segunda-feira, junho 13, 2011

É HOJE QUE SHARON JONES BOTA O TCA ABAIXO!

É hoje. Chegou o dia que muitos estavam esperando há cerca de um mês, quando foi anunciado o show de Sharon Jones & The Dap-Kings na Sala Principal do Teatro Castro Alves, inaugurando a Série TCA 2011, Ano XVI.

Até então, muita gente sequer havia ouvido falar na espetacular Miss Jones e a incrível banda que a acompanha. Compreensível, dado o assédio das indústrias fonográfica e cultural em desviar a atenção dos amantes da música para as modinhas e armações de ocasião – invariavelmente, de musicalidade pífia e irrelevância evidente.

Outra razão de a moça ainda ser pouco conhecida do grande público brasileiro é que seus discos com os Dap-Kings (quatro, até o momento) sequer saíram no Brasil, já que o selo Dap-Tone, pelo qual eles são lançados, ainda não tem representante no Patropi.

Ou seja, quem quiser adquirir um disco de Sharon Jones ou de outras estrelas do selo, como o extraordinário Charles Bradley ou Naomi Shelton & The Gospel Queens, tem que morrer em uma boa grana na seção de importados das lojas – físicas ou on-line.

Retomada da black music

Mas hoje nada disso importa. O importante é que ela (e eles) estão entre nós, e, salvo qualquer imprevisto indesejado, os baianos que se dirigirem à suntuosa sala do Campo Grande terão um gostinho do que se faz de melhor em termos de música negra no mundo, hoje – e em qualquer instância.

O que acontece é o seguinte: Sharon Jones & The Dap-Kings são a ponta da lança de um movimento de renascimento e retomada da black music pré-hip hop, de volta ao tempo em que pessoas de carne e osso tocavam instrumentos e escreviam canções – e não apenas apertam botões e tagarelam sobre seus carrões, bitches e armas em videoclipes.

No Brasil, a face mais conhecida dessa retomada da soul music é Amy Winehouse. Mas ainda há muitos outros artistas nessa onda neosoul, como Rafael Saadiq, Eli Paperboy Reed & The True Loves, Cee-Lo Green, Janelle Monae, Rox, Duffy, Mayer Hawthorne e todo o adorável cast do selo Dap-Tone.

O selo-símbolo do movimento tem justamente em Sharon sua maior estrela, daí o caráter inegavelmente “imperdível” do show de hoje a noite.

SHARON GUERREIRA

Natural de Augusta, do estado sulista da Georgia, Sharon Lafaye Jones, 55 anos, é, antes de tudo, uma lutadora. Dona de carisma e talento inegáveis – para nem citar a voz poderosíssima – esta mulher só veio experimentar o merecido sucesso há poucos anos, quando a maioria de seus contemporâneos já se aposentou ou perdeu o pique e / ou a inspiração.

Cantora desde a infância, quando cantava na igreja e imitava seu ídolo James Brown, Sharon tentou entrar na vida artística no início dos anos 1970, mas não deu sorte.

Na era disco, chegou a se apresentar como backing vocal para bandas de funk em Nova York, para onde se mudou ainda jovem e atendia pelo nome artístico de Lafaye Jones.

Para se sustentar, trabalhou de carcereira no famoso complexo presidiário de Riker’s Island, além de segurança de carro-forte do banco Wells Fargo.

Foi só em 1996 que os caminhos de Sharon e do baixista Gabe Roth, um jovem judeu, purista da black music, se cruzaram.

Roth, também conhecido como Bosco Mann, e seu sócio, Philip Lehman, então respondiam por outro selo, o Pure Records.

Numa sessão de gravação do cantor de funk Lee Fields, ficaram impressionados com Sharon, que gravou alguns vocais de apoio para Fields.

Na sequência, convocaram a elétrica vocalista para gravar duas faixas solo no disco Soul Tequila, da banda The Soul Providers: Switchblade e The Landlord, lançado naquele ano.

