O Santo Graal do progrock brazuca
Gravado em 1979, o LP Depois do Fim, da banda Bacamarte, logo se tornou um clássico do rock progressivo mundial. Com o vinil original independente disputado a tapa entre colecionadores, a Som Livre aproveitou os 30 anos de gravação do disco e o relança agora, pela primeira vez, em CD. Remasterizado direto da fita master original, traz intacto o som complexo do grupo, fortemente influenciado por Genesis e Yes. A cantora Jane Duboc aparece em quatro das oito faixas. Bacamarte / Depois do Fim / R$ 24,90 / Som Livre
Mais rock instrumental
Aparentemente uma tendência na cena rock brasileira, as bandas instrumentais vêm ganhando espaço e importância, aparecendo na MTV e festivais independentes. A Vendo 147, mais nova representante baiana, estreia com este EP de quatro faixas, onde demonstra seu estilo pesado, com influências de hard e stoner rock. OK para uma estreia, mas pode render melhor com mais personalidade na receita.
Vendo 147 / Big Bross Records / Preço não divulgado
Renovador em forma
Quando surgiu com grande sucesso nos anos 1980, o bluesman americano Robert Cray foi apontado como um renovador do estilo – mais graças a uma certa penetração entre o público mais jovem do que a uma possível diluição do legítimo blues. O tempo passou e este guitarrista e cantor extraordinário provou que de diluidor ele não tem nada. Seu novo CD, o primeiro pelo seu próprio selo independente, traz Cray em forma: blues certeiros e sem solos quilométricos. Robert Cray / This Time / R$ 29, 90 / EMI
Gossip mais pro pop
Liderado por Beth Ditto, uma gordinha ativista homossexual desbocada e completamente destituída de pudores com seu corpo, o trio The Gossip estourou em 2006, com o CD Standing in The Way of Control. Sua abordagem vigorosa de punk e disco funk ganhou fãs independente de orientações sexo-políticas. No novo CD, a produção de Rick Rubin limpou um pouco a “sujeira“ que caracterizava seu som, deixando-o mais pop. Fãs hardcore poderão se decepcionar, mas tem seus momentos. The Gossip / Music For Men / R$ 24,90 / Sony BMG
Baba irlandesa
O trio irlandês The Script lança seu álbum homônimo de estreia recheado de musiquinhas que farão a alegria dos desavisados e ouvintes de FM sem muito critério. Com influências de soul, pop rock e R&B / hip hop americanos, os três rapazes bonitinhos nasceram para aparecer nas sessões vespertinas da MTV, mas não para fazer boa música. Bem produzido e executado, tudo neste CD é tão limpinho e asséptico que é possível sentir até o cheiro de desinfetante. Soul sem alma. Fuja. The Script / Idem / R$ 24,90 / Sony Music
Blues texano de SP
O blues texano (linha ZZ Top e Stevie Ray Vaughan) faz a cabeça e o som do sexteto paulista Cracker Blues. Com 11 faixas autorais e letras em português, o primeiro CD da banda representa bem suas influências, incluindo na receita o blues rural de Robert Johnson e o southern rock encharcado de bourbon dos Allman Brothers e Lynyrd Skynyrd. Destaques: Bolero Maldito (boogie woogie matador) e Blues do Inimigo (só na gaita e violão de cordas de aço). Boa estreia. Entre o México e o inferno / Cracker Blues / Independente / Preço não divulgado
Nobreza reeditada
Lançado em LP em 1970 e agora reeditado em CD pela Biscoito Fino, este álbum produzido por Paulinho da Viola constitui um documento inestimável da Música Popular Brasileira ao apresentar reunidos todos os grandes nomes que fizeram a fama da chamada Velha Guarda da Portela. Monarco, Manacéa, Alberto Nonato e outros representam um dos pontos mais altos da cultura do samba. Hoje vulgarizado e violentado, o mais brasileiro dos ritmos tem aqui sua glória devidamente preservada para as futuras gerações. Portela Passado de Glória / A Velha Guarda da Portela / R$ 33,90 / Biscoito Fino
Filial mineira dos LH
A banda mineira Transmissor, uma das mais ativas de BH, lança seu 1º álbum, Sociedade do Crivo Mútuo. Logo na primeira faixa, Primeiro de Agosto, percebe-se a ostensiva influência de Los Hermanos no som. O espectro do grupo de Marcelo Camelo se espraia por toda a extensão do álbum, a despeito da clara tentativa de evocar personalidade própria. Quem sabe no próximo. Fãs daquela mistura de indie rock com bossa e Clube da Esquina vão se amarrar. Sociedade do Crivo Mútuo / Transmissor / Ultra Music / Preço não divulgado
Ella de Jane e Victor
Duas feras discretas da MPB, Jane Duboc e Victor Biglione (que na verdade é argentino) homenageiam uma das maiores divas do jazz neste Tributo a Ella Fitzgerald. Assessorados por uma banda bastante competente, a dupla enfatiza a faceta bluesy da grande cantora através de um toque brasileiro, pela via da bossa e até de acordes de Villa-Lobos. Hits populares como Night and Day (Cole Porter) e Someone to Watch Over Me (irmãos Gershwin) estão no CD. Jane Duboc & Victor Biglione / Tributo a Ella Fitzgerald / R$ 24,90 / Rob Digital
12 comentários:
putz, quero ouvir o bacamarte.
GLAUBER
putz. aff. de novo????????
"Eu fiz pior"
(Lula Côrtes)
Eu andava insatisfeito
Sem resolver direito
Sem dar um rumo à minha vida
Sozinho, desconfiado
Com o povo acostumado
Com aquela mesma coisa antiga
Assim posto de lado
Com o destino traçado
De nunca ser reconhecido
Enquanto eu me calava
O povo se danava
No zum do fim de um coletivo
Eu fiz pior!
Gravei outro cd sem levar nem um tiro
Muito pior!
Parei de tomar droga e fui fazer retiro
Meus parceiros, entre aspas
Meus cúmplices de nada
Cem críticos de arte que nem tinham emprego
Chegavam nos jornais
Com papo de manchete
Achando que uma enquete me faria medo
Eu fiz pior!
Mandei pra redação minha fotografia
Muito pior!
Respondi com poema de pornografia.
Má Companhia...
Um policial armado
Achando que tem pique
Outro de paletó, achando que era chic
Os dois tão deslocados,
Olhando pro meu lado
Achando que festa de rock é pic nic
Eu fiz pior!
Pulei do palco e me meti na vida
Muito pior!
Sujei de sangue minha melhor camisa
Sozinho, ressabiado
Só tendo do meu lado
A turma efervecente dessa banda amiga
E um homem de negócio
Fingindo ser meu sócio
Soltando a cachorrada
Atrás da minha tripa
Eu fiz pior!
Saltei como no circo em cada armadilha
Muito pior!
É só por isso que meu nome ainda brilha.
.................
GLAUBER
Baixei o Nó dos mais Gravatas e Glauber está de parabens. Alto grau de lisergia.Recomendadissimo.e o show?
hehehe...brigadão, osvaldão! meu mestre:
http://www.youtube.com/watch?v=_lkk8Cku4p8
BRIAN IS GOD!
GLAUBER
Apareça lá no blog, Chicão.
E endossando Oswaldo, tá na hora de show, seu Gaubito. Vamos fazer?
Abs!
Apareça lá no blog, Chicão.
E endossando Oswaldo, tá na hora de show, seu Gaubito. Vamos fazer?
Abs!
chico,
tive em lp esse do bacamarte e fez parte da minha vida musical no rio nos anos 80...era disputado a tapa, mas uma grande influência do grupo era o inglês renaissance, muito querido no Brasil
lembram?
cláudio moreira
Olá,
Estive vendo algumas coisas no seu blog. Tenho uma proposta: você não gostaria de ganhar 50 euros por mês por inserir pequenos links dos nossos anunciantess? São 50 euros mensais por cada blog que for cadastrado, tendo também a possibilidade de acrecentar este dinheiro adicionando blogs ao nosso sistema de anunciantes. Estes links não atrasam o acesso ao seu site -links de pequenas empresas, nada estranho. Tire a suas dúvidas por email, o meu msn é rodrigodinheirodasilva@gmail.com
Mais informação:
http://blogsdegrana.blogspot.com/
Estou aguardando a tua resposta,
Rodrigo Reyes Silva
Xicovisky,
você viu esta aqui, ó?
http://www.literal.com.br/blogs/raul-seixas-o-censurado-da-vez
De nada.
Franciel.
bastante típico desta quase democracia. Vejam a diferença pra os tão demonizados yankees. Lá uma biografia é publicada goste o biografado e seus herdeiros ou não. Que o diga mr. Jagger.
Parem as maquinas! Francis Elvis ameaça parar com o Ingresia. Tb conhecido como o impagavel Beto Bahia, Francis Elvis, um dos poucos escribas de responsa nesta terra de anarfas , resolve sair de cena deixando a ja debilitada facção baiana na internet muito menos inteligente. Um duro golpe para nosotros que somos seus fieis leitores.Espero que vc reconsidere Francis.
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