, mesmo (refrões do tipo cante junto, talvez), substituída por uma inegável pretensão em criar uma obra mais personal. Ei, essas meninas tem pretensão. Aleluia, irmão! Falando sério agora, não é ruim ter pretensão, mas é chato quando a obra em questão fica aquém dela. E infelizmente, é o que acontece aqui. As letras trazem essa pretensão bem patente em versos como "perdida na infinda distância, a liberdade que morreu em mim e não venço nem luto, subsisto em memórias patéticas, sem histórias inéditas, não fujo desse encanto que me amaldiçoou". Ok, eu vou dizer só uma vez, então, se liguem: simplicidade é a chave, meninas. Não compliquem! (Ih, olha só: eu tô falando - pra um bando de mulher - não complicar. O maluco aqui sou eu, óbvio). Contudo, isso não significa que esse primeiro disco da Flauer seja ruim, não, longe disso. Fernanda Veiga tem uma bela voz, muito adequada à sua seara do punk rock, e a banda como um todo passa sinceridade no seu som. Claro que isso não é razão para ninguém gostar, mas o som está bem maneiro. Se não chega a causar uma forte impressão de primeira no ouvinte, também não irrita. A faixa 3, Samba para meu bem, faz aquela improvável mistura de punk com... samba e soa bem. Essa mesma fórmula é usada em outras faixas desse disco, que só tem oito. É o estilo, vá. Já em Come (faixa 5), um canto a capella em inglês faz a introdução para uma bossa bem bonitinha (agora em português) acompanhada de teclado (não creditado no disco), guitarra e bateria, para depois se transmutar em um indie rock quase safado. Já na faixa 6 (a já citada No need for a friend), conhecemos o lado mais feroz da Flauer em sua música mais pesada do disco. A última faixa, Você só mente, é do poeta do morro Noel Rosa, irreconhecível no indie punk das meninas. Desnecessário, ao meu ver, já que não acrescentou muito nem ao Noel, nem ao disco. No geral, trata-se de uma boa banda punk, de sabor indie rock, com alguma influência de música brasileira - o que é muito natural, já que estamos no Brasil, ora essa. Não chega a causar uma impressão muito forte à primeira orelhada, até por que talvez ainda careça de uma identidade mais definida. A indecisão entre cantar em inglês ou português (são três músicas no idioma pátrio, quatro em inglês e uma em ambas) é um forte sinal dessa proposta ainda em aberto - o que é muito normal também, não é toda banda que surge pronta, plenamente conceituada logo de cara. Esse disco foi mixado e masterizado entre janeiro e março do ano passado (não há créditos para estúdio de gravação e produtor). Imagino que à essa altura, elas já estejam mais amadurecidas, em outro nível. Para conferir, é só comparecer no Miss Modular essa quinta, no lançamento do disco. A festinha promete, então confira o serviço logo abaixo. A Flauer é Fernanda Veiga: Vocal, Emília Núñez: Guitarra e backing vocals, Carol Petersen: Guitarra, Fernanda Félix: Baixo e Mariana Drummond: Bateria. Flauer no MySpace / Flauer na Trama Virtual / flauer@walla.com

FLAUER - E SE FOR DESSA VEZ... (Big Bross Records / MuvDiscos / Up Records)
Lançamento do cd, com as bandas: Flauer, Brinde e Maria Bacana.
DJs: Jubaleo e SG Grooveio - Dia: 27/04 (Quinta-feira) - Horário: 22:00 - Local: Miss Modular (Morro da Paciência - Rio Vermelho) - Ingresso: R$ 8,00 (até 0:00) - R$ 10,00 (depois de 0:00) - R$ 15,00 (cd + ingresso até 0:00) Informações: www.bbrecords.com.br / http://ubbibr.fotolog.net/bigbrossrecs.

SABADÃO NO WARM UP BOOM BAHIA
Confesso que não estava no pique da grobo sábado passado. Maresia, sei lá. Já cheguei meio atrasado, no finzinho do show de Ronei Jorge e seus Ladrões de Bicicleta, que faziam seu set com a competência de sempre. Logo deram lugar para a Automata, banda que já vi umas duas vezes antes e realmente, não faz meu estilo, mas que demonstra competência na execução do seu rock pesado a la Deftones e congêneres. Esperava que desse mais gente - tava razoável de público, longe de estar vazio. Eu é que esperava que estivesse lotadão, mesmo. Deve ter sido a chuva, por que a atração principal, o Big Dog dos Pampas, está bombado, até onde eu sei. Mas quem tava no pique pôde se divertir adoidado com o clima tranqüilo reinante e o ambiente coalhado de muitos amigos e conhecidos conversando, rindo e bebendo. Além, claro, de uma quantidade bastante razoável de cocotas a florir o evento. Findo o show da Automata, Cury sobe no palco e anuncia: "Para os fãs do Belle and Sebastian: Sangria!". Uma galera chega junto do palco para conferir o esporro monumental - e enxuto na concepção, coisa de verme que sabe o que está fazendo - dos meninos sangrentos. "Sangra, Sangria!", berravam da platéia alguns amigos, ensaiando um grito de guerra original para a banda. Entre uma música e outra, Pedro Bó (baixo) - apesar de elegância de sempre - balançava e assoprava a mão direita, provavelmente um resultado do esforço exigido para acompanhar o monstruoso baterista Emanuel, que deixa todo mundo de boca aberta com sua técnica, inventividade e garra - definitivamente, um achado, não canso de dizer. A rodinha de pogo é de lei e a galera se choca e se acotovela, feliz da vida. Um careteiro Apú (guitarra) comanda a avalanche de riffs com a competência de sempre, apoiado por Bola (gtr base), que também esbanja presença de palco. E Mauro Pithon (vocal), ah, esse dispensa comentários - mas eu vou comentar assim mesmo. Discutivelmente o melhor frontman de sua geração (afinal, Fábio Cascadura e Moskabilly são páreos duríssimos), Mauro, que fora do proscênio é um rapaz simpático, carinhoso e acessível, à frente da Sangria transforma-se em um magnético sacerdote do caos, o invocador da besta fera sobre a terra, com seus berros, cusparadas para o alto e versos satânicos. Haja garganta. Com os ouvidos zunindo, saio para buscar uma cerveja. Olho pro alto e vejo nos camarotes alguns integrantes do Cachorro Grande e do Matanza, todos visivelmente de queixo caído. O Cachorro Grande demora os vinte minutos-meia hora regulamentares para subir no palco, mas quando o faz, já entra arrebentando com o hit Você não sabe o que perdeu, botando a casa - cheia à essa altura - para cantar junto à plenos pulmões e dançar. Dançar, aliás, é o que mais dá vontade de fazer num show do Big Dog. E na primeira metade do show, era o que mais você via as pessoas fazendo, praticamente o Rock in Rio inteiro estava dançando ao som dos hits da banda gaúcha, especialmente os mais novos, do último disco - aqueles de riffs econômicos que guardam uma certa semelhança com o som dos Strokes. Meninas enlouquecidas cantavam junto todas as letras e Beto Bruno (vocal) se esgoelava como sempre. Uma das coisas que mais gosto no som do Cachorro, especialmente nos shows, é o acompanhamento constante do piano elétrico daquele gordinho que esqueci o nome, o que confere uma classe e um estilo muito pouco em uso hoje em dia - só mesmo uma banda francamente retrô como eles para lançar mão de tal recurso. Outra característica tipicamente retrô deles é a recorrência de jams (felizmente, não muito longas) costurando os espaços entre uma música e outra. Coisa fina, muito bem feita, o que, diga-se de passagem, não é para qualquer um. Eu mesmo não sou fã desse tipo de coisa, mas devo admitir que com eles, funciona maravilhosamente bem, agradando - e não irritando - os ouvidos. Ali pelo fim do show, Beto Bruno chama, nas suas palavras, "o melhor de todos": e Fábio Cascadura sobe ao palco para cantar Jumpin' Jack Flash (Rolling Stones), que começa bem e acaba num concurso pra ver quem grita mais alto - o que é bastante comum nessas ocasiões e nesse horário (quase 4 da matina). O show acaba, o pessoal vai saindo. Encontro Morotó Slim, que me abraça e de repente se vira comigo para os camarotes. Acena para Jimmy do Matanza, levanta meu braço, pega minha mão e a vira para baixo, como se eu estivesse desmunhecando, apontando para ele. Desconfio que ele tava chamando o Gigante Irlandês de viado e me usando para isso, vejam vocês. Eu não sei em quem ele tava se fiando para tamanha ousadia, mas, felizmente, Jimmy sorriu e gesticulou, tipo "Vai te catar, Morotó!". Chegando em casa, o zumbido no meu ouvido era mais alto que meus pensamentos. Incapaz de articular um único pensamento coerente, deitei e dormi instantaneamente.