Formada por diversos músicos do distrito novaiorquino do Brooklyn, The Soul Providers foi a base da atual Dap-Kings. Nessa fase de transição, ela ainda gravou alguns singles em 45 rotações para o selo Desco.

Consta que diversos colecionadores da época acreditaram piamente que aqueles discos eram originais da década de 1970, tamanha a fidelidade do som ao estilo original do soul e funk daquela década.

Soul: baseado em fórmulas

Em 2000, Roth e Lehman brigaram e o selo Desco foi extinto. Roth fundou o Dap-Tone. Lehman criou o Soul Fire Records, que teve pouca sorte e não existe mais. O Dap-Tone, por outro lado, só cresceu.

Especialmente depois do estouro de Amy Winehouse, que gravou o multiplatinado Back to Black (2006) com os Dap-Kings, graças à sensibilidade do produtor Mark Ronson, que convocou a banda para o estúdio.

Na verdade, desde o primeiro álbum, Dap Dippin' With Sharon Jones and the Dap-Kings (2002), a aclamação entre críticos, DJs, colecionadores e entusiastas da black music foi geral.

Uma das razões é que, para além do mero revivalismo, Sharon & Cia conseguem, a cada disco, recriar os estilos característicos da soul music clássica, como o som da Stax Records (Otis Redding, Isaac Hayes), da Motown (Marvin Gaye, The Temptations) e o Philly Sound (de músicos da Filadélfia, como The O’Jays, Billy Paul) etc.

“Soul music é um gênero bastante baseado em fórmulas”, opina o químico, colecionador e DJ eventual Nei Bahia.

“Tem Stax, Filadélfia, Motown. E agora tem o som do Dap-Tone, de Gabe Roth. Cada disco tem uma concepção”, observa.

Para ele, quem espera do show de hoje um espetáculo para assistir sentado está redondamente enganado: “Acho que hoje, nem soul ela faz mais, e sim, algo mais próximo do funk original. Sharon Jones é muito mais um James Brown de saias do que uma Aretha Franklin, para ser mais claro”, vaticina.

“Ela não é uma diva com ares de deusa. Ela veio fazer você dançar e terminar o show suado que nem um cuscuz. Salvo alguma orientação para pegarem leve por causa do teatro, é esse show que vamos ver”, avisa.

Mauro Santoli, diretor artístico do Balthazar, casa especializada em blues, soul, jazz, MPB e líder da banda residente The Soul Riders, é outro que aguarda a apresentação de hoje com grande expectativa: “Eventos com esse nível de qualidade são raríssimos por aqui. Praticamente não temos esse tipo de oportunidade”, observa.

Outro apreciador conhecido é Mário Sartorello, coordenador da Rádio Educativa, que tem um programa especializado em black music, o 16 Toneladas: “Todo mundo fala que Salvador é uma cidade negra, mas essa vertente tão importante é praticamente ignorada por aqui. Seria interessante que a cidade se abrisse mais para essa dimensão da musicalidade negra que é meio esquecida em Salvador, com raras exceções”, exorta.

SÉRIE TCA 2011 – Ano XVI apresenta Sharon Jones & The Dap-Kings / Hoje, 21 horas / Sala Principal do Teatro Castro Alves / Praça 2 de julho, s/n, campo grande / R$ 120 (filas A a P), R$ 100 (Q a Z) e R$ 80 (Z1 a Z11)



48 comentários:

Anônimo disse...

pelo que assisti no "altas horas" da globo é soul de alta qualidade, mas senti falta de mais pegada na banda...talvez no tca, a coisa seja diferente...o timbre vocal dela me lembrou etta james, mas sem seu mega tesão de cantar...que bom que ela veio a Salvador....o show deveria ser na concha...agora, o show de pitty no programa global me fez encolher na cama...rock brasileiro...no caso dela, sei que sincero e de boa de qualidade na execução, mas meio "emolizado"...só me resta dizer: viva pappo!!!
cláudio moreira

cebola disse...

Vi o show...Alguém-anotou-a-PLACA!!???

cebola disse...

