quinta-feira, março 31, 2005

Eu quero lutar, mas não com essas armas.

Batata (tá namorando! tá namorando! tá namorando!), DJ residente das quintas rock do Miss Modular, não toma jeito mesmo. Me convidou novamente para discotecar na noite de hoje lá com ele. Portanto, fique avisado: se não quiser ter os seus ouvidos e o seu juízo violentados com o repertório de péééééééssima qualidade que vou tocar hoje, passe longe daquela distinta casa noturna. Quem avisa, mimigo é.

Ah! Chegou nas locadoras uma comédia chamada O Âncora ? A Lenda de Ron Burgundy, que é uma das coisas mais insanamente hilariantes que eu já vi na minha vida. Ou isso, ou eu estava mais chapado que de costume. Com Will Ferrel no papel título, o filme conta a história, passada nos anos 70, do tal apresentador de telejornais completamente canastrão e estúpido que vê seu pequeno espaço ruir quando uma jornalista (Christina Applegate, um arquétipo de loura ordinária) determinada e altamente profissional é contratada pela emissora. O melhor do filme são os coadjuvantes, os assistentes de Ron Burgundy, que são incrivelmente patetas. O elenco é quase todo do programa Saturday Night Live, garantia de qualidade cômica (no estilo americano de comédia, claro). Tem também umas participações especiais de outros grande nomes da comédia atual, como Ben Stiller, Jack Black (vc não acredita no que o personagem dele é capaz de fazer) e Vince Vaughn, todas engraçadíssimas. Se vc gosta de dar umas boas risadas sem muito compromisso, se jogue que é o canal. Eu quase me borrei. Mas eu tb sou muito besta, eu rio com qualquer merda, até com o Zorra Total, para desgosto da patroa.

Quero ver os vermes hoje no Miss M, hein?

12 comentários:

Anônimo disse...

Miguel Cordeiro
peço licença e espaço aos brothers do rockloco e vou vestir a carapuça já q fui eu q levantei a questão do público ser do rock'n'roll ou não naquela noite realmente MARAVILHOSA de roney na miss modular. em primeiro lugar às vezes me surpreendo com o otimismo ingênuo dos rockers locais. já tivemos tantas casas noturnas de qualidade em q bandas de rock se apresentavam e sempre estavam lotadas por serem, talvez, a única opção confortável na cidade. tivemos holandes voador, galpão siriguela, cine equador, twist (no mesmo lugar do galpão), o cine rio vermelho e mesmo com grande público não foram capazes de arregimentar aqueles frequentadores para o rock nem ajudaram a sedimentar definitivamente uma cena rocker (q pague e q consuma) aqui em salvador. sou o primeiro a aplaudir a iniciativa do miss modular para colocar bandas de rock ali e mas qual a garantia de q ali vai ser o motor de propulsão para o rock na bahia decolar? a maioria daquelas casas q citei acima viviam cheias e era emocionante ver diversas tribos dançando ao som do rock, da galera "gente bonita" dos blocos de axé até os vermes roqueiros, mas no momento seguinte sempre voltamos a estaca zero. aquelas casas quando viram suas dependencias lotadas enxergaram $$$$ e na ânsia de faturar cada vez mais aumentavam os preços exorbitantemente achando q aquele publico era fiel e acompanharia os valores. tiveram um triste fim. às vezes acho q deveriamos ser constantemente vigilantes e menos ingenuos. agora mesmo nesta novela do placebo fico espantado com tanta ingenuidade de nossa parte. a mídia não qustiona o cerco cultural q vivemos. pensar q a claro é mais forte q uma politica cultural fascistóide é ingenuidade. fico feliz quando leio meu amigo osvaldo bramis meter o dedo na ferida mostrando o esquema furado da divulgação do Claro Festival, ninguem vê divulgação maciça, não vê outdoors apenas uma divulgação boca-a-boca miúda e contraditória e cheia de versões estranhas: não é mais na concha, o show mudou de data, as inscrições das bandas teve alteração e por aí vai. e quando a gente lê q vai ter 4 mil pessoas na concha(?) com uma divulgação dessas, de uma banda q neguinho aqui na bahia nunca ouviu falar, nem clipe na mtv passa direito acho q é muita ingenuidade. pitty com todo o sucesso q faz no brasil não foi capaz de encher a concha. gostaria de VERDADE em ESTAR ERRADO sobre tudo o q falei e torço para q no final eu esteja equivocado. eu também quero lutar, mas não com essas armas e é preciso preparar melhor os nossos soldados.

