sexta-feira, setembro 29, 2017

MÚLTIPLO URUGUAI

Viagem: O pequeno grande vizinho ao Sul oferece muitas opções de passeios e paisagens – e quer conquistar de vez os brasileiros

Plaza Matriz, centro de Montevidéu. Fotos: Chico Castro Jr.
Uma vez perguntaram ao ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica sobre o trabalho que então exercia.

“Para mim é um emprego qualquer. Tomo banho e vou trabalhar”, respondeu, com o estoicismo que o tornou famoso. Visitar o Uruguai é experimentar um pouco desse estoicismo in loco.

Habitado por um povo trabalhador, mas que não se deixa escravizar – não a toa, detentor do melhor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da América Latina –, o pequeno / grande vizinho ao Sul  guarda muito mais surpresas do que sua bela capital Montevideu deixa transparecer.

Até porque a indústria do turismo é hoje uma das principais fontes de renda do país, tendo recebido grandes aportes de investimento, tanto público quanto privado.

O resultado se reflete numa valorização e numa procura cada vez maior do “destino Uruguai” – como se diz no jargão turístico –, competindo de igual para igual com os outros destinos preferidos dos brasileiro na América do Sul, como  Argentina, Chile e Colômbia.

Palacio Salvo, marco arquitetônico da capital
Razões para isso não faltam. Apesar de pequeno, o Uruguai dispõe de uma enorme diversidade de atrações e paisagens. Das cosmopolitas Montevidéu e Punta Del Este, à histórica Colonia de Sacramento, passando pelo turismo rural e de aventura nas estancias, o enoturismo nas vinícolas e as termas ao norte do país, o Uruguai parece oferecer um pouco de tudo para todos.

Junte a isso o ótimo atendimento nos hoteis, restaurantes e estabelecimentos em geral com a acolhida calorosa do povo e o resultado será sem dúvida uma viagem inesquecível para os brasileiros.

Uma estrela para Ghiggia

Uma coisa é certa: é inevitável começar por Montevidéu (a não ser que se vá até lá de  carro). Fria e enevoada no inverno, agradável e ensolarada no verão, Montevidéu é uma típica grande capital sul-americana: grande e multifacetada, pois é histórica e moderna ao mesmo tempo.

O ponto certo para começar é onde a Avenida 18 de Julio (a principal da cidade) e a Plaza da Independencia se encontram: o impressionante Palacio Salvo, símbolo da arquitetura eclética que marca muitos prédios históricos locais.

A estrela do famigerado (para os brasileiros) Ghiggia, na Peatonal Sarandí
Lá mesmo está o pequeno porém adorável Museu do Tango, uma homenagem da cidade ao gênero musical que nasceu ali – e não na Argentina como se costuma pensar.

Depois de ouvir La Cumparsita em 300 versões (homenageada este ano pelo seu centenário) e comprar lembranças na lojinha, bote o pé no caminho, pois há muito a se explorar nas proximidades.

Só nesta região do centro histórico há o centenário Teatro Solís, a Catedral Basílica (do século VXIII), diversos museus, lojas e a adorável Peatonal Sarandí, uma rua só para pedestres (como o nome indica), cheia de restaurantes de parrilla (churrasco) e lojinhas, além de uma calçada da fama com direito a estrelas para grandes uruguaios – entre eles (Alcides Edgardo) Ghiggia, herói do Maracanazo de 1950.

Uma surpresa a cada atração

Casa Pueblo, arquitetura alienígena e vista de tirar o fôlego 
Localizada em Punta Ballena, a 15 quilômetros de Punta Del Este está, provavelmente, o lugar mais apaixonante de todo o Uruguai – e olha que a concorrência é forte: Casa Pueblo, a majestosa habitação / escultura / museu / hotel erguida pelo artista plástico Carlos Paez Vilaró (1923-2014).

Meio grega (toda branca), meio alienígena, a Casa Pueblo está, na verdade, mais para uma cidadela do que para uma casa, tamanho o seu gigantismo e as labirínticas passagens, plataformas, varandas, escadas, salões, corredores.

Encarapitada no topo de um penhasco, debruça-se sobre uma infinita visão do Atlântico Sul, de onde se avista um pôr do sol de tirar o fôlego.

Além da casa em si e da paisagem, há uma vasta mostra permanente da obra e da impressionante história da vida de Vilaró – que visitou a Bahia nos anos 1950 e era amigo de Jorge Amado, Vinícius de Moraes e Pelé, como atestam suas placas em homenagem.