Descobri. Ela é um experimento genético! Podemos chamá-la "Tina Brown"...ou James Turner, aí depende!

cebola disse...

Scorcese: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,documentario-de-scorsese-sobre-george-harrison-deve-estrear-em-2011,731833,0.htm

cebola disse...

Os Dap-Kings são os "novos" Booker T and the Mg´s! Eu digo!

Anônimo disse...

asisti o show no TCA tanbem e fiquei decepcionado. faltou garra e achei que ela é uma cantora da moda. o publico adorou por que adora estas coiisas que tâo na moda. tava chio de mauricio e patricia. podia ter economisado meu dinheiro.
luis antonio

Anônimo disse...

então, se o luís antônio está certo, minha intuição não falhou...ou será que cebola, sóbrio ou não, foi mesmo atropelado no tca?!
cláudio moreira

Franchico disse...

Um piadista! Valeu, Luis Antônio! Abraço e apareça sempre, com novas piadas se possível!

Franchico disse...

Rapaz, na boa, estou com pena de quem não foi. Não vou me estender muito falando do show, até porque estou ocupado e tenho mais o que fazer, mas uma coisa eu digo: o atropelo foi coletivo por que saiu todo mundo - todo mundo mesmo, não importa se era gente "do rock", patrícias, maurícios, vovôs e vovós: saiu todo mundo ES-TA-TE-LA-DO do teatro. O atropelo foi coletivo, universal. Simples assim. A Bahia NUNCA viu um show de soul desse nível. E dificilmente verá de novo. Tenho dito. Maiores detalhes na minha matéria de cobertura, que sai amanhã no periódico da Av. Tancredo Neves.

Ah! No You tube já tem um vídeo do show de ontem:

http://www.youtube.com/watch?v=-qHzrTDumnI

Anônimo disse...

porque eu sou piadista? não posso ter minha opinião não? eu estava lá no TCA e muita gente tanbem falou isso que eu falei. talvez voces viram outro show ou adoram coisas que estão na moda e se deslumbra facil.
luis antonio

Franchico disse...

Hum-hum. Falou, valeu. Mas Cebola, como eu estava dizendo....

Anônimo disse...

sempre viajo pra assistir shows gringos. mas para quem nunca viu muitos shows internacionais no Brasil o show de ontem deve ter sido mesmo o melhor que já existiu no mundo. quem nunca viu doce quando come se lambuza. só isso.
luis antonio

Anônimo disse...

desconfio desse seu "a Bahia nunca viu algo igual" para designar um excelente show da referida soulwoman porque já cheguei a ler tempos atrás de colega da sua linhagem jornalística musical sobre show no tca de uma festejada banda baiana no mesmo local que avisava aos desavisados que o grupo tinha entrado para a imortalidade ou algo assim...
cláudio moreira

Franchico disse...

Velhos, "desconfiem" e demonstrem suas naturezas "cosmopolitas" o quanto quiserem, mas não me subestimem. Não me tomem por um mané provinciano. Não nasci ontem e tb já viajei e vi vários shows internacionais, OK? Eu sei EXATAMENTE do que estou falando. Vcs já fizeram seus comerciais falando de um show que sequer testemunharam (sim, "Luis Antônio", sinto muito, mas eu duvido de que vc estava lá. Aliás, tenho certeza de que vc não estava lá). Suas opiniões, por mais equivocadas que possam ser, estão aí para os leitores do blog. O que mais vcs querem? Que eu concorde? Sinto muito, mas isso eu não vou fazer. Chega, né? Me deixem trabalhar.

Anônimo disse...

chico, óbvio que o show deve ter sido muito bom...não duvido, mas sem me surpreender, sei que vc será superlativo no jornal mais lido do norte e nordeste de amaralina como sempre para celebrar essa atração internacional que veio nos trazer um sopro de modernidade para nossa sufocada terra da monocultura musical...mas aí é no campo da sociologia...musicalmente, depois do "altas horas", não consegui me estimular a ir ontem ao tca...perdi, mas foi intencional...que venham outras atrações...
cláudio moreira

Franchico disse...