ESCONDAM SUAS BIKES - Esses dias Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta tocam no Rio e em São Paulo, levando seu som esquizo-mpb-rock às exigentes platéias sulistas. As datas são as seguintes: 30.04. no Projeto 2 em 1 (Coppola Music - São Paulo) com Hurtmold e 01.05 no Festival Amplitude (Melt - Rio de Janeiro) com Móveis Coloniais de Acaju.

Aguardem (ou não) atualizações e mais agenda nesse mesmo post, ao longo da semana.

HORA DO ROCK 27.04 - Vai rolar Nick Drake, Nick Cave, Isobel Campbell & Mark Lanegan, Neil Young, Tom Waits, Leonard Cohen, Stooges, MC5, Heartbreakers, Dictators, Sex Pistols, Siouxie and The Banshees e The Clash. Para ouvir: toda quinta, às 21h, na Globo FM (90,1), ou www.gfm.com.br para quem não mora em Salvador.

JAZZ ROCK QUARTET - DATAS: 26/04 - MISS MODULAR - (PRAIA DA PACIÊNCIA, RIO VERMELHO) R$ 5 27/04 - BORR ACHARIA (RUA CONSELHEIRO PEDRO LUIS - RIO VERMELHO) R$ 10.

Nave versão Retrô - Classic Rock - Jovem Guarda - Rockabilly - Mod - Soul - Swing - Nuggets - British Invasion - Revival - Iê Iê Iê - DJs: Janocide - el Cabong - Ramon Prates - Moskabilly Cover - Sputter - Dan Carlos - 29.04.2006 23h R$10 (R$8 até meia-noite) - Miss Modular (Morro da Paciência, 3810, Rio Vermelho) - Salvador-BA Contato: festanave@gmail.comFotolog: http://www.fotolog.com/nave_

Nem Camisa de Vênus, Nem Raul Seixas: PERSONA S.A & ARAPUKA - Nesta noite vai rolar rok'n'roll de verdadeHORÁRIO: A Partir Das 22 Horas. Ingresso:R$ 5,00 Entrada + R$ 5,00 De Consumo. INFORMAÇÕES: Fone: +55 71 9957-4653Ps: O Rock é o mesmo, a banda é a mesma, mas, a Persona agora é S.A (Persona Non Grata) Obs.: A casa só aceita pagamentos em espécie.

Los Canos, Verbase (MG), The Honkers, Vendo 147, Cissa Guimarães e Johnny Marceleza & Os Costeletas - dia 30, domingo, no Miss Modular.

terça-feira, abril 18, 2006

"QUEM LEMBRA O VERDADEIRO NOME DE TOM ZÉ? /

E O NOME CIENTÍFICO DO CHIMPANZÉ? / QUEM FOI O PRODUTOR DO ARAÇÁ AZUL? / E QUANTOS MUÇULMANOS VIVEM EM CABUL?"
Sabe-tudo, do Rádio de Outono.

RDO ALÉM DA FOFURA - Bandas sem guitarras não são novidade faz tempo no rock. Minha preferida sempre foi a extinta Morphine, que no lugar das seis cordas, meteu um saxofone barítono super jazzy e teve pelo menos, uns dois discos ótimos lançados antes do vocalista, baixista e líder Mark Sandman cair duro em pleno palco, durante um show na Itália (aliás, dizem que é o sonho secreto de todo artista, morrer no palco). Tem também o recente Keane, com seu piano fofinho. Mais próxima do Keane do que do Morphine - pelo uso do teclado no lugar da guitarra -, a recifense Rádio de Outono apresenta seu som também destituído de guitarras, mas ainda assim, cheio de pegada pop rock, com um certo peso (mais do que eu esperava, pelo menos!) e diversão. Embebida em influências da jovem guarda, Mutantes, Pato Fu e congêneres (inclusive pelo vocal feminino totosinho de Bárbara Jones), esse bem produzido EP demo desce redondo e rapidinho, sem engasgar nem um segundo sequer em sua firme convicção de entreter o ouvinte. Das sete faixas desse cd demo (na verdade, são nove: a primeira é uma intro e a última, o clipe de Além da razão), a que mais gostei foi Sabe-tudo, uma delícia pop adolescente do tipo que eu achava que nem se fazia mais, com sua pegada anos 50, breques e uma quebradinha de piano jazz ali pelo meio fantástica. Confesso que nem esperava muita coisa dessa banda, ando meio com o pé atrás com bandas de rock fofinho, mas o conceito deles tá muito bem amarradinho, o som é trabalhado, cheio de frescor (não de frescura) e capaz de empolgar de verdade - a não ser que você seja um fã doente da Sangria. Mas se música pop de qualidade nunca lhe deu urticárias, pode sintonizar a freqüência desses recifenses que a programação é de primeira. Ah, em tempo: se você é chegado numa podolatria (tara por pés), algumas fotos do encarte desse disco serão uma festa para seus olhos. (Tudo bem, esse detalhe era desnecessário, vai!). Bom, quando rolar show aqui em Salvador, eu tô colado. A Rádio de Outono é Bárbara Jones (voz e efeitos), Dídimo Vieira (teclado e vocal), Kleber Crócia (baixo e vocal) e Gléisson Jones (bateria e vocal). Site. Fotolog.

