sexta-feira, fevereiro 27, 2009

TRATADO GERAL DO NARCISISMO

Chega as livrarias edição bilíngue de O retrato de Dorian Gray, o mais famoso romance do dândi Oscar Wilde


Até onde pode chegar uma busca incessante pela auto-satisfação, mesmo que isso inclua destruir vidas alheias? O narcisismo desenfreado, um assunto atualíssimo, é a questão central do clássico livro O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde (1854- 1900), que chegou as livrarias em edição bilíngue, pela Editora Landmark.

O livro, assim como outra obra-prima sua contemporânea, O amante de Lady Chatterley, de D.H. Lawrence, causou grande comoção (e indignação) na Inglaterra da Era Vitoriana, por tocar em tabus como liberação sexual feminina em Chatterley e homossexualismo (velado) e hedonismo em Dorian Gray.

Além de ser bilíngue, esta edição tem outro diferencial, que, salvo engano, a torna inédita para os leitores brasileiros: trata-se do texto nos 13 capítulos originais publicados em 1890 pela revista norte-americana Lippincott‘s Monthly Magazine.

No Reino Unido, a obra só seria publicada em 1891, com diversas alterações exigidas pela editora Ward, Lock & Company, o que resultou numa certa suavizada em diversas passagens do romance – o que, ainda assim, não o livrou de se tornar escandaloso a época.

Romance mais famoso do polêmico dândi Oscar Wilde, O retrato... é o relato da decadência moral de um jovem ingênuo que a todos encantava pela rara beleza. Após se apaixonar pelo rapaz, o artista plástico Basil Hallward pinta o seu retrato e o presenteia com o quadro.

Gray, ao ver a obra pronta, apaixona-se por si mesmo, desejando manter aquela aparência de eterna juventude.

Ao mesmo tempo, um amigo de Hallward, Lorde Henry Wotton, aristocrata cínico e hedonista, começa a exercer uma forte influência sobre o jovem, levando-o a uma busca sem fim pela satisfação dos seus mais sórdidos e inomináveis prazeres.

Reflexo distorcido – Fora de controle após ter sua cabeça feita pelo mefistofélico Lorde Wotton, Dorian Gray mergulha fundo no narcisismo, na futilidade, no egoísmo, e pior: no crime. Sua aparência, no entanto, nunca muda, mantendo-se jovem e encantador enquanto os anos passam para todos.

Se o espelho nada denuncia e o rosto de Dorian continua angelical, para onde vão os traços de crueldade, demência e culpa que deveriam marcar suas feições? Enquanto tudo isso acontece, Dorian mantém seu retrato pintado por Basil escondido no sótão de sua casa.

Ao mesmo tempo em que comete as maiores barbaridades em sigilo, ele ainda é capaz de frequentar os salões mais exclusivos da aristocracia, pavoneando-se como um conservador linha-dura. Essa dualidade entre o hedonismo e o conservadorismo do personagem rendeu comparações com outro clássico da literatura, O médico e o monstro, de Robert Louis Stevenson.

Esteticismo – Na época, Wilde usou o livro como veículo para divulgar a corrente artística à qual se filiava, o esteticismo.

Este movimento, cujas bases se apoiavam no livro Studies in the History of Renaissance (1873), de Walter Pater, professor de Estética da Universidade de Oxford, defendia a busca da beleza acima de todas as coisas, transformando o lema a arte pela arte em filosofia de vida.

Daí vem o estilo extravagante de ser e se vestir do escritor, que tanto alvoroço causou na fleugmática sociedade vitoriana.

A propósito, esta edição da Landmark traz como bônus o manifesto esteticista de Wilde no prefácio, incluída na edição britânica de 1891. Numa série de aforismos curtos e geniais, Wilde conclui: "Toda arte é inútil".

Wilde é pop – Espalhafatoso, destemido e sempre com uma observação ácida e intrigante na ponta da língua, Oscar Wilde pagou o preço de ser legítimo em um tempo em que isso não era bem visto e muito menos aceito. Depois de amargar alguns anos na prisão acusado de sodomia (um crime na época), morreu pobre e decadente em Paris.