Cláudio, só tenho uma coisa a te dizer: vc errou na sua avaliação. Pode falar com QUALQUER pessoa que tenha, de fato, ido lá e eles te dirão a mesma coisa.

Franchico disse...

Altas horas??? Pfff.

Anônimo disse...

não assisto ao programa altas horas, mas como a soul woman iria se apresentar antes da sua apresentação na bahia dei uma conferida, mas não me empolguei...
cláudio moreira

Rodrigo Sputter disse...

Lee Fields é legal pacas, o Bradley tb, mas o que eu + queria ver ao vivo zarpou deste mundo em 2008.
Nathaniel Mayer, soul criminal de primeiríssima linha...se alguém aqui não conhece corre atrás...

Tinha ouvido falar da Sharon há uns 4 anos atrás quando Léo Marinho grande conhecedor soteropolitano de
northern soul/southern soul (e etc) comentou dela comigo...eu gostei muito do show dela, achei um pouco baixa a batera (principalmente no começo, mas depois nem percebi isso, Léo me disse que o batera original da banda num é esse), mas num sei se era de onde eu tava, um pouco distante e tal...mas os metais, a guita, o grave tava legal...só não entendi o bongô que não se escutava direito...é foda esse lance de hype, mas pelo menos agora se tem com uma mulher que canta pacas, tem uma puta performance de palco (+ rock que muitas bandas de rock brazucas que eu conheço), e ralou pacas pra tá onde tá...foi engraçado ver um monte de indiezinho pagando pau pra uma mulher que nunca tinham ouvido falar antes, mas e daí?
quem sabe com isso outros artistas bons (pra mim) não vem praqui? de repente o Lee Fields, o Bradley...encheu o mostrou que tem "público", foda-se se raiparam...quero é ver show interessante por aqui...ontem Sharon mostrou voz, atitude e negritude (Sem ser piegas e panfletária), mostrou que a música rompe barreiras de cor de pele, ainda + numa cidade com um histórico escravista como o nosso (apesar que ontem tinha + "branco" no TCA)...gostei dela mostrar que a música negra tem rebolado, assim como o rock, gostaria que ela voltasse pra Salvador tocar de graça e mostrar para o povo da cidade o requebrado e a música soul...assim podemos ver + a mistura de cores no público e no palco...pelo que vi sobre os shows no Brasil ela volta pra cá e espero que pra Ssa tb.

Fiquei feliz + ainda por ter sido agraciado ao receber um convite para assistir ao show.

Nei Bahia disse...

Quem não foi se fudeu!!!!


Não posso usar 1/2 palavras para um show que foi tão direto.
Por falar nisso....Marcos Rodrigues e Lia, Oswaldinho da Bahia e quetais...onde estavam?
Foram 2 shows por um único ingresso; os Dap kings mostrando por que são tão requisitados ( acho mais com cara de JBs e Tower of Power do que da banda de Booker T) e uma cantora de Funk/soul com todos os atributos.
Quanto ao senhor Luis Antonio, 2 coisas:
- Gosto é gosto; se é isso que preza, é incoerente com sua primeira intervenção, diminuindo a qualidade do espetáculo em detrimento de algo que só ele teve acesso.
- Por que ele só aparece agora no blog?
Por que falamos bem de algo que ele não gosta?
Estranho esse paraquedistas eletrônicos!!!

ze antonio disse...

ja que voces falaram do altas horas alguem precisa dizer, foi constrangedora a performance de pitty e banda no ultimo programa.

Anônimo disse...

sim, teria sido sensacional que esse show tivesse sido de graça em praça pública porque o povo merecia ver um show desse quilate...
nei bahia?! depois de virar dj vc está numa soberba de playboy...deixe as pessoas (seja lá quem for) discordarem do senso comum desse "clube do mickey" que é esse blog aqui...já não basta o "dirigismo cultural" de chico e agora vc quer o quê? ser selo de qualidade por causa de sua coleção de blues/soul/jazz/rock?
cláudio moreira

Franchico disse...

