terça-feira, setembro 20, 2016

DE JUAZEIRO, SEMIVELHOS ESTÁ RODANDO A BAHIA COM O ÁLBUM ANTES DO FIM

Ei! Ei! Vocês são a Semivelhos? Ft Douglas Mendes
Referência do rock na região do Vale do São Francisco, a banda juazeirense Semivelhos lançou outro dia seu segundo álbum, Antes do Fim.

O título reflete a filosofia dos rapazes: cada dia pode ser o último na vida, cada show pode ser o derradeiro.

“O fim é imprevisível. Tocamos, vivemos, comemos, transamos, choramos, gritamos, torcemos com toda a intensidade, pois não sabemos quando será a ultima vez. Então, que se faça com sentimento, com toda a intensidade possível”, afirma o guitarrista André Maturano.

Bem recebido no meio independente, Antes do Fim tem posto o quarteto pra circular bastante.

Nas últimas  semanas, a rapaziada rodou por Barreiras e Luis Eduardo Magalhães (com a Circo Litoral, vista aqui semana passada), Salvador (onde abriram para os capixabas do Dead Fish), Serrinha, Souza (Paraíba), Juazeiro do Norte (Ceará) e a vizinha pernambucana da Juazeiro baiana, Petrolina.

“Foi muito bom, porque a recepção nessas cidades mais distantes é sempre maravilhosa. Isso só prova que o público que gosta de rock sempre existiu e sempre existirá”, diz.

“A Bahia é grande e tem influências culturais de todos os cantos do Brasil, mas sem perder a essência. Talvez por esse motivo sempre tivemos grandes artistas que nasceram aqui no nosso estado, inclusive o rei do rock brasileiro, o eterno Raul Seixas”, afirma.

Juazeiro fervilha

Agora posso ver vocês! Peraí, eu fiquei daltônico? FT Douglas Mendes
Nas próximas semanas, chegam em Vitória da Conquista (dia 29) e Itabuna (30). Em novembro, vão ao Rio Grande do Sul, com apresentações fechadas em Esteio (dia 5) e Sapucaia do Sul (dia 6).

“Com certeza, estamos com uma grande expectativa. O Sul é celeiro de grandes bandas e queremos respirar essa cultura. A agenda rolou através de contatos feitos com produtores de lá, que ouviram e conheceram nosso trabalho e decidiram levar a turnê Antes do Fim até lá”, conta André.

"Na verdade nós somos amigos de infância e tocamos juntos desde adolescentes. No entanto, nós só contamos mesmo como começo da banda o momento em que demos início ao projeto da Semivelhos, que começou em 2012. Antes disso, as coisas eram mais levadas como um hobby e diversão e em um determinado momento, deixamos de lado a música para focar em outras coisas. Pedro, nosso vocalista, foi terminar sua faculdade. Mamede foi morar em Salvador e acabou fundando a Vivendo do Ócio. Eu (André), me tornei pai muito cedo. A vontade de fazer música não sumiu durante esse tempo, mas foi só em 2012 que decidimos colocar a mão na massa e dar início a essa caminhada que nos trouxe até aqui", relata o guitarrista.

Como se vê, a banda tem uma relação bem próxima com a capital: "Salvador é nossa segunda casa. Mesmo antes da Semivelhos, todos da banda já tinham uma ligação com a cidade. Pedro já morou nela. Egon ainda mora. Mamede nasceu nela e morou durante muito tempo. O público percebe isso e nos abraça cada vez mais. Muitas pessoas de outras cidades, inclusive de Juazeiro, acreditam que somos uma banda da capital. Recentemente tocamos aqui e uma pessoa veio nos elogiar pelo show e perguntar se éramos de Salvador. (Risos) Explicamos que eramos de Juazeiro e ela se surpreendeu. Hoje é fã da banda. Não temos previsão ainda de tocar em Salvador, porque temos agendada uma turnê pela região Sul do país e estamos fechando nossa agenda do ano com foco no Sul e Sudeste".

Fruto de uma cena cultural efervescente, a Semivelhos dá notícias de Juazeiro: “A cena de Juazeiro está a melhor possível. Hoje estão surgindo cada vez mais artistas de vários estilos, não só de rock. Temos o reggae da Soda Solta e o rap da P1 Rappers, por exemplo, Aqui nós temos a sorte de ter produzido gênios da música, como João Gilberto, Luiz Galvão e Ivete Sangalo, dentre muitos outros. Nossa cidade tem algo de especial e é bom ver a cena criando artistas novos a todo momento”, conclui.

www.semivelhos.com.br



NUETAS

Norfist e Canelada

O hardcore dita o ritmo do Quanto Vale o Show? de hoje, com as bandas Norfist e Canelada HC. Dubliner’s, 19 horas, pague quanto quiser.

