Poucas pessoas no cenário atual do rock exercem tanta influência e são tão produtivos como Josh Homme, líder do Queens Of The Stone Age, e figura central do que se chama de stoner rock, o rock chapadão . O lançamento há alguns meses do quarto disco do QOTSA, Lullabies To Paralyze revela uma banda no auge da forma, e para aprovação quase unânime da critica segue uma trajetória que está suplantando o seu antecessor, o também celebrado Songs For The Deaf. A trajetória de Homme começa na seminal banda stoner Kyuss, e bota seminal nisso. A Kyuss foi formada em 1990 por Homme , John Garcia ( vocais), Nick Oliveri ( baixo, futuro ex- QOTSA) e Brant Bjork ( bateria ), tendo seu nome tirado de um personagem do jogo de RPG Dungeons & Dragons. Após tocar uma serie das agora lengendarias "Desert Sessions" na cidade natal, Palm Desert, Califórnia, a Kyuss começou a chamar a atenção do circuito underground pela proposta de rock pesado e viajandão, com longas jams psicodélicas, mas aliadas ao metal pesadissimo, sem alivio.
Em 1991 lançam Wretch, mas só a partir de Blues For The Red Sun é que a Kyuss começa a destacar com um disco que retratava com maior fidelidade a proposta musical da banda.
Contratados pela Elektra lançam mais dois discos ( Welcome To Sky Valley e And The Circus Leaves Town) para receptividade quase nula, com o som da banda sendo considerado deslocado entre o grunge e o metal da epoca( thrash e death). A influência destes discos só foi reconhecida recentemente, ao ponto de alguns críticos compararem ( e exagerarem) o legado da banda com a do Velvet Underground, no caso em relação ao metal.
Em 1995 a banda acaba, e Homme passa um período com a antologica Screaming Trees( de Seattle e com tinturas grunge). Em 1997 volta para Palm Dessert e com Oliveri ( ex-Dwarves) gesta a primeira encarnação do QOTSA. O som mais direcionado ao mainstream leva Homme a ser considerado "traidor do movimento", no caso do tal stoner rock.
Quatro albuns depois o namorado da musa Brody Dalle dos Distillers pode ser considerado um dos caras cruciais do rock atual, a prova disso é a quantidade de projetos nos quais Homme tá envolvido tais como:
- The Desert Sessions-- Mais de dez destas sessões foram presididas por Josh Homme no Rancho De La Luna, em pleno desserto do Mojave onde um sem numero de colaboradores grava jams durante uma semana, mais info no www.desertsessions.com
-Eagles Of Death Metal-- Banda garageira liderada por Jesse "The Devil" Hughes, onde Homme toca bateria.Lançou um disco delicioso o ano passado
-Mark Lanegan Band-- Lanegan, ex-vocal do Screaming Trees lança discos periodicamente, alem de manter sua participação no QOTSA
-Masters Of Reality --Banda cult de Chris Goss, influência fundamental da Kyuss, é um dos principais colaboradores das Desert Sessions
-Ween- banda irmã do QOTSA, apesar do som ser country psicodélico, Dean Ween tambem colabora nos Desert Sessions.
E para quem pensa que para por aí listo mais algumas bandas discipulas da Kyuss;
-Fu Manchu
-Nebula- tocou em Goiania, os Billies no auge da forma varerram os caras do palco.
-Low Ryder
- The Atomic Bitchwax
-Unida- atual banda de John Garcia
-Brant Bjork & The Bros.- Banda do ex- batera do Kyuss.
Lullabies To Paralyse, três meses após seu lançamento é desde já um dos melhores discos do ano. Homme is The Man.
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
terça-feira, julho 26, 2005
segunda-feira, julho 25, 2005
MICKEY MOUSE NÃO MORA MAIS AQUI
CIA DAS LETRAS REPUBLICA MAUS, OBRA PRIMA DE ART SPIEGELMAN, EM EDIÇÃO ÚNICA.
Dia desses tava no bar - aquele bar - conversando com uma conhecida sobre quadrinhos e ela - como muitas garotas e garotos supostamente espertos, antenados - derramava-se em declarações de amor à Sandman, sua irmã Morte e toda aquela mitologia sombria, que eu também amo, claro - até por que não sou marinheiro de primeira viagem que conheceu Sandman com as caríssimas e luxuosíssimas edições da Conrad - comprei o número um no jornaleiro, em novembro de 1988 e acompanhei tudo até a Editora Globo interromper a distribuição em bancas, no início dos anos 90. Mas enfim, o papo ia nessa lenga lenga deslumbrada quando perguntei à ela: "E Maus, de Art Spiegelman, você já leu?" Claro que não: sua antena parou ali, em Sandman. Entrei no assunto por que uma semana antes tinha acabado de reler (praticamente de uma sentada) a nova edição recém-lançada pela Companhia das Letras. Se Sandman revolucionou os quadrinhos de fantasia e horror ali pelo fim dos 80, início dos 90, Maus revolucionou os quadrinhos como um todo, como linguagem, mesmo - ainda no início dos anos 80. Única obra da chamada Nona Arte a ser laureada com o Prêmio Pulitzer, premiação maior da literatura americana, Maus conta a história do pai do autor, judeu polonês sobrevivente do holocausto nazista da Segunda Guerra. Mais do que isso, aliás. O velho Vladek Spiegelman sobreviveu à Auschwitz, simplesmente o mais temido e genocida campo de concentração nazista, laboratório das experiências bizarras do Dr. Mengele. Em Maus, vemos seu filho, Art, já um respeitado artista residente em Nova Iorque, anotando e gravando as memórias do pai sobre aqueles dias negros para transformá-las numa história em quadrinhos. O engraçado, aliás, o genial em Maus são duas coisas, no mínimo: uma, em vez de retratar seres humanos, Spiegelman optou por usar animais antropomorfizados (é a mãe!) como os personagens da biografia de seu pai. Então os judeus são ratos (Maus é rato em alemão), os nazistas, gatos, os americanos são cachorros, os poloneses, porcos e os franceses, que pouco aparecem, são sapos. A segunda coisa genial a respeito de Maus é que, ao longo da narrativa, acompanhamos não só a saga de Vladek e sua família desde os anos pré-guerra até sua libertação de Auschwitz ao fim do conflito na Europa, mas também a luta de Art para transformar a história do seu pai em arte (ops, foi mal o trocadalho involuntário), e como se não fosse o bastante, também testemunhamos o difícil relacionamento entre pai e filho de forma tão sensível, que é praticamente impossível para qualquer um não se identificar, mesmo que seu pai não seja sobrevivente de um campo de concentração. Vladek, na verdade, é quase o estereótipo do judeu sobrevivente da segunda guerra: nervoso, pão duro, morrinha como quê. Não é um relacionamento fácil mesmo. Traumatizado pelos anos de guerra, Vladek não desperdiça nada: armazena caixas de cereal e cata barbantes no chão da rua, caso precise amarrar alguma coisa. Art, por outro lado, é o típico artista novaiorquino cosmopolita. Até namora uma garota francesa, não judia, para desgosto velado do renitente reclamão Vladek. O modo como Art retrata esse relacionamento nos interlúdios entre as memórias do pai é um dos pontos altos de Maus, uma obra prima não apenas dos quadrinhos, mas da literatura em si. Enfim: Maus, de Art Spiegelman, em edição única (originalmente, na década de 80, eram em dois volumes pela Editora Brasiliense) tá nas livrarias da cidade, por R$39. Não é exatamente barato, eu sei, mas vale cada centavo e você só vai gastar essa grana uma única vez, diferente dessas edições de Sandman em dez volumes pela Conrad, que custam R$60 X 10 = R$600,00! Isso, se o preço não aumentar. Haja grana!
