A saga de um gênero, controverso por natureza, contada em todos os aspectos
Começou como uma bola de neve.
O que era para ser visto como uma aberração – o álbum Black Sabbath (1970), da banda homônima – inspirou, pouco tempo depois, o Judas Priest, que influenciou o Iron Maiden, que se desdobrou no Metallica e assim por diante.
Esta avalanche – que já atravessa quatro décadas – de música baseada em acordes poderosos e peso é contada pelo jornalista suíço Ian Christe no livro Heavy metal: a história completa (ARX).
E de fato, o livro cumpre o que promete: em caudalosas 480 páginas, Christe esquadrinha todo o desenvolvimento histórico do gênero desde seus primórdios, na cinzenta cidade industrial de Birmingham (Inglaterra) – com o surgimento da banda de Ozzy Osbourne e seus companheiros –, até o atual estado de estabelecimento definitivo do heavy metal como um dos braços mais populares da cultura pop mundial.
Christe defende que, ainda que tenham contribuído para o gênero com riffs e temáticas características, bandas como Led Zeppelin e Deep Purple não podem ser chamadas de heavy metal, e sim, hard rock.
O metal pesado em si surgiu com o Black Sabbath, teve no Judas Priest uma seguidora que levou a tocha adiante e só se formatou como o conhecemos hoje com o estouro, no início dos anos 1980, da chamada New Wave of British Heavy Metal (Nova Onda do Heavy Metal Britânico), que revelou bandas como Iron Maiden, Def Leppard, Saxon e Diamond Head.
Estudioso do gênero, o professor e pesquisador Jéder Janotti concorda em parte com essa noção: “O peso do metal e essa temática de ligação com o outro lado, os aspectos sombrios, realmente, vem do Sabbath. Mas, em termos sonoros, o Deep Purple influenciou toda uma leva de bandas de metal melódico nos anos 1990“, considera o autor do livro Heavy Metal com Dendê: rock pesado e mídia em tempos de globalização (E-Papers, 2004).
Mercado vintage
Outra noção errônea que Christe tenta anular com seu livro é a que coloca o heavy metal como um gênero obtuso, de desmiolados.
A verdade é que, desde o Black Sabbath, com suas furiosas letras pacifistas – mal compreendidas na época –, o heavy metal é refúgio certo para nerds, leitores inveterados e inconformados politizados.
Como exemplo, ele cita a reação de bandas como Metallica, Megadeth e Anthrax à onda de reação conservadora anti-metal promovida nos Estados Unidos, no anos 1980.
Ao deixar de lado os monstrinhos e o satanismo de mentirinha, essas bandas investiram pesado em furiosos manifestos de denúncia anti-guerra e anti-pena de morte, entre outros temas políticos.
Não a toa, ao lado do Slayer, essas bandas formam hoje o chamado Big Four (As Quatro Grandes), um quarteto clássico, extremamente bem sucedido – comercial e artisticamente – cuja popularidade só parece crescer desde então.
Jéder Janotti nota que, ainda assim, o metal se constitui hoje no que ele chama de “mercado vintage“: “É uma coisa de colecionador, de mercado de nicho que ainda guarda alguns elementos do underground de outrora, mas sem aquele posicionamento político. É um público pequeno, comparado ao que já foi“, aposta.
Livro narra a trajetória do metal e analisa muitos aspectos
Heavy metal: A história completa é uma gloriosa saga de conquista planetária, bem ao gosto das narrativas épicas que fazem (ou faziam) a cabeça dos fãs do gênero.
Como um J.R.R. Tolkien de camiseta preta, Ian Christe construiu uma extensa e empolgante narrativa com centenas de personagens, que parece ocorrer em diversos locais geográficos ao mesmo tempo – e também ao longo de décadas.
Saído de porões sujos da Inglaterra, o heavy metal se estabeleceu nos anos 1970 e 80 graças ao fervor dos fãs, que se correspondiam via correio, promovendo uma intensa troca de fitas e divulgação das bandas locais entre si, cruzando fronteiras, oceanos e continentes.
