quinta-feira, setembro 03, 2015

WALTER BLANDING TRAZ KNOW-HOW DA LINCOLN CENTER ORCHESTRA A SALVADOR

Jazz: Membro da mais importante big band da atualidade faz oficina e jams

Mister Walter Blanding e seu sax tenor. Foto: Richard Corman
Aos 44 anos recém-completos (no dia 14 último), o saxofonista norte-americano Walter Blanding é um dos nomes em ascenção no cenário do jazz mundial. Nesta semana, ele está em Salvador para ministrar uma master-class e participar de sessions com músicos locais.

Natural de Cleveland, Ohio, Blanding, pelo que se vê (e ouve) na internet, demonstra muito swing, técnica e elegância com o sax tenor pendurado no pescoço.

Não a toa, é membro daquela que é, possivelmente, a mais importante big band do planeta hoje, a Jazz at Lincoln Center Orchestra, coordenada por ninguém menos que Wynton Marsalis – cujo quinteto ele também integra, além de já ter tocado com lendas da música, como Isaac Hayes, Paul Simon, Crosby Stills & Nash, Willie Nelson, Aretha Franklin e orquestras em Londres, Paris, Los Angeles, Berlim e outras.

"Fiz uma turnê curta com o Isaac, éramos um quinteto, e foi divertido. O interessante sobre colaborações com outros tipos de música combinado ao jazz é que é uma experiência sempre cheia de surpresas. Já colaborei com muitos outros tipos de música e músicos que normalmente não tocam jazz, como Paul Simon, Crosby Stills & Nash, Wilie Nelson, Aretha Franklin,  Cleveland Symphony Orchestra, Boston Pops, New York Philharmonic, Los Angeles Symphony, Paris Radio Orchestra, London Symphony,  Berlin Philharmonic, Oddaada (música de Gana), Tango e muitos outros", conta Blanding, em entrevista por email.

Para a oficina Jogos de Improviso, que ele ministra ministrou hoje ontem, no Piso C do Teatro Castro Alves, Blanding avisa que vem preparado para o que der e vier: “Venho para a oficina sem qualquer predisposição específica. A experiência tem me mostrado que é melhor não pressupor nada”.

“Vamos abordar um monte de coisas básicas em um curto período de tempo: por que a música é importante, harmonia, ritmo, fraseado, improvisação e muito mais. Não posso prever o futuro, mas estou muito animado quanto a essa experiência junto aos músicos locais”, acrescenta.

Além de ensinar e aprender com os músicos locais, o saxofonista também demonstra disposição para conhecer mais sobre a Bahia: “Estou também ansioso para aprender sobre a vasta riqueza da música e da cultura da Bahia, e também para compartilhar a profundidade do jazz. Uma coisa é certa, a oficina será uma experiência inesquecível e prazerosa para todos nós”, afirma.



Trabalho duro e diversão

Como em qualquer forma de atividade humana, Blanding acredita que também na música a troca de informações entre músicos de diferentes origens e é algo essencial: “O compartilhamento da cultura, por meio da música, ao redor do mundo, é muito importante. Nos últimos 25 anos eu tenho viajado tocando, ensinando e aprendendo pelas Américas do Norte, do Sul e Central, pela Europa, África, Oriente Médio, Ásia e Austrália”, conta.

“Durante todo este tempo, uma das lições mais significativas que aprendi é ter a cabeça e o coração abertos para permitir a possibilidade de experimentar as muitas coisas que temos em comum, assim como para apreciar nossas diferenças. Esta interação e compreensão da condição humana básica vai muito além do escopo da música”, filosofa.

Blanding começou a aparecer para o público apreciador do jazz a partir de 1991, quando lançou seu primeiro álbum, Tough Young Tenors, considerado um dos melhores discos do gênero pela crítica naquele ano. Em 1998, tornou-se membro da Jazz at Lincoln Center Orchestra.

“A Jazz at Lincoln Center Orchestra é uma big band com 15 excelentes músicos. Tenho sido parte desta banda por 18 anos”, conta.

“A maioria dos músicos, incluindo eu mesmo, também escreve e toca novas composições para a banda. Amo tocar com este grupo, e nunca paramos de aprender. É um desafio contínuo e trabalho duro, mas também divertido”, diz.

Temporada em Tel Aviv

Há alguns anos, o saxofonista se mudou para Israel, estabelecendo-se em Tel Aviv, onde atuou, com forte impacto na cena do jazz local, chegando a ser chamado de Embaixador do Jazz em Israel, pela revista Newsweek.

"As circunstâncias da minha vida na época me levaram a Israel, mas poderia ter sido em qualquer outra parte do planeta. Durante minha temporada por lá, meus esforços tiveram uma forte influência na cena do jazz local, e ajudaram a mudar a música em termos da compreensão do que é o jazz", afirma.

“Há grandes músicos em Israel, alguns dos quais ensinei por um breve período. Mas a grandeza desses músicos não é só resultado da minha influência. É também um resultado do desejo de cada um pela grandeza e expressão honesta que vem do fundo de suas almas. Isto é algo que podemos encontrar em todos os cantos do mundo”, conclui Blanding.

Agenda Walter Blanding em Salvador

Workshop Jogos de ImprovisoHoje, das 14h às 17 horas / Inscrições encerradas

Passo no Jazz / Hoje, das 18h30 às 21h30 / Com Ivan Huol (bateria), Bruno Aranha (piano), Alexandre Vieira (contrabaixo), Matias Traut (trombone) e Walter Blanding (sax) / Casa de Castro Alves (Rua do Passo, 52, Santo Antônio. Tel: 3178-2423) / R$ 10

Jam no Mam / Sábado, das 18 às 21 horas / Início de nova temporada / Museu de Arte Moderna da Bahia (Av. Contorno, s/n, Solar do Unhão) / R$ 7 e R$ 3,50

2 comentários:

Rodrigo Sputter disse...

te mandei mail mestre. espero que goste da tosquice...em breve news...i hope...

Rodrigo Sputter disse...

https://www.youtube.com/watch?v=JgqdD2GixJ0

e eu num sei tocar nada...e o cara é uma banda de um homi só...