Dia desses tava no bar - aquele bar - conversando com uma conhecida sobre quadrinhos e ela - como muitas garotas e garotos supostamente espertos, antenados - derramava-se em declarações de amor à Sandman, sua irmã Morte e toda aquela mitologia sombria, que eu também amo, claro - até por que não sou marinheiro de primeira viagem que conheceu Sandman com as caríssimas e luxuosíssimas edições da Conrad - comprei o número um no jornaleiro, em novembro de 1988 e acompanhei tudo até a Editora Globo interromper a distribuição em bancas, no início dos anos 90. Mas enfim, o papo ia nessa lenga lenga deslumbrada quando perguntei à ela: "E Maus, de Art Spiegelman, você já leu?" Claro que não: sua antena parou ali, em Sandman. Entrei no assunto por que uma semana antes tinha acabado de reler (praticamente de uma sentada) a nova edição recém-lançada pela Companhia das Letras. Se Sandman revolucionou os quadrinhos de fantasia e horror ali pelo fim dos 80, início dos 90, Maus revolucionou os quadrinhos como um todo, como linguagem, mesmo - ainda no início dos anos 80. Única obra da chamada Nona Arte a ser laureada com o Prêmio Pulitzer, premiação maior da literatura americana, Maus conta a história do pai do autor, judeu polonês sobrevivente do holocausto nazista da Segunda Guerra. Mais do que isso, aliás. O velho Vladek Spiegelman sobreviveu à Auschwitz, simplesmente o mais temido e genocida campo de concentração nazista, laboratório das experiências bizarras do Dr. Mengele. Em Maus, vemos seu filho, Art, já um respeitado artista residente em Nova Iorque, anotando e gravando as memórias do pai sobre aqueles dias negros para transformá-las numa história em quadrinhos. O engraçado, aliás, o genial em Maus são duas coisas, no mínimo: uma, em vez de retratar seres humanos, Spiegelman optou por usar animais antropomorfizados (é a mãe!) como os personagens da biografia de seu pai. Então os judeus são ratos (Maus é rato em alemão), os nazistas, gatos, os americanos são cachorros, os poloneses, porcos e os franceses, que pouco aparecem, são sapos. A segunda coisa genial a respeito de Maus é que, ao longo da narrativa, acompanhamos não só a saga de Vladek e sua família desde os anos pré-guerra até sua libertação de Auschwitz ao fim do conflito na Europa, mas também a luta de Art para transformar a história do seu pai em arte (ops, foi mal o trocadalho involuntário), e como se não fosse o bastante, também testemunhamos o difícil relacionamento entre pai e filho de forma tão sensível, que é praticamente impossível para qualquer um não se identificar, mesmo que seu pai não seja sobrevivente de um campo de concentração. Vladek, na verdade, é quase o estereótipo do judeu sobrevivente da segunda guerra: nervoso, pão duro, morrinha como quê. Não é um relacionamento fácil mesmo. Traumatizado pelos anos de guerra, Vladek não desperdiça nada: armazena caixas de cereal e cata barbantes no chão da rua, caso precise amarrar alguma coisa. Art, por outro lado, é o típico artista novaiorquino cosmopolita. Até namora uma garota francesa, não judia, para desgosto velado do renitente reclamão Vladek. O modo como Art retrata esse relacionamento nos interlúdios entre as memórias do pai é um dos pontos altos de Maus, uma obra prima não apenas dos quadrinhos, mas da literatura em si. Enfim: Maus, de Art Spiegelman, em edição única (originalmente, na década de 80, eram em dois volumes pela Editora Brasiliense) tá nas livrarias da cidade, por R$39. Não é exatamente barato, eu sei, mas vale cada centavo e você só vai gastar essa grana uma única vez, diferente dessas edições de Sandman em dez volumes pela Conrad, que custam R$60 X 10 = R$600,00! Isso, se o preço não aumentar. Haja grana!
- Ricardo Cury já é velho conhecido dos rockers soteropolitanos. Baterista de diversas bandas, sendo a antiga e bacana Dinky Dau e a lendária e recém-extinta brincando de deus (em que pé ficou, afinal?) as mais significativas, Cury, que também chegou a ser conhecido com O Cara Mais Gente Fina do Rock, apresenta seu insuspeitado talento para manter um blog no ar, em Eu tava aqui pensando. No blog, Cury fala de rock (claro), mercado de trabalho, suas aventuras por aí, da vida e etc. Muito divertido, inteligente e bem escrito (e não tô dizendo iso por que ele é brother, não: digo porque é verdade). Recomendo.
- E aí, você curte sexo animal? Problema seu.
quinta-feira, julho 21, 2005
CONFIRMADO: FESTA R.I.P. ROCK LOCO 28 DE JULHO NO MISS MODULAR
Release enviado aos meios de comunicação:
VELÓRIO FESTIVO R.I.P. ROCK LOCO, A FESTA DOS MORTOS-VIVOS.
Como todo bom morto-vivo que se preza, o Programa Rock Loco (da Primavera FM 103.5), morto de forma absolutamente desagradável na semana passada após ter o seu tubo de suporte vital retirado (leia-se patrocínio), levantará da tumba durante a noite da próxima quinta-feira, 28 de julho, para se despedir dos amigos e comemorar suas realizações em vida: trocentos programas levados ao ar durante pouco mais de um ano e meio, uma dezena de disc-jockeys envolvidos, 3 festas de arromba (4 com essa póstuma), um milhão de cervejas, dez milhões de palavrões, arrotos e impropérios lançados ao espaço sideral e muito, mas muito rock n roll na veia e no juízo dos seus pobres ouvintes. Tudo sem vaselina.
O blog, com seu conteúdo confuso e igualmente desagradável, dentro do espírito do programa, contudo, sobreviveu e continua no ar, no mesmo lugar de sempre: http://rockloco.blogspot.com. Não é recomendado às pessoas de bom senso.
Separe sua melhor roupa preta, encomende uma coroa de flores e se prepare, que o chororô vai durar a noite toda ao som de muito rock n roll. Do bom e do ruim, que a gente detesta coisas medianas.
FESTA R.I.P. ROCK LOCO.
28 DE JULHO, QUINTA-FEIRA.
A PARTIR DAS 22h.
NO MISS MODULAR.
INGRESSOS: R$5,00.
DISCOTECAGEM DOS DJs DO PROGRAMA.
TRAJE: LUTO.
Os viúvos e viúvas do programa receberão os pêsames no local.
VELÓRIO FESTIVO R.I.P. ROCK LOCO, A FESTA DOS MORTOS-VIVOS.
Como todo bom morto-vivo que se preza, o Programa Rock Loco (da Primavera FM 103.5), morto de forma absolutamente desagradável na semana passada após ter o seu tubo de suporte vital retirado (leia-se patrocínio), levantará da tumba durante a noite da próxima quinta-feira, 28 de julho, para se despedir dos amigos e comemorar suas realizações em vida: trocentos programas levados ao ar durante pouco mais de um ano e meio, uma dezena de disc-jockeys envolvidos, 3 festas de arromba (4 com essa póstuma), um milhão de cervejas, dez milhões de palavrões, arrotos e impropérios lançados ao espaço sideral e muito, mas muito rock n roll na veia e no juízo dos seus pobres ouvintes. Tudo sem vaselina.
O blog, com seu conteúdo confuso e igualmente desagradável, dentro do espírito do programa, contudo, sobreviveu e continua no ar, no mesmo lugar de sempre: http://rockloco.blogspot.com. Não é recomendado às pessoas de bom senso.
Separe sua melhor roupa preta, encomende uma coroa de flores e se prepare, que o chororô vai durar a noite toda ao som de muito rock n roll. Do bom e do ruim, que a gente detesta coisas medianas.
