Clássico pirata ao vivo é enfim lançado e captura os punks no auge
Em outubro de 1982, a banda inglesa The Clash estava no topo do mundo. Sobreviventes dos escombros que a explosão punk de 1976 espalhou pelo mundo, o grupo experimentava seu momento mais rentável até então: Combat Rock, LP lançado poucos meses antes, foi seu disco comercialmente mais bem-sucedido, com as faixas Rock The Casbah e Should I Stay Or Should I Go bombando nas paradas de sucessos.
Internamente, porém, as coisas não iam nada bem. Pouco após as gravações de Combat Rock, Joe Strummer (vocais e guitarra), Mick Jones (guitarra e vocais) e Paul Simonon (baixo) demitiram o baterista Topper Headon devido ao seu abuso de drogas pesadas, sendo substituído por Terry Chimes, que já havia tocado com a banda nos seus primeiros dias em Londres. (Chimes, por sua vez, foi demitido de novo menos de um ano depois).
A guerra de egos entre Strummer (com Simonon tomando seu partido) e Jones era outro ponto de desgaste. Enquanto o primeiro queria manter a banda numa postura estritamente punk rocker – com a contestação política e o rock cru em primeiro plano –, o segundo era mais ambicioso, buscando aprofundar a mistura do som da banda com outros ritmos, como reggae, dub e rap, além de se sentir bem mais confortável na condição de rock star do que seus companheiros.
Para completar, a turnê americana com os dinossauros do The Who não ia nada bem. Tocando em estádios lotados de fãs de classic rock, a banda era quase sempre vaiada e alvo de latas de cervejas arremessadas em sua direção. Os fãs do Clash mesmo, os punks legítimos, sentiam-se pouco confortáveis no esquema dos megashows em estádio e pouco compareciam.
Azar o deles – pelo menos, daqueles que deixaram de ir ao show do dia 13 de outubro de 1982, no Shea Stadium de Nova Iorque, ocasião conservada no disco pirata mais popular da banda e agora lançado de forma legal, para alegria dos fãs do Clash – naqueles dias, a banda mais relevante da sua época.
Tocando entre o ex-New York Dolls David Johansen e o The Who (em uma de suas muitas “turnês de despedida“), o Clash fez uma daquelas apresentações para ficar na memória. No palco, devidamente vestidos de guerrilheiros, o grupo destilou seu punk rock eclético, híbrido de rockabilly, reggae, dub, rap e, claro, punk ‘76 legítimo, com a fúria de quem já andava muito puto de tomar lata de cerveja na testa.
Logo após serem chamados ao palco pelo seu amigo / assessor de imprensa Kosmo Vinyl (“Nada de futebol por aqui hoje!“), o Clash já chegou arrepiando com a genial London Calling, um termômetro cínico daqueles dias de ameaça nuclear iminente. Daí em diante, é só clássico atrás de clássico, um mais matador que o outro e sem muita conversa entre as canções: The Guns of Brixton, Tommy Gun, Train in Vain, Rock The Casbah, Spanish Bombs, Should I Stay Or Should I Go, Police on My Back etc.
Em The Magnificent Seven, uma surpresa: no meio da música, a banda faz um interlúdio para o dub intoxicante de Armagideon Time, para retornar, pouco depois, e de forma bombástica, ao rap western spaguetti de The Magnificent Seven. Um delírio.
O pau come solto até o final devastador com I Fought The Law, cover de Sonny Curtis que fez tanto sucesso com o Clash, que, até hoje, muitos acham que a música é deles mesmos. Não deve ter sido fácil para o The Who subir ao palco depois daquilo.
No encarte, texto e fotos do fotógrafo Bob Gruen sobre a ocasião, com direito às presenças de David Bowie e Andy Warhol nos bastidores para testemunhar aquela noite histórica.
Live At Shea Stadium
The Clash
Sony BMG
R$ 24,90
www.theclash.com
18 comentários:
slDiz a lenda que o Clash passou o show todo trocando insultos com a platéia, e no fim Joe Strummer comparou a multidão a "porquinhos da india de laboratório", mais de 70 mil pessoas. Elas não eram propriamente fãs de classic rock, eram americanos médios na sua maioria, numa época que o AOR dominava as radios. O "mestre de cerimonia", Kosmos Vinil( inspiração para o nome do nosso Kid Vinil)já começõu alfinetando a galera, pois o Shea stadium é uma arena de baseball( casa dos NY Mets), esporte que os ingleses acham completamente sem noção, ( não sei pq, pois eles adoram Cricket, que é mais sem noção ainda e a mãe do baseball), por isso se referir a ele como um campo de futebol já foi uma boa piada. Torço para que saiam por aqui os DVDs do filme "Rude boy" e o "The clash live- Revolution rock", que tem coias de 1979 até 1982, com a última faixa filmada no Shea stadium.