JUDIA DE MIM - Essa é hilária. Tá rolando direto na MTV o clipe do Matisyahu, na verdade, um americano chamado Matthew, que se veste como um rabino ortodoxo (daqueles que ficam bangueando a cabeça no Muro das Lamentações) e canta um reggae moderninho - que olha, até que não é dos piores, chega a lembrar em alguns trechos o ótimo Asian Dub Foundation. Pelo menos até encherem o saco de tanto tocar. A dúvida que fica é se o cara é uma estratégia contra ou a favor a causa israelita. Isso ainda tá meio difícil de entender. Já pensou se vira moda e nego começa a se converter ao judaísmo por aí? Os árabes iam ter que se valer de estratégia semelhante e lançar um cantor pop também. Ah, que inferno. Tomara que eles se destruam mutuamente logo e deixem de encher o saco do resto do mundo. Mas voltando ao Matisyahu, bem que o Padre Marcelo Rossi podia tomar umas aulas com o rabino, né? Pelo menos ia ter mais atitude. Não que fosse deixar de ser uma aberração, mas, talvez ficasse mais engraçado... Aqui e aqui tem mais informações sobre o judeu de jah.

RHCP, QUEM TE VIU, QUE TE VÊ - Por falar em MTV, passou até no Fantástico do domingo passado o clipe da música nova do Red Hot Chili Peppers, Dani California, onde eles emulam grandes nomes do rock, travestidos de Elvis Presley, Beatles, Hendrix, Parliament (em se tratando de RHCP, seria até sacanagem eles deixarem George Clinton de fora), Sex Pistols, Misfits, Nirvana e o escambau. O clipe é ótimo. Mas a música é uma merda. Me corrijam se eu estiver errado. Começou mal esse disco duplo dos californianos. Será que não era hora de dar um tempo, não? Me corrijam se eu estiver errado.

A DE ANARQUIA - Meu chapa Barry Town, do blog brother Championship Vinyl, após longo e tenebroso inverno, volta a comentar neste humilde espaço. O recado do rapaz é tão pertinente (na verdade, eu já pensava em fazer uma notinha sobre o assunto em questão), que o reproduzo aqui, ipsis literis. Fala, Barry: "Salve, Chico. como pode ver, finalmente recuperei eo meu visto no Blogger. Estou contigo na opinião de que 'V de Vingança' foi a mais bem sucedida adaptação de uma obra do Alan Moore para o cinema. Infelizmente, parece que muitos não compreenderam as suas idéias: uma organização chamada 'A For Anarchy' (http://aforanarchy.com/) está até preparando uma passeata em Nova York contra o filme. Uma pena, considerando-se que muitas "liberdades" na adaptação da obra foram extremamente felizes. Ou será que alguém é capaz de fazer objeção ao discurso de apresentação de V ( aquele no qual fala "Voilà! In view, a humble vaudevillian veteran, cast vicariously as both victim and villain by the vicissitudes of Fate. This visage, no mere veneer of vanity, is a vestige of the vox populi, now vacant, vanished, as the once vital voice of the verisimilitude now venerates what they once vilified. However, this valorous visitation of a by-gone vexation, stands vivified, and has vowed to vanquish these venal and virulent vermin vanguarding vice and vouchsafing the violently vicious and voracious violation of volition. The only verdict is vengeance; a vendetta, held as a votive, not in vain, for the value and veracity of such shall one day vindicate the vigilant and the virtuous. Verily, this vichyssoise of verbiage veers most verbose vis-à-vis an introduction, and so it is my very good honor to meet you and you may call me V.")?"

CATARSE - Amanhã, quarta 19, o Pop Balões publica segunda parte da minha listinha, com 5 momentos de catarse rock nas hqs. Você vai lá ler, né? Aproveita e deixa um comentário no Boteco dos caras.

TROFÉU CARLINHOS BROWN DE OURO - Recebi agora há pouco do Instituto Datafoda-se os resultados tabulados durante a exaustiva contagem de votos para o Prêmio Homem sem Noção do Ano 2005 Bahia. Sem mais delongas, vamos aos resultados. Com a impressionante contagem de 1 (hum) voto, o Troféu Virtual Carlinhos de Ouro, vai para... MAESTRO ZECA FREITAS, pela impressionante pataquada que ele aprontou no palco do Teatro castro Alves ao se desculpar perante a platéia - embasbacada - pela simples escalação dos Retrofoguetes no Festival de Música Instrumental em janeiro de 2005. Agradecimentos à minha cara única leitora votante, cujo nome manterei em segredo para que não sofra assédio da imprensa - ou do premiado.

Bom, acho que por hoje é só, se mais alguma coisa surgir ao longo da semana, eu dou aquela atualizada, oquei, ev'rybody? Segue o agendão.

HORA DO ROCK 20.04 - Hoje vai rolar o som dos Smiths, The Cure, Echo and The Bunnymen (música do disco Siberia, recém lançado no Brasil), Pixies, Sonic Youth, Smashing Pumpkins, Strokes, Arctic Monkeys, We Are Scientists, Kaiser Chiefs, Living Things e Supergrass. Para ouvir: toda quinta, às 21h, na Globo FM (90,1), ou www.gfm.com.br para quem não mora em Salvador.

ZECACURYDAMM - 19 de Abril, quarta-feira, ás 21:00, a banda ZecaCuryDamm estará fazendo uma apresentação despretensiosa/intimista num bar novo chamado Balcão. (antigo Chico-Roco) Na orla do Rio-Vermelho, próximo das quadras de baba.

JAZZ ROCK QUARTET - (PARTICIPAÇÃO - DJ ZEZÃO C/ LPS DE
(BLACKMUSIC, TROPICÁLIA, ROCK 60 ETC.) DATAS:
19/04 - MISS MODULAR - (PRAIA DA PACIÊNCIA, RIO VERMELHO)
20/04 - BORRACHARIA (RUA CONSELHEIRO PEDRO LUIS - RIO VERMELHO)
26/04 - MISS MODULAR (PRAIA DA PACIÊNCIA - RIO VERMELHO)
SEMPRE A PARTIR DAS 22H30. PREÇO ÚNICO - R$ 10.


Theatro de Seráphin, Ecos Falsos (SP) e Berlinda - Dia: 20/04 (Quinta-feira). Horário: 22:00. Local: Miss Modular (Morro da Paciência - Rio Vermelho). Ingresso: R$ 10,00.

Tiradentes Indie Rock - com as bandas: Ecos Falsos (SP), Mambanegra e Pessoas Invisíveis Dia: 21/04 (Sexta-feira), Horário: 21:00, Local: Calypso (Rio Vermelho), Ingresso: R$ 5,00.