FESTA R.I.P. ROCK LOCO.
28 DE JULHO, QUINTA-FEIRA.
A PARTIR DAS 22h.
NO MISS MODULAR.
INGRESSOS: R$5,00.
DISCOTECAGEM DOS DJs DO PROGRAMA.
TRAJE: LUTO.
Os viúvos e viúvas do programa receberão os pêsames no local.
terça-feira, julho 19, 2005
JOVEM GUARDA- BEATLEMANIA BRAZUCA?
Tinha pedido a Paquito um artigo sobre a jovem guarda, já que Paquito mantem uma convicção forte que foram Roberto e Erasmo Carlos os grandes responsaveis pelo rock ter se disseminado no Brasil. Finalmente Paquito entregou a encomenda. Paquito alem de cantor e compositor tem se destacado como pesquisador musical com muita propriedade, e apesar do seu mpbismo e do meu rockismo temos mantido polemicas saudaveis sobre nossos pontos de vistas muitas vezes divergentes sobre musica, mas respeito a inteligencia com que Paquito aborda as questões e esta questão da jovem guarda ainda se mantem relevante, ainda mais no momento que o Rei parece estar afiado novamente, descolou a LucianaVendramini como enfermeira.
A JOVEM GUARDA
- por Paquito
A maturidade, se é que se pode chamar assim, do rock brasileiro não começou com a Blitz, como pensa Fernanda Abreu, mas sim com a Jovem Guarda. Antes da Jovem Guarda, o que havia de rock no Brasil se limitava a versões de sucessos norte americanos e italianos, com alguma rara exceção aqui ou ali. Roberto e Erasmo, a principal dupla de compositores do movimento, ao compor em português pérolas do pop, deram o salto qualitativo que faltava. Canções malandras como Os sete cabeludos, O negro gato(essa é de Getúlio Côrtes, mas foi gravada por Roberto, que, além de bom compositor, tinha um ótimo faro pra escolher músicas de outros) e Eu sou fâ do monoquíni, e canções românticas como Quero que vá tudo pro inferno, Por isso corro demais e Eu te darei o céu tem um quê de brasilidade, sem forçar a barra, o que, de resto, fez com que a população jovem do Brasil se identificasse com aquele tipo de música.
A outra lição dada por Roberto foi com relação ao canto. Nunca é demais lembrar a influência cristalina que o Rei teve de João Gilberto. É só ouvir Gosto do jeitinho dela e Ai que saudades da Amélia pra perceber mais claramente do que falo. Roberto, inclusive, começou imitando João no seu primeiro 78 rotações, João e Maria, mas, neste caso, soa como pastiche do ídolo. Quando Roberto adere ao rock (ou iê iê iê), já em Splish splash ( que é uma versão de Erasmo, muito superior ao original de Bobby Darin ) de 62, ele junta a leveza, coloquialidade e balanço de João à urgência típica do rock. O amálgama está formado mas o estouro só virá em 65 com Quero que vá tudo pro inferno, antecedida por O calhambeque, de 63. Sempre me refiro a Roberto e Erasmo porque eles são realmente o que permanece da Jovem Guarda. A gente pode pinçar uma ou outra canção ou interpretação de outro artista, mas o grosso do material bacana é mesmo dos dois, incluindo, é claro, canções que Roberto Carlos interpretou como Só vou gostar de quem gosta de mim, de Rossini Pinto. A partir do disco O inimitável,de 68, Roberto Carlos começa a assumir uma atitude mais madura, começa a namorar o soul, e fica mais eminentemente romântico, deixando, inclusive, de fazer o programa Jovem Guarda na televisão. O bastão do pop é passado, então pros tropicalistas, que vão superar aquela ingenuidade típica da Jovem Guarda. Mas aí já é outra história...
sexta-feira, julho 15, 2005
ELLIOTT SMITH > I KNOW IT'S ONLY ROCK TRISTE MAS EU ME AMARRO
E daí, vai encarar?
Eu devo ser o último mané da terra a descobrir Elliott Smith, provavelmente o mais brilhante bardo folk a sair da simpática e gélida Portland (a São José do Rio Preto brasileira, diria vocês sabem quem). Nascido Steven Paul Smith no simbólico ano de 1969, Elliott, como veio a se chamar depois, começou a causar burburinho ao redor do mundo quando foi indicado ao Oscar 97 de melhor canção original, prêmio abocanhado pela - absolutamente desagradável - cantora de budegas milionárias de Las Vegas Celine Dion: era o famigerado ano do Titanic. Contudo, sua canção Miss Misery (se algum dia eu abrir um bar coloco esse nome pra concorrer com o Miss Modular), do filme Gênio indomável de Gus Van Sant - em má fase, diga-se - chamou a atenção e a imprensa especializada e antenadinhos em geral começaram a reparar naquele rapaz de aparência frágil e meio feinho.
Bom, não vou ficar aqui contando uma história que se vocês ainda não conhecem (o que eu duvido), não sou eu que vou escrever a biografia do rapaz. Resumindo: depois de quatro amargurados, belos e tristonhos álbuns solo e um primeiro disco com a banda Heatmiser, o senhor Smith (que não é o Brad Pitt), decidiu dar um fim na própria vida e foi encontrado morto com uma faca enterrada no peito, no dia 21 de outubro de 2003. Na época, parece que ainda pairaram duvidas se se tratava de suicídio ou homicídio, mas parece que o lance foi mesmo a primeira alternativa.
Merda. Já vimos isso antes.
Bom, depois de muito ouvir falar de Elliott Smith, tive acesso a uma canção do rapaz em uma coletânea da revista Select, Ballad of big nothing. Completamente encantado com a melodia perfeita, aquele arrebatamento irresistível, aquela linda voz suave, aquela atmosfera sixties, aquilo tudo enfim, me rendi. OK, Elliott Smith se foi, e isso é uma puta perda. Que pena que só o conheci depois de morto. Que pena que ele está morto.
Ballad of big nothing, a música que me ganhou para sempre, é do disco either/or (1997), por enquanto o único que possuo de sua discografia. E é esse disco a verdadeira razão desse post. Já o tenho há alguns meses, e de lá para cá, adquiri diversos outros CDs, entre cópias CDR e originais comprados em ofertas (o bicho tá pegando e eu me recuso a pagar mais de R$30, R$35 num CD, é até ofensivo isso), mas o tal do either/or tava constantemente me chamando, com suas melodias doces e arranjos econômicos, precisos, sem ostentação, onde nada parece fora do lugar, nenhuma nota parece sobrar ou faltar.
Irretocáveis, suas 12 faixas deslizam bonito pelos ouvidos, uma após a outra. Seu efeito paralisante simplesmente veta qualquer movimento de mãos irrequietas - como as minhas, por exemplo - de tocar na tecla FF e pular para a próxima música. E eu nem sei direito o que dizem suas letras, apesar do meu vaaaaaaaasto conhecimento da língua de Shakespeare. Não dá para entender tudo de ouvido, já que minha cópia não tem encarte. Só escrevo aqui sobre o que ouvi saindo das caixas de som.
Uma outra característica fortíssima de Smith é a precisão de suas composições. Ao longo do disco você nunca tem a impressão - comum em muitos CDs de bandas indie - de estar ouvindo a mesma faixa o disco inteiro. Não, as canções apresentam melodias absolutamente distintas entre si, suas características são únicas e separam umas das outras de modo a não deixar dúvidas. Este é um disco de faixas distintas e portanto, mais coeso em seu conjunto que muito disco que parece ter uma faixa só.