Seu estilo e sua escrita genial, contudo, sobreviveram ao tempo e foram inúmeras vezes revistos e homenageados ao longo do último século. Diversas vezes adaptado para o cinema, a TV e os quadrinhos, Dorian Gray tem sua versão mais famosa no filme de 1945, com o ator Hurd Hatfield no papel-título.

Ainda este ano, um novo filme para Dorian Gray estreará nos cinemas, com Ben Barnes (o Príncipe Caspian, de As Crônicas de Nárnia) na pele do personagem principal.

Não dá para não citar também seu maior discípulo declarado nas últimas décadas, o ídolo pop Morrissey, ex-Smiths.
O personagem ainda apareceu recentemente no filme A Liga Extraordinária, a malfadada adaptação cinematográfica de Sean Connery para a HQ de Alan Moore e Kevin O'Neill. Nos quadrinhos (se não me engano, fazem anos que li essa história), Dorian Gray não aparece hora nenhuma, mas enfim.

TRECHO:

"Vivemos em umaépoca em que os homens tratam a arte como se fosse uma forma de autobiografia. Perdemos o senso abstrato de beleza. Se eu viver, mostrarei ao mundo o que é isso; e, por essa razão, o mundo nunca deverá ver meu retrato de Dorian Gray". Fala do personagem Basil Hallward.

O retrato de Dorian Gray
Oscar Wilde
Editora Landmark
240 p. R$ 34
www.editoralandmark.com.br

28 comentários:

Nei Bahia disse...

Chicão, novamente peço licença pra me aproveitar de sua audiência planetária.Tirei o blog da hibernação pra narrar a saga das bandas de rock nos trios na festa de Baco e Dom Gerônimo primeiro e único. Passem por lá e coloque seus pitacos, comentários mau humorados e afins.
http://meusom.wordpress.com/

osvaldo disse...

hahahaha. ta resolvido o problema do carnaval e dos camarores. muito bom!!

http://www.bahianoticias.com.br/noticias/noticia/2009/02/27/35363,camarote-da-pobreza.html#

Franchico disse...

O blog Ear Farm fez uma lista de A a Z de bandas para se assistir no South By Southwest 2009.

http://earfarm.com/features/daily-feature/wednesday/2418

Duas observações, apenas.

1. O mané esqueceu de incluir nosso glorioso VANDEX!

2. Notem o endereço de vários dos bares onde vão rolar os shows: Red River St.

Repetindo: Red River St.

Pelo menos, Vandex, Maurício Pedrão, o menino Assmar e cia vão se sentir em casa, né?

Marcos Rodrigues disse...

e aproveitando o tema de Nei:
http://clashcityrockers.blogspot.com/

cebola disse...

Coincidência da porra! Estou lendo exatamente este livro ( de novo ), agora. Deu vontade de ter essa edição aí...merda chico, lá se vão mais caraminguás por tua culpa...

Anônimo disse...

Paulinho Oliveira em
UM BOM MOTIVO [ao vivo]
Especialmente na Calourada Sitorne - 2009!
Dia 06 de março - 19h
Café-Teatro Sitorne
Rio Vermelho

FREE!!!

Todo mundo lá!!!

Anônimo disse...

Está no endereço: http://www.politicalivre.com.br


O enigma da secretaria de Cultura
É fato: a presunção, mais do que a eventual incompetência, de Márcio Meirelles está concorrendo para colocá-lo no panteão dos piores secretários do governo Jaques Wagner, cuja imagem tem sido constantemente golpeada pelos flancos que o representante oficial da pasta da Cultura se encarrega de abrir.
Agora, se não vier a público explicar devidamente o motivo porque resolveu patrocinar na festa de maior visibilidade do Estado, com dinheiro público, atrações completamente estrangeiras à folia, inclusive por seu caráter elitista, Meirelles vai acabar tendo que engolir as acusações de que fez uma “ação entre amigos” neste Carnaval.
Afinal, qual é o propósito de colocar na avenida gente como Otto, Arto Lindsay, Galerinha e um punhado de artistas cujo valor estético e conceitual pode até não se discutir, mas que tiveram, em alguns casos, desempenho melancólico sobre o palco andante dos trios pagos pelo ‘governo de todos nós’?
Quer o secretário, que ganhou o apelido de Macbeth da Província, proporcionar ideologicamente uma reinvenção do Carnaval baiano através de “lições” ao folião ou aos artistas locais de uma forma grotescamente inorgânica? Ou projeta simplesmente “universalizar” com a festa seu gostinho particular com dinheiro coletivo?
Nem pelos poderes de Grace-Skol!

