PANCREAS FECHA TRILOGIA INICIAL COM ÁLBUM AO VIVO

Os Pancreas entre os amigos no Estúdio Casarão. Ft Clipoems

Super ativa no cenário de alguns anos para cá, a banda Pancreas lançou em abril último seu terceiro álbum, Cru e Vivo, gravado como o nome indica, no evento Clipoems Home Pocket - Estúdio Casarão, uma parceria entre a banda, o baixista Arthur Caria ((Dead Easy) e o guitarrista Candido Soto Jr. (ex-Cascadura).

Rock ‘n’ roll sem firulas, o som do Pancreas (sem acento mesmo) tem a característica de ser super bem humorado e acessível, com alguma influência do brega, lembrando um pouco o Velhas Virgens (SP).

Cru e Vivo, segundo o vocalista Shinna, fecha uma trilogia iniciada pelos EPs Mau Humor é Para os Fracos (2013) e Na Esquina (2014), ambos produzidos por Irmão Carlos.

“Arthur criou o programa on line Clipoems e chamou a gente para se apresentar no Casarão, que é de Cândido. A princípio, era para tocar só cinco músicas, mas o clima ficou tão inacreditável de bom, que fizemos treze”, conta.

“Decidimos ali na hora que também seria nosso disco ao vivo, fechando a trilogia que já tínhamos em mente”, diz.

Help o rock local

No repertório, a banda mandou ver as músicas dos dois EPs, mais duas versões: uma  torta / HC de Help! (Beatles) e outra para Remédio, da banda parceira Jato Invisível, de Lauro de Freitas.

“A gente não consegue tocar Beatles do jeito certo, aí fizemos essa releitura meio maluca de Help! como  um grito de socorro do rock baiano, é um hardcore meio punkeka”, diz.

Pancreas, foto Jackie Pires

“Fizemos também algumas adaptações nas músicas para não ficar igual as versões de estúdio. Tem até um arrocha, ou um arroshinna, em O Corno”, conta Shinna.

Além o vocalista, os Pancreas são Ricardo (baixo), Daniel (guitarra) e André (bateria). “Olha, a gente é uma banda bem organizada, não sai por ai metralhando todo mundo, tocando todo dia, mas fazemos questão de tocar pelo menos um mês sim, um mês não”, afirma.

"Tem essa dificuldade toda do Rio Vermelho todo quebrado, aí achamos o The Other Place em Brotas, onde montei uma agenda há um ano com eles lá. Tem muita banda que chega na hora e quer tocar. Não é assim, tem que planejar", observa.

“Mas já estamos na correria para um novo álbum de estúdio, ainda em 2016. Vai ser gravado lá no Casarão mesmo, com Arthur e Cândido. Em setembro, estamos lançado. Tem o título, já: Verdades Insanas. 85% do disco as letras minhas, são baseadas na realidade que vejo na night do rock local. Então sai de baixo que vem ácido aí, mas são engraçadas também. Vamos iniciar outra trilogia.
O que muda de uma para outra é a acidez. (Antes) Era mais engraçado, agora vamos passar de uma ironia engraçada para uma ironia sarcástica. Uma grande diferença em relação as letras é que as da primeira trilogia tem muitas escritas na adolescência. Agora vão ser baseadas nos últimos anos do rock. Também mudamos a afinação. Tocávamos em mi, agora vamos para ré, ganha mais peso”, conclui.

www.soundcloud.com/pancreasoficial



NUETAS

Tributo a Pedro Bó

Morto precocemente no final de abril, o baixista Pedro Bó Rocha tocou em bandas legais como Dinky-Dau (nos anos 1990) e Sangria (anos 2000). Seus amigos vão homenageá-lo no Quanto Vale o Show? de hoje, no evento O Rock é o que Resta: Tributo a Pedro Bó. Dubliner’s, 19 horas, pague quanto quiser.

Patifes em Salvador

Os feirenses do Clube de Patifes vem a cidade participar da  Rockabilly Sessions com Les Royales e DJ BigBross. Sexta, Dubliner’s, 23 horas, R$ 20.

Sabadão hardcore

Canelada HC, Antiporcos, Vende-se e Carburados Rock Motor sábado no Buk Porão, às 16 horas. Entrada gratuita.