Esse início humilde culminou com o estabelecimento e posterior ascenção, em meados da década de 1980, de diversas cenas ao redor do mundo, como a britânica (com o Iron Maiden como ponta-de-lança), o glam metal de Los Angeles (Mötley Crüe, Poison), o power metal (Manowar, Armored Saint), o thrash metal (Metallica, Anthrax), o speed metal alemão (Destruction, Kreator), o grindcore (Napalm Death) e o black metal escandinavo.
Todo esse movimento levou o heavy metal a se tornar mainstream na década de 1990, a reboque do estouro do grunge de Seattle, que contava com diversas bandas em débito com o heavy metal.
Essa saga é esmiuçada (e analisada) em detalhes por Christe, que deixa um livro obrigatório não apenas para os fãs do gênero, mas para todos os pesquisadores da cultura pop mundial.
Heavy Metal: a história Completa / Ian Christe / Trad: Milena Durante e Augusto Zantoz / ARX / 496 p. / R$ 49,90
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
32 comentários:
o heavy metal na sua essência rebelde musical de grito primal sempre ocupou lugar especial no meu coração...longe das engrenagens dos modismos da indústria cultural, o considero o subgênero roqueiro mais fiel ao senso de catarse pueril daquilo que se convecionou, oh ceus!, chamar de rock and roll...distante da praga da colonização cultural e das distorções ideológicas, o heavy metal já foi (ou ainda é, será?!) expressão artística de gente apaixonada por música pesada...se o rock sempre teve, ainda bem, a alma de matriz africana, o heavy metal assim também o era na sua célula, pois sonoramente advinha da aceleração e distorção da tradição rocker...liricamente veio mesmo do desencanto dos jovens músicos oriundos da classe trabalhadora inglesa com o imaginário do flower power (sim, leão, não esqueci dos americanos do blue cheer, que com seu hard blues psicodélico pesadão e chapadão, são ligados a essa história, mas foi mesmo o black sabbath que pariu em definitivo o heavy metal como tal)...mas, o que antes era inventividade elétrica (mesmo sem reinventar a roda) parece ter virado uma camisa-de-força estilística e mais uma linguagem musical...eu não sei se se o heavy metal perdeu sua alma rebelde...isso só o tempo nos dirá...
cláudio moreira
Esse assunto da pano pra manga,a minha opiniao eh q,levando em conta o espirito experimentalista da epoca,nenhuma das 3 bandas da Santa Trindade(considerando o Sabbath com Ozzy)pode ser rotulada como uma banda de heavy metal,todas 3 fizeram musicas com a sonoridade tipica de metal,a q mais se aproximou disso foi o Sabbath justamente por unir a sonoridade a tematica.Com Dio,ai sim tornaram-se uma banda de metal.Portanto acho q a primeira banda propriamente dita de heavy metal foi o Judas Priest(sendo q no Rocka Rolla a coisa ainda nao estava tao clara),vindo em seguida o Motorhead.Sobre o tema recomendo dois videos muito bons,um eh o Heavy Metal Brittania da BBC,e o outro eh um documentario da banda canadense Anvil(bandassa infelizmente pouco conhecida),o filme Anvil!The Story Of Anvil.Aqui mesmo nesse blog eu li uma das definicoes mais perfeitas e bonitas sobre o heavy metal,quando Claudio Moreira escreveu:"o heavy metal eh a exacerbacao do grito primal do rock n'roll,e nao uma camisa de forca estilistica".Disse tudo!
E pra encerrar,toma ai uma tijolada nos peito:
http://www.youtube.com/watch?v=OLvL-EQffvs
pois é old school...ouvi muito na adolescência (apresentada pelas mãos de marcos biondi (babau) e pela rock brigade qdo era um fazine) a canadense anvil do guitarrista e vocalista figuraça lips nos idos 84/87 (tive vinil importado deles) e sempre a considerei uma excelente banda de metal com alma rock and roll...tenho esse documentário e ele mostra o idealismo artístico de lips e suas dificuldades mesmo no primeiro mundo de tentrar sobreviver da arte que lhe diz ao coração mesmo qdo infelizmente não se faz sucesso comercial como aconteceu com bandas irmãs da época, como metallica e megadeth... outras...nunca entendi por que lips não conseguiu? isso mostra como existe modismo dentro da cena metal aqui e lá fora...uma pena...parece que hj vive também como entregador de pizza...angus young os escolheu pessoalmente recentemente para abrir tour do ac/dc...quem ouviu hard and heavy sabe do que falo...mas os cds antigos da anvil sobreviveram ao tempo como toda boa arte musical...quer mérito profissional melhor do que esse?