As referências, para quem precisa delas, são óbvias: Beatles, Beach Boys, CSN&Y, seguidores e aprochegados. Só que o talento de Smith era tal que as influências são realmente apenas influências, pontos de partida para se chegar em novos patamares de beleza angustiada e tristeza expressa de forma sublime. Ouça a já citada Ballad of big nothing e me diga se estou errado. Acho que essa é o tipo de música que é tão boa ficaria bonita de qualquer jeito, em qualquer arranjo, com qualquer pobre mortal cantando. Acho que até Frankito Lopes, o índio apaixonado, faria bonito com ela. Ou então a quinta faixa, Pictures of me, com seu andamento marcial em crescendo sugerindo um batalhão de rockers tristes em marcha contra o sucateamento da sensibilidade e da sutileza nesse mundo tão cruel. (Que inferno. Deve ser flashback de bad trip. Finjam que não é com vocês e saiam de fininho.)
Bom. O site e a história do cara tão nos links lá em cima. Vão lá e leiam. O disco vcs encontram por aí e no link do All Music, também lá em cima. Mas deve ter para baixar em algum canto úmido e escuro por aí. A internet é muito grande, deve estar em algum lugar, é só procurar. Vão lá e ouçam. Eu tô muito ocupado agora procurando os outros.
PS: A despeito do título engraçadinho lá em cima (I know its only rock triste bla blá blá), quero deixar clara minha posição de repúdio a esse rótulo ridículo e redutor. Existe rock. Alguns são bons, outros não. Aí vai da cabeça de cada um.
RAMONESMANIA - Essa não morre nunca. Agora em agosto sai uma boxed set com 85 músicas em três CDs, um DVD (The Lifestyles of The Ramones) e, coroando a caixinha, uma graphic novel apresentando obras de 25 artistas da hq underground americana, inspiradas no grupo e homenageando os famosos comics de horror da editora EC Comics publicados nos anos 50 e 60, nos quais eles deviam se amarrar. Entre os desenhistas, destaque para nomes de peso como Sergio Aragonés (Mad), Jaime Hernandez (Love and Rockets), Bill Griffiths (Zippy the Pinhead) e John Holmstrom (desenhista da contra-capa de Rocket to Rússia e da capa de Road to Ruin, ambos CDs do grupo). Vejam aqui essa notícia e algumas dessas ilustrações, bem bacanas.
CLUBE DOS CINCO COROAS - O melhor filme de adolescentes dos anos 80, já exaustivamente comentado neste blog por mim mesmo, está mais perto de uma continuação. Depois do burburinho que a homenagem ao Clube dos Cinco no último MTV Movie Awards andou causando, Emilio Estevez - que não foi lá ser homenageado - disse ao site Contact Music que aceitaria participar de uma continuação-reencontro, coisa que o diretor John Hughes já andou sondando entre os executivos de Hollywood se é viável. Será? Se rolasse uma continuação do Clube dos Cinco, seria plenamente viável uma continuação de Curtindo a vida adoidado, que aliás, fez muito mais sucesso de bilheteria na época que o cultuado Breakfast Club. Eu quero é mais. Ah. A notícia tá aonde, mesmo?
EU NÃO SEI NADA! EU NÃO SEI NADA! EU NÃO SEI NADA! - Quem não se lembra daquele filme idiota de sessão da tarde, Curso de verão, quando o maior vagal da turma, depois de estudar o verão (no Havaí, imagine) inteirinho, tem um pesadelo e acorda gritando EU NÃO SEI NADA! em pânico total? Essa frase acabou virando uma piada na época entre os jovens em véspera de prova. Eu mesmo, que entrava em recuperação religiosamente todos os anos - para desespero do pessoal lá em casa - me identificava totalmente com aquele bando de desajustados vagais. Pois é. Diz que vão fazer um remake desse filme. Minha pergunta é: pra quê? Será que um só já não foi bom o bastante? Clube dos Cinco e Curtindo a vida adoidado tudo bem, são clássicos, mas esse filminho....
A VOLTA DO ESPÍRITO - No final do ano sai pela DC Comics um crossover apresentando uma aventura do Batman e Spirit combatendo o crime em uma inusitada parceria. Mas não pára por aí. No início de 2006, o artista e escritor Darwin Cooke lança uma nova série mensal do personagem, apresentando uma aventura fechada por edição. Diz que tudo isso já estava acertado - e aprovado - por Will Eisner antes de seu falecimento no início desse ano. Essa notícia tá aqui.
E O ROCK CONTINUA LOCO, OBRIGADO.
Eu devo ser o último mané da terra a descobrir Elliott Smith, provavelmente o mais brilhante bardo folk a sair da simpática e gélida Portland (a São José do Rio Preto brasileira, diria vocês sabem quem). Nascido Steven Paul Smith no simbólico ano de 1969, Elliott, como veio a se chamar depois, começou a causar burburinho ao redor do mundo quando foi indicado ao Oscar 97 de melhor canção original, prêmio abocanhado pela - absolutamente desagradável - cantora de budegas milionárias de Las Vegas Celine Dion: era o famigerado ano do Titanic. Contudo, sua canção Miss Misery (se algum dia eu abrir um bar coloco esse nome pra concorrer com o Miss Modular), do filme Gênio indomável de Gus Van Sant - em má fase, diga-se - chamou a atenção e a imprensa especializada e antenadinhos em geral começaram a reparar naquele rapaz de aparência frágil e meio feinho.
Bom, não vou ficar aqui contando uma história que se vocês ainda não conhecem (o que eu duvido), não sou eu que vou escrever a biografia do rapaz. Resumindo: depois de quatro amargurados, belos e tristonhos álbuns solo e um primeiro disco com a banda Heatmiser, o senhor Smith (que não é o Brad Pitt), decidiu dar um fim na própria vida e foi encontrado morto com uma faca enterrada no peito, no dia 21 de outubro de 2003. Na época, parece que ainda pairaram duvidas se se tratava de suicídio ou homicídio, mas parece que o lance foi mesmo a primeira alternativa.
Merda. Já vimos isso antes.
Bom, depois de muito ouvir falar de Elliott Smith, tive acesso a uma canção do rapaz em uma coletânea da revista Select, Ballad of big nothing. Completamente encantado com a melodia perfeita, aquele arrebatamento irresistível, aquela linda voz suave, aquela atmosfera sixties, aquilo tudo enfim, me rendi. OK, Elliott Smith se foi, e isso é uma puta perda. Que pena que só o conheci depois de morto. Que pena que ele está morto.
Ballad of big nothing, a música que me ganhou para sempre, é do disco either/or (1997), por enquanto o único que possuo de sua discografia. E é esse disco a verdadeira razão desse post. Já o tenho há alguns meses, e de lá para cá, adquiri diversos outros CDs, entre cópias CDR e originais comprados em ofertas (o bicho tá pegando e eu me recuso a pagar mais de R$30, R$35 num CD, é até ofensivo isso), mas o tal do either/or tava constantemente me chamando, com suas melodias doces e arranjos econômicos, precisos, sem ostentação, onde nada parece fora do lugar, nenhuma nota parece sobrar ou faltar.
Irretocáveis, suas 12 faixas deslizam bonito pelos ouvidos, uma após a outra. Seu efeito paralisante simplesmente veta qualquer movimento de mãos irrequietas - como as minhas, por exemplo - de tocar na tecla FF e pular para a próxima música. E eu nem sei direito o que dizem suas letras, apesar do meu vaaaaaaaasto conhecimento da língua de Shakespeare. Não dá para entender tudo de ouvido, já que minha cópia não tem encarte. Só escrevo aqui sobre o que ouvi saindo das caixas de som.