Warm Up Boom Bahia - Dia: 22/04 (Sábado) com as bandas: Cachorro Grande (RS), Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Automata e SangriaHorário: 21:00, Dia: 23/04 (Domingo) com as bandas: Matanza (RJ), Retrofoguetes, Forgotten Boys (SP) e Cascadura (lançando novo album)Horário: 19:00, Local: Rock´n Rio Café (Aeroclube Plaza Show - Boca do Rio)Ingresso: R$ 20,00 (meia) cada dia e R$ 30,00 (meia) dois dias. Vendas de ingressos: Pida (http://www.pida.com.br/) e Andarilho Urbano. Classificação: 16 anos

segunda-feira, abril 10, 2006

"PEOPLE SAY THAT YOUR DREAMS ARE THE ONLY THING THAT CAN SAVE YA /

COME ON BABY, IN OUR DREAMS WE CAN LIVE OUR MISBEHAVIOUR".
Rebellion (lies), The Arcade Fire.

SUPERGUIDIS COM O PÉ NO CHÃO - Como havia dito aqui semana passada, recebi um lote de discos mais ou menos recentes da produção independente nacional e vou desovando um ou dois por aqui toda semana. Começo hoje pelo Superguidis (nome tirado de uma marca de tênis das antigas), banda gaúcha que não tem medo de ser rotulada pelo que realmente é: indie, até a última raiz do cabelo. E não só eles não negam, como escancaram suas influências nos timbres de guitarras incrivelmente similares àqueles emanados pelos instrumentos de Stephen Malkmus (Pavement), Lee Ranaldo (Sonic Youth) e Bob Pollard (Guided By Voices). O que eu não acho nada mal, se você me perguntar. Já pensou se fosse similar ao Richie Sambora (Bon Jovi)? A boa notícia é que, se falta uma personalidade mais própria no som (o que, repito, não implica em não ser bom), nas letras simples e diretas o Superguidis esbanja uma visão urbana jovem muito pessoal e bacana em frases curtas e diretas - como aliás, é todo o disco. Exemplo: "Não quero passar meus melhores anos esperando que eles cheguem". Esqueça solos de guitarra, aqui eles praticamente não existem, e quando aparecem, são melodiosos, curtos, assobiáveis. Enfim: rock do bão pra tomar umas curtindo adoidado na night. E se o show tiver a mesma vibe do disco, espero ansioso sua vinda à Bahia. Encerro com as palavras exatas extraídas do release do disco, escrito por Leonardo Felipe: "O CD de estréia dos Superguidis - lançado através de uma parceira com o selo Senhor F Discos, capitaneado pelo jornalista Fernando Rosa, peça fundamental na engrenagem do rock independente brasileiro, e por Philippe Seabra (Plebe Rude) - é um registro sincero deste trabalho. Captado num estúdio de garagem em Guaíba, o álbum é como o som da banda: simples, direto, sensível, mas sem frescuras. 12 canções em pouco mais de 35 minutos de duração. Como nos grandes discos".

TUDO ACONTECE EM ELIZABETHTOWN: CINCO BOAS RAZÕES PARA ASSISTIR À ESSA COMÉDIA ROMÂNTICA EM DVD.

1 - Tudo acontece em Elizabethtown é dirigida por Cameron Crowe, aquele rapaz que, ainda adolescente, foi repórter da Rolling Stone e aprendiz de Lester Bangs, e que, quando chegou à idade adulta, dirigiu um filme contando essa história, o manjado Quase famosos. Louco por rock n' roll, Crowe sempre recheia seus filmes com trilhas sonoras de primeira linha, seja utilizando clássicos absolutos, faixas obscuras de dinossauros ou mesmo bandas atuais. Ou seja: o cara entende um pouquinho do assunto.

2 - Neste filme está a segunda melhor cena da história do cinema utilizando Freebird, clássico do rock sulista do Lynyrd Skynyrd. A primeira, ainda imbatível, é do filme Rejeitados pelo diabo, já comentado pelo Rock Loco nesse texto aqui.

3 - Kirsten Dunst, que não convence como Mary Jane nos filmes do Homem Aranha, volta à boa forma demonstrada em Virgens suicidas (obra prima de Sofia Coppola). Além de ser uma boneca, do tipo que dá vontade de carregar nos braços pra casa imediatamente.

4 - Susan Sarandon, que no filme é a mãe do protagonista (Orlando Bloom), rouba a cena em uma atuação antológica no enterro do marido. Preste muita atenção nessa cena, a mulher dá um puta show em pleno serviço fúnebre. Anotem aí: quando eu morrer, eu quero um velório que nem esse.

5 - O melhor fica pro fim do filme, quando o personagem principal faz uma viagem de carro pelo sul dos Estados Unidos seguindo um roteiro - incluindo a trilha sonora - preparado pela personagem de Kirsten, e vai parando em diversos locais históricos da região, coisa digna de Jack Kerouac e viagem dos sonhos de qualquer um que já tenha passado os olhos por On the road - Pé na estrada. O auge é a parada em Memphis, lar dos Sun Studios, onde todo mundo que importa dos primórdios do blues, soul e rock n' roll já gravou. Pertinho do Sun, fica um bar chamado Ernestine & Hazel, que nos anos 50, era o puteiro onde os músicos iam dar uma relaxada, se é que você me entende. Chegando lá, bata um papo com Russel, que hoje toca o negócio e conta histórias de arrepiar. Nos extras tem um segmento intitulado Hanging out with Russel, e você descobre que o Russel que aparece no filme é o cara mesmo, Russel himself. Incrivelmente boa praça para um sulista americano (talvez por que estava defronte às câmeras de Hollywood), ele mostra o banquinho onde o deus do blues Albert King se sentava todos os dias, o buraco de bala que o mesmo King fez na parede no dia em que um assaltante pegou a cafetina Ernestine de refém, os quartos onde as meninas ganhavam a vida etc. Só isso e as cenas da viagem pelas estradas do sul dos EUA já valem o filme. (É só dar um desconto para uma ou outra cena digna de um comercial de Doriana, que você curte o filme sem grandes traumas).

