Rapaziada da Soft Porn, Aurata e Mapa junta, foto Lincoln Fonseca |
Que o digam os Honkers, Cascadura e outras cujos nomes se perderam na purple haze do tempo.
Desta vez, são três nomes da novíssima cena local que encaram o desafio: MAPA, SOFT PORN e Aurata.
Trata-se da NHL Tour 2018 Invisible Drums, que vai passar por oito cidades do Sudeste entre 5 e 15 de julho: Vitoria (ES), Gov. Valadares, Montes Claros e Belo Horizonte (MG), São José dos Campos, Taubaté e São Paulo (SP), fechando a viagem no Rio de Janeiro.
A iniciativa é dos próprios músicos (claro), em parceria com o bravo produtor local Kairo Melo, da NHL Produções Artísticas.
“Depois de passar mais de dois anos recebendo bandas de fora do estado em Salvador e programando algumas mini-turnês para estas mesmas bandas pelo interior da Bahia, resolvemos fazer valer o tal do intercâmbio cultural e fomos bater à porta das bandas que ajudamos a tocar por aqui”, conta Kairo.
“O pontapé inicial foi na última vinda do Bike (SP) a Salvador. Eles são uma das bandas mais bem articuladas da cena nacional e nos ajudaram bastante com vários desses shows. Quem também agilizou quase todo o estado de Minas Gerais foi o mestre Vitor Brauer e sua Geração Perdida”, detalha.
Para esquentar os tamborins, as três bandas se apresentam dois sábados de junho (neste próximo e no dia 30), no Mercadão CC, nova casa de Messias GB (brincando de deus).
“Serão como ensaios abertos e um pedido de benção ao nosso público para esse novo formato de show. Porque durante toda a turnê faremos um tipo diferente de apresentação, onde os três projetos solo estarão no palco, tocando juntos músicas dos três projetos”, conta o produtor.
“Os shows do Mercadão serão as primeiras experiências nesse novo formato, serve pra firmar a ideia e apresentá-la ao nosso público antes do Brasil. Pra isso também convidaremos amigos geniais para nos acompanhar. O do dia 16 vai ter a participação da lenda Ivan Motosserra comandando as pickups”, acrescenta.
Aprendizado
Um detalhe que facilitou bastante é que as três bandas da tour são projetos solo que se utilizam de bateria eletrônica – daí o título Invisible Drums (literalmente, bateria invisível).
Além da experiência incrível de rodar pelo país levando sua arte a outros públicos, músicos e produtor aproveitarão para ampliar seus horizontes e fazer contatos importantes.
“Acho até que essa parte dos contatos tende a ser mais importante na visão geral. Vamos conhecer como funcionam outras cenas, aprender como é realmente um show na Rua Augusta (SP). E ainda por cima acompanhados de produtores e bandas que admiramos. Acho que a palavra chave é aprendizado”, conclui.
NHL TOUR 2018 INVISIBLE DRUMS / Com MAPA, SOFT PORN e Aurata / Sábado e dia 30 (sábado), 23 horas / Mercadão CC (Rio Vermelho) / R$ 10
ENTREVISTA: CAIRO MELO (NHL PRODUÇÕES ARTÍSTICAS)
Como surgiu essa oportunidade?
Cairo Melo: A oportunidade não surgiu, nós fomos atrás dela. hehehe. Depois de passar mais de dois anos recebendo bandas de fora do estado em Salvador e programando algumas minis-turnês para estas mesmas bandas pelo interior da Bahia, além de termos realizado nossa primeira tour pra o Centro-oeste em 2017, resolvemos fazer valer o tal do intercâmbio cultural e fomos bater a porta das bandas que ajudamos a tocar por aqui. O pontapé inicial foi na última vinda do Bike(SP) a Salvador. Eles são uma das bandas mais bem articuladas da cena nacional e nos ajudaram bastante com vários desses shows. Quem também agilizou quase todo o estado de Minas Gerais foi o mestre Vitor Brauer e sua Geração Perdida. Eu irei apenas nos finais de semana, de avião, enquanto a galera pega a estrada e passará mais de duas semanas circulando por esse Brasilzão.
A turnê é toda de carro? Vocês vão em um carro de passeio mesmo ou pelo menos conseguiram uma van?
CM: Sim, a turnê será toda de carro.Carro de passeio mesmo. Isso só é possível por serem três projetos solos. Mais uma das vantagens do Invisible Drums. hehehe
Imagino que dá um trabalhão coordenar as datas e locais todos, com o tempo hábil para chegar em cada local. Como foi essa parte do trabalho?
