Felipe Puperi AKA Tagua Tagua, foto Rafael Rocha |
Tagua Tagua é o projeto solo do músico Felipe Puperi, um indie pop de tons experimentais e bem cosmopolita (mesmo cantado em português), ao gosto dos apreciadores de Beach House e afins.
Curiosamente, ele já passou pela Bahia ano passado, tendo feito shows em Feira de Santana (no Fervura Feira Noise) e Vitória da Conquista (no Suíça Baiana), mas só agora chega a Salvador, primeira parada de uma turnê nordestina que ainda passa por Aracaju, Maceió, Recife e João Pessoa.
“Pra mim é muito incrível estar levando esse show pro Nordeste. O povo nordestino é maravilhoso, extremamente aberto a coisas novas, muito acolhedor e receptivo. Tenho ótimas lembranças da primeira vez e tenho certeza que dessa vez não será diferente, ainda mais tendo na rota várias cidades em que nunca estivemos”, derrete-se Felipe.
No palco, Felipe se apresenta acompanhado de três músicos: “O show é com a banda que está comigo desde o primeiro show do Tagua Tagua, ainda em 2017. São dois aracajuanos (Leo Mattos na bateria, percussão e programações e Rafael Findas no baixo) e um gaúcho (Jojô, na guitarra e sintetizadores)”, conta.
Escritores e produtores
A banda paraibana Glue Trip: 100 mil audições no Spotify. Foto Dani L. |
Pedaço Vivo foi gravado no Brasil, mas masterizado na gringa, pelo norte-americano Brian Lucey, com longa folha de serviços prestados para grandes nomes do rock e do pop.
"A masterização é a última fase do processo ao gravar um disco. É o toque final, o que equilibra a sonoridade do todo, ajuda a unir o trabalho e dá uma pressão no som. Também é importante para corrigir algumas frequências que estejam sobrando ou acrescentar algo que falte, como graves, médios e agudos. Estou acostumado a trabalhar com o Brian, ele é ótimo no que faz e tem um ouvido muito aguçado, dificilmente ele me manda uma manter e peço alteração, temos um gosto parecido", detalha Felipe.
Artista gaúcho e independente, Felipe / Tagua Tagua está feliz por iniciar uma turnê em, uma região distante da sua. Algo que pode ficar mais difícil nos próximos anos, com a economia e a política indo para o saco, como vemos. Ainda assim, ele não perde a esperança: "É uma tendência que as coisas fiquem mais difíceis pra cultura num geral nos próximos anos, mas pra artistas independentes sempre tem e sempre terá espaço, pois esses artistas estão acostumados a 'criar' esses espaços, a inventar as próprias oportunidades. E, mais do que nunca, é o momento de se movimentar pra fazer as coisas acontecerem, pra ocupar, pra se reinventar, criar festas, festivais independentes, mesmo sem saber onde isso vai chegar. Demanda existe, o público não sumiu, as pessoas seguem precisando de artistas novos, de novas ideias, de pessoas que as representem também".
Tagua Tagua, foto Rafael Rocha |
De som mesmo, ele cita uma gama de artistas black: do afrobeat de Tony Allen e Fela Kuti ao soul clássico de Marvin Gaye e Bill Withers, passando por Tim Maia e Cassiano.
Mas o que decifra mesmo seu som são seus gostos atuais: “Estou sempre atento a coisas novas também, mas daí minha busca é mais por sonoridade e produção. Atualmente, gosto muito dos produtores Danger Mouse (de álbuns como Rome, com Daniele Luppi, e Lux Prima, com a deusa indie Karen O), Gabriel Roth (selo Dap-Tone), Dan Auerbach (da banda The Black Keys) e Mark Ronson (Back in Black, de Amy Winehouse)”, conclui.
Tagua Tagua + Glue Trip e Tangolo Mangos / Quinta-feira, 19 horas / Club Bahnhof (antigo Idearium) / R$ 20 (Sympla) / R$ 30 na porta
NUETAS
Surrmenage sexta
O power trio Surrmenage (do ex-Dead Easy Arthur Caria) é a atração de sexta-feira no Bardos Bardos. 19 horas, pague quanto quiser. Sabadão é a vez de Tryxx Bomb e Malgrada, no mesmo esquema.
Mantra Sounds sex.
O Festival Mantra Sounds bota Van der Vous, Soft Porn, Orelha Seca, Favna e Kazenin Mafia no Buk Porão (Pelourinho), Sexta, 19 horas, R$ 15.
Rock Esmeril sábado
O mesmo Buk Porão abriga o show Poesia Rock Esmeril, com Modus Operandi, Jato Invisível e Organoclorados, com participação de Beatriz Biscarde. Sábado, 19 horas, R$ 10 + 1 kg de alimento.
Rock, Rua, domingo
As bandas Dom Sá e Jato Invisível fazem Rock na Rua. Domingo, 10 horas, na Av. Magalhães Neto, Pituba. Free.
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