Ajudaria muito a Meirelles se ele compreendesse que, como gestor, tem a obrigação de atuar com transparência e respeito ao que é público, participando adequadamente à sociedade os fundamentos de como deseja servi-la. Não se fala aqui dos interesses que sua administração contrariou, em alguns casos, de forma justificável.
Mas da necessidade de explicitar seu projeto para a cultura baiana, cujo conteúdo ninguém conhece, ninguém viu nem vê, mas sobre o qual se ouve a conversa fiada de que planeja interiorizar as ações públicas no setor. Exatamente. Convenhamos que, em sendo este seu projeto, é muito pouco para ficar onde está.
Pelo visto, se deixarem o secretário assim solto, tentando travestir de popular propostas que estão longe de agradar os excluídos dos camarotes, dos blocos e até da avenida, daqui a pouco Meirelles vai inventar de encenar uma peça de William Shakespeare no próximo domingo de Carnaval em pleno Campo Grande.
Pensando bem, seria até bom para ver se tem talento suficiente para incorporar o Macbeth da Província com que pichou-lhe, pelo visto, até o fim dos tempos, a boca do inferno de Aninha Franco. O problema é que, pelo que já se percebeu há muito, o secretário parece não gostar muito de atuar. Quando muito, dirige!

Nei Bahia disse...

Se MM não agrada essa galera, estou ficando fã dele.

Unknown disse...

wild oscar!

GLAUBER

osvaldo disse...

apoiado nei.engraçado, parece até que antes era tudo uma maravilha.a crise economica e a inexperiencia desta secretaria expos o que as pessoas minimamente informadas sempre souberam: o carnaval da bahia SEMPRE foi um pessimo negocio para a população e muito lucrativo para um pequeno grupo de pessoas, a maioria ligada a explosão da segunda leva do axé music( final dos 80). houve um conluio do poder publico e alguns artistas junto com gravadoras e meios de comunicação, que usurparam a festa.até meados dos 80 o carnaval e os interesses economicos eram infinitamente menores, e os recursos direcionados para o povo em geral.o carnaval cresceu muito, é verdade, mas deu muito mais prejuizo que lucro. agora as pessoas começaram a ver o tamanho do engodo.os numeros sempre foram maquiados.1 milhão de turistas? bilhões de receita? mentira.sempre foi mentira.

glauberovsky disse...

vixe, osvaldão disse tudo. verdade inconveniente. e triste.

GLAUBER

Franchico disse...

É engraçado isso, mesmo.

Mas não é o Carnaval a tão propalada "festa da diversidade"?

Não é aqui que borbulha o caldeirão cultural de "todos os ritmos, todos os sons, todos os tons" e outros clichês malas desgastados?

Ou será que essa diversidade acaba onde começa a doer no bolso dos mamadores de verbas públicas?

Sei que MM não é nenhum santo, nem salvador de pátria nenhuma, mas se está ocasionando de incomodar a patotinha, é por que alguma coisa certa ele está fazendo.

E outra: deixa a nivelação por baixo para os trios de blocos, mesmo. A obrigação da Secult é oferecer propostas estéticas e de lazer de qualidade comprovada para a população.

(Não que eu seja fã de Otto, Arto Lindsay e tal. Não sou. Mas defendo até a morte o direito deles participarem da "festa da diversidade").

E se MM resolver encenar Shakespeare na avenida ano que vem, eu vou achar o máximo.