CM: E bota trabalhão nisso. Para você ter ideia só conseguimos fechar todos os locais e bandas de apoio agora, a um mês do início da turnê. É um trabalho pesado, mas gratificante, é aquela coisa de chegar e falar, na cara de pau mesmo, chama uma banda, se não der certo com esta, pede indicação de uma banda amiga, fala com um produtor local e se dispõe a qualquer acordo, aquela coisa. A questão do tempo hábil, planejamos a turnê levando em consideração o caminho e sempre pensando em quanto tempo leva de uma cidade pra outra. Isso não chegou a ser um problema. No geral, encontramos ótimos parceiros entre produtores que sempre quisemos trabalhar e bandas que sempre quisemos tocar.
Além de fazer shows, imagino que essas viagens são uma garnde oportunidade de fazer e estreitar contatos. Como a NHL e as bandas pretendem aproveitar essa oportunidade?
CM: Com certeza, acho até que essa parte dos contatos tende a ser mais importante numa visão geral da Tour do que as apresentações em si. Afinal vamos conhecer como funciona outras cenas maiores do Brasil, poderemos aprender como é realmente um show na Augusta em São Paulo, por exemplo e ainda por cima acompanhados de produtores e bandas que sempre admiramos. Acho que a palavra chave dessa Turnê será aprendizado. Para fazer funcionar mesmo essa estreitação de laços, preferimos sempre fechar os shows com produtores que já trocávamos idea virtualmente, ou com bandas que já vieram tocar aqui. Para assim, fechar o ciclo de intercâmbio e ter certeza que seremos bem recebidos. Claro que tem também a ousadia de chegar e falar com uma casa de shows como a Audio Rebel no Rio de Janeiro e conseguir fechar o show lá. Não fazemos ideia como alguns shows podem ser, mas teremos certeza que aprenderemos muito com todos.
Os shows no Mercadão são uma forma de esquentar as turbinas? O que podemos esperar desses shows?
CM: São exatamente isso. Serão como ensaios abertos e um pedido de benção do nosso público soteropolitano para esse novo formato de show. Porque durante toda a turnê faremos um tipo diferente de apresentação, onde os três projetos solos estarão no palco, tocando juntos músicas dos três projetos (inspirado principalmente nas últimas turnês de Vitor Brauer, que se juntou com Jonathan Tadeu e Fernando Motta, outros projetos solos de BH, e circularam o Brasil tocando juntos músicas dos três). Os shows do Mercadão serão as primeiras experiências com esse novo formato, portanto serve pra firmar mesmo a ideia e apresentá-la ao nosso público antes do Brasil. Pra isso também convidaremos amigos geniais para nos acompanhar nesses shows, como o do dia 16, que vai ter a participação da lenda Ivan Motosserra comandando as pickups.
Me diga o que vc realmente queria dizer mas eu não perguntei...
CM: O que quero dizer é que espero que essa tour incentive as bandas e projetos de Salvador e da Bahia a porem o pé na estrada e arriscar mesmo. Porque é assim que tem sido feito pela maioria das bandas que vem chamando atenção na cena alternativa nacional e eu acredito ainda ser um método pouco explorado pelas bandas e projetos baianos. Acredito que o intercâmbio cultural é a única forma de manter viva a chama da música alternativa nacional e deve ser explorada em todos os sentidos. Queria deixar também o chamado para os shows do Mercadão porque estes shows nos ajudarão a visualizar a recepção do público além de nos ajudar a tirar uma graninha que pode ajudar a encher pelo menos o primeiro tanque. hehehe
NUETAS
Barba cabelo bigode
Bem ativa nos últimos meses, a banda Flerte Flamingo se apresenta nesta quinta-feira em local inusitado, a Jack Navalha Barbearia e Bar (Av. Marques de Leão, 639, Barra). 19 horas, R$ 10
Honkers desplugado
Os fabulosos The Honkers estreiam set acústico (ou pseudoacústico) sexta-feira, na Tropos. 21 horas, pague quanto puder.
Paraíba orquestral
O Quinteto da Paraíba se apresenta de sexta-feira a domingo na CAIXA Cultural, dentro da série de concertos Brasil Orquestral, com curadoria do diretor teatral Gil Vicente Tavares e do maestro Carlos Prazeres (Osba). No repertório, um cruzamento entre as músicas nordestina e de concerto. Além dos músicos, a bailarina e coreógrafa Bárbara Barbará também se apresenta. Sexta e sábado às 20 horas, domingo às 19 horas. R$ 10 e R $5.
2 comentários:
terminou saindo o pseudo-cartaz que fiz-ehhehehe
valeu!!!
vi q tu fez uma entrevista massa com xanxa, quero ver aqui!!
rapaz, acho q nem vai rolar o acústico...mas pseudo-acústico é plugado não??
ehehehehe
RIP D.J. Fontana
https://omelete.com.br/musica/noticia/dj-fontana-baterista-do-elvis-presley-morre-aos-87-anos/
True pioneer
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