terça-feira, abril 26, 2016

ROCK COM PEGADA POP, OS INFORMAIS SÃO ATRAÇÃO DA 2ª EDIÇÃO DO ROCKAMBO

Rapeize d'Os Informais, foto Jacó Birges
A coluna O blog tenta, mas dar conta da exuberante cena do rock baiano é, por incrível que pareça, tarefa quase infinita.

Vejam só essa banda, Os Informais. Esses caras estão na ativa desde 2006 e já tocaram bastante – e o colunista estava meio que alheio à sua existência até uns meses atrás.

Só quando o baterista e videomaker Glauco Neves (da Vendo 147, vista aqui semana passada) enviou um link com um clipe da faixa Respiro Fundo, dirigido pelo próprio Glauco, foi que minha atenção, por fim, se focou neles.

O clipe, bem produzido e dirigido, traz Pedro Pondé (Scambo) atuando como um personagem meio suicida, ao som de um rock contemporâneo linha Foo Fighters, produzido por andré t.

“Em 2015 lançamos um single com as músicas Tarja Preta e Respiro Fundo, um trabalho mais consciente e maduro, produzido por andré t”, conta o vocalista Daniel Calumbi.

“O clipe, um trabalho belíssimo do diretor Glauco Neves com atuação de Pedro Pondé, ficou tão bom que decidimos engatar já a pré-produção do álbum cheio pra ser gravado no segundo semestre”, acrescenta.

Daniel é o fundador da banda e o único integrante original desde 2006. “O que juntou todo mundo foi a vontade de tocar e viver com a música mesmo. Ninguém era profissional, mas a necessidade de criar falou mais alto, e a banda perdurou”, afirma.

“De lá pra cá muita coisa mudou. Saíram integrantes e entraram outros. Hoje divido os palcos com Elton Cardoso na bateria, Wagner Campello no baixo e Juan Sampaio e Mário Borba nas guitarras”, conta.

"Aprendemos que um monte de coisa vai dar errado no meio do caminho, mas que se a cabeça tiver no lugar certo, tudo se ajeita! E que as vezes é preciso não se levar tanto a sério... afinal, somos Informais!", diverte-se.

Nada de rótulos

Apesar de ter as influências mais ou menos claras – o som fala por si – Daniel prefere não rotular o som d’Os Informais.

“Não acreditamos em rótulos. Somos uma banda de rock mas cada músico tem influências  diversas, do reggae ao rock progressivo, que fica difícil definir um estilo específico”, diz.

“É notável a influência do rock brasileiro no nosso interesse em fazer músicas sempre em português, assim como percebe-se o rock inglês, o blues e o folk nas guitarras. Hoje experimentamos novos timbres e estilos para a confecção do álbum”, afirma.

Nesta sexta-feira, Os Informais se juntam a outras duas ótimas bandas baianas na segunda edição do evento Rockambo: Semivelhos (de Juazeiro) e Ronco, uma boa oportunidade para conhecer mais bons sons  do rock local.

"Com o lançamento do novo álbum, a ideia é cair na estrada novamente. A banda tem hoje uma formação sólida e está preparada pra mostrar seu trabalho nacionalmente. É também uma atividade do dia-a-dia ajudar a fomentar a cena musical soteropolitana, nossa eterna cidade, participando e divulgando eventos como o Rockambo, tão importantes pra que novos artistas continuem mostrando sua voz!", conclui.

Rockambo – Com Semivelhos,  Os Informais e Ronco / Sexta-feira, 22 horas /  Taverna Music Bar / R$ 15 / R$ 10 com nome na lista amiga

www.facebook.com/osinformais



NUETAS

Jimmy e os Modernos 

Falsos Modernos e Jimmy Six são as atrações do Quanto Vale o Show? hoje. Dubliner’s, 19 horas, pague quanto quiser.

Grande Biggest Fest

Maurão e Pedro Bó. Ft: Eládio Machado
Rogério Big Bross Brito & sócios aproveitam as bandas de passagem pelo Nordeste para o Abril Pro Rock e trazem a cidade o psychobilly supimpa da curitibana  Sick Sick Sinners e o punk rock paulista zangado da Questions. A primeira se apresenta na sexta-feira, com os Retrofoguetes (22 horas, R$ 20). No domingo, a Questions se junta às locais Aphorism, Pastel de Miolos e Derrube o Muro (17 horas, R$ 20). O passaporte para os dois dias de festança rocker no Dubliner’s Irish Pub sai por R$ 30. Vendas antecipadas no local, Duendes Tattoo e Afreeka.

RIP Pedro “Bó” Rocha

A coluna O blog lamenta o falecimento de Pedro Rocha, baixista e fundador de bandas legais da cena local, como Dinky-Dau e Sangria (na foto ao lado, com o vocalista Mauro Pithon). Amigo do blogueiro, Pedro faleceu na noite da última quinta-feira (21), após um ataque cardíaco. Deixo aqui meus pêsames à família e amigos.

4 comentários:

Franchico disse...

Diz que o cofre do Paisley Park teria 20 mil músicas inéditas de Prince.

Um momento, vamos repetir: 20 mil músicas inéditas de Prince.

https://omelete.uol.com.br/musica/noticia/price-teria-mais-de-20-mil-musicas-ineditas-em-cofre-de-seu-estudio/

Não é possível. Acho que esse cara tá vivo e inventou tudo isso pra nego não encher mais o saco dele....

Franchico disse...

Já ouviram Amsterdã, música nova do nosso parça André LR Mendes? Recomendo:

https://soundcloud.com/andremendesmusica/andrelrmendes-amsterda-todas

Fala bem pra gente, nossa eterna insatisfação de viver na Bahia-iá-iá....

Massa, André!

andre L.R. mendes disse...

Obrigado,Chico! :D

Nei Bahia disse...

o ex tecladista de Prince, Renato Neto, brasileiro; mencionou numa entrevista algo nessa direção, que daqui pra frente muita música vai vir. Acho que apesar de não ter deixado testamento, o geniozinho deixou instruções para o que fazer com as gravações depois da morte dele. Quanto à quantidade, é bom lembrar que igual a Frank Zappa, ele morou no estúdio literalmente!