O relato a seguir é do André Pomba Cagni, da revista Dynamite, carinhosamente chamado "editador" pelo Finatti, da coluna Zap 'n Roll. A íntegra da coluna, ótima, vc lê aqui: http://www.dynamite.com.br/2003a/zap.cfm
Eu só não esperava que meu périplo este ano, diferente da calmaria de anos anteriores, fosse alvo de um fato no mínimo inusitado. Dado aos problemas técnicos acontecidos com a apresentação de David Byrne e Caetano Veloso (e que fez com que o áudio da platéia ficasse ?inaudível?, fato que acabou fazendo com que o baiano, famoso pelos seus ataques de histeria em público, desse um belo ?piti? na produção do evento, ao vivo e à cores, enquanto ele e Byrne tentavam cantar a velhusca ?Nothing But Flowers?, canção do álbum ?Naked?, lançado pelos Talking Heads em 1988 e um dos piores discos da carreira da ex-banda de Byrne), era de se supor que o clima não estaria muito positivo. Mesmo assim lá fui eu fazer uma brincadeira inocente com o Fralda, assistente artístico da MTV (e que já trabalhou aqui na Dynamite) que estava acompanhando o Caetano: ?Sorte a sua, hein? Acompanhando justo o Caetano!?. Qual não foi minha surpresa quando alguém atrás de mim puxou o meu braço e intimou: ?Sorte, por quê? Por que você está dizendo isso??. Era a mulher de Caetano, Paula Lavigne. Fui ainda tentar consertar e disse, me referindo ao Fralda, fazendo o sinal do diabinho: ?É que ele é from hell?. Pra quê fui falar isso? Ela, imaginando que eu me referia ao Caetano, resmungou: ?Meu marido é um santo, ouviu bem, um santo!?. Nessa hora, jornalistas começaram a vir na minha direção e como eu não tenho vocação para ser centro das atenções (diferentemente do titular desta coluna, eheheh) sorrateiramente peguei mais uma Coca Light e sumi da muvuca, antes que um mal entendido virasse mais um barraco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário