Na rabeira do Abril Pro Rock, as bandas alternativas Eddie e Mukeka di Rato fazem escala em Salvador
Agenda cheia neste fim de semana para quem curte os bons sons alternativos . Fãs de samba rock e das fusões características dos mangues recifenses têm encontro marcado hoje no show da banda Eddie, que traz seu Original Olinda Style para Salvador.
Já quem comparecer na Zauber amanhã sairá com os ouvidos zunindo - e a alma lavada - após os shows das furiosas bandas Mukeka di Rato, do Espírito Santo, Estrada Perdida, Mortícia e Pastel de Miolos, todas locais.
A Eddie já é velha conhecida dos freqüentadores do circuito alternativo de Salvador, tendo se apresentado há alguns meses na já citada Zauber. Desta vez, o show é no Projeto Remix-se, que acontece todos os sábados no aprazível Pátio do Icba e era anteriormente conhecido como Feira Hype.
Com cerca de 15 anos de estrada e três álbuns lançados na bagagem, a Eddie é liderada por Fábio Trummer, autor do hit Quando a Maré Encher, tornada famosa pela Nação Zumbi (que a resgistrou no álbum Rádio S.Amb.A.) e Cássia Eller (no Acústico MTV).
Conceituada, a banda já fez apresentações na Europa e em todo o Brasil. No mês passado mesmo, fizeram temporada de três datas na casa Studio SP, na capital paulista. Em junho, embarcam novamente para o Velho Continente, para uma segunda turnê.
Dona de sonoridade leve e descontraída, já tem público cativo em Salvador por conta de suas apresentações festivas e muito animadas.
Antes da Eddie, quem se apresenta no pátio do Icba é a local Theatro de Seraphin, que segue divulgando o CD EP. De sonoridade pós-punk e circunspecta, segue na contramão da Eddie, mas vem formando um público cativo na cidade, com músicas como Doralice e Cólera.
GÁS TOTAL - Quem quer passar um domingo sossegado é melhor passar bem longe da Zauber. A zoeira vai comandar geral com o hardcore furioso da banda capixaba Mukeka di rato, uma das melhores bandas brasileiras do estilo, sem favor nenhum.
Assim como a Eddie, a Mukeka passa por Salvador aproveitando o festival Abril Pro Rock, que acontece hoje e amanhã em Recife. O grupo lançou no fim do ano passado seu quinto disco, o CD Carne. Este marcou a estréia da Mukeka no selo Deckdisc, o mesmo de Pitty e Matanza.
Não a toa, Carne, um petardo sônico gritado contra tudo e contra todos, foi conduzido no estúdio pelo mesmo produtor da cantora baiana e da banda carioca, Rafael Ramos.
Além da Mukeka, se apresentam ainda as bandas locais Estrada Perdida, Mortícia e Pastel de Miolos.
A primeira lançou no ano passado um bem-resolvido DVD ao vivo gravado na própria Zauber, numa iniciativa pioneira no rock baiano, apresentando seu estilo mezzo hard rock-mezzo punk '77. A banda tem a frente o carismático vocalista Cebola Elétrica, um poeta das ruas e performer de primeira linha.
A Mortícia é a nova banda de hard rock do vocalista Leonardo Leão (Os Miseravão, Drearylands), que conta com Álvaro Tatoo e o produtor andré t nas guitarras, além de Vítor Brasileiro (bateria) e Larriri (baixo), numa formação bastante promissora.
Com 14 anos de atividades, a Pastel de Miolos já é uma lenda do underground baiano. Natural de Lauro de Freitas, pratica hardcore radical, e é a banda cuja proposta mais se aproxima da dona da festa, a Mukeka. Recentemente lançaram mais um registro em CD, o EP Ruas.
Eddie e Theatro de Seraphin | Sábado (12), 17 horas | Pátio do ICBA | Av. Sete de Setembro, 1.809, Corredor da Vitória (3337-0120) | R$ 10
Mukeka di rato, Estrada Perdida, Mortícia e Pastel de Miolos | Domingo (13), 17 horas | Zauber | Ladeira da Misericórdia, Edf. Taveira, 11 , Comércio (9983-0313 / 3326-2964) | R$ 10
Um comentário:
O companheiro e atual editor interino do Cad 2, Eduardo Bastos, assina mega-matéria de duas páginas sobre os 40 anos do hard rock na edição de hoje, segunda (14.04).
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