O cassino do Conrad Punta del Este
Pegue a estrada em direção a Punta Del Este, ali perto, e aproveite para conhecer o mais rico e cosmopolita dos balneários latino americanos.

Frequentado por ricos e famosos do mundo inteiro, conta com muitos hoteis de luxo, restaurantes chiquérrimos, o maior cassino da América Latina (no hotel Conrad), boates luxuriantes, belas praias  e shows com artistas do circuito internacional, que são uma rotina local. Um point obrigatório  do turismo de luxo.

Colonia de Sacramento

Menos ostentatória e mais cultural, mas igualmente atraente é a cidade histórica de Colonia de Sacramento.

Conhecida entre nós, brasileiros, como “a Paraty brasileira”, a cidade, fundada em 1680 pelo português Manuel Lobo (então governador da Capitania do Rio de Janeiro), tem todo o seu centro antigo tombado pela UNESCO como patrimônio da humanidade.

Localizada onde o Rio Uruguai encontra o mar, Colonia foi objeto de disputa durante séculos por portugueses e espanhois, chegando a fazer parte do Brasil após a independência, em 1822.

Foi só com a independência do Uruguai, em 1828, que Colonia passou a fazer parte do novo país ao sul de nossa fronteira.

As casinhas de pedra de Colonia de Sacramento
As heranças portuguesa e espanhola, que dominaram a cidade por séculos, se faz sentir na arquitetura das casas, nas ruínas dos fortes  e também nos azulejos (tipicamente lusitanos) que adornam as ruas.

As encantadoras ruazinhas de paralelepípedos do  centro histórico oferecem uma vasta oferta de restaurantes, bares, lojas, museus e pousadas.

Preste atenção na Calle de los Suspiros (Rua dos Suspiros), uma das mais antigas da cidade, do período português, com casinhas típicas muito coloridas e bem conservadas.

Outro ponto curioso são os farois. Há dois: um todo de pedra, desativado. E um mais novo, no qual é possível subir, pagando-se módica quantia, para apreciar a vista.

Um passeio pela orla de Colonia de Sacramento
Em  noite clara é possível avistar as luzes de Buenos Aires, logo ali, do outro lado do braço de mar entre o Uruguai e a Argentina.

Não a toa, todos os dias, ferry boats vindos da capital portenha chegam todos os dias de manhã ao terminal marítimo, trazendo centenas de turistas, que vão embora no barco que sai de tardinha.

Então, não esqueça: ao visitar Buenos Aires, reserve um dia para conhecer a mais importante cidade histórica uruguaia. É pertinho, não é cara -   e vale muito a pena.

Pegue a estrada à Casita

La Casita de Chocolate e seu clima mágico
De carro, de ônibus ou de van, é uma delícia percorrer as estradas uruguaias, quase sempre em ótimo estado - pelo menos pelas que a reportagem de A TARDE percorreu.

Postos Ancap (estatal uruguaia) e da brasileira Petrobras surgem volta e meia pelo caminho, garantindo combustível, banheiros e conveniências aos viajantes.

Mas o melhor mesmo são as surpresas que as estradas nos reservam.

Uma das mais interessantes é La Casita de Chocolate, uma ultrapitoresca casa de chá localizada em uma estradinha de terra em Pueblo Edén, departamento de Maldonado, próximo à Punta del Este.

O Uruguai, assim como a França, é dividido em departamentos, e não em estados.

A Casita, uma casinha mesmo, é fofa por dentro e por fora. Literalmente, é uma casa de família, que colocou sua força de trabalho e a tradição culinária da região à serviço de chás (muitos da flora local e super aromáticas), chocolates quentes, bolos, doces, tortas e sanduíches para comer rezando.

Todo decorado com livros, louças e peças de arte, e com blues e jazz suaves de trilha sonora, parece um lugar à parte, fora do tempo. Este é o  Uruguai, país cheio de surpresas para levar na memória.

A PRIMEIRA VINÍCOLA

Os parreirais de Juanicó no frio de agosto
A apenas 30 minutos de carro de Montevidéu ergue-se uma espécie de Santo Graal para enófilos do mundo todo: a primeira (e maior) vinícola uruguaia. O Estabelecimiento Juanicó, parada obrigatória para apreciadores da bebida dos deuses, botou o Uruguai no mapa mundial do vinho com a esplêndida, (quase) exclusiva  e ultra seca uva tannat

É no departamento de Canelones, a meros 38 quilômetros da capital Montevidéu, que se localiza uma das vinícolas mais importantes das Américas: é o Estabelecimiento Juanicó, fundada em 1830 por um imigrante  espanhol chamado Francisco Juanicó.

