Robô gigante! Soco nuclear!
Na década de 90, Frank Miller (O Cavaleiro das Trevas) e Geoff Darrow (designer de produção de Matrix) assinaram dois álbuns em parceria: Hard-Boiled - À Queima-Roupa, lançado no ano passado pela Devir, e este Big Guy & Rusty, O Menino-Robô, que também chega as livrarias pela mesma editora. Se, em Hard Boiled a ultra-violência demencial dava o tom da HQ, em Big Guy, a dupla parte de um tom grandiloquente para homenagear os filmes e desenhos animados japoneses onde robôs e monstros gigantes se digladiavam semanalmente entre os edifícios de Tóquio. Do clássico Robô Gigante a Gigantor, passando por Astro Boy, Frankenstein Jr. (Hanna-Barbera) e muitos outros, é possível sacar diversas referências a cada página, graças a arte detalhista – em um nível quase microscópico – de Geoff Darrow. O gibi fez sucesso nos Estados Unidos, chegando a ganhar uma série de desenhos animados, disponível no You Tube. Diversão em alta-voltagem.
Big Guy & Rusty, o Menino-Robô
Frank Miller & Geoff Darrow
Devir
80 p. | R$ 38,50
www.devir.com.br
BÔNUS: EPISÓDIO DE BIG GUY & RUSTY THE BOY ROBOT
Guia para se dar bem em festas
O amigo leitor já se sentiu “por fora” naquelas rodinhas de bate-papo onde se discutia a obra de James Joyce, as ideias econômicas de John Maynard Keynes ou mesmo a lenda milenar de Beowulf? Ora, seus problemas acabaram! O livro Cultura inútil para festas e eventos, organizado pela equipe da revista americana Mental Floss (Fio Dental da Mente) preparou pequenos resumos sobre os mais variados assuntos para que ninguém fique de fora quando alguém mencionar a trágica história das irmãs escritoras Brontë ou mesmo os intrigantes Pergaminhos do Mar Morto. Se não leva ninguém à erudição de fato, pelo menos diverte.
Cultura inútil para festas e eventos
Equipe Mental Floss
Matrix
192 p. |R$ 29,90
www.matrixeditora.com.br
Estreia no rock farofa
Revelada no programa de calouros do Raul Gil, a jovenzinha Letícia, aos 17 anos, vestiu uma roupa preta de “roqueira“, assumiu o nome artístico de Twiggy e entrou em um estúdio de gravação assessorada pelos músicos da banda de hard rock farofa Dr. Sin (Ué? Ainda existe?) e se saiu com este seu primeiro CD, autointitulado. Com boa voz – ainda que nada original – e bom domínio dos seus recursos vocais, sem recorrer àqueles exageros caricatos típicos dos calouros de Raul Gil, a mocinha até que não manda mal. Desde que o ouvinte curta o estilo farofeiro impresso na sonoridade pelo produtor e baixista da Dr. Sin, Andria Busic. Para garantir uma maior aceitação, o repertório tem muitos covers, como Ovelha Negra (Rita Lee), Pense e Dance (Barão Vermelho), O Nosso Amor a Gente Inventa (Cazuza), Escorregadia (Erasmo Carlos) e Piggies (George Harrison). Talento em formação, pode render mais adiante – se escolher melhor seus parceiros musicais.
Twiggy
Twiggy
Discobertas
Preço não divulgado
www.myspace.com/twiggybr
Sergipanos psicodélicos
Ainda pouco conhecida em Salvador, a banda sergipana Plástico Lunar pratica um rock setentista e psicodélico de primeira linha, mais ou menos como fazem o gaúcho Júpiter Maçã e os alagoanos da banda Mopho, entre outros. Formado por Daniel Torres (voz e guitarra), Rafael Costello (guitarra), Plastico Jr. (baixo), Leo AirPlane (órgao, piano e synths) e Odara (bateria), o grupo apresenta um trabalho bastante consistente na sua musicalidade abertamente riponga – e sem deméritos por isso. Faixa a faixa, o álbum vai se superando, deixando-os no mesmo patamar de qualidade que os exemplos de psicodelia extemporânea citados acima. Destaque para Moderna, Formato Cereja, Banquete dos Gafanhotos e sua letra bandeirosa cantada pelo baterista Odara: as folhas já estão tratadas / feche a porta e vamos curtir / guarde logo a sua parada / o toque é melhor enrustir“. É rock vigoroso aliado ao experimentalismo lisérgico sem soar chato, algo raríssimo nas bandas do gênero. A cena sergipana está bem servida.