"Clube do Mickey", Cláudio, do qual vc é um dos sócios mais assíduos.

E "dirigismo cultural", Cláudio? Sou eu que fico gritando "Rush!!!" aqui? "Pappo"? Eu faço minhas matérias e posto. Tenho minhas opiniões e posto. É para isso que um blog serve. Se um blogueiro não me agrada, seja lá por quais razões, eu procuro outro. E outro e outro... etc.

"Dirigismo cultural" é uma instância muito além do alcance e da capacidade de um mero blog como este. Mas se vc assim o enxerga, eu discordo, mas me sinto até over-valorizado por vc. Superestimado, na verdade.

Obrigado pela parte que me toca. Mas essa função, "dirigismo cultural", não é a deste blog, nem será.

Sou, assim como vc, apenas um jornalista cultural fudido e mal-pago.

Velho, na boa, vá ver um médico, por que vc está, novamente, delirando em alta. Conselho de amigo.

Márcio A Martinez disse...

Perfeito Sputter, perfeito Nei, perfeito Chico!!!
SÓ deveríamos nos dirigir a quem realmente esteve lá, o resto é inveja de não ter participado de um EVENTO tão fantátisco como esse de ontem, temo que vai ser difícil ver algo tão bom em pouco tempo... falar sem ter tido a devida experiência sobre qualquer coisa?!? Ora, é muito fácil...

Nunca achei que ia sentir tanto prazer em ser atropelado por um TREM!

Márcio A Martinez disse...

Um DONO de blog não deveria se preocupar com blá blá bla´invejoso, publica e fala sobre o que e quem quiser... Ele é o único que tem esse direito...

O resto, se não guenta vara...

Anônimo disse...

o que me espanta não é vc discordar de mim, mas tentar me colocar no limbo, no "estranhamento", talvez a única pessoa que tem coragem de se expressar diferente da massa de seguidores ou da massa "homogênea" que passa por aqui...vá ler Foucault!!!
Cláudio Moreira

Franchico disse...

O primeiro a se colocar no limbo é vc mesmo. Não ao discordar, algo completamente aceitável e corrente neste blog , mas ao emitir opiniões OBVIAMENTE equivocadas e enviesadas sobre algo que vc não conhece - no caso, um show que vc não viu.

E quando vc for ao médico, eu leio Foucault.

Franchico disse...

E não precisa ter coragem para discordar do que vc chama de "massa homogênea". Nuinca precisou. Eu não sou um ditador. Basta ter coerência. Algo que vc dificilmente apresenta nos seus argumentos.

Anônimo disse...

márcio, nei, chico e quetais...apesar da amizade histórica tenho de reconhecer: vcs são todos uns coroas nerds agarrados ao seus "brinquedinhos" culturais!!!!!
cláudio moreira

Franchico disse...

O roto falando do rasgado.

"Rush!!!"

"Pappo!!""

Anônimo disse...

é gosto muito sim de pappo (tenho gravação dele de 8 canais que tem mais alma que muita coisa), rush (grande banda ontem e sempre)...mas não tem idolatria nem modismo enviesado...não preciso de aprovação intelectual da turminha de neo djs da taz de marcos rodrigues e cia para moldar meu gosto musical...conheci nei qdo era fã do kiss; vc, de faith no more e márcio, de guns and roses...vcs para efeito externo refinaram os gostos musicais...agora, são todos senhores de muito bom gosto que destilam comentários inteligentes no tca embalados pela soul music depois de terem ingerido elegantemente uma cervejinha no café teatro do tca...sinceramente
cláudio moreira
cláudio moreira

Franchico disse...

Senhoras e senhores, este é Cláudio Escória!

Lorde supremo de toda a paranoia!

Mestre da síndrome de perseguição heroica, ele crê piamente ser o último bastião de todo o pensamento livre da cultura ocidental!

Ele é barbaramente perseguido e menosprezado por todos aqueles que um dia ele crê que foram seus amigos!