“Ao se mudar aqui para a região, ele percebeu que as pessoas bebiam muito vinho, mas não havia vinícolas na região”, conta Pedro Pohlmann Griboni, o simpático enólogo e guia gaúcho que recebe e instrui visitantes no local e durante as degustações.

Francisco rompeu com a tradição essencialmente pecuária da região: construiu uma cave e começou a vinícola, aproveitando-se do seu clima ameno e do seu solo argiloso-calcário ondulado, o que  favorece a drenagem da água e a produção de vinhos.

Na cave  histórica, vinhos repousam em barris de carvalho francês
“Por cinco gerações, a vinícola permaneceu propriedade da família Juanicó, até que, ali em meados do século 20, ela se torna estatal. Só em 1979 ela foi adquirida por  Juan Carlos Deicas”, narra Pedro caminhando entre os parreirais, ainda vazios no frio de agosto, quando a MUITO visitou o local.

Cheios de planos, Deicas e sua família resolveram levar a vinícola a  patamares de excelência ainda não experimentados por qualquer outra similar uruguaia.

“Nos anos 1970, os vinhos do Novo Mundo (Estados Unidos, Austrália, Chile, Argentina, África do Sul)  começaram a chamar atenção das comunidades enófilas, mas o Uruguai ainda não tinha uma vinícola que o representasse”, lembra o guia.

Foi preciso mais de uma década de investimento, estudos de especialistas internacionais contratados e muito trabalho para, finalmente, o Estabelecimiento Juanicó oferecer ao mundo seu primeiro vinho de padrão mundial.

Foi em 1992 que a família Deicas lançou o vinho Preludio – o nome, emprestado do jargão musical, não foi a toa: trata-se da introdução, do começo de uma peça erudita.

Preludio, o vinho que botou Uruguai no mapa
“Feito com seis uvas (Tannat, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Merlot, Petit Verdot e Marselan),  o Preludio ‘92 foi muito bem recebido pela mídia especializada mundo afora. Até hoje ainda está no mercado. Foi neste momento que o Uruguai foi reconhecido como um grande produtor de vinhos”, relata.

Aberta a porteira, a vinícola lança quatro anos depois, em 1996, o vinho que é o seu  maior sucesso: Dom Pascual Tannat Roble.

“Até hoje, uma em cada quatro garrafas de vinho abertas no Uruguai é Dom Pascual”, afirma Pedro.

Com mais de 200 hectares em Juanicó (há mais dois vinhedos da empresa em outras regiões do Uruguai), o Estabelecimiento produz diversos tipos de uvas, mas é mais conhecido pela especialidade da região, a Tannat.

Nativa do sudoeste da França (região de Madiran), a Tannat foi levada para o Uruguai por colonizadores bascos e hoje ocupa 1/3 dos vinhedos do Uruguai, um total duas vezes maior do que o produzido na própria França.

Sua principal característica é sua enorme carga tânica, ou seja: é tanino que não acaba mais. O tanino é um polifenol de origem vegetal que ajuda a proteger as plantas do ataque de herbívoros e microorganismos.

Nos vinhos, os taninos se concentram na casca da uva e são os responsáveis pela sensação de secura que ataca a boca logo no primeiro gole.

Para diminuir a agressividade da sensação, há várias técnicas que amenizam e integram os taninos ao vinho.

Uma das muitas edificações históricas de Juanicó
No Estabelecimiento Juanicó, o Preludio (por exemplo) descansa por três anos em barris de carvalho franceses e norte-americanos. E depois, mais três já engarrafados.

Pesquisas mais recentes apontaram os vinhos puxados no tanino como os mais saudáveis, graças às suas propriedades anti-oxidantes, auxiliando principalmente na redução dos níveis do colesterol.

Notas inescrutáveis 

Considerações enófilas à parte, visitar o Estabelecimiento Juanicó é um passeio encantador mesmo para quem não é exatamente adepto da bebida.

Rodeada de uma natureza exuberante, a vinícola conta com vários prédios históricos erguidos pelos índios guarani, incluindo a cave aberta por Francisco Juanicó em 1830, perfeitamente conservada.

Não a toa, o Estabelecimiento foi nomeado Monumento Historico Nacional pelo governo uruguaio.

