terça-feira, abril 05, 2011

VAMOS NESSA PARA A REGIÃO SUTIL

O cantor e multi-instrumentista Alex Pochat tem história para contar nesse rock baiano. Baixista das formações iniciais do Cascadura, gravou os dois primeiros álbuns da banda: Dr. Cascadura #1 (1995) e Entre! (1998).

Depois saiu e converteu-se à doutrina de meditação transcendental Brahma Kumaris, tornando-se até professor.

Em paralelo, desenvolve pelo menos duas linhas de atividade musical: com sua banda Os Cinco Elementos, de rock, e como membro da Oficina de Composição Agora, que busca produzir e divulgar a música erudita baiana contemporânea.

Mas é seu trabalho com Os Cinco Elementos que nos interessa aqui e agora. Em 2007, ele lançou o primeiro álbum do grupo, autointitulado e um verdadeiro “tesouro perdido” do rock baiano, já que foi, vergonhosamente, pouco ouvido.

É triste que tão poucas pessoas conheçam a sonoridade, riquíssima e carregada de vibrações positivas, de faixas como Região Sutil e A Semente.

Rock + étnico + erudito

Agora, depois de um tempo parada, a banda retorna pra valer aos palcos com uma apresentação depois de amanhã, no bar Ali do Lado (Rio Vermelho).

“Esse show é uma forma de esquentar as músicas recentes, formar um repertório novo de autorais e covers”, conta Alex.

Quando lançou seu primeiro disco, muitos o rotularam como “rock progressivo”, algo que ele não concorda. “Cada música contém várias gamas de influencias e estilos diferentes, por isso o pessoal disse que o disco era de rock progressivo”, crê.

“A ideia é que os conceitos estejam todos misturados ali. Então, quem descobrir aonde estão as coisas ganha um prêmio. Espero que ninguém descubra, claro”, ri a figura.

Caleidoscópico, o som de Pochat mistura, com maestria, rock com música indiana e erudita.

“O rock 'n' roll é o meio, o veículo. A música erudita é como se fosse o tempero. A meta é misturar as três vertentes, com as quais estou envolvido até a cabeça. Especialmente com o rock ‘n’ roll, que tá entranhado, não sai da pele”, declara.

Na quinta-feira, portanto, abra sua mente e compareça para conferir um dos maiores talentos do rock local no Ali do Lado, bar convertido em Região Sutil por algumas horas.

Alex Pochat & Os cinco Elementos e Autoreverso / Quinta-feira, 21 horas / Ali do Lado Boteco musical / R$ 10

Foto Alex Pochat & Os Cinco Elementos: Marcela P.

NUE-EETAAS!...

Vendo 147 de graça
Neste sábado tem comemoração de cinco anos do Circuito Fora do Eixo em Salvador – via Rogério Big Bross, Cássia Cardoso (Quina Cultural) e parceiros / voluntários. A festa terá Vendo 147 e convidados e rola no Largo Tereza Batista (Pelourinho), às 21 horas. Grátis!

Lunata estreia dia 16
Banda nova no pedaço: chama-se Lunata, é um quinteto e estreia em grande estilo com EP (Não Esquece o Guarda-Sol) produzido por Jorge Solovera e show no Teatro Sitorne, no próximo dia 16. A banda Quarteto de Cinco faz as honras da casa. Balada cedo: 18 horas, R$ 15.

Dão todo sábado
Dão & A Caravana Black fazem show todos os sábados de abril no Jequiti’Bar, 21h30, R$ 15.

14 comentários:

Franchico disse...

Sharon Tate, a única pessoa que será assasinada duas vezes.

http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2011/04/lindsay-lohan-pode-viver-atriz-assassinada-sharon-tate-em-filme.html

Eu tb vou fazer um filme. Vou ser Marlon Brando, fase O Selvagem / Um Bonde Chamado Desejo.

Anônimo disse...

considero alex pochat um artista que sempre buscou a experimentação estética alimentada pela liberdade filosófica que abraçou na vida...daí, creio, tanta criatividade e instigação pela criação...um exemplo para o rock baiano infestado de tantos derivativos de los hermanos para cá e strokes para lá...
cláudio moreira

Franchico disse...

Num é querendo dar "ozadia" não, mas o Claudesc, desta vez, está certo....

Nei Bahia disse...

Pochat é 10...sempre foi 10!!!!

Franchico disse...

Só mesmo Pochat para fazer Cláudio e Nei concordarem em alguma coisa. Mas o cara é phoda mesmo. Sou fã assumido, do cara e do músico. Um sujeito cheio de ideias e pretensões artísticas, mas completamente desprovido de "rei na barriga". Um exemplo e tanto para uns e outros aí, que tão precisando é descer do salto.

glauberovsky disse...

pochat, eu te i love you, cara!
GLAUBEROVSKY

Franchico disse...

