Bruna Barreto pilota a banda Lily Braun em alta velocidade. Foto Milena Palladino |
Se até no The Voice Brasil, com toda a concorrência, a moça fez sucesso com seu vozeirão e sua performance visceral, irreverente, que dirá no autoindulgente cenário independente local?
À frente da banda Lily Braun desde 2009, ela e seus parceiros lançaram recentemente um EP autointitulado com quatro faixas: três autorais e uma releitura para Nega do Cabelo Duro, de David Nasser e Rubens Soares.
Não é difícil vê-la cantando na noite. “Fim de semana passado tocamos sexta-feira na Commons, sábado no Grito Rock Feira de Santana e domingo no Grito Rock Camaçari, conta Bruna pelo telefone.
“O mais legal é que as plateias não são mais só nossos amigos, são pessoas que nunca vimos antes, cantando todas as nossas músicas autorais“, conta, feliz.
Nesta quinta-feira, uma possível nova leva de fãs conhecerão o poder de sua voz e a competência da banda que a acompanha em show no Dubliner’s com o combo psicodélico Van Der Vous, outra boa novidade do cenário.
Na batalha desde os 16
Com letras divertidas povoadas por travestis, prostitutas, drogados e golpistas, “a Lily Braun começou em 2009, mas ficamos dois anos sem tocar, só preparando a banda. Até fazermos um show de covers dos mutantes, em 2011”, conta Bruna.
Hoje com 28 anos, Bruna veio de Jequié aos 16. “Nunca fiz faculdade. Chutei o pau da barraca mesmo. Não tive outro trabalho. Vivo disso desde sempre. Já cantei de tudo na noite”.
Até que a baterista da Lily, Julia Dell’Orto, a inscreveu no tal do programa de TV. “O The Voice foi uma experiência incrível. Pisar naquele palco dá muito medo, mas ao mesmo tempo você se sente grande. Tipo ‘agora ninguém me segura’, sabe”?
Com a experiência na tela da Globo agora se distanciando no retrovisor, Bruna, Julia, Olivier Lamorthe (maestro francês, teclados), Bryneo Jumonji (baixo), Átila Santtana (guitarra) e Dani Mota (percussão) querem mais é tocar muito por aí e, no segundo semestre, lançar seu primeiro álbum cheio.
“Já temos repertório para um CD com doze faixas, estamos só concluindo os arranjos. E é tudo música autoral, por que é a alma do artista”, afirma.
Mais adiante, eles planejam levantar voo rumo a horizontes mais promissores.
“Pretendemos ralar mais um pouco na cena local e quando sairmos vai ser de coração partido. Mas só Salvador não dá”, diz.
No show de quinta-feira, a banda apresenta a nova música Só Que Não. “A gente fala da cidade. Do Farol, da meninado Rio Vermelho, como se fosse tudo lindo. E aí no final... Só Que Não”, diverte-se Bruna.
Lily Braun e Van Der Vous / Dubliner’s Irish Pub / Quinta-feira, 22 horas / R$ 15 (lista amiga), R$ 20
www.facebook.com/bandalilybraun
NUETAS
CMTN rodando muito
Ligada no movimento crescente de interiorização do rock baiano, a banda Canto dos Malditos na Terra do Nunca realiza extensa turnê que já passou por Bom Jesus da Lapa, Caetité, Vitória da Conquista e Camaçari. Nesta semana a trupe invade Jequié (sábado) e Ilhéus (domingo). O giro encerra dias 12 (Teofilândia) e 13 (Feira de Santana). Iniciativa viabilizada por meio do Edital Setorial de Música da Funceb - SecultBA.
Punks de Amsterdam
As bandas punk rock holandesas Zibabu e Bucket Boys quebram tudo no Dubliner’s domingo, às 16 horas, R$ 10.
Feira Vinil Domingo
Domingo tem mais uma edição da Feira do Vinil. Portela Café, das 12 às 20 horas, grátis. ATUALIZANDO: Acabam de ser confirmadas as bandas Soda Acústica, Garotas de Liverpool e Circo de Marvin para animar o evento. Os shows começam a partir das 17h e são em formato acústico, mas a Feira estará aberta das 12h às 20h.
Um comentário:
Xico...crescente no interior não...sempre rolou, aliás tá até fraco ultimamente, tá voltando a crescer...antigamente eu tocava todo mês no interior da Bahia, rolava altos festivais...e tudo independente...essa banda gringa Honkers toca com ela na 6a em SE, depois tocamos com eles na rua na outra semana...não sei ainda desse show da rua...sei que a banda é punk e tem um projeto meio bluegrass, q é esse bucket head...6a vamos tocar em aracaju, sábado em joão pessoa (no palco principal do grito rock) e estamos dependendo de um ok no domingo, meu niver, pra tocar em Recife. bora???
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