sexta-feira, fevereiro 15, 2019

FOLIA DE DOMINGO

Nação Zumbi traz amanhã à Concha o espetáculo Troça Elétrica, que recria clima do carnaval pernambucano

La Nación: Lúcio, Toca Ogan, Du Peixe e Dengue. Ft Dovilé Babraviciuté
A alegria – e só Jah sabe o quanto estamos precisando dela – vai dominar a Concha Acústica este domingo.

É a infalível Nação Zumbi, que traz a Salvador, pela primeira vez, seu espetáculo Troça Elétrica.

Além da Nação, se apresentarão a banda conterrânea Academia da Berlinda e a Orquestra de Frevo Henrique Dias (a mais antiga e tradicional de Olinda), além de estandarte, bonecos gigantes típicos de Olinda, Caboclo de Lança  e passistas de frevo.

Desta forma, a ideia da Nação é trazer aos palcos do Brasil um pouco do carnaval pernambucano.

Além dessa festança toda, quem vai abrir o fim de tarde na Concha é a banda local RadioMundi, escolhida pelo público em votação pelo site www.conexoessonoras.com.br, que promove o evento.

Se dermos sorte, dançaremos em seu redor. Foto Beto Figueroa
“A ideia é que, ao invés de um DJ entre uma banda e outra, a Orquestra de Frevo toque como em Olinda: no meio da publico. Mas ainda  não sei se na Concha isso vai ser possível”, conta Jorge du Peixe, vocal da Nação, por telefone.

“Vamos com a Academia da Berlinda, banda com a qual já tocamos em Belo Horizonte, Brasília, São Paulo e Recife. E com a Radio Mundi daí de Salvador, com quem já tocamos no Pelourinho”, lembra.

No show da Nação propriamente dito, o repertório parece ser na medida para agradar novos e antigos fãs: “Ah, é bem variado, tem músicas do Radiola NZ Vol. 1 (2017, só de releituras), do Nação Zumbi (álbum de 2014) e dos discos mais antigos”, conta.

Com seu último álbum lançado em 2017, o núcleo duro da Nação (Jorge, o guitarrista Lúcio Maia, o baixista Dengue e o percussionista  Toca Ogan) já pensam em registrar material novo para breve: “A ideia é ter um Radiola NZ Vol. 2, mas o próximo passo mesmo é gravar um disco autoral. Entre um  autoral e outro achamos coisas para fazer, como  o Troça Elétrica e gravar coisas que vimos ouvindo na carreira”, conta.

Além de Jorge, Lúcio, Dengue e Toca, a Nação conta com Marcos Matias, Gustavo da Lua (ambos na percussão e alfaia) e Tom Rocha (bateria).

RadioMundi: DJ Mangaio e Vince di Mira. Foto David Campbell
Moderno ancestral

Responsável por abrir os trabalhos em um domingão na Concha que promete, a banda local RadioMundi é formada por Vince de Mira (vocais, ex-Lampirônicos), DJ Mangaio (programações) e Ícaro Sá (percussão).

No palco, eles ganham o reforço do guitarrista Ian Cardoso e do baterista Ricardo Correia.

No som, a RM pratica aquela mistura bem atual que conjuga moderno e ancestral, eletrônico e artesanal: “A gente parte sempre de bases eletrônicas e de referências de música étnica, como  música nigeriana, angolana e afoxé baiano. Pegamos clarins, atabaques e aí trabalhamos a música”, conta Vince de Mira.

“Não que necessariamente façamos sempre assim , inclusive estamos pensando até em mudar, mas hoje é isso aí”, acrescenta o artista.

Academia da Berlinda, foto Yuri Rabid
Após o show de domingo, o trio lançará nas plataformas o single My, que será precedido por outros a cada dois meses. Inclusive, uma das músicas será gravada com  participação de músicos da Nação.

“Teremos um conteúdo exclusivo com a Nação e uma outra música com participação de Lucas Santtana, Nossa Festa. Com a Nação, vamos gavar logo depois do show, mas a música não  tem título ainda”, conclui Vince.

Conexões Sonoras apresenta: Nação Zumbi, Academia da Berlinda, Orquestra de Frevo Henrique Dias e RadioMundi / Domingo,  17 horas / Concha Acústica do Teatro Castro Alves / R$ 40 e R$ 20 / Vendas: TCA e ingressorapido.com.br

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