O DSL ao vivo na Itália, foto Maria Grazia Proietto |
Alan Clark, tecladista da banda original (1980-95), conta que ele e outros membros foram convidados por um fã italiano, Marco Caviglia, para um show na Itália.
“Phil Palmer (que tocou nas turnês entre 1991 e 95) se juntou a nós no show seguinte e, um por um, outros ex-membros do Dire Straits vieram. Nos divertimos tanto que decidimos formar o Dire Straits Legacy”, conta, por email.
Além de Alan e Phil, os outros ex-Dire Straits no grupo são Mel Collings (sax) e Danny Cummings (voz e percussão). Completam a formação Andy Treacy (bateria), Mickey Feat (baixo), Primiano Dibiase (teclado) e o já citado Marco Caviglia (voz e guitarra).
“Não conversei com Mark (Knopfler, fundador e compositor da banda) sobre o DSL, mas ele sabe que suas canções estão em excelentes mãos: as minhas”, afirma Alan, deixando a modéstia de lado.
“Ele deixou o Dire Straits para trás quando a banda se dissolveu no início dos anos 1990 e, desde então, se concentrou em sua própria carreira. Sempre estive convencido de que o grupo jamais se reuniria novamente”, diz.
Sushi bar e pista de kart
O núcleo do DSL. Foto Matteo Ziliani |
“São canções clássicas por que são boas canções e boas canções são eternas. Muitas das canções de Mark são observações relativamente triviais, coisas do cotidiano, vistas sob uma luz própria. Por exemplo, ele escreveu Money For Nothing depois de ouvir a conversa de dois sujeitos sobre um clipe que passava na MTV enquanto comprava artigos de cozinha com sua esposa em uma loja”, diz Alan, que aproveita e desfaz um pouco a aura de reservado que Mark Knopfler cultivava.
“Acho que Mark adorou a atenção que a fama lhe trouxe, mas ele sempre tinha um guarda-costas para manter pessoas à distância quando queria privacidade”, conta.
"Os talentos de Mark tiveram um grande papel (no enorme sucesso da banda), mas uma banda consiste de muitos membros e cada um desempenhou seu próprio papel no sucesso do grupo. Quanto às influências, Mark era um grande fã do JJ Cale, além de Bruce Springsteen e Bob Dylan", afirma.
O auge da fama veio em 1985, com o álbum Brothers in Arms. “Quando tocamos no Live Aid (1985) no Estádio de Wembley em Londres, com transmissão para milhões de pessoas mundo afora, também tínhamos um show, naquela mesma noite, na Wembley Arena bem ali do lado. Então, quando terminamos nosso show no Live Aid, andamos pelo estacionamento até a Arena, jantamos e em seguida tocamos para mais de dez mil pessoas”, lembra.
“Fizemos, se bem me lembro, 12 shows direto na Arena, e, para impedir que ficássemos entediados, tínhamos várias coisas para nos entreter, como um sushi bar no backstage e uma pista de kart completa no prédio ao lado”, lembra.
Hoje, Alan só espera se divertir: “Não sei por que o Dire Straits nunca veio ao Brasil – fomos para todo canto! Minhas expectativas são as mesmas de sempre: me divertir”, conclui o músico.
Dire Straits Legacy / Amanhã, 23 horas / Itaipava Arena fonte nova /
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