Lou Reed furou com os fãs brasileiros, quando, sem uma justificativa razoável – somente a velha e esfarrapada desculpa das “razões pessoais“ – cancelou sua vinda à Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa amanhã, na agradável cidade colonial carioca.
Para consolar, saiu pela Companhia das Letras o livro que já estava programado para aproveitar sua passagem pelo Brasil: Atravessar o fogo - 310 letras de Lou Reed.
O calhamaço com quase 800 páginas reúne a venerável produção poética de um dos maiores bardos do rock ‘n‘ roll, na tradução competente da dupla curitibana Christian Schwartz e Caetano W. Galindo.
De qualquer forma, pode-se dizer que o cano na Flip não doeu tanto: o homem nem ia cantar mesmo, só falar e ler suas letras – de fato, uma pena, mas uma perda menor do
que se tivesse cancelado um show.
E olha que, com o Reed de hoje em dia, nem isso é garantia de satisfação. No início de julho, ele, sua esposa Laurie Anderson e o jazzista John Zorn foram vaiados em um show no Canadá por que só tocaram música instrumental. Detalhe: o ingresso custou salgados 100 dólares.
O incidente das vaias em Montreal, protagonizado por um Lou Reed quase septuagenário – ele hoje tem 68 anos – porém, não tira do eterno líder do Velvet Underground nem um milímetro sequer do brilho de sua obra pregressa e da sua folha corrida de serviços prestados ao rock ‘n‘ roll e a cultura pop – que ele hoje parece olhar com desdém.
Afinal, a se contar do primeiro LP da sua banda Velvet Underground (o “disco da banana“, lançado em 1967) até hoje, são mais de 40 anos de uma produção cuja escala vai de no mínimo, instigante – nos seus momentos menos brilhantes – a absolutamente sublime – nas obras mais inspiradas.
E foi justamente inspiração o principal recurso dos tradutores de Atravessar o fogo para a singular tarefa de verter os indomáveis versos do poeta do Brooklyn para o português brasileiro coloquial. O principal, mas não o único, claro.
“Posso dizer que minha parte deu bastante trabalho. A dificuldade não estava nos textos em si – exceto, talvez, pelos discos do VU, antes da sua fase mais narrativa“, conta Christian Schwartz, professor e doutorando em História Social na Universidade de São Paulo (USP).
“Nestes primeiros discos, era sempre complicado achar a ponte de significado ideal para a travessia do leitor brasileiro – seja pelo nonsense próprio de algumas letras de rock, seja porque muita coisa era referência a personagens e, particularmente, a um espírito de época que, em certos momentos, me parecia intraduzível para os dias de hoje sem um recurso que sempre se procura evitar: notas de rodapé“, observa Christian.
Perguntas sem resposta
Em suma: não foi fácil para a dupla. Até porque o autor não é lá muito acessível a questionamentos, como ele mesmo escreve na introdução do livro: “Os tradutores me pedem explicações sobre palavras e frases que não posso dar. Algumas coisas me são desconhecidas. Algumas perguntas não podem ser respondidas. E certas vezes escrever significou apenas seguir o ritmo e o som e inventar palavras sem sentido algum além da sensação que transmitiam“, justifica Reed.
Restou a Christian e Caetano, além do conhecimento acumulado (que, felizmente, não é pouco), frequentar fóruns de discussão dos fãs. “Ideia, aliás, que as tradutoras de Reed na França e na China (!) também tiveram – e foi engraçado ver quais eram as dúvidas delas, que muitas vezes eram as minhas também“, ri Christian.
“Precisamos penar para achar o equilíbrio exato entre o prosaico brasileiro (a tradução nunca pretendeu ser poética) e o coloquial nova-iorquino dos anos 1970/80“, acrescenta.
Já no caso de Caetano, responsável pelas safras mais recentes, a pedreira The Raven (de 2003, versão para o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe), “foi um tanto mais difícil, por causa das referências ao mundo e ao texto de Poe. Mas OK, eu gosto de brincar de pastiche“, confessa o professor da Universidade Federal do Paraná e doutor em Linguística pela USP.
Para Caetano, a despeito das atuais pretensões eruditas de Reed, o que vai ficar mesmo do autor “é o Velvet Underground. Harold Bloom diz que os poetas tendem a durar dez anos no apogeu. A gente se engana ao pensar que deve ser diferente com música pop. Todo mundo decai seu tanto“, reflete.