Uma outra característica fortíssima de Smith é a precisão de suas composições. Ao longo do disco você nunca tem a impressão - comum em muitos CDs de bandas indie - de estar ouvindo a mesma faixa o disco inteiro. Não, as canções apresentam melodias absolutamente distintas entre si, suas características são únicas e separam umas das outras de modo a não deixar dúvidas. Este é um disco de faixas distintas e portanto, mais coeso em seu conjunto que muito disco que parece ter uma faixa só.
As referências, para quem precisa delas, são óbvias: Beatles, Beach Boys, CSN&Y, seguidores e aprochegados. Só que o talento de Smith era tal que as influências são realmente apenas influências, pontos de partida para se chegar em novos patamares de beleza angustiada e tristeza expressa de forma sublime. Ouça a já citada Ballad of big nothing e me diga se estou errado. Acho que essa é o tipo de música que é tão boa ficaria bonita de qualquer jeito, em qualquer arranjo, com qualquer pobre mortal cantando. Acho que até Frankito Lopes, o índio apaixonado, faria bonito com ela. Ou então a quinta faixa, Pictures of me, com seu andamento marcial em crescendo sugerindo um batalhão de rockers tristes em marcha contra o sucateamento da sensibilidade e da sutileza nesse mundo tão cruel. (Que inferno. Deve ser flashback de bad trip. Finjam que não é com vocês e saiam de fininho.)
Bom. O site e a história do cara tão nos links lá em cima. Vão lá e leiam. O disco vcs encontram por aí e no link do All Music, também lá em cima. Mas deve ter para baixar em algum canto úmido e escuro por aí. A internet é muito grande, deve estar em algum lugar, é só procurar. Vão lá e ouçam. Eu tô muito ocupado agora procurando os outros.
PS: A despeito do título engraçadinho lá em cima (I know its only rock triste bla blá blá), quero deixar clara minha posição de repúdio a esse rótulo ridículo e redutor. Existe rock. Alguns são bons, outros não. Aí vai da cabeça de cada um.
RAMONESMANIA - Essa não morre nunca. Agora em agosto sai uma boxed set com 85 músicas em três CDs, um DVD (The Lifestyles of The Ramones) e, coroando a caixinha, uma graphic novel apresentando obras de 25 artistas da hq underground americana, inspiradas no grupo e homenageando os famosos comics de horror da editora EC Comics publicados nos anos 50 e 60, nos quais eles deviam se amarrar. Entre os desenhistas, destaque para nomes de peso como Sergio Aragonés (Mad), Jaime Hernandez (Love and Rockets), Bill Griffiths (Zippy the Pinhead) e John Holmstrom (desenhista da contra-capa de Rocket to Rússia e da capa de Road to Ruin, ambos CDs do grupo). Vejam aqui essa notícia e algumas dessas ilustrações, bem bacanas.
CLUBE DOS CINCO COROAS - O melhor filme de adolescentes dos anos 80, já exaustivamente comentado neste blog por mim mesmo, está mais perto de uma continuação. Depois do burburinho que a homenagem ao Clube dos Cinco no último MTV Movie Awards andou causando, Emilio Estevez - que não foi lá ser homenageado - disse ao site Contact Music que aceitaria participar de uma continuação-reencontro, coisa que o diretor John Hughes já andou sondando entre os executivos de Hollywood se é viável. Será? Se rolasse uma continuação do Clube dos Cinco, seria plenamente viável uma continuação de Curtindo a vida adoidado, que aliás, fez muito mais sucesso de bilheteria na época que o cultuado Breakfast Club. Eu quero é mais. Ah. A notícia tá aonde, mesmo?
EU NÃO SEI NADA! EU NÃO SEI NADA! EU NÃO SEI NADA! - Quem não se lembra daquele filme idiota de sessão da tarde, Curso de verão, quando o maior vagal da turma, depois de estudar o verão (no Havaí, imagine) inteirinho, tem um pesadelo e acorda gritando EU NÃO SEI NADA! em pânico total? Essa frase acabou virando uma piada na época entre os jovens em véspera de prova. Eu mesmo, que entrava em recuperação religiosamente todos os anos - para desespero do pessoal lá em casa - me identificava totalmente com aquele bando de desajustados vagais. Pois é. Diz que vão fazer um remake desse filme. Minha pergunta é: pra quê? Será que um só já não foi bom o bastante? Clube dos Cinco e Curtindo a vida adoidado tudo bem, são clássicos, mas esse filminho....
A VOLTA DO ESPÍRITO - No final do ano sai pela DC Comics um crossover apresentando uma aventura do Batman e Spirit combatendo o crime em uma inusitada parceria. Mas não pára por aí. No início de 2006, o artista e escritor Darwin Cooke lança uma nova série mensal do personagem, apresentando uma aventura fechada por edição. Diz que tudo isso já estava acertado - e aprovado - por Will Eisner antes de seu falecimento no início desse ano. Essa notícia tá aqui.
E O ROCK CONTINUA LOCO, OBRIGADO.
terça-feira, julho 12, 2005
R.I.P. PROGRAMA ROCK LOCO 2004-2005
Tudo o que é bom um dia na vida acaba, e com o Rock Loco não poderia ser diferente. Atropelado pelo escândalo da Schincariol, nosso único patrocinador, o programa Rock Loco na Rádio Primavera FM 103.5 sai do ar após trocentos programas, uma dezena de disc-jockeys, 3 festas, um milhão de cervejas, dez milhões de palavrões e impropérios lançados ao espaço sideral e muito, mas muito rock n roll na veia e no juízo dos nossos pobres ouvintes.
Não, não se entristeçam, caros amigos rockers. Até que durou demais. Foi maravilhoso, e cada segundo fazendo o Rock Loco com vocês e pra vocês valeu muito a pena, acreditem. E no que depender de mim, o blog vai continuar aqui, firme e forte. E tenho certeza que Brama e Sora também pensam assim, né, galera?
Galera?
Só ficou faltando a festa de despedida, a qual eu não deverei comparecer, dado o meu drive anti social das últimas semanas. Mas sugiro chamar-se RIP ROCK LOCO, e todo mundo tem que ir de preto. A gente pode fazer um altarzinho para depositar flores e outras oferendas. E rápido, antes que o Miss Modular acabe também (do jeito que as coisas vão, não duvido mais de nada...).
Agradecimentos (atualizados dos agradecimentos do fim do ano passado): primeiramente, ao fundador dessa bagaça senhor Mário Jorge, Osvaldo Bramz, Sora Maia, Yara Vasku, Luciano El Cabong Matos, Tiago Fernandes, Rogério Big Brother, Roney Jorge, Don Jorge, Cebola e Greyce Schneider (fundadora deste blog).
Obrigado à toda galera da Rádio Primavera FM 103.5 > Márcio, Egberto, Capitão Adenílton Cerqueira, às comunidades do Alto de Ondina, Alto da Santa Cruz e Vale das Pedrinhas, que receberam o Rock Loco de braços abertos e nos proporcionaram momentos inesquecíveis ao microfone da rádio.
Obrigado à toda a galera ouvinte (de todos os bairros e comunidades) que ouviam, opinavam, reclamavam, gritavam, declamavam poesia, tomavam cachaça, arrotavam, peidavam, coçavam o saco, deixavam o volume da TV baixo, pediam música, riam e choravam com a gente em todos os programas.
Obrigado à todas as pessoas e bandas que foram ao programa falar besteira e tomar umas cervas com a gente: Cascadura, Forgotten Boys, Vamoz!, Lou, Honkers, João Carlos Sampaio, André Setaro, Marcos Pierry, Peu Sousa, Emerson Borel, Marco Butcher, Theatro de Seraphin, Tequillers, Leão da Drearylands, Márcio (B.A.) Martinez, Neyse Cunha, Marcos Bola e Cléo, Dino Ribeiro, Saraucione, Batata, Pedro Bó, Apú, Cake, Seco, Ricardo Cury, Barbapapa e todos os outros que foram e, ou eu nem soube, ou não me lembro no momento.