cláudio moreira
claudio começa a repensar: "...mas, o que antes era inventividade elétrica (mesmo sem reinventar a roda) parece ter virado uma camisa-de-força estilística e mais uma linguagem musical...eu não sei se se o heavy metal perdeu sua alma rebelde...isso só o tempo nos dirá..."
dude
é bonito, esse doc do anvil. emocionante.
GLAUBER
Eu gosto muito de hard. De metal mesmo, quase nada, mas é foda como permanece vivo e chutando!
Só permita-me discordar respeitosamente quando old school cita o Motorhead (que adoro) como uma banda de heavy metal. O próprio Lemmy odeia ser inserido neste gênero. A considero muito mais uma típica banda de rock n roll, muuuito pesada e veloz, mas rock n roll.
Para mim, o que diferencia o metal dos outros estilos é que, no metal, ninguém é fã por um verão, como já se disse antes. Geralmente, começa-se a gostar do negócio na adolescência e leva-se para o resto da vida. Mesmo que não se torne músico ou produtor ou sei lá o que, a pessoa vai sempre ter aquele álbum do Maiden ou do Judas ou do Sabbath, ou Slayer ou Metallica como disco de cabeceira, vai sempre ter o metal como um refúgio. Enquanto, daqui a um verão, quem ouve Lady Gaga vai ser fisgado por outra coisa (ênfase no "coisa"), o fã de metal, não. Ser fã de metal, é antes de tudo, questão de personalidade fuerte. E isso, ou vc tem, ou não tem.
Para quem estava sentindo falta das velhas listas:
Os 25 melhores filmes de 1985!
http://www.latinoreview.com/news/summer-of-85-25-years-25-films-10360
A Hora do Espanto, Silverado, Os Goonies, Mulher Nota Mil, A Honra do Poderoso Prizzi, O Dia dos Mortos, O Retorno dos Mortos-Vivos, A Lenda de Billie Jean, Rambo 1, O Primeiro Dia do Resto de Nossas Vidas...
só crássicos! E tudo com trailer! Uhú!
me refiro apenas ao fato que não sei se o espírito aberto de tempos idos ainda está na cena...como pode um monte de guris novos conhecerem a história interia do metallica e jamais terem ouvido a dorsal atlântica, ell riff (da argentina) baron rojo (da espanha) ou até o anvil?
cláudio moreira
na verdade, o anvil está até mais para contemporâneo das bandas inglesas da leva do iron maiden e sansom do que do metallica...bandaça...lips bate cabeça na alma aos 50 anos...incrível...
cláudio moreira
Na boa?
Esse festival SWU (o ex-Woodstock brasileiro) sucks hard total!
Além do cast ser altamente duvidoso - só libero mesmo o Pixies - os preços dos ingressos, divulgados agora há pouco, beiram o absurdo.
Desde já, torço fervorosamente pelo fracasso do empreendimento.
Se liga só no prejuízo que os incautos que vão lá devem tomar:
http://www.omelete.com.br/musica/divulgados-os-precos-dos-ingressos-do-swu/
"como pode um monte de guris novos conhecerem a história interia do metallica e jamais terem ouvido a dorsal atlântica, ell riff (da argentina) baron rojo (da espanha) ou até o anvil? "
Sério mesmo?!! Os guris novos teriam de conhecer essas bandas aí??? Putzzz!!
No School.