Coleção de Viagens Espaciais
Plástico Lunar
Independente
Preço não divulgado
www.myspace.com/plasticolunar
Mutts no jornal e álbum
Criada pelo escritor infantil e ativista pelos direitos dos animais Patrick McDonnell em 1994, a tirinha Mutts é uma das novas atrações da página de passatempos do Caderno 2, revezando-se dia sim, dia não, com o Recruta Zero. Estrelada pelo cachorro Duque e pelo gato Chuchu (ou Furreca, no jornal) ela mostra o dia a dia desses dois animaizinhos, vizinhos de porta e grandes amigos. Com um humor simples e ingênuo, acessível a todas as idades, a tira conquistou fãs no mundo inteiro, sendo publicada em 700 jornais distribuídos em 20 países. Neste álbum da editora Devir estão as primeiras (e hilárias) tiras da dupla.
Mutts - Os vira-latas
Patrick McDonnell
Devir
128 p. | R$ 23
www.devir.com.br
Show, não: aula magna
O cantor, poeta e romancista canadense Leonard Cohen, é, não raro, comparado ombro a ombro com outros grandes bardos do rock e folk, como Bob Dylan, Neil Young e Lou Reed. Há até quem o considere superior, pelo menos a Young e Reed – já que Dylan é ruim de derrubar. Não é de se admirar, portanto, que o recém-lançado CD / DVD ao vivo Live in London, apresentando o show gravado no dia 17 de julho de 2008 na O2 Arena da capital inglesa, esteja levando nota máxima em todas – todas mesmo – resenhas de sites, jornais e revistas mundo afora. Não é para menos: aos 75 anos incompletos, acompanhado por uma numerosa banda em estado de graça, este canadense de Quebec, de origem judia, simplesmente hipnotiza o público com sua voz roufenha, letras geniais e arranjos delicados para os clássicos selecionados de todas as fases de sua longeva carreira. Estão aqui versões irretocáveis para monumentos folk como Suzanne, Bird on a Wire, So Long Marianne, Everybody Knows, The Future e várias outras. Música de gente grande.
Live in London
Leonard Cohen
Sony Music
R$ 39,90 (CD duplo)
www.leonardcohen.com
O que gira em torno do que?
A história do cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642) é uma das mais reveladoras de quão danosa pode ser a interferência das religiões sobre os avanços da ciência. Em 1610, o físico e astrônomo (não confundir com astrólogo), descobriu que era a Terra que girava em torno do Sol, e não o contrário, como defendia a Igreja Católica. Por conta de sua “heresia“, foi convocado a Roma e, para não morrer queimado vivo em uma fogueira, foi obrigado a voltar atrás e assinar um documento dizendo que sua descoberta era apenas “uma suposição“. Michael White, autor do livro, também escreveu as biografias Leonardo: o primeiro cientista e Isaac Newton: o último feiticeiro.
Galileu anticristo
Michael White
Record
336 p. | R$ 47
www.record.com.br
As lições do mestre das HQs em edição ampliada
O quadrinista Will Eisner (1917-2005), criador do personagem Spirit e grande responsável pela popularização das graphic novels, não era comumente chamado de “mestre“ a toa. Se cada uma de suas páginas já guardava lições preciosas de como contar uma história em quadrinhos, imagine-se então o que ele não era capaz de oferecer quando se propunha, de fato, a ensinar o seu ofício. O livro Narrativas gráficas, cuja segunda edição revisada e ampliada chegou há pouco tempo nas livrarias, oferece justamente isso: as lições do mestre. Continuação natural do seu primeiro livro teórico, Quadrinhos & arte sequencial, em Narrativas gráficas Eisner tratou da “missão e o processo de contar histórias com desenhos“, como ele mesmo disse no prefácio. Obra referencial tanto para quem trabalha com HQ e ilustração quanto para fãs e pesquisadores, o livro é, como não poderia deixar de ser, fartamente ilustrado. Para exemplificar suas lições, Eisner lançou mão não apenas de histórias inteiras de suas próprias HQs (do Spirit e das graphic novels), mas também de obras monumentais do gênero, como Terry & O Piratas (de Milton Cannif), Ferdinando (de Al Capp) e O Príncipe Valente (de Hal Foster). Nesta 2ª edição ampliada pelo autor pouco antes de morrer, ele chega mesmo a abordar os quadrinhos na internet, um campo que só tem crescido ultimamente. Fundamental.
Narrativas gráficas
Will Eisner
Devir
176 páginas
R$ 40
www.devir.com.br
24 comentários:
novo trabalho do strokes
http://www.youtube.com/watch?v=U6SSR3YY-rc
bala este cultura inutil.um produto digno das organizacoes tabajara.
da serie cultura inutil- "do you realize" do flaming lips se tornou hino alternativo oficial( a cuma?) do oklahoma em ato oficial assinado pelo atual governador de la.tb foi criado o flaming lips day.detalhe, o oklahoma esta longe de ser um estado tido como progressista , e a atitude do governador criou uma reaacao dos conservadores. wayne coyne se manifestou pedindo que os incomodados fizessem uma viagem.
votei em "do you realize", dos flaming lips, hahaha. teve uma votação online...