Detentor único dos últimos resquícios de legitimidade e liberdade de pensamento.

Salve, ó grande patrono do único e verdadeiro caminho da integridade intelectual e cultural.

Salve, salve, salve!

Apesar de disso tudo, de toda essa potência arraigada em sua alma, ele é também dono de uma autoestima invariavelmente em baixa, como é possível notar.

Também não adianta discutir, acho que o máximo que podemos fazer é observa-lo se debatendo contra seus próprios monstros imaginários e inimigos inexistentes.

Aproveitem o espetáculo! Divirtam-se!

(Se puderem...)

Anônimo disse...

agora percebo que vc é mais publicitário (adora frases de efeito) do que jornalista...sua editora sabe disso?
cláudio moreira

Franchico disse...

Não sei, mas fique a vontade para alertá-la!

Anônimo disse...

meu comentário foi baseado na memória das vivências nerds dos três elegantes senhores...o seu comentário não...foi para sair pela tangente fazendo caricatura...
cláudio moreira

Márcio A Martinez disse...

Quááááquáquáquáquá!!! Não, Chico, não pare agora, man, por favor... snif... gasp... tá muito cômico! E você deveria escrever uma boa duma estória em quadrinhos com isso véi, tem potencial...
Bota um Muttarelli pra desenhar (embora ele não seja um cômico, mas acho que você me entendeu...)...
huhuhuuuuu... aiai...

Franchico disse...

Pessoal, minhas fãs (oh yeah!), amigos etc: estou saindo de férias.

Passo por aqui de vez em quando, para liberar comments e quem, sabe, postar alguma coisa.

Abraço pros manos (inclusive para vc, Cláudio), beijo pras manas.

E comportem-se! (Ou não....)

Márcio A Martinez disse...

E os NERDS dominam o mundo! Senão vejamos...
Cráudinho há muito tempo que tá na profissão errada e ainda não se deu conta... já reparou como ele sempre "disseca" a alma dos incautos que ainda se atrevem a debater (ou não, porque rola muita covardia por parte dele também...) com sua mente brilhante?!?
Veja só, não conheço quem consegue dizer tanta asneira junto a "opiniões" como ele...
Acabei de descobrir com o Senhor Analista que sou fã de Guns & Roses! Obrigado Cráudinho! Eu mesmo nunca soube disso! Valeu! Huhuhuuuu...

Miguel Cordeiro disse...

Miguel Cordeiro

o show foi bom pra caralha? sim! a banda é bacana? é! Sharon arrasa nos vocais e no palco? com cerveja! mas a História não pode ser recontada ao gosto do freguês porque o melhor show de soul music que Salvador já viu, o melhor show de soul music que Salvador já viu mesmo, foi o show de Ray Charles no Hotel Quatro Rodas com direito a piano de cauda, banda completa e com participação de Raylets e desfilando todos seus hits e as porra.

Rodrigo Sputter disse...

Márcio tu tava lá?
porra véi, nem te vi!
Saudades de me encontrar acidentalmente com vc no - pasmem - iguatemi pra pegar um filme bacana...o pasmem foi pq hoje em dia, no iguatemi não se passa + nada do nosso agrado...nem sei quando foi a última vez que estive lá...
+ raro de te ver é eu escrever aqui...tá indo nos jogos do Bahia?
tá + fácil vc me encontrar lá do que no roque-heheehhe.
me fudi, comprei todos os jogos até o fim do ano...espero que a porra do nosso time melhore.
qual seu mail véi?
pede pra cebola me passar...tá ligado que o novo de terrence mallick já estreou, mas aqui nada ainda...fica ligado.

Claúdio, eu amo vc sacana, aparece no meu show, pq nenhum raipe aparece...hehehehehe...tu sumiu...nem me entrevistou pro Martelo, até vc vai me ignorar?
hehehehehe

Abraços por trás em todos vcs!

ps.: Nei, vc acha que parece tower of power? conheço pouco deles até...mas do que ouvi deles tem uma pegada final dos 60´s, começo dos 70´s...mais pesado, aquela coisa meio cabelo black power, boca de sino e tal..."rock"...pelo que já ouvi dos dap é algo + "soft", "limpinho"...me passa o nome de um disco deles que tu acha que tem + a pegada que os dap parecem...quero escutar...vou dar uma procurada mais neles...ouvi os últimos deles na época q trampei na flashpoint, mas saí de lá em 99, nem lembro mais...