Todos vocês, seus fdps do caralho, moram no meu coração.
Putz, que ressaca.
PS: Brama e Sora, eu sei que tinha ficado de só postar algo aqui no fim da semana, mas...
Não, não se entristeçam, caros amigos rockers. Até que durou demais. Foi maravilhoso, e cada segundo fazendo o Rock Loco com vocês e pra vocês valeu muito a pena, acreditem. E no que depender de mim, o blog vai continuar aqui, firme e forte. E tenho certeza que Brama e Sora também pensam assim, né, galera?
Galera?
Só ficou faltando a festa de despedida, a qual eu não deverei comparecer, dado o meu drive anti social das últimas semanas. Mas sugiro chamar-se RIP ROCK LOCO, e todo mundo tem que ir de preto. A gente pode fazer um altarzinho para depositar flores e outras oferendas. E rápido, antes que o Miss Modular acabe também (do jeito que as coisas vão, não duvido mais de nada...).
Agradecimentos (atualizados dos agradecimentos do fim do ano passado): primeiramente, ao fundador dessa bagaça senhor Mário Jorge, Osvaldo Bramz, Sora Maia, Yara Vasku, Luciano El Cabong Matos, Tiago Fernandes, Rogério Big Brother, Roney Jorge, Don Jorge, Cebola e Greyce Schneider (fundadora deste blog).
Obrigado à toda galera da Rádio Primavera FM 103.5 > Márcio, Egberto, Capitão Adenílton Cerqueira, às comunidades do Alto de Ondina, Alto da Santa Cruz e Vale das Pedrinhas, que receberam o Rock Loco de braços abertos e nos proporcionaram momentos inesquecíveis ao microfone da rádio.
Obrigado à toda a galera ouvinte (de todos os bairros e comunidades) que ouviam, opinavam, reclamavam, gritavam, declamavam poesia, tomavam cachaça, arrotavam, peidavam, coçavam o saco, deixavam o volume da TV baixo, pediam música, riam e choravam com a gente em todos os programas.
Obrigado à todas as pessoas e bandas que foram ao programa falar besteira e tomar umas cervas com a gente: Cascadura, Forgotten Boys, Vamoz!, Lou, Honkers, João Carlos Sampaio, André Setaro, Marcos Pierry, Peu Sousa, Emerson Borel, Marco Butcher, Theatro de Seraphin, Tequillers, Leão da Drearylands, Márcio (B.A.) Martinez, Neyse Cunha, Marcos Bola e Cléo, Dino Ribeiro, Saraucione, Batata, Pedro Bó, Apú, Cake, Seco, Ricardo Cury, Barbapapa e todos os outros que foram e, ou eu nem soube, ou não me lembro no momento.
Todos vocês, seus fdps do caralho, moram no meu coração.
Putz, que ressaca.
PS: Brama e Sora, eu sei que tinha ficado de só postar algo aqui no fim da semana, mas...
segunda-feira, julho 11, 2005
RUST NEVER SLEEPS
Um bom tempo sem postar, tirando o Live8 e a lista dos melhores no Clash nada andou me animando muito esses tempos.Tentando tirar um pouco a carga do super-heroi Franchico lá vão algumas coisas que achei dignas de nota:
-Neil Young parece estar plenamente recuperado do aneurisma cerebral do qual foi vitima.O velho Young ( sorry, não resisti) está em Nashville com Spooner Oldham, Ben Keith e outrros da epoca do Harvest Moon.Uma faixa da sessão parece já ter vazado, When God Made Me, tem um link no Trabalho Sujo do Matias que acessa a faixa. Tem comentarios sobre o disco tambem no site do musico Wayne Jackson que participou das sessões, no www.sweetmedicinemusic.com. Young sempre foi um dos meus artistas contemporaneos favoritos, autor de um porrilhão de obras-primas( na lista do Clash só deu pra botar um, mas já me arrependi da disto): Zuma, Harvest, Rust Never Sleeps, Everybody Kows This is Nowhere, Harvest Moon, Mirror Ball, On The Beach, Tonight is The Night, Freedom, Ragged Glory, Silver and Gold, On The Beach, Weld. É melhor botar pra fuder que sumir aos poucos.
-Falar nisso, quem gosta de Young e Crazy Horse, corra pra net e baixe uma banda chamada Magnolia Electric Co., liderada por Jason Molina, ex- Songs:Ohia. Fascinado pela sonoridade do Crazy Horse, Molina é quase uma copia, mas sua devoção passa sinceridade, o que livra sua cara.
-Quem disse que os 80 estão indo embora? A Rhino Records acaba de lançar um disco tributo a bandas eminentes dos 80, Future Retro, mixado por gente da eletronica e/ou bizarros associados.Algumas faixas: Private Idaho dos B52´s mixado pelo Scissor Sisters, Bizarre Love Triangle do New Order pelo Crystal Method e Suedehead de Morrisey remixado pelo Sparks!!?? Os irmãos Mael realmente se superam, e são donos de uma discografia no minimo curiosa.
-Essa não é muito minha praia, mas achei curioso, a lenda country Willie Nelson vai lançar um disco de reggae, com musicas de Jimmy Cliff e Johnny Cash, alem de canções suas. O reggaeman Toots Hibbert, dos Maytals, participa do disco. Parece não ter nada a ver, mas pensando bem Nelson é dos maconheiros mais antigos ainda na ativa, e aí a irmandade da ganja elegeu o reggae a seculos como trilha sonora. Play that reggae music man.
-Neil Young parece estar plenamente recuperado do aneurisma cerebral do qual foi vitima.O velho Young ( sorry, não resisti) está em Nashville com Spooner Oldham, Ben Keith e outrros da epoca do Harvest Moon.Uma faixa da sessão parece já ter vazado, When God Made Me, tem um link no Trabalho Sujo do Matias que acessa a faixa. Tem comentarios sobre o disco tambem no site do musico Wayne Jackson que participou das sessões, no www.sweetmedicinemusic.com. Young sempre foi um dos meus artistas contemporaneos favoritos, autor de um porrilhão de obras-primas( na lista do Clash só deu pra botar um, mas já me arrependi da disto): Zuma, Harvest, Rust Never Sleeps, Everybody Kows This is Nowhere, Harvest Moon, Mirror Ball, On The Beach, Tonight is The Night, Freedom, Ragged Glory, Silver and Gold, On The Beach, Weld. É melhor botar pra fuder que sumir aos poucos.
-Falar nisso, quem gosta de Young e Crazy Horse, corra pra net e baixe uma banda chamada Magnolia Electric Co., liderada por Jason Molina, ex- Songs:Ohia. Fascinado pela sonoridade do Crazy Horse, Molina é quase uma copia, mas sua devoção passa sinceridade, o que livra sua cara.
-Quem disse que os 80 estão indo embora? A Rhino Records acaba de lançar um disco tributo a bandas eminentes dos 80, Future Retro, mixado por gente da eletronica e/ou bizarros associados.Algumas faixas: Private Idaho dos B52´s mixado pelo Scissor Sisters, Bizarre Love Triangle do New Order pelo Crystal Method e Suedehead de Morrisey remixado pelo Sparks!!?? Os irmãos Mael realmente se superam, e são donos de uma discografia no minimo curiosa.
-Essa não é muito minha praia, mas achei curioso, a lenda country Willie Nelson vai lançar um disco de reggae, com musicas de Jimmy Cliff e Johnny Cash, alem de canções suas. O reggaeman Toots Hibbert, dos Maytals, participa do disco. Parece não ter nada a ver, mas pensando bem Nelson é dos maconheiros mais antigos ainda na ativa, e aí a irmandade da ganja elegeu o reggae a seculos como trilha sonora. Play that reggae music man.
quarta-feira, julho 06, 2005
Queen: Mais popular que Jesus Cristo?