Devemos lembrar que esse foi o local onde os Beatles( foi o primeiro show musical feito em um estádio) tiveram durante muito tempo o recorde de público para um show musical, se não me engano 55 mil pagantes, que só foi superado por eles mesmos 1 ano depis, até o Grand Funk em 1974, mais isso é outra história.
Tenho que falar do fabuloso Topper Headon que foi (ao meu ver) um dos cinco bateristas mais foda de toda a história do rock. Além de bateria, o maluco tocava instrumentos de corda e harmonizava a maioria das músicas do clash e ironicamente foi a maior influencia de músicos como Stewart Copeland. Com isso a gente só celebra as virtudes musicais de uma banda que foi do movimento punk mas não trem nada de tosqueira musicalmente. O clash mostrou que o estigma de tosqueira, revolta, denuncia e mau comportamento não eram os únicos atributos do movimento.
Mario
P.S. falando em bateristas o meu louvor ao velho Mitch Mitchel que voltou a assumir as baquetas ao lado de Hendrix... E com certeza o velho Borel não está perdendo os shows...
Topper era censurado porque estudava bateria, o que era considerado "atitude burquesa" por seus companheiros patrulheiros de plantão, como se tocar mal fosse uma diretiva fundamental pra ser rockeiro.
Pouca gente sabe que até n o Black Sabbath ele tocou.
A Calçada da Fama do Rock Brasileiro acaba de conceder um novo - e mais profundo - significado à palavra "mixórdia".
http://br.noticias.yahoo.com/s/081117/48/gjutye.html
SOS Rock 'n' Sandwich:
Nossa querida Ice Queen e alma solidária de plantão Yara Vasku acaba de nos repassar este email....
Ei amigos,
Dizem por aí que quem está no rock é pra se fuder... Pois é, mas não tinha quer ser literalmente, né? Ainda mais num espaço que ficamos bem à vontade, fazemos nossas festinhas, bebemos, etcs, encontramos os amigos... É, estou falando do Rock´n Sandwich que teve um prejuízo esta semana. Levaram a porta, o DVD e a TV.
Então, os notívagos que com o Rock se sentem menos órfãos em Salvador, resolveram se unir para dar uma força. Tivemos algumas idéias que se resumiram em duas e que, no final, podem resultar em apenas uma. De qualquer forma, o que precisamos no momento é de doações: livros, CDs, vinis, roupas, DVDs, quadros, objetos... Tudo em bom estado e que possa interessar a outras pessoas. Com isso faremos um leilão e/ou rifas. Vamos fazer tudo organizadinho, deixando registrada cada doação e o que conseguirmos arrecadar de grana. Claro que o leilão e/ou a abertura das rifas também será feito em evento especial (aqui, leia-se, mais farra!).
1. Outras idéias também são bem-vindas.
2. repassem este e-mail, por favor
3. Doações: favor entregar lá no Rock mesmo para João ou Lídia.
4. Aguardem notícias do andamento das ações.
5. Bj, Yara
o clash nesta fase ja estava dando sinais que algo não ia bem. algo no clash nunca conseguiu se traduzir para o mainstream, apesar dos megasucessos rock the casbah e should i stay..., duas canções altamente pop. a conquista da america, uma antiga fixação das bandas de rock inglesas,ao mesmo tempo que estava proxima, não conseguia fazer muito sentido uma vez que a banda estava se transformando exatamente naquilo que eles tanto criticavam,e que motivou a revolta punk, uma banda superstar.sâo as tais contradições da vida. que banda fenomenal era o clash.pouquissimas bandas foram tão boas quanto, talvez umas duas ou tres.
ha ha yara ice queen ta otimo,de qualquer forma vamos dar esta força ao rock sandwich, territorio nostro.
Por falar em Rock 'n' Sandwich...
PROGRAMAÇÃO SEMANAL ROCK SANDWICH BAR
(18 A 22/11)
TERÇA SEM LEI (18 de Novembro)
Cerveja a R$2,99 e trilha sonora do melhor do folk e country rock.
QUARTA AO VIVO (19 de Novembro)
Voz e guitarra com Junior do CAPITÃO PARAFINA E OS HAOLES, tocando vários sucessos do rock nacional e internacional.
COUVERT: R$3,00
QUINTA DO ROCK BAIANO!(20 de Novembro)
Trilha sonora com o melhor do rock local.
SEXTA AO VIVO!(21 de Novembro)
Opus Incertum, Magallanes Muertos e convidados.
OPUS INCERTUM, banda de rock que mistura músicas autorais com vários covers.
MAGALLANES MUERTOS banda cover do DEAD KENNEDY´S formada por Bola, Caveira, Chapéu e Thiago Aziz.
COUVERT: R$5,00
SÁBADO AO VIVO! (22 de Novembro)
BANDA DE ROCK,
Tiago Aziz, Candido Sotto(Cascadura) e Renê tocam vários covers em formato acústico.
Essa apresentação também faz parte da comemoração de um ano da banda.