Atravessar o Fogo - 310 Letras de Lou Reed / Lou Reed / Trad: Caetano W. Galindo e Christian Schwartz / Cia. das Letras / 792 p. / R$ 51,50
Para consolar, saiu pela Companhia das Letras o livro que já estava programado para aproveitar sua passagem pelo Brasil: Atravessar o fogo - 310 letras de Lou Reed.
O calhamaço com quase 800 páginas reúne a venerável produção poética de um dos maiores bardos do rock ‘n‘ roll, na tradução competente da dupla curitibana Christian Schwartz e Caetano W. Galindo.
De qualquer forma, pode-se dizer que o cano na Flip não doeu tanto: o homem nem ia cantar mesmo, só falar e ler suas letras – de fato, uma pena, mas uma perda menor do
que se tivesse cancelado um show.
E olha que, com o Reed de hoje em dia, nem isso é garantia de satisfação. No início de julho, ele, sua esposa Laurie Anderson e o jazzista John Zorn foram vaiados em um show no Canadá por que só tocaram música instrumental. Detalhe: o ingresso custou salgados 100 dólares.
O incidente das vaias em Montreal, protagonizado por um Lou Reed quase septuagenário – ele hoje tem 68 anos – porém, não tira do eterno líder do Velvet Underground nem um milímetro sequer do brilho de sua obra pregressa e da sua folha corrida de serviços prestados ao rock ‘n‘ roll e a cultura pop – que ele hoje parece olhar com desdém.
Afinal, a se contar do primeiro LP da sua banda Velvet Underground (o “disco da banana“, lançado em 1967) até hoje, são mais de 40 anos de uma produção cuja escala vai de no mínimo, instigante – nos seus momentos menos brilhantes – a absolutamente sublime – nas obras mais inspiradas.
E foi justamente inspiração o principal recurso dos tradutores de Atravessar o fogo para a singular tarefa de verter os indomáveis versos do poeta do Brooklyn para o português brasileiro coloquial. O principal, mas não o único, claro.
“Posso dizer que minha parte deu bastante trabalho. A dificuldade não estava nos textos em si – exceto, talvez, pelos discos do VU, antes da sua fase mais narrativa“, conta Christian Schwartz, professor e doutorando em História Social na Universidade de São Paulo (USP).
“Nestes primeiros discos, era sempre complicado achar a ponte de significado ideal para a travessia do leitor brasileiro – seja pelo nonsense próprio de algumas letras de rock, seja porque muita coisa era referência a personagens e, particularmente, a um espírito de época que, em certos momentos, me parecia intraduzível para os dias de hoje sem um recurso que sempre se procura evitar: notas de rodapé“, observa Christian.
Perguntas sem resposta
Em suma: não foi fácil para a dupla. Até porque o autor não é lá muito acessível a questionamentos, como ele mesmo escreve na introdução do livro: “Os tradutores me pedem explicações sobre palavras e frases que não posso dar. Algumas coisas me são desconhecidas. Algumas perguntas não podem ser respondidas. E certas vezes escrever significou apenas seguir o ritmo e o som e inventar palavras sem sentido algum além da sensação que transmitiam“, justifica Reed.
Restou a Christian e Caetano, além do conhecimento acumulado (que, felizmente, não é pouco), frequentar fóruns de discussão dos fãs. “Ideia, aliás, que as tradutoras de Reed na França e na China (!) também tiveram – e foi engraçado ver quais eram as dúvidas delas, que muitas vezes eram as minhas também“, ri Christian.
“Precisamos penar para achar o equilíbrio exato entre o prosaico brasileiro (a tradução nunca pretendeu ser poética) e o coloquial nova-iorquino dos anos 1970/80“, acrescenta.
Já no caso de Caetano, responsável pelas safras mais recentes, a pedreira The Raven (de 2003, versão para o poema O Corvo, de Edgar Allan Poe), “foi um tanto mais difícil, por causa das referências ao mundo e ao texto de Poe. Mas OK, eu gosto de brincar de pastiche“, confessa o professor da Universidade Federal do Paraná e doutor em Linguística pela USP.