WE3: MAIS UM CLÁSSICO INSTANTÂNEO - CORTESIA DA CARECA RELUZENTE DE GRANT MORRISON
Não brinquem com Grant Morrison. Depois de uma temporada na Marvel onde - à moda dos grandes autores - virou o universo dos X-Men de cabeça para baixo - apenas para a Marvel desfazer tudo de novo depois - o feiticeiro escocês careca voltou à DC, onde assumiu uma cacetada de projetos. Um deles foi essa minissérie em três edições para o selo Vertigo, lançada em um encadernado no Brasil pela Panini e numa banca próxima de você nesse exato momento. WE3, que na verdade significa WEAPON 3 (Arma 3), trocadilho com "Nós 3", trata da última arma de guerra dos EUA: três animais de estimação (um cachorro, um gato e um coelho) biologicamente modificados e equipados com armaduras ultra hi-tech. Parece bizarro, não? Mas na inexcedível narrativa morrisoniana, tudo soa incrivelmente verossímil. Até uma forma rudimentar de fala foi desenvolvida pelos cientistas responsáveis pela criação dos animaizinhos fatais. Até aí, tudo muito bom, tudo muito bem. Até o dia em que, um senador, temeroso de que o projeto viesse à público e gerasse uma forte reação popular e na mídia, decide encerrar o projeto, eliminando os bichinhos. Inteligentes e contando com uma ajudinha de uma das cientistas, eles saem em fuga, com o exército americano em seu encalço. Em poucas palavras, a história é basicamente isso aí. Agora, como isso é desenvolvido por Morrison e pelo desenhista extraordinaire Frank Quitely (Novos X-Men, The Authority) é que é outra história. Muitas páginas não têm sequer um balãozinho de fala, mas a narrativa é mais eficiente do que muita revista recheada de recordatórios que só repetem o que a ilustração já mostra, como Chris Claremont (X-Men, Excalibur) adora fazer. Espertíssimo, Quitely sabe tanto recortar uma única cena em dezenas de quadros minúsculos mostrando detalhes ínfimos (como um dente voando) como também estoura outras em splash pages duplas de babar. Os três personagens principais são muito bem desenvolvidos, de acordo com o que se espera de cada animalzinho. O cachorro é o líder, um "cão bom", como ele sempre repete, fiel aos seus companheiros e capaz de mergulhar de uma ponte num rio para salvar um homem que nunca viu. O gato é frio e quer mais que os homens se explodam, mas na hora H, não deixa seu companheiro na mão. E o coelho é o mais fofinho e menos cheio de onda, mas não se engane, pois ele também pode ser tão mortal quanto os outros dois. Lembram daqueles filmes antigos da Disney, que sempre contavam a história de cãezinhos perdidos vivendo altas aventuras nos bosques americanos? Pois é, Grant Morrison e Frank Quitely criaram a versão definitiva daquelas aventuras para o século 21. Só falta alguém transpor essa história fantástica para o cinema. Recomendadíssima. Curiosidade rocker: nos anos 80, Morrison teve uma banda de rock, com a qual chegou a abrir um show do Jesus and The Mary Chain em Glasgow, onde mora até hoje (informação extraída da biografia do autor no álbum Asilo Arkham).

V DE VINGANÇA BATE UM BOLÃO - Sem favor nenhum, V de Vingança pode ser considerada a melhor adaptação de uma obra de Alan Moore para o cinema. Tá tudo lá - e mais um pouco, com uma ligeira, necessária e muito bem feita atualização do tema. Mas nunca antes uma obra de Alan Moore foi tão respeitada em sua transposição para a tela. O véio Bardo de Northampton vacilou quando exigiu a retirada de seu nome dos créditos - mas também quem há de culpa-lo, depois de assistir a filmes como A Liga Extraordinária (principalmente) e Constantine? Não vou ficar fazendo resenha aqui - já tá cheio delas por aí. Mas que o filme ficou maravilhoso, ah, isso ficou. (Aqui entre nós, tive de respirar fundo para não deixar cair umas lágrimas no final - sabe como é, eu tenho que manter a minha fama de mau).

POP BALÕES - Lembram da listinha do post anterior (10 momentos gloriosos do rock nos quadrinhos), prejudicada por conta da inépcia do mané aqui? Será publicada em duas partes no site Pop Balões a partir dessa quarta-feira. Para tanto, tive de fazer alguns ajustezinhos, como criar um outro tema para a segunda lista. Então ficou assim: 5 Momentos de glória do rock e 5 Momentos de catarse rock n' roll, com novas introduções para ambas. E o melhor: com as ilustrações, para que vocês possam entender do que diabos eu tava falando afinal. Quarta-feira agora (12) no ar. O link é esse aí em cima.

Despedida Miss Modular - Para quem não teve a oportunidade de ler, segue na íntegra a cartinha de despedida do Miss Modular, escrita por Lorena e divulgada através do Informativo Se Ligue.
Queridos amigos, clientes e colaboradores,
É com o coração apertado que informamos a extinção do Miss Modular. Foram quase dois anos de muita música, diversão, cultura, amizades, informação, romances, bebedeiras, êxtase, loucura e alegria...De maneira fugaz ou não, fomos felizes... e vivemos sim, momentos inesquecíveis, que talvez só venhamos à recordar de bengala na mão, mas que com certeza não serão momentos que passarão em branco nas nossas memórias.... Pelo nosso Miss, passaram grandes nomes do rock, música eletrônica e som experimental, como: Wander Wildner,Autoramas, Dolores, Parafusa, Mauro Telefunksoul, Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Retrofoguetes, Márcio Mello, Wagon Cooking, Lado 2 Stereo, Angelis Sanctus, El Cabong, Wry, Roger n'roll, Janocide, Mopa, Sangria, Batata, The Honkers, Brinde, Maicols, Messiah, Canto dos Malditos na Terra do Nunca, nosso querido Big Bross e muitos outros. Gente que permitiu e viabilizou a abertura de uma nova era da Produção Alternativa na cidade do Salvador; temos que agradecê-los do fundo da alma e incentivá-los nas novas empreitadas...Valeu Galera!!! O mês de abril é o nosso mês de despedidas e vamos fazer que seja em alta voltagem e em alto estilo. Teremos Eddie, La Pupuña, Retrofoguetes, Boogie Nights, Pragatecno, Aniversário da Frangote Records, Abertura do Boom Bahia Rock, Nave e outros. Indicamos a todos os terráqueos ou não, modulares ou não, que aproveitem ao máximo desta última "jornada intergaláctica", pois ao fim de abril nos direcionaremos à estrela reluzente das memórias dos que foram nossos freqüentadores mais fiéis, nossos amigos queridos, nossos defensores de todas as horas... Nos despedimos de consciência tranqüila, sabendo que fizemos o possível pelo prazer e diversão de todos, por isso temos a honra de fechar mais algumas páginas da história do rock e alternativo da Bahia, mantendo a fé inabalável de que muitas páginas em branco estão em via de serem escritas.
Beijos já saudosos, Lorena Sampaio e Equipe Miss Modular


La Pupuña (PA) e Retrofoguetes + DJs Big Bross, el cabong e Rex + Participação especial: Nancyta - Dia: 12/04 (Quarta-feira) Horário: 22:00Local: Miss Modular (Morro da Paciência - Rio Vermelho) Ingresso: R$ 10,00 (R$ 15,00 - depois de meia-noite) INGRESSOS À VENDA: A partir de 03 de abril - São Rock (Rio Vermelho), Andarilho Urbano (Iguatemi ? 34504 533) e Berinjela (Centro ? 3322 0247) e no dia do show - Miss Modular (Rio Vermelho ? 3335 2974)

Los Hermanos - abertura: Ronei Jorge e os Ladrões de BicicletaDia: 16/04 (Domingo) Horário: 18:30 Local: Concha Acústica do TCA (Pça. Dois de julho, s/n - Campo Grande) Ingresso: R$ 20,00 (meia) e R$ 40,00 (inteira) + 1kg de alimento Ingressos à venda nos balcões Ticketmix e nos postos e bilheterias TCA Mais informações: Esquisito Produções(55) 71 9942 6544 luispereira@velonet.com.br - Produção Bahia.

ZECACURYDAMM - 19 de Abril, quarta-feira, ás 21:00, a banda ZecaCuryDamm estará fazendo uma apresentação despretensiosa/intimista num bar novo chamado Balcão. (antigo Chico-Roco) Na orla do Rio-Vermelho, próximo das quadras de baba.