O que Cláudio não entende é que perfeitamente normal os guris novos não conhecerem essas bandas hj em dia. Não é da época deles, ora. São bandas obscuras que nem quem era da época, como eu, conheceu direito. O Baron Rojo eu só conheci de ouvir falar, por que tinha no Dicionário do Heavy Metal (Ed. Três), do Leopoldo Rey e Gilles Philipe (aliás, emprestei o meu pra Leão há uns 15 anos atrás e nunca mais vi de volta). Mas vc não encontrava discos dessas bandas para comprar por aqui - nem do Anvil! Só na base de troca de fitas mesmo. Dessas aí, para comprar por aqui, só vi os do Dorsal Atlântica - e em lojas especializadas, como a Cor & Som, que ficava no shopping itaigara.
Memórias de 25, 23 anos atrás.
Matuuuusalém.
justamente para sair do senso comum...citei o metallica, que virou um modelo lá nos anos 80, mas poderia ter citado várias outras...as outras bandas citadas são fundamentais, era só fugir do esquemão das gravadoras...da mesma forma que conheci em 84 o kill'em all...vejo muito hoje a garotada sem referências...ninguém conhece pappo, azul limão, v8, stress, raven e o caramba...
cláudio moreira
André Barcinski - lembram do maravilhoso livro Barulho (1993)? - está com um blog novo em folha... na Folha.
http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/
Sorry o trocadalho infame!
Cebola,minha modesta opiniao eh q o Motorhead eh o tipico exemplo de banda q ta bem ali na tenue linha divisoria de estilos,acho inclusive q foram os primeiros a fazer um som punk e metal juntos(acho q chamam isso de metalcore,nao?),antes mesmo da cena punk inglesa surgir.Pelo menos Lemmy eh um dos poucos q consegue unir punks e bangers num mesmo recinto sem problemas.
Por isso e por outras,sinceramente eu nao gosto de rotular bandas e estilos,prefiro por tudo na mesma prateleira e chamar de rock pauleira,como me ensinaram ha um tempo atras.Essas mil e umas subdivisoes e estilos do metal,esse lance do qualquercoisa metal,eh um pe no saco.Acho q por isso hoje em dia muita gente renega esse rotulo de heavy metal,o proprio Ozzy e Tony Iommy tambem nao gostam de usar esse termo.
Sobre o Anvil,eles abriram alguns shows do AC/DC e depois seguiram pelos EUA e Canada numa tour deles mesmos.Por uma dadiva dos deuses eu tive a sorte de ve-los,foi o meu primeiro show desse ano em fevereiro,o show foi uma paulada na moleira!!!Os caras ainda tao com muito gas pra queimar.Incrivel como Lips eh um cara totalmente desprovido de estrelismo,eh um cara realmente da galera.Ainda bem q os caras nao desistiram,nao devem nada ao Metallica e nem ao Megadeth,e nem a ninguem.Nao entendo como excelentes bandas canadenses como o Anvil ou o Triumph nao tiveram um grande sucesso no mercado dos EUA,e outras compatriotas como o Rush(tambem maravilhosa)se deram muito melhor.E pra galera mais nova,nao por obrigacao mas por curiosidade e conhecimento,aconselho a vcs ouvirem nao so o Anvil,o Dorsal Atlantica;conhecam tambem a British Invasion,a NWOBHM,e por ai vai.Nunca eh tarde pra se conhecer uma boa banda mesmo q esta nao esteja mais na ativa.A escola ta justamente ai,principalmente pra quem quer comecar uma banda,esse conhecimento chama-se influencia,eh fundamental.No caso do Metallica,por exemplo,seus melhores discos foram gravados nos 80's,ha muito tempo atras.Sobre o Maiden,idem.
judas priest e motorhead fundadores do metal? so se for na wikipedia. sabbath com ozzy sempre foi considerado heavy metal, dio é bem depois.
perfeito old school sobre a questão da influência...além do anvil, ouvi muito po exciter e outro power trio dessa pegada, o do primo de dio, o the rods e ouvi muito outro power trio, esse inglês, o raven...aliás esse formato power trio parece em desuso no rock pauleira, aliás foi assim também que se falava na minha adolescência...essa galera me diz muito ainda e tem muito a dizer para os jovens amantes do rock pesado...a dorsal promoveu com uma banda punk do subúrbio carioca que me escapa o nome o primeiro show no brasil entre uma banda de metal e punk no já longínquo ano de 84...aliás essa era a pegada inicial da dorsal...girlschool do início era punkmetalroll total...o pessoal do metal não pode perder a conexão com o espírito do rock and roll...