Uma outra coisa do caralho que ele está fazendo é aproximar gente boa da Escola de Música da Ufba do rock baiano, como Paulo Rios e Túlio Augusto, que estão aí nos Cinco Elementos, entre outros. O rock só tem a ganhar (e crescer) com isso. Essa é uma troca de figurinhas que precisa ser aprofundada e acontecer com mais frequencia, envolvendo mais gente, mais bandas. E Pochat, pelo visto, é o principal elemento agregador aí.

Anônimo disse...

creio que sua fala, chico, sobre mim revela mais sobre ti do que sobre mim...no fundo, acho que minhas posições claras (certas ou erradas, mas de fato minhas) sobre música me trouxeram muita antipatia, mas pelo menos falei o que penso e o que muitos só têm coragem de falar comigo em mesa de bar, como no caso do hype em torno das retroescavadeiras...eu já fui defenestrado deselegantemente aqui nesse blog, mas, deus sabe o motivo, nunca desisti de participar do debate...agora, nei turvou a consciência e o profundo conhecimento musical por causa da amizade histórica com membros de bandas festejadas...depois que virou dj é que melou de vez mesmo...
cláudio moreira

cebola disse...

Qual é a nooota, maestro!??
Pochat put to fuck!! Sempre.

Franchico disse...

Claudinho, deixe de bobagem, vc continua bem-vindo aqui e suas opiniões são respeitadas (pelo menos por mim). O que não significa que tb não continuarei vigilante quanto a vc (e a qualquer outro) que entre aqui para ficar perseguindo quem quer que seja. Isso eu não vou permitir, sorry. Mas como vc vê, nunca mais tivemos problemas com seus comments. É que ter opiniões divergentes é uma coisa (salutar, inclusive). Perseguição é outra, são another five hundred. E ah, deixe Nei quieto, viu? Ele não te fez nada. Quem disse que vcs concordaram fui eu. (Bobagem minha, pelo visto).

Márcio A Martinez disse...

Aiaiai... here we go again... or not!

TAZremos todos lá hoje!

Meu Claudicante amigo também, não?

Anônimo disse...

não márcio...na taz, já "fui, vi e venci" e não pretendo bater ponto porque é o tipo de evento/ocasião que mesmo com toda verve filosófica implícita se vai uma vez e se capta toda sua essência...no fundo, marcos seraphin conseguiu brilhantemente, no que merece aplausos, transformar o bar ao lado da casa dele num point pra lá de alternativo nas terças à noite da cidade...gênio esse rapaz, hein?!
cláudio moreira

Anônimo disse...

engraçado é que claudio nunca foi visto em show de pochat, que ele elogia tanto. mas, nei, que ele vive de ter como seu saco de pancadas particular e absolutamente o ignora, foi em todos. Ouvi aí alguém falar: HIPÓCRITA??
antônimo

Franchico disse...

Claudinho, não consigo entender essa questão que vc faz de se indispor com as pessoas que vc deveria tratar, senão como amigas, como conhecidos cordiais, aliados até. Por favor, vou pedir mais uma vez: pare de ficar "torpedeando" pessoas conhecidas nossas, muitas das quais considero amigas, pelo Rock Loco. Pega mal pra vc e pra mim também, fica parecendo que eu aprovo isso. Aí fico naquele dilema: te censurar ou permitir que vc ofenda pessoas amigas na minha casa? Cê tá vendo a situação difícil que vc põe (lá ele) seu amigo aqui? Vc já notou que nem Cebola, nem Nei, nem Marcos te respondem mais? Só mesmo eu, que administro a casa, e Márcio, essa bondade em forma de gente, ainda dialogam com vc aqui. Relaxe, irmãozinho. Eu tb ando cheio de ódio no coração, mas não contra quem que seja por aqui. E sim, contra o governo, o povinho bunda, a exploração, a corrupção endêmica, o entretenimento rasteiro generalizado tratado como arte, a classe política vagabunda e absolutamente apodrecida de alto a baixo que aumenta seus próprios salários e suga nosso sangue, o STF que só vota contra as causas populares legítimas e a favor de canalhas fichados na polícia, o buraco negro que engole a grana absurda que pagamos de imposto sem termos qualquer retorno, o caos aéreo, o caos na saúde, a selvageria do trânsito, a violência desenfreada, nego morrendo de dengue sem mais nem nenos, a glorificação do bullying e da ignorância nas escolas públicas e privadas, o enriquecimento absurdo e a glorificação de jogadores de futebol imbecis que usam cortes de cabelo medonhos e influenciam crianças, putz, é tanta coisa que me dá ódio, Claudinho... Mas aqui, entre nós, não, sabe? Não tenho raiva (ódio talvez seja uma palavra forte demais para se aplicar a vc) de nada nem de ninguém aqui. Pelo contrário. Gostaria que vc pensasse como eu. Mas enfim, cada cabeça... Um beijo no seu coração, Chico.