O quadrinista niteroiense Marcello Quintanilha foi um dos grandes premiados na 43ª edição do Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, na França, com o álbum Tungstênio (lançado no Brasil pela Editora Veneta, em 2014).
O álbum, que saiu na França pela editora Ça et Là, foi vencedor na categoria Polar SNCF.
“Polar”, na França, equivale a Policial.
Já SNCF se refere à Société Nationale des Chemins de Fer Français, a rede ferroviária francesa, patrocinadora do prêmio.
Angoulême, vale lembrar, é uma das mais prestigiadas premiações das HQs.
Até aí, tudo OK, parabéns para Marcello, que hoje vive e trabalha em Barcelona e é um dos maiores artistas dos quadrinhos brasileiros atuais.
O que chama a atenção para o leitor baiano é que a HQ premiada, uma alucinante comédia de erros super ágil e violenta, é toda ambientada em Salvador e protagonizada por personagens tipicamente locais, como pescadores ilegais (com bombas), PMs, informantes X-9 e traficantes.
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Salvador inspira
Tungstênio não foi o primeiro trabalho de Marcello tendo Salvador como cenário.
Em 2004, ele esteve por aqui, percorrendo as ruas e conhecendo os locais para desenhar o álbum Cidades Ilustradas: Salvador (Casa 21, 2005).
A experiência causou uma forte impressão em Marcello, que, antes de Tungstênio, ainda produziu outras duas HQs curtas ambientadas em Salvador para o álbum Almas Públicas (Conrad, 2011).
“(Ganhar o prêmio) Foi magnífico. É difícil avaliar o que ele pode significar. É sempre importante agregar elementos que possibilitem ao público interessar-se mais pelas obras”, escreve Marcello para Caderno 2+, lá de Barcelona.
Ele conta que a estadia em Salvador foi muito importante para a criação da obra: “Total, porque Salvador sempre foi uma das cidades que mais me interessaram do ponto de vista referencial, pela história contida nela como cidade”.
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Para 2016, ele prepara um novo volume de HQs curtas: “Está sendo preparado um novo álbum de histórias curtas para março, chamado Hinário Nacional, também pela Veneta”, informa o artista.
Baianos em Angoulême
Vale lembrar que Tungstênio não foi, de certa forma, a única presença baiana em Angoulême 2016.
O quadrinista baiano Flávio Luiz (Aú, O Capoeirista) foi lá, a convite do festival, fazer palestra, expor e contatos com editoras europeias.
Já o jornal de tirinhas O Tiraço, produzido pela comic shop local RV Cultura & Arte, foi indicado a concorrer na categoria BD Alternative.
6 comentários:
Megadeth em Fortaleza.
http://omelete.uol.com.br/musica/noticia/megadeth-fara-show-no-brasil-em-agosto/
Salvador? Rá.
Ah, então é por isso que que a revista Óia ama tanto aquelas aves emplumadas com bicões enormes...
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-as-empresas-jornalisticas-sempre-tentam-derrubar-governos-populares-por-paulo-nogueira/
"Estamos todos assistindo à agonia da Abril. O mercado a está matando: a internet tornou obsoleto seu grande produto, as revistas. Testemunhamos os extremos a que chegou a Abril para eleger Aécio. Por trás disso não estava só a raiva ancestral de Lula e do PT. Estava a própria sobrevivência. Aécio no poder significaria uma descarga formidável de recursos públicos na empresa dos Civitas. As revistas seriam tomadas por publicidade das estatais. Encomendas de produtos da empresa jorrariam – assinaturas de revistas, compras de livros didáticos e o que mais fosse. E financiamentos de extrema generosidade seriam abertos de bancos estatais".
Duh!
Texto bacana do companheiro Leo Cima sobre a Lo Han:
http://bloginzine.com.br/site/a-saida-da-zona-de-conforto-da-lo-han/
Aliás, estive sexta passada nos shows da Lo Han e Paulinho no Teatro Moliére e foi sensacional!
A Lo Han está afiadíssima no palco! Repertório autoral decente e os caras tocando muito! Realmente, está aí uma banda que evoluiu pra cacete nos últimos anos!
E Paulinho, como sempre, showman com total domínio do palco, arrepiando com a guitarra em punho. Aguardo esse disco novo, que aliás, já demorou!
Kal El, o wifi humano (digo, kryptoniano):
http://omelete.uol.com.br/quadrinhos/noticia/superman-desenvolve-poder-de-wifi-nos-quadrinhos/338467/
Só não deixa o pessoal descobrir, Clark. Se não já viu, neguinho não vai mais largar do teu pé.
Cobertura do festival Ruídos no Sertão:
http://www.elcabong.com.br/com-organizacao-caprichada-ruidos-no-sertao-se-consolida-como-festival-de-metal/
Opa! Obrigado pelo elogio, Franchico! Saiba que continuo bebendo desta boa fonte que é o seu blog! Grande abraço!
Leo Cima.
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