osvaldo disse...

miguel, é preciso entender que não temos "publico rock" na bahia, e para forma-lo é preciso que hajam casa de shows,radios rock bares "rock" ect., coisa que sabemos não existir aqui. o miss modular é mais uma tentativa na longa lista dos lugares que vc citou, e acho que sou mais ingenuo de gosto de admitir e torço de verdade que desta vez a coisa se firme,com novas galeras se juntando, de malucos a patricinhas, pq não?.E torço pra vc estar errado, apesar de ter aprendido ao longo dos anos a respeitar suas previsões. e vamos esperar mais este finde pra ver se a claro bahia age em relação a este evento como age em outros que patrocina, com competencia e disposição.

Anônimo disse...

acho que o comentário de miguel é certo. para o rock acontecer aqui precisa de ideias diferentes e sair fora da mentalidade indie. o publico indie se satisfaz com migalha é muito inibido. miguel fala muito dessa coisa que inibe que é ser politicamente correto e a turma indie é assim. pra eles tudo é válido, nada se qustiona
bernardo.

Anônimo disse...

Bom, onde está sendo confeccionada a carteirinha de roqueiro? Tô cheio dessa história. Os bares são sazonais e isso a gente já sabe. Eu era roqueiro e no Siriguela só tocava pleiba e o Diário Oficial. E qual a cidade do Brasil que o rock não é underground?? Acho que só POA. O resto é assim mesmo. O rock não tem que decolar não velho. No passado, o rock botava 400 pessoas em média e ninguém estava satisfeito. Quem tiver grana que compre uma rádio ai. Pode ajudar... O Twist era pior que o Calypso, o Holandês Voador era pleiba até a medula e a cena rock nunca deixou de existir. Vamos ver o show do Placebo. Ninguém faz divulgação maciça faltando ainda 15 dias p o show ( e já vi outdorr na rua), o de Pitty rolou na última semana com outdoor ilegível. Se espera que o rock vire o axé, prefiro Armandinho. Chega de falar q Salvador é um merda, pois onde é que não é? Conhece as bandas undergrounds do Rio?? O teatro Odisséia tem 80 lugares, menos que o Sesi. O show do Mudhoney no Balroom tinha 150 pessoas. E ai?
Mário

Franchico disse...

é,galera. admito que devo ter sido otimista além da conta mesmo, coisa de sagitariano, provavelmente. mas sei lá, caceta, no dia em que eu perder minha fé eu me retiro do rock. no dia em que eu não acreditar mais que as coisas, nossa vida nessa cidade mesmo, náo possa ser melhor, eu deponho minhas armas e viro funcionário público. com todo respeito aos colegas que o são, claro. é só modo de dizer. vcs entenderam.

Anônimo disse...

É verdade, o Twist era lugar de pleiba mas foi lá que aconteceu um show com clima "londrino" da brincando de deus. inesquecível. já armandinho tenha paciencia o cara é muito brega mesmo. melhor que ele é o paraense carimbó "silas da guitarra".
Mário

Luciano Matos disse...

Não vi alguns deste bares citados. Minha posição é de quem está na cena há menos tempo, mas que vê mudança de público, crescimento de interesse. O que acho é que Salvador não tem uma cultura rocker, mas que isso está crescendo. Pelo menos não tem uma fimre de 90 para cá. Cresceu muito na época do Nirvana, mas coincidiu com o estouro do axé. E aqui está para mim o grande X da questão. O axé foi que impediu que o público mai sjovem criasse interesse por ir pra rock e outras coisas. É esse público que está aparecendo agora em festas. Um público consumidor de eventos, que quer ver gente bonita, quer sair para se divertir e em algum lugar agradável. Esse público não é fiel a um estilo e nem precisa ser. É um público que gosta de se divertir e se ver isso no rock vai ficar no rock. O diferente nos dias que estamos vivendo é que não há monocultura, não há um sucesso absoluto como os últimos anos, então as pessoas procuram coisas interessantes para elas e o rock, a música eletrônica e outros sons tem oferecido isso. Você vai no Casarão e vê esse público consumindo, vai no Miss Modular e vê isso. Acho que é sim um novo momento, rock está na moda, a moda vai passar,ma so público em Salvador existe, o problema é atrair esse público e para isso precisa existir lugares agradáves, porque a verdade é que tem que gostar muito do rock para ir sempre ao Calypso. Eu gosto, mas não é todo mundo que tem coragem de levar a namorada ali. Acho boa a discussão, vamos nessa.

osvaldo disse...

