sexta-feira, dezembro 14, 2018

QUATRO MILHÕES DE PLAYS DIGITAIS NÃO PODEM ESTAR ERRADOS: DUDA BEAT É A RAINHA DA SOFRÊNCIA POP

Fenômeno pernambucano, que estreia em Salvador, e baiana Majur encerram hoje no Icba a série de eventos Toca!

Eduarda Bittencourt, AKA Duda Beat, foto Ana Alexandrino
Quem curte uma novidade promissora em música pop tem um bom programa para hoje: a estreia em palcos soteropolitanos da cantora pernambucana Duda Beat.

A apresentação, que ainda conta com abertura da baiana Majur, encerra a primeira temporada do ótimo evento Toca!, que levou aos palcos do Icba - Goethe-Institut e Pelourinho diversos artistas jovens ainda pouco conhecidos do grande público, mas que já contam com muitos fãs angariados via plataformas digitais e redes.

Com mais de 4 milhões de plays do seu álbum Sinto Muito bombando nas plataformas digitais, Duda fecha 2018 surfando na crista de uma onda de sucesso que poderá leva-la ainda mais longe em 2019.

Mais: na última terça-feira (11), ela foi anunciada vencedora do Prêmio APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes) na categoria Revelação (Música Popular).

“Foi uma surpresa, artistas muito talentosos estavam competindo comigo na categoria, e acredito que todos nós somos de fato revelações do ano. Mas fico extremamente honrada em receber esse prêmio”, conta a cantora.

E hoje, ela não apenas pisa pela primeira vez em um palco de Salvador: ela pisa pela primeira vez na própria cidade.

“Tô super feliz. Desde o início da turnê Sinto Muito as pessoas de Salvador pedem pra eu ir tocar aí, e enfim rolou! Nunca fui a Salvador nem pra passear, agora finalmente vou conhecer a cidade que sempre quis ir”, comemora a artista.



Ela vai para as cabeças

Duda, foto Ana Alexandrino
Nascida Eduarda Bittencourt, Duda Beat se inscreve em uma categoria de cantoras brasileiras que aliam certo apelo pop com aclamação crítica, assim como Letrux, Mãeana, Alice Caymmi, Luiza Lian etc.

Contemporâneo, o som de Duda conjuga pop eletrônico, tecnobrega e dub com letras de pura dor de amor cantadas sem meias palavras e em indisfarçável sotaque recifense.

O resultado é uma dualidade estética cosmopolita / provinciana muito interessante.

“A estética (da sonoridade do álbum) foi meio a meio. Eu trouxe algumas referências e Tomás Troia (produtor) trouxe outras. Elas conversavam bastante, principalmente pelo fato de que eu e Tomás somos amigos de longa data, então basicamente ouvíamos as mesmas coisas. O processo todo foi uma delícia”, conta.

Bixinho, sua música com maior número de plays (mais de um milhão de streams só no Spotify) é bem representativa do som e da poética de Duda: romântica, dançante e ligeiramente triste. Não à toa, já andou sendo chamada de “Rainha da Sofrência Pop”.

“Meu disco fala de dor de amor, mas tambem de empoderamento, pois luto pelo amor. Sofri isso e coloquei pro mundo. Ser Rainha da Sofrência Pop pra mim é um termo que me define. Faço um som para sofrer e dançar e conversar com diversos nichos”, diz.

Em ascenção, Duda é, definitivamente, uma das apostas de 2019. Pensa que isso a assusta? Pensou errado: “Não me assusta. É importante ser hype pra depois ganhar o mundo certo? Estou trabalhando para ser ampliado esse reconhecimento sim, se depender de mim vou para as cabeças”, afirma, confiante.

Se cuida, Anitta.

TOCA! apresenta: Duda Beat (PE)  e Majur (BA) / Hoje, 17h30 / Pátio do Icba - Goethe-Institut /    1º lote: R$ 50 (meia esgotada) / 2º Lote: R$ 60 e R$ 30 / Vendas: Sympla, Haus Kaffee (Pátio do Icba), Soul Dila (Shoppings Barra e Salvador)

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