terça-feira, agosto 25, 2009

ESTILO DE VIDA À MODA ROCKER

Livro de fotógrafo dinamarquês registra em 300 imagens o início da carreira dos Rolling Stones














Um testemunho inédito dos primórdios da maior banda de rock do mundo ainda em atividade. Isso é o que oferece o fotógrafo dinamarquês Bent Rej, no seu livro Rolling Stones - O começo (Larousse), já nas prateleiras das livrarias.

O relacionamento do fotógrafo com os roqueiros ingleses começou em março de 1965, quando ele foi contratado para acompanhar o grupo, registrando uma turnê pelos países escandinavos. Entre um voo e outro, Rej acabou travando amizade com o guitarrista Brian Jones (1942-1969), e, ao fim da turnê, este acabou se hospedando por alguns dias na casa do primeiro, em Copenhague.

No início do ano seguinte, pouco antes do lançamento do clássico single de (I Can‘t Get No) Satisfaction, Rej foi à Londres visitar Jones, e, aproveitando a estadia, registrou o dia-a-dia do Stone em casa. Satisfeito com o resultado das sessões, que mostravam um astro pop à vontade no recesso do lar – algo até então nunca visto –, Rej resolveu propor fazer o mesmo com o resto do grupo.

Só Mick Jagger resistiu um pouco à ideia, mas – economista por formação – acabou cedendo quando o fotógrafo acenou com a possibilidade de as fotos renderem um bom lucro para todos, quando vendidas para revistas e jornais mundo afora.

Com tudo acertado, Bent Rej tornou-se um dos poucos fotógrafos a ter acesso total a intimidade dos Rolling Stones durante um período crucial de sua trajetória (A célebre Annie Leibovitz também gozou desse privilégio ainda nos anos 70, e quase morreu no processo, ao tentar acompanhar o ritmo da rapaziada. O resultado foi um vício em heroína, hoje já superado).

“Quando Bent Rejme mostrou sua coleção de fotos, feitas entre 1965 e 1966, fiquei sem palavras. Ele estava ali, ao nosso lado, em um momento crucial de nossa vida, como nenhum outro fotógrafo esteve depois“, relata Bill Wyman, o ex-baixista, no prefácio.

O Estilo “Caras“ – Ao longo do livro, o fã dos Rolling Stones poderá conhecer, em 300 imagens, o modo de vida dos cinco jovens astros do rock em ascenção, em plena swingin‘ London e em turnê. Os apartamentos, os objetos de uso pessoal, carros, instrumentos, fãs enlouquecidos, caras e bocas dos Stones oferecem um painel completo de uma época lendária, inesquecível até para quem não viveu aquela época e lugar.

Uma das curiosidades do livrão – uma belíssima edição em capa dura e papel couchê da Larousse – é como as fotos dos rebeldes Stones em casa se parecem com as que se vê hoje com qualquer celebridade de segunda mão em revistas como Caras e Quem.

Mick Jagger, por exemplo, é própria imagem da confiança em seu sóbrio apartamento de subsolo em Londres. “Achei engraçado Mick ter ido morar num apartamento de subsolo num bairro tradicional“, comenta Bill Wyman, o baixista dos Stones até a turnê do álbum Steel Wheels (1989) e que assina o prefácio do livro, bem como diversos comentários das fotos.

Baderna em Hamburgo – Outro atrativo do livro de Bent Rej é a visão de dentro da baderna que acompanhava os Stones aonde quer que eles fossem, graças à loucura do público – que aliás, era constituído na sua maioria por homens, (segundo o fotógrafo) – ao contrário do que acontecia com os Beatles.
Em Hamburgo (Alemanha), por exemplo, Rej relata que “à espera de entrar no palco, a banda não sabia o que estava acontecendo fora do teatro. A polícia enfrentava com cassetetes a turba de fãs, e um canhão de água precisou ser usado para controlar a situação“.

Depois de toda essa aventura, Rej acabou rompendo com Brian Jones em 1966, depois que este batizou seu copo de vinho. “Me senti péssimo com aquilo, não conseguia dormir; acabei passando quatro dias na banheira, lendo os quadrinhos de Barbarella“, conta. Ninguém passa impune uma temporada com os Stones.

Rolling Stones - O começo
Bent Rej
Larousse
320 p. R$ 180
www.larousse.com.br


Oito CDs são relançados e documentário proibido cai na net

Como que para provar que os Rolling Stones nunca saem da ordem do dia – como se precisasse de prova – uma leva de oito álbuns remasterizados da banda foi relançada, ao tempo em que um antigo documentário, rodado nos anos 70 e depois proibido, por conta das imagens fortes de sexo e drogas, caiu na internet.