Para Caetano, a despeito das atuais pretensões eruditas de Reed, o que vai ficar mesmo do autor “é o Velvet Underground. Harold Bloom diz que os poetas tendem a durar dez anos no apogeu. A gente se engana ao pensar que deve ser diferente com música pop. Todo mundo decai seu tanto“, reflete.
Atravessar o Fogo - 310 Letras de Lou Reed / Lou Reed / Trad: Caetano W. Galindo e Christian Schwartz / Cia. das Letras / 792 p. / R$ 51,50
PADRINHOS INFLUENTES
Há uma antiga anedota roqueira que dimensiona bem o tamanho da influência de Lou Reed – seja como músico ou poeta – e do Velvet Underground. Ela dizia que pouquíssimas pessoas assistiram ao show do VU. Mas todo mundo que viu, saiu correndo para formar a própria banda.
Pré-punk e art-rock na essência, o Velvet tinha na instrumentação – entre tosca e vanguardista – e na poesia suja de Reed suas marcas mais fortes.
Não por acaso, foi pedra fundamental para o surgimento de gerações de bandas que transitam entre o pós-punk, o experimental e o indie shoegaze, como Joy Division, REM, Jesus and Mary Chain, Cowboy Junkies, Teenage Fanclub, Yo La Tengo, Pavement, todos os grupos da geração chamada Class of ‘86 e muitas outras ainda hoje.
Nascido no Brooklyn em uma família de judeus, Lewis Allan Reed aprendeu sobre “a beleza da frase simples“ com seu mestre na Universidade de Syracuse, o renomado poeta norte-americano Delmore Schwartz.
Depois de sair do Velvet Underground em 1971, banda apadrinhada por Andy Warhol, saiu em carreira solo e caiu nas graças de David Bowie, que produziu seu maior hit: Walk on the Wild Side, de 1972.
BLU-REED VISIONS
Personalidades do rock baiano comentam suas letras preferidas de Lou Reed
Legendary Hearts, por Miguel Cordeiro (Koyotes)
Sem as letras das canções o rock´n´roll não sobreviveria ao teste da passagem do tempo. Lou Reed faz parte do seleto grupo de poetas roqueiros que direcionaram este gênero musical para outro patamar, ao mesclar os três ou quatro acordes básicos que o caracteriza com influências literárias – dos clássicos aos beats. A canção Legendary Hearts é exemplo disto. A partir de conflitos do dia a dia das relações afetivas da vida contemporânea, Lou Reed cria uma estória shakespeareana onde contrapõe o prazer efêmero com a eterna busca dos amores lendários que transcendem a existência humana.
Perfect day (Transformer, 1972), por Marcos Rodrigues (Theatro de Séraphin)
Perfect day é do mítico Transformer (1972), segundo álbum solo de Lou Reed depois do Velvet Undeground, e que tem produção de David Bowie. A canção foi regravada inúmeras vezes por artistas que vão de Patti Smith à Anthony and The Johnsons, passando por Duran Duran. Também fez parte da trilha sonora do cult movie Trainspotting (1996). Tudo isso torna a música conhecida e importante dentro da obra de Lou Reed. Nada disso, no entanto, explica a combinação mágica entre a letra, que faz um relato aparentemente suave do cotidiano banal (uma marca de Reed), com a melancólica melodia, de um tom menor quase jazzístico conduzido pelo piano e por cordas. Versos como "You Made Me Forget Myself/I Thought I Was Someone Else/Someone Good" deixam subtendido, no entedimento de muitos comentadores, que a música tem a ver com a dependência de Lou Reed com a heroína; daí sua utilização em Trainspotting. De uma forma ou de outra, o lirismo de Perfect Day transcede qualquer interpretação. It's just a perfect song.
