quinta-feira, outubro 22, 2015

BRAHMS! HOJE! TEATRO ACBEU!

Concerto: Quarteto de Cordas Ensemble SP e clarinetista Luis Afonso Montanha se apresentam hoje
Ensemble SP e Luis Afonso Montanha (centro) Foto: Lost Art
Se hoje em dia tem música do mês passado que já esquecemos, antigamente não era assim, não. Obras de arte eram feitas para durar séculos.

Está  na cidade o Quarteto de Cordas Ensemble SP, formado por Marcelo Jaffé (viola), Betina Stegmann (violino), Nelson Rios (violino)  e Robert Suetholz (violoncelo) e o clarinetista Luis Afonso Montanha para não nos deixar mentir.

Hoje, no Teatro Acbeu, esse quinteto vai executar uma das mais belas e complexas peças do compositor alemão Johannes Brahms (1833-1897): o Quinteto para Clarinete e Cordas - Opus 115.

Escrita em 1891 (há 124 anos, portanto), a peça em quatro movimentos (Allegro, Adagio, Andantino e Con Moto) foi fruto da admiração do compositor pelo clarinetista contemporâneo Richard Mühlfeld (1856-1907).

Brahms inspira

Consta que o homem era tão “fera” no seu instrumento que fez Brahms desistir da aposentadoria a que tinha se retirado um ano antes (1890), para voltar a compor.

O resultado é a obra que será possível ouvir hoje.

“A gente  faz uma versão totalmente baseada no clarinete,  com pouco vibrato e em velocidade rápida”, conta a violinista Betina Stegmann.

“Até por que a escrita do Brahms é toda baseada no clarinete, tem uma coisa de tocar com muita agilidade e leveza, como se nós também estivéssemos tocando clarinete”, acrescenta.

Mas nem só de Brahms se faz este concerto. O quinteto também fará mais duas peças contemporâneas, escritas justamente para dialogar com a obra-prima alemã: Chuva e Depois, de Luca Raele,  e  Apenas um Momento Lírico, de Aylton Escobar.

“Logicamente, a peça (de Brahms) tem melodias que inspiraram tanto o Escobar, quanto o Luca. Eles pegam as notas e dão sua versão”, diz.

“A do Luca é uma peça extremamente livre, a ideia (parta os músicos) não é estar junto, mas em comunhão, cada um no seu ritmo. Ela nos deixa super à vontade, sem stress. É muito para boa para paulistano que vive estressado”, ri a simpática argentina.

Leveza

Menino Brahms....
Já a peça do Aylton Escobar parece algo mais ambiciosa, contando inclusive com a intervenção de sons pré-gravados em CD.

“A gente toca com uma base pré-gravada por nós mesmos, que define o tempo da música. A gente tem que entrar nesse tempo. Ela soa aleatória, mas é muito precisa como composição”, explica Betina.

No teatro, estará a venda o CD gravado pelo quinteto com as três obras do concerto, atividade que foi um desafio para a violinista: “Outros cem grupos já gravaram essa peça do Brahms, que é um romântico alemão pesado, sinfonista, muito encorpado. Mas esse quinteto em seis por oito tem mais leveza”, conclui.

Concerto: Quintetos para Clarinete e Cordas, com Luis Afonso Montanha e Quarteto de Cordas Ensemble SP / Hoje, 20 horas / Teatro ACBEU (Av. Sete de Setembro, 1883, Corredor da vitória) /R$ 20 e R$ 10

Bônus: Brahms' Clarinet Quintet in B minor Opus 115 - New Zealand String Quartet with James Campbell

6 comentários:

Franchico disse...

CD triplo com as transmissões de rádio ao vivo de Reed, Mr. Lou Reed:

http://warezriver.com/64551/lou-reed-transmission-impossible-3cd-2015.html#more-64551

De nothing!

Franchico disse...

Brasil, o país onde a liberdade tem preço, mas a vida (dos pobres, claro) não vale um tostão furado:

http://www.brasilpost.com.br/pedro-henrique-tavares/a-liberdade-existe-para-quem-pode-pagar_b_8347572.html?utm_hp_ref=brazil

Franchico disse...

Dica boa para quem tem o péssimo hábito de só se informar via facebook:

http://www.brasilpost.com.br/2015/10/22/links-adulterados-internet_n_8357104.html?utm_hp_ref=brazil

Ops, quem só se informa via face não passa mais por este blog. Pregando para os convertidos....

Franchico disse...

O Bolsa-família, disse no ar um daqueles comentaristas do Jornal da Cultura ontem mesmo, equivale a 1% do PIB. É, 1 mísero por cento, que garante a sobrevivência de milhões de pessoas.

https://br.noticias.yahoo.com/dilma-diz-corte-bolsa-fam%C3%ADlia-233900151.html

Então não tem que cortar porra nenhuma de bolsa-família! Se querem cortar alguma coisa, que sejam as benesses, benefícios, verbas de gabinete, cabides de emprego, secretarias nulas funcionários-fantasmas e outros ralos do dinheiro público, que com certeza deve representar muito mais que o 1% do Bolsa-Família.

Rodrigo Sputter disse...

ouvindo aqui um "The best of Brahms", valeu Chico!!!
Relaxando o dia...hj só consegui mimir 7 da matina...
~=o(-
e esse loulou hein???
baixando na merma da hora!!
daqui a 5 dias fazem dois aninhos que ele nos deixou...rapdim...
grande lou...cara da zorra!

Rodrigo Sputter disse...

Chico, o 1o cd do lou é 98% esse que comprei no final dos 90, DISCAÇO, tem minha versão fave de vicious:

http://www.discogs.com/Lou-Reed-Walk-On-The-Wild-Side/release/1515762