A reedição dos álbuns – que, por enquanto, abrangem um período que vai de 1971 a 1983 – se dá por conta do contrato assinado pelo grupo com a major Universal.

Já o documentário Cocksucker Blues, com seu título de tradução impublicável, é um registro do célebre fotógrafo suíço naturalizado americano Robert Frank, da turnê americana de 1972. Depois de exigir acesso total, o resultado angariado por Frank foi definido pelo guitarrista Keith Richards da seguinte maneira: “Se alguém nos Estados Unidos assistisse, nunca mais nos deixariam entrar lá”.

Proibido na época pela própria banda, o documentário caiu na internet, no site www.wat.tv, similar do You Tube.

GUIA RÁPIDO DOS RELANÇAMENTOS ATÉ O MOMENTO

Sticky Fingers (1971)
Apontado por muitos como O Melhor Álbum dos Stones, é um clássico absoluto do início ao fim. Hits: Brown Sugar, Bitch, Dead Flowers, Sister Morphine etc etc...

Goats Head Soup (1973)
Já mega-stars do jet set internacional, este LP reflete a decadência em que os Stones estavam metidos. Hit: Angie, Doo Doo Doo (Heartbreaker).

It's Only Rock'n'Roll (1974)
Um pouco mais inspirados, aqui os Stones conseguiram fazer sua profissão de fé. Hits: faixa-título e Ain‘t Too Proud To Beg

Black and Blue (1976)
Primeiro LP com os ex-Faces Ron Wood (guitarra), na trupe até hoje. Irregular, experimentam funk e reggae. Hit: Hot Stuff, Memory Motel, Fool To Cry.

Some Girls (1978)
Subestimado, traz os Stones namorando com a disco music. Hits: Miss You, Some Girls, Just My Imagination

Emotional Rescue (1980)
Segunda parte da fase disco, é universalmente considerado o ponto mais baixo da discografia stoneana. Hit: faixa-título

Tattoo You (1981)
Retorno às boas, é o melhor álbum dos Stones na década de 80 e uma gloriosa retomada do rock ‘n‘ roll. Hit: Start Me Up, Hang Fire, My Little T&A.

Undercover (1983)
Outro álbum subestimado, traz ótimas faixas com Keith Richards cantando, reggaes e funks. Hits: faixa-título, She Was Hot, Tie Me Up (The Pain of Love).

8 comentários:

Franchico disse...

Para assistir ao doc proibidão dos Stones, o caminho é este:

http://www.wat.tv/video/the-rolling-stones-cocksucker-xs3z_ovt4_.html

Anônimo disse...

Sou mais os Beatles.

Nei Bahia disse...

...ou passar aqui chicão, ou na casa de Cebola.
Já apareceu uma versão "Pramil" chamada "Big cocksucker blues", com direito e bônus da tour na austrália de 72 e outras coisas mais.

Anônimo disse...

chico,
no calor das nossas discussões sobre música, estética, jornalismo cultural e o escambau, te ofendi a ao seu trabalho, mas vc sabe que conta com meu respeito e minha amizade sincera há 19 anos...nos conhecemos na porta do maracanã no dia do show do judas priest...vamos deixar essas brigas para a mesa do bar...mas acho que amizade é uma coisa dialética e tem de ter atrito para ser criativa e fazer crescer...prefiro ser eu mesmo do que surfar na onda da unanimidade
fui agredido, mas mantenho o espírito aberto...se convivo há quase 20 anos com apelido bizarro como não desejar sempre que todos saiam de seus "armários" e mostrem o que pensam de verdade, mesmo que tenham que incomodar a geléia geral
bom, como diria aquele dom não sei o quê..."se é para o bem geral da nação: eu fico!"
cláudio moreira

Franchico disse...

Aêêêêêêêêêêê!!!!....

Welcome back, Esc.

OK, agora todo mundo de volta pro trabalho.

glauberovsky disse...

clássico do rock argentino dos 70s:

PESCADO RABIOSO

http://www.youtube.com/watch?v=ANtKVe3ajZE

GLAUBER

glauberovsky disse...

PESCADO RABIOSO ao vivo nos 70s:

http://www.youtube.com/watch?v=8qzMrW-K4-I&feature=related

GLAUBER

Anônimo disse...

Mui...........bom amigo faz um visita na minha pagina la tem Rock an roll rsrsrs forte aabraço ! www.camaleaodownloads.com