Walk on The Wild Side, por Ricardo Spencer, cineasta
Vertido em apenas duas notas, o submundo de Nova York é exposto nesta crônica de Lou Reed. Como poeta da observação, é cinematográfico ao descrever personagens e hábitos, recortados deste mundo que ele nos apresenta. Segundo as palavras do próprio, "achei que seria engraçado apresentar às pessoas estes personagens que elas não gostariam de conhecer". Lou Reed se refere a sua turma, da Factory de Andy Warhol, do Max's Kansas City e do lado escuro das ruas. E assim o faz, estrofe a estrofe. "Holly came from Miami F-L-A / Hitchhiked her way across the U.S.A. / Plucked her eyebrows on the way / Shaved her legs and then he was a she / She sais, Hey babe, take a walk on the wild side." Poucas palavras e mil imagens no horizonte de um mundo escancarado, onde o seu protagonista é Haroldo Santiago. Lou descreve as pernas sendo raspadas e o homem se transformando em Holly Woodlawn, travesti portoriquenho que passou por várias em Nova Iorque até ser acolhida por Warhol e seus filmes. "Little Joe never once gave it away / Everybody had to pay and pay / A hussle here and a hussle there / New York City's the place where they said" é o trecho para Joe Dalessandro, ator de cinema underground, prostituto, e que Lou Reed expõe a maneira profissional de vender o corpo. Ainda Sugar Plum Fairy, Jackie Curtis e a mitológica Candy Darling, são devassadas com exuberância por Reed neste retrato de realidade. Nessas notas do underground.
All Tomorrow´s Parties, por Sérgio Cebola Martinez, Banda de Rock Triste e ex-Berlinda
Muitos já escreveram sob e sobre drogas. Poucos com tanta propriedade e crueza como Lou Reed. O mesmo vale para suas descrições das ruas, das vielas, do verdadeiro underground com suas prostitutas, traficantes, viciados, travestis, marginais de toda a espécie...a Nova York subterrânea. E poucos também, conseguem desenvolver em traços tão marcantes, personagens mergulhados neste contexto. É a Lisa (Lisa Says), Stephanie (Stephanie Says), Candy (Candy Says), e a personagem sem nome de que trata a canção All Tomorrow´s Parties, mergulhada em depressão. Em All Tomorrow´s Parties, Lou Reed identifica o desespero e solidão na busca pelo prazer e alienação de uma personagem que enfim, mergulha em seu próprio vazio existencial. Qual uma Cinderela do underground: “E quais trajes a pobre moça irá usar / Para todas as festas de amanhã / Um vestido de farrapos de não se sabe onde / Para todas as festas de amanhã / E onde ela irá, e o que ela fará / Quando for por volta da meia-noite? / Ela se virará mais uma vez para o palhaço dominical e vai chorar atrás da porta”. A narrativa segue, e Reed define do que se trata o tal “palhaço dominical”: “Para cada criança de Quinta há um palhaço de Domingo”. Chorando, após sua busca por prazer e felicidade, atrás da porta. Só, novamente.
The Kids, por Osvaldo Braminha Silveira (MTV Salvador)
The Kids é a musica central do mais sombrio dos discos de Reed, o conceitual Berlin. Com o badalado produtor Bob Ezrin no comando, apoiado por um time de super músicos, alem de orquestra, Berlin conta de forma desconexa a historia da junkie Caroline, em meio a decadência e promiscuidade através de Jim (Reed). Em The Kids, Reed, num canto falado laconico, narra numa balada arrastada que estavam tomando as crianças de Caroline porque ela estava transando com”homens , mulheres e todos os outros”, por causa das drogas, da protituição, enfim a degradação total. Os brutais acontecimentos descritos em The Kids levam Caroline ao suicídio. E Jim (agora se chamando de Waterboy) frio, indiferente, cruel. A narrativa criou tamanho impacto em Mike Scott , que ele batizou sua banda ( Waterboys) devido a esta musica.
29 comentários:
Leiam as entrevistas completas com os tradutores de Atravessar o fogo:
http://caderno2mais.atarde.com.br/
Éééé.....
Parece que está confirmada a vinda do festival recifense No Ar Coquetel Molotov para Salvador.
No Cad2+ de hj, tem nota, dizendo que vai ser dias 25 e 26 de setembro, na Concha Acústica.
Mas nada disso importa. O importante mesmo é que, nessa brincadeira, o Dinosaur Jr., atração principal do NACM, já estaria confirmado para o dia 26.
Dinosaur Jr.
Na Concha Acústica.
26 de setembro.
Vamos esperar que não seja só mais uma daquelas bufas frias que conhecemos bem.
Com as barbas de molho.
