Catavento. Foto Tuany Areze |
O fato é que, desde o surgimento de bandas como Tame Impala e Temples, a psicodelia voltou à ordem do dia no rock.
E no Brasil não poderia ser diferente. Neste fim de semana, o Supernada - Festival de Música Independente ecoa esta tendência com várias bandas viajandonas, cada uma com sua interpretação da psicodelia sessentista, como a gaúcha Catavento, a capixaba My Magical Glowing Lens, as paulistas Bike e Papisa e as baianas Van der Vous, Teenage Buzz, Mapa, Soft Porn e Bagum.
Fiz a pergunta que abre a coluna para o Catavento: “Acho que um pouco de cada. O escapismo da realidade tenebrosa é com certeza fator determinante, mas em muitos outros tipos de música também. Especificamente da psicodelia e do rock, acho que as referências buscadas nos dias de hoje são revivals de coisas que ainda não tinham sido revisitadas, que dirá misturadas e desconstruídas”, opina Leo Lucena (voz, guitarra).
“Por exemplo, Tame impala, que quando conheci guardei na mente perto dos Beatles e de algum kraut (rock experimental alemão) mais darkinho, hoje já busca muitas referências diferentes, que viajam livremente pelos estilos e décadas. Resumindo, acho que o que mais influencia esse movimento é a mesma coisa que sempre influenciou a psicodelia: a liberdade de simplesmente fazer um som que você curte e de querer passar essa energia adiante”, diz.
Bebendo chá com as mãos
No Catavento, um segura o outro na hora de dar um troço. Foto Tuany Areze |
“Sim, as expectativas são as melhores e maiores possíveis, vários fatores contribuem pra essa ansiedade: a gira do nordeste tem nove datas, que somada com as outras até o fim do ano fecha a maior turnê da história da banda.Todos os amigos que já foram falaram que o bagulho é loco. Vai ser um daqueles rolês conferência dos operários da música independente. Praia. Enfim, já dá pra querer muito tudo isso”, diz Leo.
Em CHA, a banda partiu para uma séria pesquisa de timbres, climas e instrumentos. O resultado é o álbum louquissimo, melodioso e barulhento que você pode ouvir mais abaixo.
"O CHA na verdade é sim, coisa de doidão, mas é também isso tudo que cê falou, é uma mistura das duas coisas. Durante o processo do álbum (2014-2016), aprendemos muita coisa na estrada, com outros artistas, produtores. Absorvemos muitas referências nesses dois anos, desde as mais clássicas às mais novas e malucas. O Catavento agora é uma banda de 6 pessoas, onde todos são muito ativos, desde as composições e arranjos até a finalização das tracks. Além disso, o nosso compromisso em fazer algo que fosse sincero veio muito forte nesse disco. Nos esforçamos muito nesse período de encubação do CHA para dar o nosso melhor, e tudo que aprendemos e gostamos está ali, de alguma forma. Nas gravações isso ficou bem claro, as referências de cada um, que quando misturadas, ficava aquela bagunça que vocês já conhecem, mas também com uma energia única, com uma sonoridade ímpar", detalha.
Sobre o nome CHA, ele explica que “O nome é uma referência à liquidez da vida. Da mesma forma como o álbum foi concebido, com referências vindo e indo a cada sessão no estúdio, é como enxergamos e vivemos nossa vida. É difícil de entender as coisas com clareza. Tudo é volátil e transpassa dos dedos. É como tentar tomar chá com a mão invés da xícara”.
Para 2017, os planos do Catavento são começar dando uma descansada. Depois, quem sabe, uma esticada até as gringa.
"2017 começa bem mais tranquilo que 2016 (risos). O plano inicial é dar sequência no trampo de divulgação e tocação do CHA. Queremos muito ir pra gringa, temos alguns contatos já engatilhados na Europa (Portugal e Alemanha) e também nos Estados Unidos, mas não temos como investir do bolso um rolê desses então... Sobre gravar e algum possível disco 3, sim queremos, mas queremos fazer um processo bem mais simples e prático dessa vez, talvez mais focado em algum conceito, ou forma de produzir", conclui Leo.
