Laia: Uru, Antenor, o Homem-Alvo (convidado) e Heitor Foto Germano Estácio |
Diga-se de passagem, é deste templo do ensino e pesquisa de música que vem este trio baiano, que desde 2013 aparece volta e meia na coluna.
Desta feita, o Laia Gaiatta (art rock experimental, como gostam de se definir) volta à esta página com boas novidades.
Enquanto você lê isto, Heitor Dantas (voz, guitarra e trompete), Antenor Cardoso (bateria, synth e programações) e Uru Pereira (fagote processado) embarcam rumo a Recife e João Pessoa, onde se apresentam na quinta (JP) e na sexta-feira (Recife).
Na Paraíba, o trio se apresenta com participação da performer Isaura Tupiniquim.
Completam a night Vermelho Marte, septeto que cria músicas espontâneas a partir do improviso, e a banda Berra Boi.
Já em Recife, os baianos estarão ao lado do experiente DJ Dolores e da performer pirofágica Marina Mahmood.
Além de se apresentar ao vivo, a Laia também vai gravar uma faixa em um estúdio de João Pessoa.
“Juci Reis, do programa Flotar, criou e escreveu o projeto de irmos até a Paraíba gravar uma faixa e tocar. E esse ano fomos aprovados no edital de mobilidade da SecultBA. Quem vai receber a gente lá é Daniel Jesi, da banda Burro Morto e um dos sócios do estúdio BBS. Recife veio na cola”, conta Heitor.
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Sonzeira despirocada ao vivo no Teatro Gamboa, foto Germano Estácio |
“(A previsão de lançar o álbum é para) Começo de 2020. Mas tudo é possível. Fora a gravação em João Pessoa (Estúdio Peixe-Boi) a gente quer gravar três faixas quando voltarmos”, conta.
“A experimentação parte do improviso: às vezes eu levo o acorde e sugestões de escala, às vezes um plano improvisativo, ou uma partitura gráfica, ou apenas uma ideia que conduza a performance”, diz.
Perguntamos ao Heitor: a música dita experimental é, por definição, algo para poucos, já que costuma, justamente, experimentar linguagens (e técnicas e estilos etc) estranhas ao ouvido do público médio. Se uma banda experimental, por um acaso qualquer, consegue formar um grande público, será que ela deixa de ser experimental?
"Talvez o músico experimental mais conhecido da história seja Frank Zappa. Aqui no Brasil, Hermeto, talvez. Mas perceba que eles são conhecidos por serem músicos 'estranhos'. A questão de emergir é muito mais profunda: a música 'certa' está entranhada em todos nós há séculos. A imensa maioria das pessoas querem (re)ouvir essa música, e a indústria trabalha pra vender pra o maior número de pessoas possível. Então seria muito improvável se um cara como Zappa ou Hermeto atingisse as massas", explica o músico.
Um lance legal que sempre rola nos shows da Laia são as intervenções performáticas. Quem frequenta seus shows já conhece o Homem-Alvo (foto) que costuma aparecer.
“Pensar a cena é uma viagem pessoal minha e não é à toa que, cada vez mais, eu venho trabalhando com teatro. Minha onda agora tem sido pensar na tríade palavra - som - imagem, e o recurso cênico expande esse pensamento”, observa Heitor.
“A gente vai gravar e lançar muita coisa. Queremos tocar mais ao vivo. Mesmo estando no processo. Mas é isso: esse processo é eterno. A gente tem questionado muito essa máxima que a obra é algo intocável. Podemos lançar um disco só com as conversas que acontecem no estúdio, por exemplo”, conclui.
www.laialaia.net
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2 comentários:
quinta ou sexta no bardos Chicón???
no cartaz diz 5a.
no insta deles tb!
My mistake. Corrigido.
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