Pedro, o guia gaúcho que sabe tudo de vinho
Durante a visita, o guia nos conduz pelos vinhedos e depois pelos prédios, passando pela área industrial e em seguida pelas caves, dando uma verdadeira aula sobre as uvas, suas variedades, os processos de vinificação, de envelhecimento e finalmente, a degustação, onde identifica todas aquelas notas – “couro, ameixa em estado de geleia, frutas vermelhas, chocolate, café” etc – inescrutáveis aos pobres mortais.

Na verdade, não é que haja todos esses ingredientes nos vinhos. “Algumas moléculas presentes no vinho são as mesmas presentes nesses elementos  citados pelos enófilos, daí a sugestão das notas”, esclarece Pedro, já à mesa do restaurante da vinícola.

O almoço, no amplo salão aquecido por lareira, segue o esquema clássico: entrada, prato principal, sobremesa.

A cada passo, um vinho diferente para harmonizar (fora o espumante oferecido nas boas-vindas). O prato principal, claro, não poderia ser outro: parrilla (churrasco).

Só que há pelo menos dois diferenciais na parrilla uruguaia. O primeiro é que o gado (do Estabelecimiento, mesmo) é criado em uma pasto essencialmente plano. Sem subir ou descer encostas (ou seja, sem se exercitar), a  carne permanece macia, macia.

O salão de jantar aquecido pela lareira 
O segundo diferencial é o preparo: a parrilla uruguaia é assada à lenha – e não no carvão, como se costuma fazer.

Resultado: o melhor churrasco que o humilde repórter já teve o prazer de devorar. Destaque para a molleja, nada mais que o rim do gado, que simplesmente derrete na boca e não se encontra para preparar no Brasil.

Após a sobremesa, vale aquela passada na lojinha na loja da vinícola para trazer ao Brasil algumas garrafas de vinho e do azeite de oliva da casa, outra preciosidade, além das lembrancinhas de sempre.

Só não faça como o repórter, que perdeu a noção do valor dos seus poucos Pesos após algumas taças e saiu ligeiramente endividado da casa...

A propósito, sim, eles aceitam cartão de crédito internacional, claro.

Comer, ficar, ver, curtir, lembrar: dicas rápidas

Teatro Solís, o principal palco de Montevidéu
Enjoy Conrad: O hotel, símbolo de Punta Del Este, tem cassino e tudo o que famílias e casais  apreciam

The Grand: De arquitetura curiosa, é a opção mais descolada para ficar em Punta

Regency Way: Bem no coração do bairro de Pocitos, é ótima opção mais em conta para ficar em Montevidéu

Garcia: Parrilla de primeira, no charmoso bairro Carrasco 

La Casita de Chocolate: Nos confins de uma estradinha em Pueblo Eden, uma  adorável casa familiar de chá, doces, bolos. Clima inexplicável, só indo

Carlos Gardel o aguarda à porta do Bar Facal, reduto dos intelectuais
Bar Facal: Tradicional ponto dos intelectuais da capital, tem estátua de Gardel, fonte, chivitos,  garçons divertidos e o melhor sorvete de doce de leite

Estabelecimiento Juanicó: Mais antiga vinícola uruguaia, a 2,5 horas de Montevidéu. O restaurante oferece harmonização dos vinhos da casa com a parrilla. Inesquecível

Puro Verso: Livros, música, HQs: a cultura uruguaia floresce na Peatonal Sarandí

Pulperia de Los Faroles: Excelente opção para almoçar ou jantar em Colonia de Sacramento

Francis: Sofisticado restaurante da capital, nos bairros de Carrasco e Punta Carretas. O matambrillo de porco dá para um casal

A Casa Pueblo nunca é demais
Casa Pueblo: Escultura gigantesca, casa de um grande artista. Ir ao Uruguai e não ver a Casa Pueblo é como não ir ao Uruguai

Teatro Solís: Com 161 anos, o principal palco da capital. Necessário

Catedral Metropolitana: Majestosa, de 1720. Tem que ver

O repórter viajou ao Uruguai (representando o jornal A TARDE) a convite do Ministerio de Turismo de Uruguai

9 comentários:

Rodrigo Sputter disse...

puxa chico...que chato hein??
fico pensando...se "fôssemos" uma cidade menos careta...vc faria uma matéria gonzoniana e ia ser foda...imagina? ir pra lá e aloprar e depois fazer um puta texto aloprado? bem escrito?? mas aqui na terra do acm pai/filho/neto...que bolsonazi é mito (pra eles)..."só" viajar pra esse país de ex-presidente comuna...já é uma sorte grande...eu tenha uma ex-professora da facul, que é minha amiga, que tem uma mãe de 90 anos que mora lá (detalhe: sozinha), a fofíssima senhorinha me convidou pra passear lá e ficar o tempo que quiser...mas o idiota aqui com medo de avião não vai...se eu for, minhas parcas economias se vão tb...enfim...tenho uma puta vontade de conhecer o uruguai!

