quarta-feira, setembro 25, 2019

HARD FOLK ROCK À BAIANA

E a nova safra do rock local segue em alta com a Bruma. Confira sexta no Lebowski

Rapeize da  Bruma na foto de Daniel Figliuolo
Parte 4 da série Sangue Novo no Rock Baiano (ah, inventei). Depois da Dona Iracema (coluna do dia 3), Ander Leds (dia 10) e Rubatosis (dia 17), chegamos à uma quarta banda baiana nova e promissora: Bruma.

Sexta-feira, esse quarteto de “hard folk rock” se apresenta com duas outras ótimas locais: Meus Amigos Estão Velhos e Os Informais. Night de rock das boas, portanto.

Voltando à Bruma: a definição de estilo hard folk rock, que eles ostentam em suas redes sociais, deixou o colunista coçando a cabeça. Hard folk?

“O hard folk rock foi uma denominação que a gente criou. Temos muita inspiração na parte da composição do Oasis, Neil Young, etc. Muita pegada de rock distorcido, pesado, com influência do hard rock. Por isso pensamos, na mistura do hard rock e o folk rock”, explica o guitarrista Enrique Araújo.

Neil Young. Como pude esquecer? Mea culpa.

No escuro esfumaçado

Recentemente, a Bruma soltou nas redes seu primeiro trabalho, o EP de cinco faixas Um Pouco Tarde Para Chegar Cedo.

Sacudido, o som do quarteto – que está mais pro hard do que pro folk, diga-se – é trilha sonora mais do que adequada para encher a cara de cerveja em uma sala escura, esfumaçada e cheia de gente suada. Rock tipo rock, bebê.

Não a toa, eles criaram o próprio evento, o já citado Rock ‘n’ Booze (rock e birita), que chega agora à quarta edição.

“Criamos o Rock ‘n’ Booze pra promover a cena underground. A gente sentiu muito a falta de produtoras e eventos pro rock local, realmente não tava acontecendo muita coisa na cidade e, ao mesmo tempo, estávamos vendo uma das melhores safras de bandas na cena. Por isso decidimos tomar a frente e criar o nosso próprio selo/evento”, conta Enrique.

“Hoje, o maior desafio é a criação do hype. Não tem tido espaço, até mesmo o Facebook, que há uns dois anos era o maior meio de divulgação, não está mais surtindo efeito. Óbvio que queríamos um resultado mais expressivo, mas também não dá pra esperar sem ir atrás. Por isso nosso foco é ir atrás”, afirma.

E isso eles tem feito, inclusive com incursões em cidades do interior com cenas em ascenção, como Feira de Santana e Jequié.

“O rock aos poucos tem voltado a mostrar as caras. Vejo sim um movimento sendo recriado, mas claro que precisamos de mais, além de público, que  tem faltado. Acredito que só com uma cena fervendo que o público vem, mas vai dar certo”, acredita.

Festival Rock n´Booze / com Meus Amigos Estão Velhos, Os Informais e Bruma / sexta-feira, 20 horas / Lebowski Pub (Rua da Paciência, 127, Rio Vermelho) /  R$ 15 (nome na lista) e R$ 20 (na portaria)



NUETAS

Abbey Road no Rubi

Curte Something? E Here Comes The Sun? Come Together? Oh Darling! Não perca o show Abbey Road 50 Anos, da banda Beatles in Senna  sexta-feira, no Café-Teatro Rubi do Wish Hotel. 20h30, R$ 50.

A Lou na época do lançamento do CD Devir (2008). Foto Igor Bittencourt
Lou em show único

Falando em bandas que não existem mais, mas fazem falta, a Lou, banda de garotas muito atuante no cenário local da década passada, faz apresentação única, aproveitando a presença das integrantes na cidade. Amanhã, 21 horas, no Zungu Iyagbá (colado no Bardos Bardos). R$ 15.

Scott & Invena

Eduardo Scott e a banda Invena se apresentam sábado, no Biriteria Blues (Rua da Boa Viagem,  Cidade Baixa). 20 horas, R$ 15.

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