E tomara que coloquem bem no meio entre os blocos do Chiclete e Cláudia Leitte e atrase seis horas na avenida.

Querem saber do mais?

Quero mais que esse carnaval vagabundo, violento e antidemocrático se FODA!

Pardon my French.

Franchico disse...

A propósito, confiram hoje, sábado 28.02, no Caderno Cultural, texto do nosso master brou Miguel Cordeiro sobre a autobiografia de Bill Graham, Minha Vida Dentro e Fora do Rock.

Para quem não se situou, é aquele caderno literário formato tablóide que circula aos sábados, no periódico da Tankred Snows Avenue.

Franchico disse...

E para não perder a oportunidade, não deixem de conferir amanhã, domingo, 01.03, minha megamatéria sobre o livro Os Bastidores de Watchmen e a série Watchmen em si, claro.

No bom e velho Cad 2 do períódico da Tankred etc etc...

Esquentando os tamborins para a estreia do filme sexta quem vem...

E NA PILHA TOTAL.

glauberovsky disse...

WATCHMEN!!!
GLAUBEROVSKY

miguel cordeiro disse...

Isto que está aí é a mesma porcaria que havia antes porque carlismo e petismo são faces de uma mesma moeda. O que Marcos Rodrigues escreveu é muito profundo e acho que é por aí, sim, que as coisas devem ser abordadas.

Por quê? Porque essas pessoas que comandam o poder, também cultural, são muito mais vermes do que imagina nossa vã consciência.

Como sou bem mais velho e acompanho o movimento dos barcos desde o início da década de 1970, às vezes me surpreendo que mesmo na época da ditadura, de triste memória, a cultura e os agentes culturais eram muito mais democráticos do que hoje.

Quem lembra das apresentações dos Mutantes, Terço, Made in Brazil entre 1972/75 na Concha Acústica? Dos primeiros shows de Rita Lee em carreira solo no Teatro Castro Alves em 1974/75? Ela entrando no palco trazendo na mão um jornal local que tinha falado merda sobre ela e ela riscar um fósforo e tacar fogo nele?

E o Teatro Castro Alves como palco do projeto Pixinguinha que trazia a cada semana em dobradinha artistas medalhões da MPB e iniciantes?

E o teatro Vila Velha, pulsante em sua história: bossa nova, MPB, tropicália, peças de teatro, rock anos 70 e 80. E hoje o Vila é esse túmulo da cultura de propriedade de Marcio Meirelles, coincidentemente o Secretário estadual de cultura.

Isso tudo no tempo da ditadura e envolvendo artistas que tinham uma posição abertamente contra o regime. Hoje, com esta esquerda atrasada que está no poder, a política imobilizou a manifestação cultural livre e libertária e eles só trazem os aliados ideológicos. Gente como esse bobão Mano Chao.

Quem viveu outra época tem a sensação que retrocedemos porque, apesar de tudo, não tinha essa excrescência de Edital para cultura e os eventos eram bancados por iniciativa própria.

Esse troço de Edital é um entulho autoritário dos ideais de cultura dos bolcheviques da União Soviética que se utilizavam deste artifício para controlar a produção cultural de acordo com seus interesses políticos.

Mas roqueiro muderno sabe lá o que é bolchevismo? Ele quer mais é se armar... Migalhas são bem vindas.

Fui contemporâneo de universidade de várias figuras que hoje estão no governo. Lembro quando nos encontrávamos na época do carlismo - para não ir muito longe, e que falávamos da necessidade de uma real mudança cultural e eles esculhambavam os artistas do axé que lambiam os ovos de ACM.

E o que vemos hoje? Os artistas carlistas do axé foram adotados pelos petistas. Todos, TODOS, pularam pro outro lado ou foram puxados pro lado do “novo” poder e continuam sendo beneficiados.

É tudo a mesma merda, sim.

Otto? Arto Lindsay? Que porra esses caras fazem pra merecer benesses? Como diria Glauber Rocha, esse Arto Lindsay é um agente da CIA que age a favor da mediocridade que impera no Brasil.