Franchico disse...

Se joga, Sputter! Também já tive medo de avião, mas superei. Bobagem pura. Corremos muito mais risco nas estradas (e nas ruas) deste país de psychos!

Junta uma grana aí, aproveita que vc ainda mora na casa da mãe e lá não vai pagar hospedagem. Divide a passagem em dez vezes, fica barato. Não tem coisa melhor que viajar não, man. Vale a pena demais. SE JOGA!

Rodrigo Sputter disse...

em breve sai uma entrevista comigo no site de salvatore, rivotravel...na verdade eu poderia pedir uma ajuda aos meus pais, qualquer graninha extra que possam me dar (se é que conseguiriam me dar) seria de bom grado com certeza...eu ando de bike o tempo todo, mais perigoso que avião...e tb penso assim uma viagem dessa sai caro...aí toda a graninha pouca que juntei vai pelos ares...mas posso morrer e ficar tudo aí...o pior de tudo é que sei q pra mim só precisaria da passagem de avião...estadia e rango teria de oa...eu gosto de viajar tocando, porque sai mais barato ou de graça...mas muitas vezes tb num dá pra dar aquela passeada...

tava vendo isso ó

https://www.youtube.com/watch?v=QM44uy-Bq-4

nem falam dos Honkers...
~=o(-
heehhehehehe

curiosamente a única banda citada na ativa é a retrofoguetes...o ano foi 2006 mesmo né?

Franchico disse...

Porra, Sputter!

Vai trabalhar, sacana! Junta dinheiro, gasta, volta, trabalha de novo, junta grana, viaja, gasta, volta, trabalha de novo!

Para campados como nosotros, é assim que funciona.

E não me venha com esse papo de "não encontro trabalho". Se vc não tivesse sua mãe, vc ia ter que trabalhar para não morrer de fome, né não? É foda, eu sei, mas é a vida adulta. Welcome to your life, já diziam os imortais Tears For Fears. Então corra atrás!

Sim, foi 2006. Good times. Eu até ainda tinha cabelo...

Rodrigo Sputter disse...

aliás, uma pena a trama virtual ter fechado...tinha tanta coisa bacana lá de banda que só achava lá...essa "rapidez" internética acho um saco...tudo fica muito solto...

Rodrigo Sputter disse...

tou na vida adulta há anos...procurando...ajeitando uma ponta aqui e ali...mas vai melhorar com fé em jah...e o pior...não sou só eu que tá nessa situação...uma galera que eu conheço tá...barril...tenho amigo que morreu de fome...mas surtou...coitado...mais velho que a gente...enfim...paz pra ele...tb era formado em filosofia que nem eu...do rock...nesses tempos futuros que virão...o bicho vai pegar...mas precisa de força pra superar...


e eu tinha topete em 2006...gigante...hoje tudo se foi, que nem 99% das bandas do video...mais a retro e o rockloco seguem firmes e fortes...

Rodrigo Sputter disse...

http://br.ign.com/harry-dean-stanton/53371/news/morre-harry-dean-stanton-de-twin-peaks-e-alien-o-oitavo-pass

putz...soube agora acidentalmente...nem lembrava que ele tinha 91 anos...parece que o novo filme dele vai ser bom...um ateu de 90 anos em busca da iluminação...curioso é que só saiu essa notinha em toda internet brazuca...pelo menos só vi essa...as lendas estão indo embora...mas ainda existem outras...

Franchico disse...

RIP TOM PETTY

https://g1.globo.com/musica/noticia/tom-petty-e-levado-ao-hospital-apos-ataque-cardiaco-diz-site.ghtml

Tá ruim demais isso, nossa. Semana passada foi Charles Bradley, agora o menino Tom...

Os bons tão indo, só os fascistas nojentos tão ficando. PARA O MUNDO PELAMORDEDEUS!

Rodrigo Sputter disse...

tiraram do ar seu video da casa pueblo chico.