segunda-feira, agosto 11, 2008

ISAAC HAYES R.I.P.

Gigante da música, Isaac Hayes, morto no último sábado, deixa uma obra recheada de clássicos da soul music

Mais conhecido pelas novas gerações como o personagem Chef, da série de animação South Park, o músico e ator Isaac Hayes foi encontrado morto aos 65 anos, no chão de sua casa em Memphis, Tenessee, pela esposa, neste último sábado (9).

Dono de um tremendo vozeirão de barítono, Hayes era, sem favor nenhum, um gênio da black music, um daqueles personagens essenciais para o gênero, com a mesma estatura de um Otis Redding (1941-1967), Sam Cooke (1931-1964) ou Marvin Gaye (1939-1984).

Foi tocando piano para Redding, aliás, que ele entrou pela primeira vez em um estúdio de gravação, ainda em 1964.

Atuando nos bastidores da lendária gravadora Stax, lar de alguns dos maiores nomes do soul, Hayes, de início, integrava as bandas Booker T & the MGs e The Bar-Kays, responsáveis por acompanhar as estrelas da casa.

Em poucos anos, porém, se firmou como artista solo, com o histórico álbum Hot Buttered Soul (1969), um cartão de visitas que resume sua obra: quente, sexy, rica em camadas e extremamente suingada.

Foi com a trilha sonora do clássico filme blaxploitation Shaft (1971), que seu nome se tornou conhecido mundialmente, faturando o Oscar de Melhor Trilha Sonora daquele ano, além de três prêmios Grammy, um Globo de Ouro e nada menos que 16 meses nas paradas de sucesso.

Também não era para menos: sob uma base de guitarras encharcadas de wah-wah e o contratempo tenso, pulsante, Hayes construiu um palácio sonoro onde ia adicionando torres de cordas, sopros e backing vocals femininos, num esforço criativo que chegava a ser barroco, tamanha a sua majestade.

Sua obra ajudou a criar as bases do que viria a ser a disco music, abrindo caminho para Barry White (1944-2003).

Nos anos 90, sua carreira ganhou novo fôlego ao emprestar sua voz cavernosa para o personagem Chef, cozinheiro da escola onde estudam os personagens da anárquica série South Park.

A parceria de anos com os criadores da série, porém, chegou ao fim quando estes resolveram voltar sua bateria contra a seita a qual era filiado, a controversa Cientologia, que tem no ator Tom Cruise seu igualmente controverso garoto-propaganda mais famoso.

No episódio, o personagem Stan entrava na seita e era reconhecido como sucessor do fundador, L. Ron Hubbard. Foi demais para Hayes, que pediu demissão. Seu personagem foi depois cruelmente morto, baleado, esfaqueado e devorado por ursos e leões. Uma pequena vingança, típica dos irreverentes criadores da série.

Hayes foi casado quatro vezes e deixa doze filhos.

10 comentários:

Nei Bahia disse...

Porra Chicão , o baile do além tá ficando massa!!!


Isaac era uma forma mais nácida de Ray Charles; band leader fodão, arranjador, não teve tanto tempo nas paradas mais sempre foi uma pessoa poderosa na música negra, mesmo nos anos 80 e 90, onde pra muitos ele estava fora dos holofotes. Muitos dizem que ele era o maior talento que a música negra já teve, pela versatilidade, matava a pau em tudo que se metia.

Esteve no antigo Free Jazz festival, em 99, e tive opprotunidade de ver a transmissão do show na integra, o que já foi um previlégio, 2 horas e meia de musica de verdade, fiquei algumas semanas abalado, foi phoda!!!

Franchico disse...