Atenção, Cebola, Márcio e demais Kingmaníacos!
http://www.omelete.com.br/quadrinhos/hq-de-stephen-king-na-dcvertigo-vai-sair-no-brasil/
tasquiupariu, tão de sacanagem. isso passa de todos os limites. filho de fábio jr. será raul seixas no cinema e olha o que ele disse:
“Pelo o que eu estudei do personagem, ele era baiano, nascido em Salvador. Acho que isso tem tudo a ver comigo, eu adoro passar o Carnaval lá. Apesar de não ser a música que eu faço ou gosto, adoro esse clima de festividade. Minhas fãs mostram grande carinho por mim quando estou lá”.
http://batalhadoibopee.wordpress.com/2010/08/03/fiuk-vivera-raul-seixas-no-cinema-2/
GLAUBER
Até vc caindo nessas conversas, Glauber?
;-)
http://portalexame.abril.com.br/tecnologia/noticias/falsa-noticia-filme-raul-seixas-revolta-usuarios-twitter-584600.html
hahahahahahaha...mandaram pra mim. deveria ter imaginado que era notícia falsa. mas sei lá, não duvido de mais nada...pra exorcisar, essa de bowie, que é sensacional:
http://www.youtube.com/watch?v=skelvy5-0X4&playnext=1&videos=kPX6s_BPf44
GLAUBEROVSKY
É verdade, Glauber. O mundo tá tão virado do avesso que eu não duvido de mais nada, mesmo.
Mas - e no meu caso, são ossos do ofício, mesmo - quando vejo essas notícias muuuuuito estrambólicas, sempre espero um pouco e tento checar via outras fontes mais confiáveis, para ver se é quente, mesmo.
Essa foto de Lou com o cachorro, andando tranquilamente pelas ruas de NY com seu cachorro é simplesmente sensacional.
O detalhe que deu todo o "tchan" (copyright Cumpadi Washington) é o letreiro sobre o táxi: "Do you know who I am?".
Não, e essa outra do Velvet com o cara de camisa florida?
Ele deve ODIAR essa foto. Deve dar chutes na pia do banheiro toda vez que se depara com ela em algum lugar.
Rááááááá!!!!!!
Toma, seu sacana furão!
;-)
"...o que vai ficar mesmo é o Velvet urdergroud......"
Puta que pariu, e o cara se diz fã!
Nunca ouviu New York, e se ouviu não entendeu patavina de piripitibas!!
Se houver alguém com menos de 20 lendo este blog e pensando em ser jornalista, sugiro que leia este blog.
http://desilusoesperdidas.blogspot.com/
Ele vai te ajudar a saber por que vc NÃO DEVE fazer isso.
Nei Bahia, o terrível! Não deixa passar uma!
:-)
chicão , segundo soube existia a possibilidade de Lou Reed fazer um show em Sampa neesta vinda pro Flip.Existiam tratativas neste sentido, e a produtora responsavel ja estava até sondando algumas pessoas para trabalhar na produção, e ja existiam um burburinho em Sampa.Enfim, é engraçado como com o tempo até artistas radicais como Reed são assimilados.o show do azedissimo Reed ai ser o hype da temporada.
Dinosaur Jr. na concha?
putz, aquele guitarrista é fantástico!!!!!!!!!!!
cláudio moreira
ISSO é notícia boa!
http://movethatjukebox.com/beck-com-faixas-ineditas-e-producao-do-novo-disco-de-stephen-malkmus/
G.
Uma merda total, isso. Extremamente lamentável, para dizer o mínimo.
COMUNICADO
Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta anunciam pausa
A banda Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta, quarteto baiano formado por Ronei Jorge (voz e guitarra), Edson Rosa (guitarra, teclado e vocal), Sergio Kopinski (baixo e vocal) e Maurício Pedrão (bateria), vem a público anunciar uma pausa por tempo indeterminado em suas atividades. A decisão foi motivada pela impossibilidade atual de os integrantes se dedicarem à banda com a entrega e o envolvimento que marcaram a sua trajetória até aqui. Individualmente, cada um dos membros continuará a desenvolver outros projetos musicais.
A banda construiu seu trabalho de forma independente, alcançando destaque nacional pela qualidade e originalidade das músicas. No currículo, acumula EP, single, lançamentos virtuais, incluindo uma faixa apresentada exclusivamente em formato audiovisual, e dois álbuns: o primeiro, de 2005, batizado com o nome da banda; o segundo, Frascos Comprimidos Compressas, lançado em setembro de 2009, que figurou nas principais listas do país entre os melhores discos do ano e está disponível para download no site oficial: www.roneijorgeeosladroesdebicicleta.com.