Tiradentes Indie Rock - com as bandas: Ecos Falsos (SP), Mambanegra e Pessoas Invisíveis Dia: 21/04 (Sexta-feira), Horário: 21:00, Local: Calypso (Rio Vermelho), Ingresso: R$ 5,00,

Ecos Falsos (SP), Theatro de Séraphin e Berlinda - 20 de abril, quinta-feira, às 22h30, no Miss Modular. http://myspace.com/theatrodeseraphin

Warm Up Boom Bahia - Dia: 22/04 (Sábado) com as bandas: Cachorro Grande (RS), Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, Automata e SangriaHorário: 21:00, Dia: 23/04 (Domingo) com as bandas: Matanza (RJ), Retrofoguetes, Forgotten Boys (SP) e Cascadura (lançando novo album)Horário: 19:00, Local: Rock´n Rio Café (Aeroclube Plaza Show - Boca do Rio)Ingresso: R$ 20,00 (meia) cada dia e R$ 30,00 (meia) dois dias. Vendas de ingressos: Pida (http://www.pida.com.br/) e Andarilho Urbano. Classificação: 16 anos

Workshop com Michael Angelo - Dia: 26/04 (Quarta-feira), Horário: 20:00Local: Fiesta Convention Center - Salão Íris (Av. ACM - Itaigara), Ingresso: O ingresso ao evento deverá ser trocado na FOXTROT por 1 kg de alimento (feijão, arroz, macarrão, café, leite, açúcar, biscoito ou soja) a partir do dia 17 de abril. O ingresso ao Workshop é individual e intransferível. Foxtrot Instrumentos Musicais - Av. ACM, 2671, edf. Bahia Center, térreo. Cidadela(seg. a sex. das 9h às 18h/sáb das 9h às 13h), Site: http://www.foxtrot.com.br/Tel: (71) 3358-8313 / Fax: (71) 3358-8320

terça-feira, abril 04, 2006

10 MOMENTOS GLORIOSOS DO ROCK NOS QUADRINHOS

Nota da redação - O lance é o seguinte: fiz esse textão, scaneei uma cacetada de imagens para ilustrar a matéria e, PUTA QUE PARIU, não tô conseguindo fazer o upload de nenhuma sequer. Como hoje já é quarta-feira e até agora não fiz meu post semanal, vai assim mesmo, infelizmente. O consolo é que eu tô vendo com um site especializado em quadrinhos lá de SP a possibilidade deles publicarem essa joça completa. Se rolar, beleuza, eu aviso aqui e coloco o link para lá, onde vocês poderão aprecia-la em sua completude (essa palavra existe, né?). Se não... bom, se não rolar, eu penso em outra coisa. Sem mais delongas, fiquem agora com 10 MOMENTOS GLORIOSOS DO ROCK NOS QUADRINHOS, cortesia do seu Rock Loco e seu criado, Franchico.

Confesso: pensei em intitular esta listinha como Os 10 momentos MAIS gloriosos do rock nos quadrinhos, mas depois vi que não era o caso. Primeiro que um merdinha como eu não tem moral para fechar essa questão taxativamente, pois sempre haverá controvérsias. Em segundo lugar, meus próprios critérios de escolha desautorizariam o MAIS no título da matéria. De cara, içei Robert Crumb (Fritz The Cat) e Gilbert Shelton (The Fabulous Furry Freak Brothers), papas do quadrinho underground americano, à posição de hour concour, pois achei que seria covardia incluí-los nessa lista, já que sua própria ascensão como artistas está firmemente atrelada ao rock do fim dos anos 1960 (ainda que eles provavelmente iriam querer quebrar meu nariz, se lessem tal consideração). Seria como fazer uma lista de 10 escritores mais beberrões e botar Bukowski no topo. Não dá, é óbvio demais. Outra característica dessa listinha, absolutamente pessoal e intransferível, é a repetição de certos autores. Três deles - Angeli, Grant Morrison e Jaime Hernandez - aparecem duas vezes cada na lista, reivindicando 6 das dez colocações só para eles. Ah, paciência, eu garanto que eles fizeram por merecer, como se poderá ver a seguir. Poupa-los-ei (nossa!) também da lenga lenga jornalística acadêmica, pueril e pentelha muito comum em artigos como esse, tipo "rock e quadrinhos são formas de comunicação e arte populares e que caminham mais ou menos juntas desde seus primórdios, os quadrinhos, assim como o rock, era considerado fonte de corrupção, perdição e pederastia para a juventude nos anos 50", blá, blá, blá. Então, o negócio é o seguinte: plugue sua guitarra, tire a cera dos ouvidos, limpe seus óculos e abra todo o volume do amplificador, por que essa galera faz um esporro dos diabos também. Nem que seja só na nossa cabeça. Sem ordem cronológica ou de importância, segue a listinha...

1 - "KURT COBAIN ACABA DE DAR UM TIRO NA CABEÇA". Pegue dois losers adolescentes americanos sem porra nenhuma na caixa craniana, dê-lhes pais white trash cruéis ou ausentes, um ídolo suicida e uma doze. O resultado é fácil: mais dois manés seguindo o caminho do líder do Nirvana. Até aí, tudo bem, pena que um deles, mesmo tendo metido um tirombaço nas fuças, não tenha morrido como deveria. Essa é A História de Você-Sabe-Quem, spin off (uma espécie de extensão) da genial série (em 65 números) Preacher, do irlandês psycho Garth Ennis, publicada pela Vertigo / DC nos anos 90. O Você-Sabe-Quem do título é conhecido na sua revista de origem como Cara de Cú (Arseface), e é um dos personagens mais divertidos e perturbadores da série, um grande sucesso que até hoje não foi publicado do início ao fim aqui no Brasil. A História de Você-Sabe-Quem foi publicada no Brasil em fevereiro de 1999 pela Tudo em Quadrinhos Editora. (Ops! Atualização: parece que agora vai: a Devir Editora começou a publicar a saga de Jesse Custer - The Preacher himself - agora em abril. Leia aqui).

2 - O NASCIMENTO DO ÊXTASE. O filme Trainspotting (1995) e sua temática enfocando a juventude britânica desorientada, encrenqueira e louca por um tóxico, bem como sua narrativa ágil e despojada, fizeram um estrago danado. Montes de filmes britânicos (e americanos também) pongaram naquela estética, gerando resultados quase sempre irregulares. Aqui, o fantástico escritor escocês Grant Morrison dá a sua versão para aquele momento histórico na graphic novel Como matar seu namorado (Vertigo / DC), onde vemos uma adolescente londrina absolutamente entediada com sua vidinha, embarcar numa viagem sem volta com um marginalzinho sedutor que a conquista com umas doses de vodca acompanhadas de umas pedradas nas janelas da vizinhança. Na seqüência, eles matam um suposto pretendente (e colega de classe) da jovem sem qualquer razão aparente, no melhor estilo Laranja Mecânica. Em fuga, cruzam com um auto-intitulado Grupo de Assalto Niilista, têm experiências homossexuais, assaltam lojas de bebidas, tomam ecstasy e vão muito loucos pra balada. Tudo muito saudável. O final é apoteótico e totalmente anti-moralista. Cace essa pequena obra prima nos sebos ou morra na ignorância. Como matar seu namorado foi publicada no Brasil em maio de 1999 pela Tudo em Quadrinhos Editora.