Ouça CHA.
Supernada – Festival de Música Independente / Sábado, 21 horas: Catavento (RS), My Magical Glowing Lens (ES), Van der Vous, Soft Porn, Mapa e Bagum / Portela Café, R$ 20 / Dia 10, 21 horas: Bike (SP), Papisa (SP), Teenage Buzz, Bilic, The Hot Coffees Band / Dubliner’s Irish Pub, R$ 15
NUETAS
Bigbands esquenta
O Warm Up Festival Bigbands começa hoje, com Ivan Motosserra, Las Carrancas e Rawmones (R$ 15, R$ 10 com fantasia) e continua sábado, com Mercy Killing, Rattle e Iron Bound (R$ 20). No Dubliner’s Irish Pub. E em dezembro tem o Bigbands de fato, com Boar Gazm (África do Sul), Nervochaos (SP) etc.
IFÁ, Peu, Bahia Experimental
Amanhã tem IFÁ Afrobeat com Peu Meurray, Bahia Experimental e B_T_PGDÃO no Canto Skol. Às 16 horas, Solar Boa Vista, gratuito.
Álvaro Assmar sábado
Indicado ao Grammy Latino e no auge da forma, Álvaro Assmar & Mojo Blues Band fazem minitemporada sexta e sábado no Café-Teatro Rubi. Arrepie-se às 20h30, R$ 60.
7 comentários:
Olha o nível da apoiadora de Crivella no Rio:
http://www.brasilpost.com.br/2016/10/31/carminha-jerominho-comemora-vitoria-crivella_n_12730708.html?utm_hp_ref=brazil
É na mão desse tipo de gente que os coxinhas retardados estão entregando o Brasil.
E a tendencia é piorar.
Na moral, acho que preferia os ladrões do PT...
Inacreditável como tem marginal de toga neste país!
http://justificando.com/2016/11/01/juiz-autoriza-tortura-para-desocupacao-de-colegio-no-distrito-federal/
MARGINAIS!
Militante do DEM acusado de lesão corporal, estupro e cárcere privado, entre outros crimes, assume vaga de deputado federal como suplente
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/suplente-do-dem-vira-deputado-cinco-dias-apos-deixar-a-prisao/
Foi encontrar os colegas no Congresso!
Brasil, um estado de marginais governado por marginais.
essa tame era + ou -, e tem ficado cada vez mais chatinha...
sobre o deputado...normal...só bate panela quando é contra o pt...na moral chico, dá vontade de entregar pra corja...se eu morasse no interiorzão...ou fora do brasil...votava na escória só de sacanagem...tipo "num quer porra?? tome essa desgraça"
Trailer de Trainspotting 2 já no ar.
https://omelete.uol.com.br/filmes/noticia/trainspotting-2-ganha-seu-primeiro-trailer/
O novo monólogo de abertura "Choose Life", tradução livre de Alexandre Matias:
“Escolha a vida
Escolha o Facebook, o Twitter, o Instagram e espere que alguém em algum lugar se importe
Escolha olhar para os velhos tempos, querendo ter feito tudo diferente
E escolha ver a história se repetir
Escolha seu futuro
Escolha programas de reality TV, humilhar mulheres, usar pornô como vingança,
Escolha um contrato de trabalho sem mínimo de horas, uma ida de duas horas para chegar ao trabalho
E escolha o mesmo para seus filhos, só que pior, e alivie a dor com uma dose desconhecida de uma droga desconhecida feita na cozinha de alguém
E então… Respire fundo
Você é um viciado, por isso se vicie
Vicie-se em outra coisa
Escolha o que você ama
Escolha seu futuro
Escolha a vida”
Dedicado a todos os sobreviventes dos anos 90...
vem aí o festival OS DONOS DA CENA-ehehheheehhe
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