Neste momento, Ronei Jorge e Os Ladrões de Bicicleta agradecem a todos que contribuíram para que sua música alcançasse o reconhecimento obtido ao logo de sete anos de trabalho contínuo. Agradece especialmente o carinho do seu público, força motriz da banda.
www.roneijorgeeosladroesdebicicleta.com
O babaca lá daquele site ridículo que escreveu aquele artigo risível e sem noção deve estar satisfeito.
On The Road de Walter Salles watch:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/778139-viggo-mortensen-e-amy-adams-entram-para-o-elenco-de-on-the-road.shtml
Porra, cebola, o Tame Impala é bão mermo!
ronei pode fácil deslanchar muito bem em carreira solo e a banda pode seguir a carreira no jazz...
cláudio moreira
OK. Em respeitos, digo respeito, as queridas leitoras, vou me abster de tecer comentários machistas.
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/777061-cantora-katy-perry-aparece-de-calcinha-e-sutia-em-capa-de-revista.shtml
Affgluuu-abluééé-aaahh!
(Se segura, Chicão! Seja forte nessa hora.)
Tem leitorAs do seu blog, "Sheldon"?!?
Hihihiiii...
Assim espero, né Márcio? Quem gosta de cheiro de cueca é gaveta!
Quer ver? Todas as meninas que leem esse blog heterossexual e joiado, por favor, levantem as mãos e gritem: "uhú!"
(...)
(ruído de grilos cricrilando)
Érrrr.... Porra, Márcio, tá sem ter o que fazer, é?
PUTZ!
blog heterossexual...é, isso é que modernidade...
cláudio moreira
Porra Nei, é transmimento de pensasão, é?
Depois de ler o que o cara escreveu, desconsiderando a existência do NEW YORK, a obra prima urbano-Dostoieviskiana, me deu uma vontade danada de postar um comentário adicional falando do disco todo!
Afinal, é uma obra conceitual...
Mas deu preguiça...
caramba...isso é que eu chamo de silêncio ensurdecedor...
MULERESS!
Num te disse?? (sobre Tame Impala), esta água australiana tem coisa, man!
Curioso como a "resenha" de Ricardo Spencer parece ter sido um "copia e cola" de inúmeras outras resenhas idênticas sobre qualquer canção famosa de Lou Reed. Sem nenhuma naturalidade, preso em clichês que qualquer papagaio repete. Soou totalmente artificial e sem personalidade própria.
(Idem para o nosso expert Sergio Cebola e, com todo o respeito, o nosso totem histórico Miguel Cordeiro. Diante do gigantismo da obra do Grande Poeta da Marginália, eles também caíram na mesma armadilha. Típico de fã do Terceiro Mundo que não sabe o que dizer. Apenas mais do mesmo. Mas no caso deles, dá até pra engolir.)
Pô, Spencer, eu conheço seu jeito de falar e escrever. Você mesmo me elogiou por meu estilo único e ainda aproveitou pra dar uma alfinetada em Rodrigo Chagas dos Honkers, porque "o melhor de tudo, Ernesto, é que você não é como certas pessoas que se dizem poetas e só ficam copiando Bukovski..."
Então, meu velho, eu lhe devolvo a boa fé e lhe dou esse conselho de amigo: é pro seu próprio bem.
Aprenda a dizer algo com suas próprias palavras, não as dos outros. Seja homem e corra o risco. Se não tiver palavras pra descrever uma obra-prima, então é melhor se calar. É melhor isso do que pagar mico só pra sair no jornal.
Os antigos gregos preferiam o silêncio ao contemplar uma estátua de Apolo ou de Atena, a deusa da Inteligência e Sabedoria. Platão em pessoa se calou. Ás vezes, o silêncio fala mais do que mil palavras vãs.
E o que é pior: sua foto no Caderno 2 do A Tarde contradiz o seu(?) texto. Apontando um revolvinho d'água pra câmera, com ar inexpressivo... parece um meninão de 5 anos. Que mico, garoto.
(Francis, eu sei que esse comentário é mesmo uma pentelhação, mas você escreve bem demais pra não perceber que infelizmente eu só estou falando a verdade. E todo mundo que leu essas 3 resenhas no jornal também já percebeu e comentou o mesmo. Sad, but true.)
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