vejam a girlschool na matadora punkmetalroll race with the devil de 1980...lindo!
cláudio moreira
http://www.youtube.com/watch?v=kbnalCFx-dc
o black sabbath é o pai do metal e o judas priest é o padrinho
quem desconhece isso deve pensar que o gênero começou com o pantera ou korn...um pouco de el riff argentino...viva pappo!!!!!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=ld7YZz9hWvs
cláudio moreira
motorhead e girslchool eram punkmetalroll!!!!!!! definitivo!!!!!!!!!!
http://www.youtube.com/watch?v=keO6yo253XY
cláudio moreira
Skull,eu ouco Zep/Purple/Sabbath(e outras)desde muito antes da internet existir,desde a epoca em q vc so tinha o encarte dos discos de vinil como informacao,e olhe la!A depender do caso vale mais a pena confiar nos seus ouvidos do q em fontes bibliograficas.A Kerrang por exemplo,tida como os banbanbans da literatura metal,citam a toda hora o Zep e o Purple como bandas de heavy metal.Eu ate considero a Wikipedia uma enciclopedia interessante pra pesquisa de fatos historicos ou datas marcantes,ja pra conceitos e definicoes sao outros quinhentos.E nem disse q o Priest e o Motorhead sao fundadores do metal,ate antes da Santa Trindade ja tinha gente fazendo metal,vide o Blue Cheer q foi bem citado por Claudio,e outras q nao vou perder meu tempo enumerando.E no frigir dos ovos opiniao eh q nem cabelo,cada um tem o seu e alguns q nao tem preferem usar peruca.
Teve uma vez que os Casca foram tocar, acho que em Ilhéus, e o dono do espaço perguntou pra Fábio que tipo de rock era o deles, se rock pauleira ou se rock maneiro!! Resposta de Fábio: "Rapaz...é...rock meeiro!!" huhuhahahuhuhu!
Certo, old school, rótulo é pra imprensa puder colocar na prateleira de forma organizada. Mas eu, por outro lado, gosto um pouquinho de organização e definições. Neste sentido, na minha opinião pessoal (e não só minha), não considero o Motorhead metal. Nem a pau. Rimar é mau...Sacal!
Girlschool Rules! Mas eu gosto mais de Joan Jett, Com Runways ou Blackhearts!!
Olha só o filme sobre as Runways que vai rolar no cinema. Tomara que chegue aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=39qrViRxCqw&feature=player_embedded
bepidu
Pô, Cebola, tomara que esse filme passe nos cinemas desse cu de mundo! Pena que botaram justamente aquele criatura inexpressiva da odienta saga "crepepúcio" no papel da deusa Jett! A menina parece a versão masculina do cigano Ígor, aquele do "Da-ra-eu-te-amo". Ruim pacas!
Galera, a propósito, não percam, na edição deste domingo (dia 11 de julho) do periódico da Tankred Snows Avenue, matéria de capa da revista Muito com perfil do lendário glam rocker baiano Edy Star, assinado por este que vos escreve.
Para que não está ligando o nome à pessoa, Edy Star é o último Kavernista, um dos quatro que gravaram o fundamental álbum Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez. Era ele, Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Míriam Batucada. Edy, hj aos 72 anos e esbanjando energia, é unico ainda vivo.
Olha o blog da figura:
http://staredy.blogspot.com/
Não acho que a garotada tenha que conhecer bandas como Dorsal Atlântica e Azul Limão pelo simples fato de que elas eram muito ruins. Agora o Franchico foi feliz em afirmar que metal é coisa de personalidade, ou vc curte ou não. O pessoal aqui parece não curtir, pois só vi citarem bandas de 20 anos pra trás, muitas sem a menor relevância. Das atuais recomendo (pra quem se interessa, é claro) bandas como Mastodon, High on Fire e Lamb of God que estão fazendo renascer a cena do metal.