Deu aqui, na Folha, que na nova edição do livro Guinness dos Recordes, o Queen de Fred Mercury e Brian May seria mais popular que os Beatles, por terem mais semanas consecutivas nas paradas britânicas (1.322) que o grupo de Liverpool (1.293). Bom, se os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo e o Queen é mais popular que o Beatles, seria então o Queen mais popular que o Nazareno? Cartas para a redação! I mean, para os comments aí embaixo.
Quarteto Funtástico - Vi ontem, numa sessão organizada por uma empresa de telefonia celular para os clientes. Quer saber? Puta sessãozona da tarde. Nada demais, só um filme bobinho e bem divertido. Nada é muito aprofundado - até por que estamos falando de um filme de super-heróis, não do Bergman - mas os atores são legais. Canastrões, mas simpáticos. Outra coisa legal é que ele é bem Nova Iorque. Muitas cenas aéreas entre os arranha-céus, de rua, na ponte do Brooklyn. Puta produção, muita explosão, luz, cor. Batman Begins (se vc ainda não viu) é muito mais filme, claro. Mas tá todo mundo lá: Reed (perfeito), Ben (ótimo, ótimo), Sue (a apetitosíssima Jéssica Alba), Johnny (um playboyzão mala e engraçado), Victor Von Doom (o menos fiel na transposição do gibi), Alicia Masters (aqui, uma negra cega) e Stan Lee (como o carteiro Willie Lumpkin, personagem tradicional do gibi). Tomara que tragam Galactus e o Surfista Prateado no segundo filme. Tá na hora do pau. Ah: conheça aqui no Omelete o primeiro filme do Quarteto, dirigido em 1994 por Roger Corman e engavetado pelo estúdio na época por ser simplesmente muuuuuuuuito ruim.
Richard Clayderman do metal grava tributo ao Iron Maiden - Não falta mais nada, mesmo. Um maluco aí resolveu gravar um tributo ao Iron tocando seus principais hits no piano. Diz o tal do Scott Lavender que ele tomou as linhas de baixo do Steve Harris para guiar seu trabalho. Pobre Eddie.
Quarteto Funtástico - Vi ontem, numa sessão organizada por uma empresa de telefonia celular para os clientes. Quer saber? Puta sessãozona da tarde. Nada demais, só um filme bobinho e bem divertido. Nada é muito aprofundado - até por que estamos falando de um filme de super-heróis, não do Bergman - mas os atores são legais. Canastrões, mas simpáticos. Outra coisa legal é que ele é bem Nova Iorque. Muitas cenas aéreas entre os arranha-céus, de rua, na ponte do Brooklyn. Puta produção, muita explosão, luz, cor. Batman Begins (se vc ainda não viu) é muito mais filme, claro. Mas tá todo mundo lá: Reed (perfeito), Ben (ótimo, ótimo), Sue (a apetitosíssima Jéssica Alba), Johnny (um playboyzão mala e engraçado), Victor Von Doom (o menos fiel na transposição do gibi), Alicia Masters (aqui, uma negra cega) e Stan Lee (como o carteiro Willie Lumpkin, personagem tradicional do gibi). Tomara que tragam Galactus e o Surfista Prateado no segundo filme. Tá na hora do pau. Ah: conheça aqui no Omelete o primeiro filme do Quarteto, dirigido em 1994 por Roger Corman e engavetado pelo estúdio na época por ser simplesmente muuuuuuuuito ruim.
Richard Clayderman do metal grava tributo ao Iron Maiden - Não falta mais nada, mesmo. Um maluco aí resolveu gravar um tributo ao Iron tocando seus principais hits no piano. Diz o tal do Scott Lavender que ele tomou as linhas de baixo do Steve Harris para guiar seu trabalho. Pobre Eddie.
segunda-feira, julho 04, 2005
LIVE 8 > SABADÃO ROCK NA TV
Anotações aleatórias tomadas ao longo do dia.
11:07 > Elton John quebra tudo. Depois de debulhar The bitch is back, põe a casa abaixo com Saturday night is alright for fighting, ambos clássicos rocks em uma carreira marcada pelo estilo baladeiro mela cueca - com grandes resultados, diga-se, até o início da década de 80. Daí em diante foi ladeira abaixo, como é largamente sabido.
11:12 > Surprise, surprise, Pete Doherty,o garoto problema do rock inglês sobe ao palco para cantar com titia Elton Children of the revolution, clássico do T.Rex. Bacana. O rapaz parece um pouco perdido, mas valeu.
11:59 > Meu saco está prestes a estourar. Zucchero, um coroa brau que diz que é astro do rock italiano, por outro lado, parece bem compenetrado enquanto canta uma balada mela cueca fazendo cara de galã de padaria.
12:20 > Depois de uma apresentação bastante correta, o Green Day assassina We are the champions do Queen em Berlin.
17:06 > Celine Dion e seu show aplaudidíssimo por público e crítica - de Las Vegas - animam selvagemente a platéia - conterrânea - canadense. Basicamente, o povo se limita a bater palmas como se tivesse aplicado uma injeção de THC no crânio, tamanha a animação. E pensar que um pouquinho antes teve Joss Stone - de vestidinho salmão - levantando a platéia - e o meu pênis também. Tô brincando, a patroa tava assistindo comigo. (Meu senso de humor, aliás, anda cada dia mais grosso - e o meu p... Esqueça, esqueça).
17:12 > Pet Shop Boys em Moscou. Eu não gosto nem de bicha nova, quanto mais de véia.
17:18 > Scissor Sisters. Bacana, eu gosto, e povo parece gostar bastante também, principalmente com o hit Take your mama, uma das músicas mais alto astral dos últimos anos, fácil. Aliás, no show do Scissor Sisters sobra animação, tanto quanto sobram pelanquinhas na carismática backing vocal gordinha. Legal, gente de verdade no show biz, com pele sobrando dos lados. Gente que faz cocô e sua debaixo do braço.
17:20 > Linkin Park & Jay-Z. Nããão, obrigado.
17:47 > Velvet Revolver em Londres. Em boa forma, Slash & cia, todos macacos velhos, fazem um hard rock com um certo padrão de qualidade, pena eu não ter mais 17 anos. O vocalista Scott Weiland, uma espécie de Ney Matogrosso dos gringos, dada a forma desabrida com que rebola no palco, contudo, não parece muito bem hoje. Magro demais, devem ser a maconha que ele cheira e a cocaína que ele fuma. No final, Weiland pega um megafone e faz soar uma sirene de polícia no microfone. Boa merda, aquele rapaz do Psirico já faz isso por aqui faz tempo.
18:02 > Bryan Ferry e o Roxy Music botam para ver tálba lascar com sua famosa e maravilhosa versão para Jealous Guy, de John Lennon. Lindo.
18:08 > Sting ataca de Message in a bottle. Porra, eu gosto de Police e a porra, mas I Ching já foi, né.
A partir daqui eu dei uma saída. Quando voltei, ainda vi The Who, que achei meio mais ou menos, o Pink Floyd reunido, que foi muito bacana (Roger Waters parecia realmente emocionado por estar ali, enquanto David Gilmour parecia cansado e sem voz), Stevie Wonder, que também foi bala e Paul McCartney, que foi lindo e apresentou um baterista que roubou o show com seu visual à João Gordo e uma mão pesada pra caralho, que fez a diferença em Helter Skelter, alucinante.