3 - "CABEÇA DE DEUS FEITA DE MÚSICA VIVA" - É Grant Morrison na cabeça de novo. Agora o negócio é sério, muitíssimo sério. Logo no primeiro número de sua espetacular e revolucionária série Os Invisíveis (lida por pouquíssimos aqui no Brasil, até por que nunca foi publicada por inteiro, como deveria), um dos personagens principais, conhecido como King Mob (Rei Turba), toma um ácido e faz um ritual para invocar o espírito de John Lennon. O resultado, no traço do artista Steve Yeowell, você vê aí nas ilustrações. Clique para ler o textinho e apreciar a arte. O momento é auto-explicatório, desnecessário falar mais. Sobre Os Invisíveis, só o que eu posso dizer, é que, apesar de entender pouquíssimo o que li até agora, achei genial e necessário. Na verdade, quem não leu é que tá boiando, mais do que quem leu e não entendeu. Sacou? Os Invisíveis nº 1 foi publicada em maio de 1998 pela Magnum Editora.

4 - LISTEN TO THE MUSIC - Angeli é o cara aqui no Brasil. Santo padroeiro dos quadrinhos de humor urbano e underground desde o início dos anos 80, quando começou a publicar suas tirinhas sob o título Chiclete com Banana (nome que foi emporcalhado aqui na Bahia pela banda homônima de axé), Angeli tem inúmeras tiras e personagens que brincam com os estereótipos do rock em suas mais variadas vertentes. Desde o punk de periferia Bob Cuspe aos refugos de Arembepe Wood & Stock, passando pelas desorientadas Luke & Tantra e pelo poser Ritchi Pareide (veja mais abaixo), Angeli pinta e borda tendo o rock n' roll e seus tipinhos como inspiração. Nessa tira específica, de uma série intitulada Listen to the music, vemos o próprio cartunista - dando uma de disc-jockey da sua Rrrrádio Chiclete - perder a cabeça com a insuportável bossa nova, com toda a sutileza que lhe é característica. Nós também odiamos bossa nova, chefe. Listen to the music foi publicada no álbum Mara Tara, Oliveira Junky e outras histórias de Angeli, da Editora Brasiliense.

5 - "YAY, HOPEY!" - Como dizia John, "to know her is to love her". Da mesma forma, é humanamente impossível conhecer as Locas do escritor e desenhista Jaime Hernandez, cujas aventuras eram publicadas na revista Love and Rockets, e não se apaixonar. As duas personagens principais, Hopey e Maggie, cujo relacionamento oscila entre o sexo e a amizade, são um retrato carinhoso das punkettes chicanas da Baixa California, local de origem do autor. Hopey toca baixo numa banda punk, os Mísseis de Outubro, e Maggie é uma mecânica de foguetes (sério!) fofinha, com problemas de peso. Prestem atenção no quadrinho central da página dessa história, ela capta perfeitamente o clima do inferninho onde os Mísseis de Outubro estão prestes a tocar. Enquanto Hopey discute com o pessoal da platéia, um repugnante crítico de rock local passa uma cantada na linda Terry, guitarrista da banda, que lhe dá uma merecida gelada. O que o mané não sabe é que Terry é apaixonada por Hopey, e vive tentando rouba-la de Maggie. Ah, o amor punk chicano...

6 - "PARECE QUE FUI ATROPELADO POR UMA CARRETA" - Por falar em amor punk, olha ele aqui de novo, junto com o mestre Hernandez. Todo garoto que foi jovem e rocker nessa vida um dia se apaixonou por uma garota meio doidinha, com a qual costumava circular pelos shows, encher a cara e curtir à beça, mas na hora H, lá vinha a frase fatídica: "Você é um cara super legal e coisa e tal, mas na verdade, eu só gosto de você como amigo". Aaahh, que meigo, é a história da minha adolescência... Atire o primeiro caco de coração aquele que nunca teve vontade de se matar (ou matar alguém) ao ouvir tal frase. Em Meu namoro com Hopey, Jaime Hernandez reconta essa velha história em quatro páginas recheadas de sensibilidade, álcool e diversão. Uma pequena obra prima que conjuga amor, quadrinhos e rock como poucos são capazes. Aproveite que eu tava com boa vontade para scanear essa bagaça e leia-a inteirinha, clicando nas páginas aí.

7 - "VOCÊS QUEREM ROCK N' ROLL??" - Essa tira estrelada por Ritchi Pareide (a primeira, no alto da página) foi uma das mais geniais da gloriosa Chiclete com Banana, revista que, como todo mundo aqui está careca de saber, foi um marco dos quadrinhos brasileiros, e por que não dizer, até mesmo do rock pátrio. Atualíssima, ela até hoje reflete a realidade de muitas bandinhas fabricadas como as que vemos pululando por aí (até na Bahia já tem, como sabemos). Só que, em vez de do topete e lenço no pescoço dos anos 80, o personagem usaria bermudas, tatuagens, piercings, boné e cavanhaque. Aproveitem e curtam as outras tiras da página, igualmente fantásticas.

8 - "MORRA DE INVEJA, GWENDOLYNE!" - Quem achava que eu ia deixar o herói supremo de todo nerd que se respeita, o Homem Aranha, de fora dessa, se deu mal. Nessa história da fase clássica de Stan Lee e John Romita, Peter Parker e sua tchurma vão na inauguração de uma boate, cujo dono contratou a espevitada e deliciosa Mary Jane (esse Stan Lee nunca me enganou, era um chincheiro safado mesmo, daí a "homenagem" no nome da personagem) como dançarina. Egresso dos quadrinhos românticos que desenhava para a própria Marvel nos anos 50, Romita desenhava homens e mulheres bonitos (beleza típica da época, claro) como ninguém e retratou o clima anos 60 dessa cena de forma irrepreensível. Parece que a qualquer momento, Austin Powers surgirá no meio da história. E fala, sério, Mary Jane de vestidinho e botinhas tá rock n' roll demais. Oh, behave!, diria o agente nada secreto, babando pela ruiva número um dos quadrinhos.

9 - "OY! PAUL WELLER! ESQUISITOOOOO!!!!" - Devo confessar que nunca entendi direito as histórias em quadrinhos da Tank Girl, personagem criada por Jamie Hewlett (que depois criaria os Gorillaz com Damon Albarn) e Alan Martin. Vivendo numa Austrália pós-apocalíptica, suas histórias eram meio que um cruzamento esquizofrênico de Mad Max com a supracitada Love and Rockets. Seu namorado era um canguru mutante, que falava pelos cotovelos e enchia a cara com a garota do tanque (não o de lavar, claro). Mesmo não entendendo muito, dava para se divertir adoidado com os argumentos sem pé nem cabeça e com os diálogos travados entre o autor (falando nos recordatórios) e sua personagem. E fala sério, esses cangurus disfarçados de mod e gritando "Paul Weller" já valem o ingresso. Por falar em ingresso, tem um filme baseado na personagem nas locadoras, mas meu conselho é: fuja. Se eu não entendia direito essas histórias, acho que a diretora do filme entendeu menos ainda.