dorsal não era moda, era foda! azul limão era uma boa banda...desconhecer também a paraense stress, pioneira no brasil, que botava o circo voador abaixo com um rock pesado dos melhores...sem considerar essas bandas antigas citadas não dá para levar a sério nenhum comentário...assisti todas essas bandas ao vivo e sei do que falo...bandas atuais boas? claro que existem...só a cena que perdeu a alma...santa escuridão!!!!
cláudio moreira
inclusive quero resslatar que amo o merceful fate (que conheci em 84 também pelas mãos de babau) e considero king diamond um artista, um pesquisador, de talento nato no grupo ou em carreira solo...lembro de muita gente na época no rio gozando dele por causa de seus falsetes e letras...mas a maioria do underground o respeitava e muito...o merceful fate, seus dois primeiros álbuns, são de grande inventividade...obrigatórios para qualquer roqueiro...
cláudio moreira
Tranquilo Cebola,eu conheco um bocado de gente q considera o Motorhead metal,e outro bocado q nao considera.O mais importante eh todo mundo se juntar na plateia e curtir o som na paz e no astral.Acho bem interessante ver nos shows de rock a molecada de 17/18 anos usando camisas do Sabbath,Purple,Zep,Judas Priest,etc;e acho ainda mais interessante ir pra os shows das bandas classicas como o Sabbath nas reunioes dos Ozzfests,ou o Heaven And Hell,ou Priest,ou AC/DC,e ver a plateia dividida entre os coroas da antiga e essa molecada mais jovem,alguns ate filhos dos coroas.Sera q daqui ha 40 anos vamos ouvir falar em bandas como Mastodon, High on Fire,Lamb of God,System Of A Down,etc?
Olha lá que é bem provável que sim, old school. Haja visto que que eu preferiria não estar ouvindo falar de bandas como stress, dorsal atlantica, raven e etc mais de 20 anos depois, uma banda com a qualidade do Mastodon tem grandes chances de se perpetuar. Mas vamos relaxar, hj é o Dia do Rock, podem voltar a ouvir coldplay.
Opa, alto lá, anônimo!
Ao que me consta, fãs de Coldgay são severamente punidos no âmbito deste blog desde seus primórdios, lá em 2004!
Se tiver alguém aqui neste blog ouvindo Coldgay, peço que se retire imediatamente do recinto, caso contrário serão brutalmente surrados com um gato morto e um ramo de cansanção – na seguinte alternância: gato morto - cansanção - gato morto - cansanção - gato morto - cansanção - gato morto - cansanção... e assim sucessivamente, até que o pobre infeliz capitule e grite: "OK, Chris Martin é um viadinho de merda e eu lambia suas bolas, mas agora sou um menino do mau e ouço Mastodon e vou deixar crescer um dreadlock do queixo e tatuar caveirinhas e monstrinhos pelo corpo".
Ai, ai.
Esterótipos são uma merda - não importa o ângulo do qual você os encare.
Com todo respeito ao Mastodon, que parece, de fato, uma boa banda de rock pesado.
Eh a tal "camisa de forca estilistica" tao bem preconizada por Claudio.Chega a ser comico como a imensa maioria dos fans de metal(pelo menos os q tem carimbado na testa a palavra 'headbanger')tratam os outros estilos de rock com um preconceito e caretice ainda maiores do q o preconceito com q a sociedade trata o heavy metal.O preconceito q outrora era um medo do desconhecido,e se transformou numa mera intolerancia a um bocado de piercings,tatuagens e muita maquiagem.E o q "liricamente veio do desencanto dos jovens musicos oriundos da classe trabalhadora inglesa com o imaginario do flower power",infelizmente se transformou no desencato com a mesada do papai e muito pouca atitude ou lirismo.
Apesar de muito ouvir falar,nao faco a minima ideia do q vem a ser Coldplay,quem sabe um dia eu conheca e ate goste se agradar aos meus ouvidos atualmente ocupados com Allman Brothers Band,Kinks,Gov't Mule,e outras q nao devem absolutamente nada a nenhuma banda de heavy metal.Sera q existe algo mais hipocrita do q dia dos pais,dia das maes,dia do amigo,dia do rock?
Postar um comentário