Onda de lançamentos nas livrarias celebram Alan Moore, o maior gênio vivo dos quadrinhos
Falar sobre o escritor inglês Alan Moore é tarefa espinhosa, pois fatalmente, há de se cair no lugar comum e chamá-lo de gênio. Melhor deixar a chuva cair no molhado de uma vez e partir para a onda de lançamentos do mago de Northampton que está chegando às livrarias e bancas de todo o País: Lost Girls, Supremo, Tom Strong e Promethea.
Moore, que já havia revolucionado as HQs desde a década de 80 com as obras Monstro do Pântano, V de Vingança e, principalmente, Watchmen - cuja adaptação para o cinema estréia em março de 2009 - saiu da editora DC Comics no fim daquela década batendo a porta, por considerar, com razão, que V e Watchmen eram sua propriedade intelectual, o que lhe foi negado pela DC.
Após uma experiência independente fracassada com o desenhista americano Bill Sienkiewicz na série Big Numbers, que só teve dois números lançados, Moore partiu para a então iniciante editora Image Comics, onde assumiu as séries Supremo e Wildcats.
Em paralelo, deu continuidade ao projeto Lost Girls em parceria com sua atual esposa, a artista plástica Melinda Gebbie. Já no final dos anos 90, lançou um selo próprio, o ABC (America‘s Best Comics), através do estúdio americano Wildstorm (ironicamente, uma subsidiária da DC), por onde lançou os títulos Promethea, Tom Strong, Tomorrow Stories (Contos do Amanhã), Top 10 e A Liga dos Cavalheiros Extraordinários.
Boa parte desse material foi lançado no Brasil desde o início desta década, mas ainda tem muita coisa boa sendo lançada agora e ainda por lançar no futuro. No momento, duas editoras brasileiras concentram os lançamentos com a griffe Alan Moore na capa: Devir e Pixel Media. A primeira pegou a série erótica em três volumes Lost Girls e Supremo.
Já a Pixel, que adquiriu no ano passado os direitos sobre os selos Vertigo e ABC, está dando continuidade à Tom Strong (que já teve 2 volumes pela Devir) e iniciou Promethea na revista mensal Pixel Media Magazine.
Lost Girls, que mereceu extensa resenha aqui, quando do lançamento do Volume 1, Meninas crescidas, tem seus dois últimos volumes já nas livrarias: As terras do nunca (Vol. 2) e Grande e terrível (Vol. 3).
Trata-se de uma obra monumental, onde Moore e Gebbie traçam um despudorado e completíssimo painel da sexualidade humana através das aventuras sexuais de três personagens clássicas da literatura infantil, já adultas: Alice (de Alice no País das Maravilhas), Dorothy (de O mágico de Oz) e Wendy (de Peter Pan).
MESMO OBRAS MENORES SÃO PRIMOROSAS
Tom Strong e Supremo podem até ser consideradas obras menores dentro da extensa produção do autor inglês. Mesmo assim, levam, na imaginação delirante e sem limites, a marca do gênio.
Tom Strong é uma homenagem aos heróis dos velhos pulps, como Doc Savage e Tarzan, onde o herói científico do título vive aventuras na selva, no espaço, passado, presente e futuro, sempre salvando o mundo.
Já Supremo é um genérico do Superman, “criado“ pelo dublê de desenhista Rob Liefeld. Moore assumiu o título no número 40, e, como sempre, virou o mundo do personagem de cabeça para baixo. Basta dizer que, em Supremo, Moore fez tudo o que gostaria de fazer com o Superman, se a DC deixasse.
Promethea, por outro lado, é séria candidata à ser considerada mais um clássico do autor, ao lado de Watchmen, Do Inferno e V de Vingança. A personagem-título é uma história viva, uma entidade esotérica que se manifesta de tempos em tempos em certas mulheres, levando-as a viverem lisérgicas aventuras em outras dimensões, no lindo traço do artista J.H. Williams III.
3 comentários:
Caráleu!!:
De oglobo.com:
Queen lança disco de inéditas com Paul Rodgers no lugar de Fred Mercury
The Cosmos Rocks é o nome da brincadeira. Link:
http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2008/03/20/queen_lanca_disco_de_ineditas_com_paul_rodgers_no_lugar_de_fred_mercury-426446958.asp
Ah, sim, é só em setembro.
ja ta rolando na net a faixa titulo do novissimo disco(21°) do Sparks , ja ha algum tempo banda obsessão minha : Exotic Creatures Of The Deep. tenho feito um update da tal fase giorgio moroder dos caras no final dos 70 até o 90. fica facil hoje descartar o tecno pop do excelente n°1 in heaven , do medio terminal jive e do fraco interior design. ja pro final dos 80 lembra pet shop boys. putz é fascinante a metamorfose de banda de glam rock (os excelentes kimono my house, propaganda e indiscreet) pro tecno pop.ja nos 00 balls e gratuitous sax ja tem os prenuncios do genial(eu acho mesmo) lil' bethoven e do mais genial ainda hello young lovers. porra, the ghost of liberace poderia ser um numero de um musical da broadway não fosse a sacação e a finissima ironia da letra. to pesquisando direto, quando tiver uma coisa mais firme posta a parada.when do i get to sing my way?
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