Mais um para ir dançar nesse baile, Nei:

Eugenio Colonnese

Brasil perde mestre das HQs de terror

Principal artista do auge dos quadrinhos de terror no Brasil (entre as décadas de 60 e 70), o italiano Eugenio Colonnese, radicado há 40 anos no País, faleceu aos 78 anos no último dia 8, em Santo André (SP), onde morava, em decorrência da falência múltipla de órgãos. Dono de total domínio da anatomia humana e traço exuberante, sua especialidade eram as belas mulheres como a voluptuosa vampira Mirza, sua mais famosa criação. Sua atuação foi decisiva para a popularização do gênero terror, com dezenas de revistas publicadas. Sua arte apareceu até na italiana Sergio Bonelli Editore, para a qual ilustrou a revista Mister No.

Franchico disse...

Nei, sobre Hayes, também já li algo assim, que ele, na verdade, foi o grande pilar sobre o qual a Stax se ergueu. Duvidar, quem há de?

Franchico disse...

Sobre Colonnese, interessados podem ler um obituário decente aqui:

http://www.universohq.com/quadrinhos/2008/n11082008_08.cfm

Franchico disse...

A organização do Prêmio Bahia de Todos os Rocks mandou email, solicitando a divulgação de alguns detalhes. Sem mais, segue...

Então, é interessante informar às bandas que:

1) Na categoria Música do Ano, a música enviada deve ser gravada de forma profissional, e lançada a partir de outubro de 2007, seja na Internet ou em CD.

2) Na categoria Show do Ano, os vídeos enviados (representados por duas músicas) têm que ser um registro de show ao vivo, realizado após outubro de 2007.

3) Em ambos casos acima, será exigida comprovação (detalhes no regulamento).

4) Ainda na categoria Música do Ano, é necessário favor informar quem é(são) o(s) autor(es) da canção inscrita, porque eles também ganham troféu.

5) Caso o vídeo seja mais pesado do que o site pode carregar, as bandas têm a opção de enviarem links onde o material esteja na NET

6) Além disso, as bandas têm a opção de enviar via correio, tanto como inscrição nas categorias Música e Show do Ano, como indicação na categoria Álbum do Ano, DVD com o registro do show ao vivo, CD com a música concorrente ou o álbum completo para o endereço:

Prêmio Bahia de Todos os Rocks
Caixa Postal 7202
AC Pituba
CEP: 41.811-970

7) É importante estimular o máximo de pessoas ligadas ao cenário rock a participarem do Indique. Fãs, amigos, jornalistas, críticos, ouvintes, produtores, etc., poderão dar a dica ao Júri do que de melhor se pode encontrar no cenário rock da Bahia. Esse canal aberto será amplamente ouvido, e servirá muito para orientar o Júri dos artistas de fora de Salvador, já que este é concentrado aqui.

8) Ao indicar nomes para a categoria Músico Destaque, é importante frisar qual músico é, e por qual participação ele merece destaque. Ex: "Zé Jão, guitarrista, pelo solo na música Ijexágainstheaxé".

osvaldo disse...

na virada dos anos 60 para 70 isaac hayes era o maior nome da musica negra americana. isto pode ser conferido no documentario do festival "wattstax". o black moses era o cara.

Anônimo disse...

oi pessoal quem estah organizando esse premio? eh bom saber quem estah organizando pra vê se tem credibilidade ou se vai premiar soh os amigos de quem organiza o premio ou a panela

osvaldo disse...

dicionario do rock:
panelinha - minha banda e minha galera esta de fora.
credibilidade - minha banda e minha galera esta dentro.

Franchico disse...

Pro amigão anônimo aí:

bicho, não conheço pessoalmente as pessoas que estão organizando o prêmio. O que significa que, pelo menos, da "minha" panela eles não são.

Rá, rá, rá.

Mas vc pode entrar em contato com eles, bater um papo e, enfim, decidir se o prêmio é merecedor da inscrição de sua banda ou não.

Vai lá:

http://www.bahiadetodososrocks.com.br/

Eu guento?

Anônimo disse...

Esse menino Isaac botava prá fuder mesmo... Parafraseando o sensacional Beto Bahia - Se num dava prá cumê enfiava o dedo prá azedá.
E esse premio quem tá organizando mesmo?? O anônomo foi educado e tá certo no fim das contas.

Abraço aos amigos
Mario Jorge