E tem sim, os queridinhos do “novo” poder. Pessoas amigas que conheço contabilizaram as vezes em que caras como Lenine e Nação Zumbi se apresentaram aqui em Salvador com o patrocínio do atual governo. Em um ano e meio a Nação Zumbi veio bem uma quinze vezes, ou mais. Lenine, umas dez, ou mais. Isto é ou não é proteção e beneficiamento em detrimento de pessoas que também merecem o mesmo tratamento?

A questão não é se essa gestão é menos, mais ou tão maléfica quanto a de antes. É igualmente maléfica, certamente pior, só que para enganar a platéia ela ostenta uma cara de bom mocismo e discurso de bom menino. O problema é que esta gestão é MEDÍOCRE. E não deveria sê-lo por tudo que pregou quando estava na oposição.

Por conta disso, de não apresentarem mudanças significativas o que está acontecendo é muito pior.

Nunca fui carlista – pelo contrário e pessoas próximas sabem disso, nunca tive nenhum benefício do poder. Simpatizava com as propostas da oposição e do PT, mas deixando de lado o fanatismo político e analisando de forma fria e racional, não há como negar que em se tratando de divulgar a imagem cultural da Bahia – goste-se da baianidade ou não, os carlistas foram bem mais competentes que os petistas no trato da cultura.


E vale lembrar que a baianidade continua sendo a marca do atual governo. Ao batuque do neo petista Carlinhos Brown, aquele mesmo que apoiava ACM e dizia ser do partido do endireita.

glauberovsky disse...

compreendo os argumentos de cordeiro, mas pelamorrr, não evoca a dita que eu fujo.

GLAUBER

Anônimo disse...

Senhores, a verborragia intelectualóide vos serve, sois donos da razão. Debateis como nenhum outro uma verdade que não lhes cabe, se não tens da música sua real profissão.
Tú ó paladino das palavras, sabe bem quem sois, vai tocar teu contrabaixo, na base do feijão com arroz. Constroe teus prédios, faz deles grandes monumentos, empresta teu real talento(se o tiveres)satisfazendo assim o teu ego, trazendo à tua alma atormentada real alento.
Quanto a tu, rei das lagartixas, sei que destas entende, a elas pertence o teu mundo, tanto quanto o das tartarugas cegas. És de uma lentidão que com os anos se arrasta, sobre paredes de pedra áspera que sempre estarão sob o teu corpo, não importando a situação, para o teu pobre cérebro ôco.
E assim continuam em teoria abraçados, labutando, labutando, labutando em círculos... Ó cruel labuta, liberta estas almas que da inveja se alimentam, permite que o esforço supere o traçar de uma caneta(ou teclado) e traz uma atuação mais verdadeira para elas no theatro da vida.

O Menestrel.

Marcos Rodrigues disse...

Ó Menestrel que se acredita invisível, veja só, sei bem quem és. Pena que a tua milenar sabedoria continue a ser proferida nas sombras e não possa enfrentar o claridade e o debate no mundo dos homens.

Para ti sobram as migalhas dos pensamentos alheios e os afagos complacentes da realeza, pobre bufão sem guizos.

Ergue a coluna, pobre ser; prometo que dessa vez não tornarei a lhe açoitar. Ou volta para o seu silêncio, criatura sem luz (própria).

cebola disse...

Tática antiga esta de se tentar desqualificar quem critica os senhores oficiais. Tenta ridicularizar aquele que berrou sobre a nudez de vossa magestade.

Não argumentou, não desenvolveu o tema, sequer se permitiu a dignidade de se identificar...

Se age assim é porque se incomodou. Ganhou algum edital pra escrever versinhos de pé fraturado como estes, sr menestrel?

miguel cordeiro disse...