Outras apresentações que vi durante a tarde e merecem menção foram o Muse, que detonou bonito o hit Hysteria, ainda que a guitarra do doidão parecesse meio baixa, o Snow Patrol, que eu não conhecia e achei... legal e o The Killers, que não tocou Somebody told me nem nenhuma das outras músicas que eu gosto, mas foi bom, mesmo assim. Teve também Bjork, que fez o seu showzinho ridículo de sempre. De dar sono.
Hummm, que mais...
Na Filadélfia parecia que só tinham chamado artistas de hip hop, então deve ter sido o pior palco, de longe. Teve uma hora que Snoop Dogg tava com umas 15 vadias de minissaia rebolando no palco. Se tirasse o som hip hop e colocasse um pagode ou um forró vagabundo desses, dava na mesma. Hip hop hoje é a axé music dos gringos. Triste.
Eu vi Léo Madeira e Penélope anunciarem que ia ter Neil Young, mas deve ter sido em algum horário que eu num tava assistindo. Damn.
E foi.
11:07 > Elton John quebra tudo. Depois de debulhar The bitch is back, põe a casa abaixo com Saturday night is alright for fighting, ambos clássicos rocks em uma carreira marcada pelo estilo baladeiro mela cueca - com grandes resultados, diga-se, até o início da década de 80. Daí em diante foi ladeira abaixo, como é largamente sabido.
11:12 > Surprise, surprise, Pete Doherty,o garoto problema do rock inglês sobe ao palco para cantar com titia Elton Children of the revolution, clássico do T.Rex. Bacana. O rapaz parece um pouco perdido, mas valeu.
11:59 > Meu saco está prestes a estourar. Zucchero, um coroa brau que diz que é astro do rock italiano, por outro lado, parece bem compenetrado enquanto canta uma balada mela cueca fazendo cara de galã de padaria.
12:20 > Depois de uma apresentação bastante correta, o Green Day assassina We are the champions do Queen em Berlin.
17:06 > Celine Dion e seu show aplaudidíssimo por público e crítica - de Las Vegas - animam selvagemente a platéia - conterrânea - canadense. Basicamente, o povo se limita a bater palmas como se tivesse aplicado uma injeção de THC no crânio, tamanha a animação. E pensar que um pouquinho antes teve Joss Stone - de vestidinho salmão - levantando a platéia - e o meu pênis também. Tô brincando, a patroa tava assistindo comigo. (Meu senso de humor, aliás, anda cada dia mais grosso - e o meu p... Esqueça, esqueça).
17:12 > Pet Shop Boys em Moscou. Eu não gosto nem de bicha nova, quanto mais de véia.
17:18 > Scissor Sisters. Bacana, eu gosto, e povo parece gostar bastante também, principalmente com o hit Take your mama, uma das músicas mais alto astral dos últimos anos, fácil. Aliás, no show do Scissor Sisters sobra animação, tanto quanto sobram pelanquinhas na carismática backing vocal gordinha. Legal, gente de verdade no show biz, com pele sobrando dos lados. Gente que faz cocô e sua debaixo do braço.
17:20 > Linkin Park & Jay-Z. Nããão, obrigado.
17:47 > Velvet Revolver em Londres. Em boa forma, Slash & cia, todos macacos velhos, fazem um hard rock com um certo padrão de qualidade, pena eu não ter mais 17 anos. O vocalista Scott Weiland, uma espécie de Ney Matogrosso dos gringos, dada a forma desabrida com que rebola no palco, contudo, não parece muito bem hoje. Magro demais, devem ser a maconha que ele cheira e a cocaína que ele fuma. No final, Weiland pega um megafone e faz soar uma sirene de polícia no microfone. Boa merda, aquele rapaz do Psirico já faz isso por aqui faz tempo.
18:02 > Bryan Ferry e o Roxy Music botam para ver tálba lascar com sua famosa e maravilhosa versão para Jealous Guy, de John Lennon. Lindo.
18:08 > Sting ataca de Message in a bottle. Porra, eu gosto de Police e a porra, mas I Ching já foi, né.
A partir daqui eu dei uma saída. Quando voltei, ainda vi The Who, que achei meio mais ou menos, o Pink Floyd reunido, que foi muito bacana (Roger Waters parecia realmente emocionado por estar ali, enquanto David Gilmour parecia cansado e sem voz), Stevie Wonder, que também foi bala e Paul McCartney, que foi lindo e apresentou um baterista que roubou o show com seu visual à João Gordo e uma mão pesada pra caralho, que fez a diferença em Helter Skelter, alucinante.
Outras apresentações que vi durante a tarde e merecem menção foram o Muse, que detonou bonito o hit Hysteria, ainda que a guitarra do doidão parecesse meio baixa, o Snow Patrol, que eu não conhecia e achei... legal e o The Killers, que não tocou Somebody told me nem nenhuma das outras músicas que eu gosto, mas foi bom, mesmo assim. Teve também Bjork, que fez o seu showzinho ridículo de sempre. De dar sono.
Hummm, que mais...
Na Filadélfia parecia que só tinham chamado artistas de hip hop, então deve ter sido o pior palco, de longe. Teve uma hora que Snoop Dogg tava com umas 15 vadias de minissaia rebolando no palco. Se tirasse o som hip hop e colocasse um pagode ou um forró vagabundo desses, dava na mesma. Hip hop hoje é a axé music dos gringos. Triste.
Eu vi Léo Madeira e Penélope anunciarem que ia ter Neil Young, mas deve ter sido em algum horário que eu num tava assistindo. Damn.
E foi.
sexta-feira, julho 01, 2005
TV EYE: ROCK NA TV O DIA TODO ESSE SÁBADO
Ponha as celvejas na friza, o milho pra pipocar no micro e chame a rapaziada, por que esse sábado só vai dar rock n? roll na TV durante o dia. A partir das 9 da manhã, a MTV transmite ao vivo a maratona Live Eight até as 10 da noite, se não me engano. No programa, Paul McCartney, o Pink Floyd reunido (razão mais do que suficiente para grudar na TV o dia inteiro) e mais uma pá de bandas e artistas (que não lembro agora) em num sei quantos shows ao redor do mundo. Evento gigante, para acompanhar com toda a atenção. Depois comentamos mais detidamente os melhores, os piores e os mais engraçados momentos.
E às 19 horas, vale mudar de canal rapidamente para a TVE e dar uma conferida na estréia do programa Distorção: O Novo Rock Baiano, com a banda Lou, da sempre simpática Andréa Gabriel e sua galera. O programa, uma iniciativa mais do que nobre da nossa aguerrida (e eu não estou sendo cínico, por favor) TVE, inicia uma série de cinco, a saber:
2 de julho: Lou.
9 de julho: Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta.
16 de julho: Soma.
23 de julho: Brinde.
30 de julho: Retrofoguetes.
Marque na agenda para não perder. São programas de uma hora de duração, com shows e entrevistas gravados no Teatro do Irdeb, na Federação. Palmas pela belíssima iniciativa e demonstração de real diversidade musical. Êêêêê...
E zuzo zem.
E às 19 horas, vale mudar de canal rapidamente para a TVE e dar uma conferida na estréia do programa Distorção: O Novo Rock Baiano, com a banda Lou, da sempre simpática Andréa Gabriel e sua galera. O programa, uma iniciativa mais do que nobre da nossa aguerrida (e eu não estou sendo cínico, por favor) TVE, inicia uma série de cinco, a saber:
2 de julho: Lou.
9 de julho: Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta.
16 de julho: Soma.
23 de julho: Brinde.
30 de julho: Retrofoguetes.
Marque na agenda para não perder. São programas de uma hora de duração, com shows e entrevistas gravados no Teatro do Irdeb, na Federação. Palmas pela belíssima iniciativa e demonstração de real diversidade musical. Êêêêê...
E zuzo zem.
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