quarta-feira, novembro 15, 2017

SUPERAMIGOS SE REÚNEM PARA DEFENDER A TERRA

Estreia: Liga da Justiça sedimenta universo compartilhado de super-heróis da DC em longa eficiente e mais leve que os anteriores 

"Alguém pode desligar essa máquina de gelo seco? Coisa mais demodê!"
Justiça seja feita: Liga da Justiça, o filme (estreia hoje), pode até não ser melhor que a leva mais recente de filmes da Marvel (Guerra Civil, Guardiões 2, Thor Ragnarok), mas não fica muito atrás.

E olha que a produção foi complicada, com direito a saída do diretor, filmagens adicionais e tudo.

Depois da avalanche de críticas negativas de Batman vs. Superman (2016) – nem todas justas, acrescente-se – a Warner / DC e Zack Snyder (diretor) sentiram que o tom de Liga precisava ser um menos sombrio e mais  leve e divertido.

Eis que, para salvar a pátria, entram em cena os novos integrantes da Liga: Flash (Ezra Miller), Aquaman (Jason Momoa) e Cyborg (Ray Fisher), que se juntam ao trio – ops, dupla - já estabelecida nos filmes anteriores: Batman (Ben Affleck) e Mulher Maravilha (a deslumbrante Gal Gadot).

O Superman (Henry Cavill), como se sabe, se sacrificou ao final de Batman vs. Superman para salvar a humanidade.

A boa notícia é que o conjunto tem química, funciona na tela.

Flash rouba a cena direto como o garotão gaiato, servindo de alívio cômico.

Aquaman é uma espécie de Conan O Bárbaro (personagem  que Momoa já encarnou, em 2011) dos mares, cuja brutalidade faz bom contraponto com a sofisticação high tech do Batman.

E o Cyborg ensaia uma personalidade meio atormentada, recebendo um certo apoio da Mulher Maravilha.

Portal interdimensional

"Grande Hera! Olha o tamanho daquele clichê vindo em nossa direção"!
Na trama, acompanhamos o esforço de Batman e Mulher Maravilha para formar uma equipe de super-heróis e combater uma ameaça maior ainda do que as já vistas em Homem de Aço (2013) e Batman vs. Superman.

É na construção dessa trama que reside a fragilidade do filme, cujo roteiro cai em certos velhos lugares comuns dos filmes de ação e fantasia, com direito a objetos mágicos que abrem portais interdimensionais etc e tal.

Tudo bem que os tais objetos já existem nos quadrinhos da DC Comics há mais de 50 anos – e que sim, não dá pra reinventar a roda do cinema de entretenimento de massa assim, do nada – mas que soou clichê, soou.

Descontadas essas bobagens, Liga da Justiça cumpre bem o papel a que se propõe, que é sedimentar o universo compartilhado dos personagens da DC no cinema.

É possível notar que houve um esforço no roteiro retrabalhado por Joss Whedon (que assumiu o filme com a saída de Snyder, depois que o filho deste último cometeu suicídio), no sentido de dar um bom tempo  de tela a cada um dos personagens, preparando o terreno para os filmes solo de Flash, Aquaman e Cyborg.

Agora é aguardar os próximos capítulos desta super saga.

Liga da Justiça / Dir.: Zack Snyder / Com Ben Affleck, Gal Gadot, Jason Momoa, Ray Fisher, Ezra Miller, Henry Cavill e Amy Adams / Cinemark, Cinépolis (Shopping Bela Vista e Shopping Salvador Norte), Cinesercla Shopping Cajazeiras, Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha, UCI Orient (Shopping Barra, Shopping da Bahia e Shopping Paralela) / Livre

4 comentários:

Franchico disse...

Certíssimo Caê: tem que bater nesses fascistas aonde dói: no bolso.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/caetano-processa-olavo-de-carvalho-e-pede-indenizacao-de-r-150-mil/

Espero que ganhe todos esses processos.

Franchico disse...

Diálogo zero com fascista:

http://causaoperaria.org.br/blog/2017/11/15/ufba-estudantes-colocam-direita-fascista-para-correr-na-exibicao-do-filme-de-olavo-de-carvalho/

Aqui é UFBA, minha porra!

Franchico disse...

Por essas e outras quer não estou e jamais estarei no Facebook:

http://www.huffpostbrasil.com/2017/11/14/ex-chefe-do-facebook-alerta-que-a-rede-social-foi-desenhada-para-explorar-as-fraquezas-dos-usuarios_a_23277294/?utm_hp_ref=br-homepage

Essa merda nunca me cheirou bem.

Franchico disse...

Gente, alguém ajuda Franciel, pelamordedeus!

https://twitter.com/fsmcruz/status/930926625272811520

(É que eu tô de boas aqui, dançando com a bunda colada na parede...)