terça-feira, maio 08, 2018

PSICORDELIA IRARAENSE

De Irará, banda PsiCORDÉLico se apresenta gratuitamente no Teatro Sesi no dia 24 

Irênio e Kitute, os PsiCORDELicos de Irará. Foto Jonas Pinheiro
Berço do imortal Tom Zé, a cidade de Irará manda notícias – e enviados culturais – à capital.

No próximo dia 24, uma quinta-feira, a banda iraraense PsiCORDÉLico (assim mesmo, senhor revisor) faz show de lançamento do seu primeiro trabalho, um EP homônimo com cinco faixas, em show gratuito no Teatro Sesi.

Em seu núcleo, o PsiCORDÉLico é formado por um duo formado pelo cordelista Kitute Coelho e pelo guitarrista e produtor musical Irênio Neto.

"Estou nessa labuta encantadora da poesia popular, em especial a literatura de Cordel, há mais de 15 anos, escrevendo e me apresentando em escolas, festivais de cultura. Nestas andanças, surgiu a ideia de trazer elementos musicais para apresentação. Foi quando em 2013 me reuni com o brother Irênio Neto, de quem já havia sido parceiro numa banda de reggae de Irará chamada Nação Kariri", conta Kitute.

"Quando Kitute me apresentou o projeto, de cara me interessei. Sobretudo o nome me chamou a atenção, e fez borbulhar a mente. Daí, junto com ele, passei a trabalhar nos arranjos e montar o conceito musical do bando", acrescenta Irênio.

A proposta da dupla, apesar de não ser nova – misturar regional com planetário – é bem executada, rendendo momentos bem interessantes como o cordel musicado A Maconha Que Virou Incenso de Procissão (um divertido causo sertanejo) e a faixa que dá nome à banda, PsiCORDÉLico.

“A gente não tem a pretensão de revolucionar a música ou o estilo. Até porque bebemos em muitas influências como Nação Zumbi, Cordel do Fogo Encantado, Lampirônicos. Nosso diferencial é como a gente faz, o modo como assimilamos essas influências e colocamos pra fora criando nossa própria identidade”, afirma Irênio.

Foto Jonas Pinheiro
“Acho que também conta a forma que essa junção do Cordel / guitarra com o samba de roda de Irará, que pulsa em nossas veias. Tudo isso funcionou bem neste caldeirão”, acrescenta Kitute.

"Os planos agora são divulgar este material, no qual já vínhamos trabalhando há algum tempo, e fazer shows, levando a mensagem ao maior numero de pessoas possíveis. Da Bahia, do Brasil, e por quê não do mundo, não é mesmo?", diz Kitute.

"Já estamos trabalhando em alguns singles que saem ainda este ano, pelo menos mais duas músicas. Do mais, vamos aproveitar o momento e explorar o que já temos. O primeiro CD vai depender do que acontecer daqui por diante", completa Irênio.

Cartão de visitas

Curiosamente, Kitute conta que, apesar de ser de Irará, Tom Zé não é tão bem reconhecido em sua cidade natal: "Infelizmente sentimos que a cidade de Irará não abraça este gênio da nossa música com a mesma reverência que ele é abraçado em outros lugares, principalmente fora do país. No nosso trabalho, inevitavelmente ele é uma referência muito forte e uma inspiração constante", afirma.

Em Salvador pela primeira vez, o duo vem acompanhado de banda completa, formada por Rodrigo Dantas (baixo), Nielton Marinho (percussão) e Paulo Ramos  (guitarra).

“Esta é nossa primeira oportunidade de uma apresentação em Salvador. O show vai trazer todo este conceito do bando através das canções autorais e versões de músicas já conhecidas. A intenção é que seja o cartão de visitas para o público”, conta Kitute.

Velhos amigos de outras aventuras, Kitute e Irênio já tiveram uma banda de reggae juntos. Em Irará, batalham para conseguir furar o bloqueio do previsível com sua música autoral.

“Irará é efervescente culturalmente, tem muita gente boa produzindo. No entanto, assim como na maioria dos lugares, a cena alternativa sofre com a falta de incentivo dos contratantes e do poder público, que preferem contratar o que ‘está na moda’, sobretudo, atrações que não são locais. Esperamos que isso mude. Enquanto isso, vamos tentando criar novos caminhos e alternativas. Feira, por exemplo, tem uma cena alternativa forte devido à iniciativa de grupos independentes, como o Feira Coletivo, a Cidade da Cultura, o Beco da Energia entre outros”, conclui Kitute.

PsiCORDÉLico / Show de lançamento / Dia 24 (quinta-feira), 20 horas / Teatro Sesi Rio Vermelho / Gratuito / www.facebook.com/psiCORDELico



NUETAS

Yanna Vaz amanhã

Com pegada teatral, a cantora Yanna Vaz faz show amanhã no Teatro Gamboa Nova. 20 horas, R$ 20 e R$ 10.

Ronco sex. Duda sáb.

O irado power trio Ronco faz pocket show no Bardos Bardos nesta sexta-feira, para lançar o clipe da música A Melhor. 18 horas. No sábado é a vez do cantor Duda Spínola (acústico), a partir das 14 horas. Pague quanto quiser. Ah, o Bardos Bardos é o espaço da trinca de selos Brechó / Big Bross / São Rock. Fica na Travessa Basílio de Magalhães, 90, Rio Vermelho. Recomendamos!

Nina & Jô na Foxtrot

Batera experiente, a paulista Nina Pará faz workshop na loja Foxtrot (Shop. Bela Vista), terça-feira que vem (15), 15 horas. O guitarrista baiano Jô Estrada (Rock Forever) se junta à Nina no final, para um breve revival da banda que tiveram juntos, a Lacme.

Um comentário:

Franchico disse...

Aí quando eu falo que na direita só tem retardado / lunático / imbecil / escroto, o pessoal fica chateado.

Lamento, mas contra fatos não há argumentos...

https://www.facebook.com/Museu-da-Direita-Hist%C3%A9rica-459370330882686/