Aê Chico nosso mestre finalmente deu o ar da graça ,é com prazer orgiástico que vejo Mario, pra quem não sabe o idealizador do rock loco, fazer comments. estas discussões servem as vezes pra pessoas tomarem algum partido.eu tb nunca tive carterinha de rocker, nem quero ter. uma das coisas que mais gosto do rock é a sugestão de liberdade de costumes , então , como disse Lu, não dá pra ficar escolhendo quem pode ir pros shows, ainda mais na bahia. já postei antes falando sobre o asssunto.o grande problema é a falta de uma politica cultural que apoie as manifestações artisticas alternativas na bahia. depois vem a postura de boa parte do rock local, que se acostumou a viver no guetho. se isto for opção da banda, como já disse antes, tudo bem. só não venha depois com xurumela. E as bandas que querem ter um publico maior e viver profissionamente de musica tem mais é que correr atrás do publico mesmo. Eu quero rock com publico, o melhor e maior publico possivel,não vai se transformar em axé só pq tem mais publico. aquele disco obscuro do Cavedogs eu escuto em casa e toco no rock loco. A vivencia de Mario na cena carioca é muito importante,vc tem postar sobre isto! mas o Rio não pode ser nosso parametro, prefiro as cenas do( não de, hehe) Recife( mais regionalista) e Goiania( mais rock e alternativa).

Anônimo disse...

O segundo Mário não sou eu, porque não vou contrariar o velho Armando, grande feitor de Folia Elétrica e vou ter todo o respeito quando apresentado a Silas. Eu tb quero público, sem dúvida. Mas não dá para ficar reclamando que somos oprimidos pelo Axé como indústria e tal. Na verdade, acho q não somos os ;únicos roqueiros xiitas da cidade. Tem um monte de camisa preta espalhado por ai ? inclusive em santa cruz- ouvindo DRI aos 13 anos. Nos não fomos eficientes para ao longo do tempo nos organizar como indústria. O rock é tarde, como o guri vai voltar pra casa?...e vou lhe dizer o q eu acha velho sobre esses ?centros de rock mais avançados?. Recife tem o Abril pro Rock e uma rádio, mas o Devotos continua no alto Zé do Pinho. O mercado nacional não absorveu, então o local não é suficiente para viver. Agora vai no Carnaval fora de época na praia da Boa Viagem para vc vê o axé ?comeno no front? e o dinheiro rolando. Goiania foi feita por três malucos. Um dono de rádio rico e louco que toca tudo que acha q é bom e dois caras que são donos de um selo e começaram a organizar dois festivais de rock por ano (mas assim como recife, com leis de apoio à cultura e a grana vem sempre de empresas de SP. Ou vcs acham q o show do Teenage fanclub em recife foi pago pelo público????) Porque o resto de Goiania é feito de vaqueiro, o que dá mesmo é sertanejo. Falem rápido duas bandas de Goiânia que vivem de fazer música? Não conheço. Natal tb é outro exemplo desses. Um maluco articulado e rico fez as coisas... As dificuldades não são só aqui porra, tem algum herdeiro de emissora de rádio por ai??? Quantas pessoas já ouviram a Brinde? O cara que mora em Valéria só vai ver a brinde no jornal?Precisamos de um rádio em SSA para unir os pontos da cidade.
Mário Jorge

Anônimo disse...

sem rádio (tipo fluminense fm, "a maldita", que tocava Eloy e Jards Macalé num bloco e depois picassos falso e cabaret voltarie em outro, ou tipo Brasil 2000 FM) não dá para botar para frente mesmo...agora, quem quer mesmo ter carterinha de roqueiro? gueto é besteira...agora modismo às avessas é foda...show de rock em miss m com preços de serviços exerbitantes...tomara que esteja agregando público...tomara...Cláudio Moreira

Anônimo disse...

Sr. Mário Jorge a gente não tem prá onde correr não. Aquele Tapioca tambem é lugar de pleiba até a medula. Jeremias e Chica fé tocam lá direto.
paulo eduardo

Anônimo disse...

entao nao ta pior que no passado,certo?contiamos tendo lugares pra tocar,mesmo sendo os de pleiba.
mario