Soterorock sexta

As bandas Modus Operandi, Neurática, Aborigines e Arcantis são as atrações de mais uma night do Festival Soterorock. Sexta-feira, 20 horas, no The Other Place, R$10.

Bahia gótica sábado

Lee Ranaldo, um "ser de luz" no Boa Vista. Foto (péssima) do blogueiro
As bandas Latromodem, Venice e Olhos Para o Infinito tocam no Bahia Gothic Festival. Discotecagem com DJ Gab's e Ranniere M. Sábado, 20 horas, R$ 25.

"Leegistro" rápido

Lee Ranaldo hipnotizou a plateia quinta-feira passada no Solar Boa Vista. Fica a torcida para mais shows gringos desse nível. A propósito, parece que ele curtiu a cidade. Tem dois registros de Salvador em seu Instagram. Um sobre a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco e o outro é um vídeo do trajeto pela Avenida Paralela em direção ao Aeroporto. Também soube que ele badalou a mil pelo Rio Vermelho. Quem tiver alguma história dele aqui na cidade e quiser compartilhar, pode mandar aí pros comments.

7 comentários:

Franchico disse...

Ainda Lee: texto do produtor Edbras:

http://noize.com.br/lee-ranaldo-em-salvador/#6

Vídeo de Uanderson Brittes de Off The Wall:

https://youtu.be/i0lNzjcwi68

Franchico disse...

RIP Peninha

http://rollingstone.uol.com.br/noticia/morre-peninha-percussionista-do-barao-vermelho/

Figura incrível de uma grande banda, contribuiu muito para o som do Barão naquela grande fase entre o fim dos anos 80, primeira metade dos 90.

Franchico disse...

Além de disseminar o ódio de forma criminosa, aquela revista fascista ainda é plagiadora:

http://www.revistaforum.com.br/2016/09/18/para-atacar-lula-veja-copia-capa-da-newsweek-sobre-morte-de-gadaffi/

Adelvan disse...

Olha só, Latromoden ainda existe. Lembrou aqui um dos posts mais polêmicos do meu blog ...
http://escarronapalm.blogspot.com.br/2010/11/gothic-pelourinho.html

Franchico disse...

Sensacional, Adelvan!

Uma pena que sua opinião tenha ofendido tanta gente.

Mas muita gente tem isso, prefere tapinhas falsos nas costas a opiniões sinceras....

Por isso que eu, geralmente, quando não gosto da banda, faço tudo para simplesmente ignora-la.

(Aplico a mesma política com pessoas que não gosto também, diga-se de passagem. Ignoro-as solenemente).

Pra que dar ibope pra banda que eu não gosto ou não vejo valor?

Sei que muitos acham errado um jornalista agir assim, que temos a "obrigação" de ter opinião sobre tudo.

Errado.

Uma banda de rock tem a importância que damos pra ela. Se eu não dou nenhuma importância, ela não tem importância, fim.

O quê, egocêntrico, eu?

E QUEM NÃO É?

Adelvan disse...

Eu meio que mesclo as duas coisas - às vezes falo sobre, às vezes prefiro ignorar, também. Vai do que me der na telha na hora, se eu ficar a fim de falar, falo, se não, não - simples assim, rs. Mas realmente rola essa cobrança que você falou. Lembro que uma vez fiz uma resenha de um festival aqui e resolvi ignorar uma banda que não gostava - até pq ignorei mesmo, nem vi o show, fui comer um pastel na hora em que eles estavam tocando - e pessoas ficaram me cobrando por eu ter apenas mencionado que a banda havia tocado, sem maiores comentários. Como se eu tivesse obrigação de emitir minha opinião - coisa ainda mais absurda pq nem jornalista profissional eu sou, fui ver o festival por conta própria, como público "comum", e só resenhei pq sou metido a besta e gosto de dar minha opinião - ou gostava, sei lá. Tá tudo tão estranho que nem dá mais tesão de escrever sobre nada, ninguém vai ler mesmo. "Quem lê tanta notícia?", já perguntava Caetano décadas antes da internet. Se já era assim na década de sessenta do século passado, que dizer de hoje, na era das redes sociais, onde as pessoas só passam os olhos em memes apressadamente e não têm paciência de ler nenhum texto que tenha mais que três linhas ...

Mas enfim, whatever, nevermind ...

Anônimo disse...

"gênios da música, como João Gilberto, Luiz Galvão e Ivete Sangalo" - e é? Então tá, rs