COUVERT: R$5,00
rocksandwichbar@gmail.com
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=75195397
http://www.fotolog.com/rocksandwich
71 3348-5190
Rua Oswaldo Cruz 599 Rio Vermelho,
Em frente ao colégio estadual Manoel Devoto, nas imediações da Macdonald´s e Bompreço.
Genial: Magallanes Muertos, banda cover (baiana) dos Dead Kennedys...
Pessoas infelizes assistem mais televisâo diz estudo:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u468797.shtml
botei uma sky em casa ha dois meses, e agora notei que comecei a ouvir mais rock triste.
Documentário bom, né não?
Mário
The Edge, Jimmy Page e Jack White se afinam para documentário sobre guitarras
NOVA YORK (Hollywood Reporter) - Os guitarristas The Edge, Jimmy Page e Jack White vão tocar juntos num cinema perto de você.
A Sony Picture Classics irá apresentar os guitarristas do U2, Led Zeppelin e White Stripes, respectivamente, e aumentar o volume no documentário "It Might Get Loud".
O projeto é do diretor Davis Guggenheim, vencedor do Oscar por "Uma Verdade Incoveniente". O filme examina a guitarra através da história de cada músico, contada por cada um deles através de suas palavras e de seus sons.
filme estreou em setembro no Festival Internacional de Toronto
Alguém já viu esse filme coreano de monstro, O Hospedeiro? É o bicho - sem trocadilho. Não tão bom quanto Cloverfield, mas é massa. Tão bom, que já vai rolar o 2 e uma refilmagem em Hollywood
http://www.omelete.com.br/cine/100016551/Universal_vai_refilmar_O_Hospedeiro___e_ja_tem_equipe_criativa_completa.aspx
Deu no Lúcio primeiro, e aí colocamos (eu e Edívis Bastos) na Tarde e Luciano no El Cabong:
Little Joy pode tocar em Salvador
A banda Little Joy, projeto paralelo do ex-Los Hermanos Rodrigo Amarante e do Strokes Fabrizio Moretti, deve tocar em Salvador no final de janeiro, informou o jornalista Lúcio Ribeiro em seu blog Popload. Salvador figura na lista de cidades onde a banda passaria, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Procurado pela reportagem de A TARDE, o produtor local Luisão Pereira (da banda Dois Em Um) confirmou que está em negociações, mas “não há nada certo ainda, nem data, nem local, nem a vinda da banda“. O jeito é aguardar.
Está no Cad 2 de hoje, quinta, 20 de novembro...
http://igpop.ig.com.br/externo/2008/11/18/guns_n_roses_onde_voce_estava_em_setembro_de_1991_2118341.html
Nesse link vc pode ver a capa e o cd novo do guns, versão mexico/chinesa.
Obs:Isso é pirataria, o resto é camelô.
Chico: vc que é um fofo (apesar do Ice Queen hehe). Mas ajuda aê a fazer o povo fazer mais e falar menos. João reservou dia 11 e 18/12para as bandas que quiserem ir no Rock, fazer um som e deixar a bilheteria para cobrir o rombo. Idéia nossa, não deles... Mas o leilão e/ou rifa ainda tá valendo. Só faltam as doações. Bjs!!!!
Yarinha, ainda bem que a patroa te conhece, senão eu ia apanhar em casa por conta do "fofo". (Se bem que, hj em dia eu tô mais pra "bolo fofo", mas enfim...)
Galera, vamo se coçando aí?
;-)
Segue um novo email de Yara dando mais detalhes sobre como podemos colaborar:
Ei povo,
Foram vários e-mails de solidariedade ao Rock Sandwich, mas agora é hora de fazer valer as palavras. A idéia do leilão e/ou rifas ainda pode acontecer, portanto podem deixar as doações lá no Rock.
Mas, muitas pessoas que têm banda se colocaram à disposição para tocar lá no Rock, deixando a bilheteria para a casa. Assim, reservamos 11 e 18/12 para um "festival" que foi batizado (por Carol Angola) de "Quem está no Rock é pra ajudar!". A idéia foi tão bem-vinda entre a galera que pode ser que o tal "festival" aconteça em outras ocasiões. Claro que com a renda revertida para outro fim. Coisas a se pensar...
Mas, agora, o mais importante. Por favor, quem tiver interesse, favor entrar em contato diretamente com João ou Lídia para agendar em qual das datas querem participar. (podem me responder por e-mail que aviso a eles).
Vamo lá! Vejam algumas bandas/músicos que já sinalizaram interesse: Paulinho Oliveira, Berlinda, Pessoas Invisíveis, Banda de Rock, Capitão Parafina, Estrada Perdida, Theatro de Seraphin e alguns DJs.
Bjs, Yara
Ja' ouviram?
Ta' aqui na integra:
http://br.myspace.com/gunsnroses
ha ha bem sacado, uma questão cardinal:
http://www.desaforo.com/2008/11/estados-unidos-o-centro-do-mundo.html
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