quinta-feira, novembro 15, 2007

PUNK: UMA IDEOLOGIA

Os recentes atos de violência gratuita em São Paulo, atribuídos a punks, difamam movimento pacifista


Nos últimos meses, alguns episódios de violência gratuita ocorridos em São Paulo reacenderam na mídia um certo sensacionalismo contra o movimento punk. No dia 20 de outubro, um grupo de 20 auto-denominados "punks" espancou um jovem de 17 anos na saída de um show no Hangar 110, o templo do estilo na capital paulista. Uma semana antes, uma fatia de pizza custou a vida do atendente de um quiosque no Centro, morto a facadas. No total, só esse ano, já são seis mortes registradas em brigas e agressões envolvendo pessoas identificadas como "punks" em São Paulo.


Tudo isso é um prato cheio para que o sensacionalismo barato da grande mídia reduza um movimento sério, filosoficamente embasado e - por incrível que pareça - francamente pacifista como o punk à uma gangue de monstrinhos urbanos, prontos para agredir e matar a qualquer momento.Em reação à esta movimentação de demonização do punk, o Movimento Anarco-Punk de São Paulo divulgou no fim de outubro, uma carta aberta, onde se posiciona frente aos últimos acontecimentos. Leia aqui o conteúdo desta carta.


O fato é que, qualquer pessoa minimamente mais informada que tenha paciência para pesquisar - mesmo superficialmente - a base do movimento e do pensamento punk vai perceber que violência gratuita não faz parte do ideário de não-conformismo e autogestão que são suas marcas mais fortes. O punk é, por definição, um proletário e um rebelde contra as convenções impostas pela sociedade, seja ela capitalista ou socialista-totalitarista, tanto quanto foram os jovens da geração perdida dos anos 20, os beatniks dos anos 50 ou os hippies dos anos 60 e 70.


A diferença é que o punk é um movimento conceitualmente violento, que prega uma ruptura radical com sociedade em favor de um estilo de vida próprio, auto-gerido, que tem no lema "do it yourself" (faça você mesmo) e nas idéias anarquistas de autores como Mikhail Bakunin e Pierre-Joseph Proudhon, entre outros, sua base teórica.


Agora, como qualquer movimento não-conformista, o punk também foi cooptado pela indústria cultural, que o distorceu, diluiu, suavizou, empacotou e colocou na prateleira para vender, como mais um produto. E também como qualquer movimento, o punk caiu no imaginário popular como um estereótipo: o cara de cabelo moicano, roupas rasgadas e alfinetes, que se monta para desfilar pela ruas da cidade. Estereótipo muito bem caricaturado pelo cartunista Angeli, com seu personagem Bob Cuspe.


A partir do momento em que a indústria cultural se apropria dos signos e símbolos do punk e os colocam na prateleira, qualquer alienado pode se apropriar dessa estética para expressar seu vazio espiritual - o que inclui os recentes atos de violência gratuita.


O ativista americano Craig O'Hara, em seu ótimo livro A Filosofia do punk: Mais do que barulho (Radical Livros, R$ 34), foi direto na mosca desta questão: "É verdade que o desemprego e condições sociais escassas provocam sensações irritantes de alienação e frustração. Também é verdade que essas sensações podem ser expressas de várias maneiras. O crime tem sido a resposta mais popular de tempos recentes".


É interessante notar que na sua fala, O'Hara se refere à Inglaterra dos anos 70, e não à São Paulo da primeira década do século 21. Ainda assim, isso não justifica os assassinatos e agressões cometidos por jovens desorientados e mal-informados quanto ao movimento que eles próprios dizem pertencer.


"Esses caras não são punks. O sujeito veste uma roupa rasgada, sai batendo em gente na rua e se diz punk. Assim é fácil, né?", questiona o artista plástico e músico Miguel Cordeiro. Testemunha ocular do movimento aqui em Salvador e em Nova Iorque, onde passou temporada no efervescente biênio 1982/83, Miguel era chapa de Marcelo Nova desde os anos 70, tendo acompanhado o início e o estouro do Camisa de Vênus, originalmente, uma banda punk.