GLAUBER
melhor música dos strokes ever! hahahahahaha
GLAUBER
Ta' na rede:
http://quandoascatedraiserambrancas.blogspot.com/
Do You Realize é uma das músicas mais belas e tocantes que já ouvi na vida. Letra, interpretação e arranjo geniais.
...E esse povinho de Oklahoma ainda reclama? Ora, vão ouvir Jay-Z, seus otários!
Chicão e leitores deste blog:
“O elogio da crítica é o enterro da possibilidade de se comunicar com o público” - Aurélio Schommer.
Confiram a entrevista do incorreto escritor Aurélio Schommer no programa Podcast K7.
Dessa vez, o papo é descontraído, irônico e politicamente incorreto, sobre relações humanas e sexuais, mercado do livro, cinema, ponto G, traição, sadismo, entre outros assuntos interessantes.
Autor independente radicado na Bahia desde 1991, Aurélio Schommer lançou quatro livros, dentre os quais, o instrutivo Dicionário de Feitiches, e atualmente empreende a sua carreira cinematográfica, na produção de dois curtas-metragens de sua autoria.
Confira o Podcast K7 #08 - Aurélio Schommer no blog El Mirdad - Farpas e Psicodelia, no endereço: www.elmirdad.blogspot.com.
Abaixo, algumas tiradas interessantes de Aurélio Schommer:
“Eu não acredito em filme cult. Eu acredito naquilo que as pessoas entendem”.
“O politicamente incorreto não vende. Chocar hoje em dia não vende. Todo mundo quer ser bonzinho”.
“Eu não conheço nenhum homem fiel. O homem não tem nenhuma razão, motivo, pra ser fiel. As mulheres acham que tem motivo”.
“Pra mim, música popular não presta; Fantasmão e Chico Buarque estão no mesmo nível”.
Link direto para a entrevista: http://elmirdad.blogspot.com/2009/06/podcast-k7-08-aurelio-schommer.html
moskabilly sempre emcima do lanse e sempre a favor afff
anônimo,
larga meu osso, compadre. get a life!
GLAUBER
o elogio do publico é a melhor forma de abrir seu terceiro olho e gozar sem senso crítico. ou seja, parabéns pra você!!!
ou seja, vamos puxar o saco dos igorantes, isso é melhor pra algguém, não pra mim, sorrrry
vamos, nessa, a venda do politicamene qualquer coisa deve vender, esqueça a musica, revewrbere o estupido!!
ou seja, merda é tão bom quanto qualquer coisa, então, coma!!!
fim, eu amo beatles!, e foda-se o mundo.
o live in london de leonard cohen é desde ja e sempre um dos melhores do ano(qualquer ano). um best of de uma carreira realmente sublime.em excellente forma do alto dos seus 70 anos, o disco nâo tem uma, umazinha que seja, faixa que seja fraca ou dispensavel. ja falei antes, falo de novo, é um dos melhores registros ao vivo de qualquer epoca.i´ve seen the future, and it is murder.
Esse disco tá de chorar mesmo, Bramis. Pena que não chegou o DVD por aqui. Deve ser um negócio.
Chico, sou doente por Cohen e tb não consegui comprar o dvd pq ainda não existe edição nacional. Espero que isso seja resolvido LOGO. Enquanto isso a gente recorre aos downloads hehe. Baixei de torrent o dvd do show, a qualidade tá ótima. Concordo com Braminha, um dos melhores registros ao vivo ever. O cara é muito foda.
Link pra baixar o dvd de Leonard Cohen: http://thepiratebay.org/torrent/4864235/Leonard_Cohen_-_Live_In_London_-_DVDrip_-_XviD_-_2009
Cara, muito bom o blog, nao sei como não tinha descoberto antes. Estou com um novo também, querendo propagar e divulgar o bom rock, com algumas informações também, se puder dê uma olhada e podemos sair no rock juntos!
www.rocktips.blogspot.com
Fico satisfeito ao ver que minha carteira de ações só se valoriza.
JP Morgan qualifica a Marvel como bom investimento
http://www.universohq.com/quadrinhos/2009/n02072009_03.cfm
Quem precisar de dinheiro exprestado aí - taxa de juros tá baixinha, só 543% - pode falar comigo, valeu?
Cultura quase inutil do Wikipedia sobre o corneteiro Lopes, o verdadeiro e improvavel heroi da independencia da Bahia( e do Brasil):
O corneta, a quem o major Barros Falcão, que comandava a ação naquele ponto, dera ordem de tocar retirada, trocara, por conta própria, o toque destinado a anunciar a derrota dos irmãos de armas, pelo do ataque inesperado, donde veio a desordem e o pânico dos portugueses.
É isso aí, o verdadeiro heroi da independencia do Brasil não foi D. Pedro I, e sim o corneteiro Lopes, o heroi por acaso.
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