Rodrigo Sputter disse...

Nei ouvi umas faixas do tower no youtube achei eles + calminhos...devo ter escutado algum disco + pesado dos caras...lembro de uma capa marrom, ou algo assim, na mão dos caras do cascadura e dead billies lá pelos idos dos anos 90...

Sérgio se souber desse doc sobre george aqui em ssa me fala...o nome do doc é do meu disco favorito do harrison...apesar de não conhecer todos dele solo...aliás dos poucos solos que ouvi dos ex-beatles esse é o que eu + gosto.

cebola disse...

Oi luis antonio! Mostra tua carinha. Eu sei quem vc é. Sua digital tá no texto, meu benzinho.

Old School disse...

Eh de rachar o bico de tanto rir,hehehehe
http://www.youtube.com/watch?v=MbAKtiR8LLo&feature=player_embedded

cebola disse...

Eu abaixo assinado, enquanto "orfão eventual" do rockloco, propunho uma vaquinha loca pra chicoloco comprar seu comp pessoal e não nos abandonar assim sem mais nem menos. Tenho dito.

Franchico disse...

Lembro desse show, Miguel, foi em 1990 ou 91. Só não fui por ue era um campado sem um puto no bolso. OK, acredito em vc, afinal, Ray é Ray. Mas deixo a pergunta: será que que Ray em fim de carreira e Sharon Jones no auge não seriam praticamente equivalentes?

Cebola e queridos leitores: para quaisquer doações, me liguem que eu passo o número da conta!

;-)

Franchico disse...

Ainda a propósito desse show de Ray C. no antigo 4 Rodas, tava lembrando que o comentário geral na época, de quem assistiu, foi de que ele estava em fase pouco inspirada e mais: não tocou em piano de cauda nenhum, e sim, num teclado convencional. Mas, deixo para quem estava lá se pronunciar.

Anônimo disse...

a recípoca é verdadeira rodrigo...aliás, só discuto sobre música com quem vale a pena...qdo tiver show dos honkers me fale porque adoro a performance da sua banda e a sua em especial...aliás, uma das poucas bandas da cidade que entram em transe no show...não é á toa que soube que há tempos incomodaram pelas bandas do sudeste...vcs são muito intensos para esse rocquinho alternativo brasilerio dos anos 00...
cláudio moreira

Ernesto Ribeiro disse...

Franchico e Cláudio Moreira, vocês dois são igualmente excelentes, tanto no bom gosto musical como na eloquência literária.


Portanto, é triste ver dois grandes talentos se digladiando por um detalhe tão irrelevante.


Por favor, cavalheiros: não vamos fazer disso um cavalo de batalha.


Um ano depois dessa divergência, os Clash City Rockers estão atuando como uma equipe coesa, ainda mais focada e


Franchico:

Você escreve incomparavelmente melhor e com mais desenvoltura aqui
do que no jornal A Tarde. Talvez porque as normas sejam mais restritas na Redação do periódico da Av. Tancredo Neves. Eis a diferença que faz um outro ambiente mais livre e despojado. Continue assim, mister.



Meu velho e grande amigo Cláudio Moreira:


OBRIGADO por ter me defendido em todas as rodas. Você é um herói.


PARABÉNS por sua superação e resistência.


Você é um dos pilares de SoteróPolis. Seu trabalho como jornalista underground é referência entre os músicos, ao ponto de dedicarem uma música a você ao vivo
, no palco do show da banda Faro & Os Vagabundos Iluminados: "Midia Bandida" --- no caso, você se destaca como uma honrosa exceção aos bandidos dominantes.



Te vejo no próximo show do Camisa de Venus.