ó menestrel da mente psirica chicleteira. tú que és um menestrel a soldo para proteger os poderosos. tú, ó menestrel fantasmão que é tão ligeiro quanto um percurso de trio elétrico, vai e corre ligeiro, rapidinho e tirando o pé do chão e bate na palminha da mão tchá tchá tchá, e vá até o departamento financeiro das consciências aprisionadas e pegue seu contracheque pelo seu ofício de defender o rei. é uma micharia, uma merreca, mas seu bolso é tão raso quanto sua inteligência, e as migalhas são mais que suficientes para aquilo que você vale mesmo. e não esqueça da oração que o senhor nos ensinou e que você nunca vai aprender: é preciso ter cultura pra cuspir na estrutura.

Anônimo disse...

Agora sim, caíram as máscaras...

glauberovsky disse...

qualidade duvidosa dos versos aqui, ultimamente. vou ouvir o jethro tull que eu não sou bobo nem nada, hahahaha

GLAUBER

Anônimo disse...

pessoal: estou acompamhamdo essa discussão mais fico triste de ver gente q não sabe debater e vai atacando quem sabe ter argumento. isso é nojento e bem das coisas daqui da bahia. não sei por que na bahia tudo tem de ser a favor e o rock daqui entrou nessa.

Anônimo disse...

09:53:04




Há cerca de 30 dias recebi um e-mail do intelectual franco-baiano-marroquino Dimitri Ganzelevitch em que me relatava uma carta que encaminhou ao secretário da Cultura, Márcio Macbeth, o do não ser, sobre questões culturais baianas e sequer resposta recebeu. Dimitri é um intelectual respeitado e atuante, desses que honram o lugar onde esteja. Pouco depois, enviou-me (e a outras pessoas) uma mensagem em que informava - e eu não acreditei - que venderia o seu belo solar no Santo Antônio Além do Carmo, um verdadeiro museu com objetos que colecionou ao longo da vida e das suas viagens. No solar, construiu até um teatro de arena. Agora, neste domingo, primeiro de março, chega a triste informação de que, três décadas depois, ele está deixando definitivamente a Bahia. Vai para Pernambuco, constatando, em lápide, a morte da cultura na Bahia. Pediu-me também que defendesse o Centro Histórico, a região do Pelourinho e zona de influência. Ganzelevitch fará muita falta. A Bahia empobrece, a sua cultura se esvai na imcompetência de quem está à frente dela. Espero que, de Pernambuco, mantenha-me informado sobre a sua agitação cultural e abro espaço neste Bahia Notícias para, se quiser, publicar as suas belas crônicas. Cada uma delas será uma bofetada em Márcio Meirelles. Mesmo que não seja preciso, e não precisa mesmo, ser citado. A Bahia cultura reconhece que há um corvo pousado e posando na cumeeira da Secult.
(Samuel Celestino

Nei Bahia disse...

Senhores, peço a todos que se lembre que uma das marcas registradasdo CARLISMO, que tanto nos causou mal, era a não argumentação na construção do diálogo, substituida pela desqualificação do interlocutor com quem se polemiza.
Em suma, em vez de convencer que suas idéias estão certas, gasta-se toda a energia pra esculhambar quem não concorda com elas.

em tempo: Chicão, confesso que estou com "uma meda" ( como diria o filósofo Didi mocò.)do que nos trará essa sexta feira cinematográfica.

cebola disse...

Foi o que eu disse lá em cima, mr. Nei, não só marca do carlismo, mas a marca de quem está no poder, em qualquer época, seja quem for.

Quanto à sexta feira, vamos nessa, sexta mesmo??? Eu vou!! Não posso esperar nem um dia pra ver isso, mesmo que sofra de uma terrível ressaca estética na manhã de sábado.

Anônimo disse...

Rapaziada. vejam só...
Acho estranho esse fuzuê com a SECULT, por conta de Luiz Caldas... Acho mais estranho ainda que a Penta Eventos, que produz Luiz Caldas e tb produz a banda Psirico, não tenha conseguido verba pra colocar o "pai do Axé" em cima de um trio... Curiosidade: A Penta Eventos, pra quem não sabe, é do grupo de ACM Neto... Deu pra entender o 'x' da questão?
No mais, diversidade é bom e eu gosto... Que venha rock, axé, maculelê, o escambau pra ativar e transformar o Carnaval!!!