10 - "I'M A MAN OF WEALTH AND TASTE" - Fechando com chave de ouro, o mestre supremo dos quadrinhos, bardo de Northampton, salve, salve, Alan Moore faz sua homenagem aos Rolling Stones em V de Vingança, quando o personagem V chega para detonar os cornos do padre pedófilo e corrupto e se apresenta com a frase de abertura de Simpathy for the devil. Na época em que escreveu essa série (início dos anos 80), essa música ainda não estava tão vulgarizada quanto hoje, portanto, logo que saiu, ainda levei um tempinho (mas não muito) para pescar essa referência. Repararam nos chifrinhos? É a glória, indubitavelmente. Dêem um desconto pro scanner que comeu um trecho da fala e curtam a cena clicando aí na página.

"SANGRIA FAZ ROCK MALVADO E INDEPENDENTE" - É o que diz o site da MTV, onde tem uma boa entrevista com Maurão, Apú e Pedro e você ainda pode ver - e pedir na programação - o clipe de Acerto de contas, é, aquele mesmo, dirigido por Ricardo Spencer. Clica lá, rapaz!

INDIES EM PROFUSÃO - Recebi da rockloquista honorária e fundadora deste blog, Greice Jorge Schneider, um lote de cds de bandas independentes de várias partes do Brasil, os quais prometo ir destrinchando aos poucos, pelo menos de dois em dois por aqui, a partir da semana que vem. Começarei pelos dois que mais me chamaram a atenção, pelo estilo e personalidade: Superguidis (RS) e Rádio de Outono (PE). Depois eu devolvo tudo pra Greice. Até semana que vem, então.

WOMBS IN RAGE - A materinha que fiz pro Clash City Rockers sobre a Úteros em Fúria deu o que falar. O site Bahia Rock pediu permissão e publicou lá também. Então é isso: se tem algum fio de deus aí que num leu essa bagaça ainda, pode estar fazendo aqui ou aqui.

DEZ NA FAIXA - Boas novas! Quer dizer, acho. A 104 FM parece que agora se chama A Tarde FM, e na nova programação, vem aí o Dez na Faixa, espécie de versão do caderno adolescente Dez!, do jornal A Tarde, no rádio. Nunnez, vocalista da Mirabolix, mandou um email contando que sua banda vai estrear o programa. Falaí, Nunnez: "A Mirabolix grava nesta terça-feira a estréia do programa de rádio "Dez na Faixa". Voltado para o público jovem, o programa conta com a performance de bandas locais e será transmitido pela nova rádio "A Tarde FM", produzida pelo grupo do maior jornal da Bahia. A banda irá tocar músicas do seu último lançamento, "Revés de um Si Bemol", além de contar como foi o processo de gravação do disco. O programa vai ao ar ainda em Abril."

HORA DO ROCK 03.04 - destaca o lançamento nacional do DVD Velvet Redux Live MCMXCIII, que registra a reunião do Velvet Underground em Paris em 1993, o lançamento do DVD de PJ Harvey e o som do Tindersticks, Grandaddy, Anthony and The Johnsons, Radiohead, Doves, Nico, Patti Smith, Buffalo Springfield e The Band. Para ouvir: 90,1 (Globo FM), às 21h, ou pelo site www.gfm.com.br. No horário do programa tá rolando um chat no MSN. Quem quiser participar pode me adicionar ( gabrielamra@hotmail.com), ou adicionar Miwky (miwkyta@hotmail.com).

JAZZ ROCK QUARTET - Do release: Nesta quinta-feira, dia 6 de abril, se apresenta novamente no Miss Modular, Rio Vermelho, a partir das 11 da noite. A banda é formada por um supertime de instrumentistas da cena baiana e brasileira: Didi Gomes (baixo), Luciano Souza,(guitarra) Tavinho Magalhães (guitarra/baixo) e Lula Nascimento (bateria) A noite será aberta às 10 da noite com a banda de soul rock ?TANA1?, que mistura influências de Marvin Gaye, Led Zeppelin, Tim Maia e outros com músicas próprias. O preço único é de R$ 10,00.

EDDIE (PE) EM SALVADOR - Lançamento do CD "Metropolitano" + DJs Zackarias (Paraíba), Big Bross e Messiah ONDE: Miss Modular, QUANDO: sábado, 08 de abril, a partir de 22 horas, QUANTO: R$ 15,00 (R$ 20,00 - depois de meia-noite), Vendas a partir de 30 de março: São Rock, Andarilho Urbano e Berinjela.

Banda Anacê - Quem gosta de Rock´n Roll, e cerveja bem gelada, não pode perder a temporada da banda ANAÇÊ, no bar PRIMO, ao lado do Edf Suarez Trade, todas as quintas feiras, ás 21 H. O couver é de R$4,00, Cerveja de R$2,80, e muito gelada, vale a pena conferir. Horário:21H Couver:4,00.

Show Mundo Rock - Viagem sem volta - com as bandas: Vinil 69 e Retrofoguetes. Dia: 07/04 (Sexta). Horário: 23:00. Local: Zauber (Ladeira da Misericódia - atrás da prefeitura - Centro). Ingresso: R$ 10,00.

Festa Darktronic VII - com os Dj's: Vertigo, Deniac, Devilla, Magharin, Letargico e Monaco. Estilos: Industrial, Dark Eletro, Synth/Future Pop, Darkwave, EBM, Gothic Rock e 80's. Dia: 08/04 (Sábado). Horário: 20:00. Local: Blue House (Rio Vermelho)Ingresso: R$ 8,00Vendas antecipadas:+ Smile Stamps - Centro (Tel.: 3322-1907)+ Andarilho Urbano - Shopping Iguatemi (Tel.: 3450-4533) + Crosty - Espaço Artesanato do Shop. Barra (Tel.: 3235-4505)+ São Rock Discos - Shopping Rio Vermelho (Tel.: 3248-1199). Realização: Raven Produções. http://www.ravenproducoes.cjb.net/ www.fotolog.com/darktronicwww.fanzinemorbidsoul.blogspot.com

A Sangue Frio, The losers, Lumpen, Anemia e Expurgados - Dia: 09/04 (Domingo)Horário: 15:00 Local: Espaço Insurgente (Rua do Carro, Campo Da Pólvora, Centro - Ao Lado do Fórum Ruy Barbosa)Ingresso: R$ 3,00Informações: www.estopimrecords.com.br

Ecos Falsos (SP), Theatro de Séraphin e Berlinda - 20 de abril, quinta-feira, às 22h30, no Miss Modular. http://myspace.com/theatrodeseraphin.