"A violência que se atribui ao punk é na verdade, muito mais conceitual, de quebra de comportamentos do que violência física, literal. Mas a gente vive num país com muita falta de informação. Nem todo mundo é esclarecido o bastante para compreender a proposta libertária do punk. É muito mais fácil vestir uma roupa rasgada e posar de punk do que realmente se comprometer com as idéias do movimento", resume Miguel.


Até porque, desde o seu momento de definição e subsequente estouro, na Londres de 1976, o punk morreu, ressuscitou - em 1981, com o movimento Punk's Not Dead, título de um álbum histórico da banda escocesa Exploited - e se fragmentou em inúmeras vertentes e variações.


"De 76 para cá, já houve todo tipo de distorção e variação. Na Europa, os punks são quase hippies, vivem em squats (casas abadonadas que são ocupadas e transformadas em centros culturais), protestam contra o capitalismo, a guerra do Iraque, a crueldade contra os animais, o McDonald's. Você vê aquela dança violenta nos shows, mas ninguém se machuca, e depois tá todo mundo se abraçando", conta Marcos Rodrigues, arquiteto e baixista que milita no rock baiano desde os anos 80 e atualmente, toca na Theatro de Seraphin.


Essa dança violenta a qual Marcos se refere, chamada "pogo", também é abordada por Miguel, que a compara com uma conhecida dança folclórica baiana: "Você já viu o maculelê, certo? É uma coreografia agressiva, que é melhor não chegar perto, para não tomar uma paulada. É a mesma coisa com os punks. O pogo é como uma coreografia", afirma.


“Punk é uma forma de luta“


Os episódios de violência em São Paulo servem apenas para cobrir com uma cortina de fumaça o maior legado do punk, que é o seu avançado ideal de liberdade individual e auto-gestão. Acima de tudo, o que o punk propõe é todo um modo de pensar que implica em um rompimento radical com o status quo.


Bandas de rock, jovens de moicano, tudo isso é apenas uma faceta - a mais visível e emblemática - de uma idéia que é um movimento e um estilo de vida, ao mesmo tempo. Fragmentado, o movimento punk tem diversas vertentes, como os vegans, os straight edges, os queer punks, os crust punks, os gutter punks, os nerd punks, as riot grrrls, os quincy punks e mesmo os populares e odiados / amados emos."


Ao meu ver, os punks são atores sociais que expressam seus sentimentos em relação ao mundo e à forma como vivem", define Willyams Martins, artista plástico e vocalista da banda de punk rock Dever de Classe, com 20 anos de fundada.


"Infelizmente, não há uma hegemonia em relação ao pacifismo típico do punk. Muita gente se infiltra no movimento de forma inconsequente, sem compromisso com seus ideais libertários, apenas para extravasar. Mas o punk é uma forma de luta, uma forma de interpretar o mundo em que vivemos e de exigir uma reparação da nossa contemporaneidade", afirma.


Lili, como é conhecido, aponta os signos da indumentária punk como sinais de protesto e não de moda meramente estética. "O moicano era um protesto contra o extermínio dos índios tomahawk (tribo nativa norte-americana). As roupas pretas indicam preocupação com o mundo, que não é tão colorido quanto imaginavam os hippies. E por aí vai", explica.


"Já o anarquismo que o movimento prega tem um significado diferente daquele que está no Dicionário Aurélio, no sentido da baderna. O anarquismo punk persegue os ideais de autogestão e desobediência civil caros à intelectuais como Enrico Malatesta, Bakunin e Proudhon. Um mundo sem pátria, sem religião, sem propriedade e sem patrão: um mundo auto-gestionário", conclui.


PUNK ROCK - No sentido musical, a coisa é ainda mais ampla, pois na verdade, o punk rock, no seu sentido mais puro, já existia muito antes do estouro da denominação punk na Londres de 1976.


Salvo engano, pode-se dizer que o marco zero da estética punk no rock é o álbum Velvet Underground and Nico, de 1967. Com seu som totalmente na contramão da psicodelia colorida da época, o grupo liderado por Lou Reed causou estranhamento e hojeriza na época do seu lançamento.


Contudo, os poucos gatos pingados que não se identificavam com a estética hippie ouviram o disco e montaram suas próprias bandas, gerando anos depois, a cena do clube CBGB‘s de Nova Iorque, fartamente documentada no livro Mate-me por favor, de Legs McNeil e Gillian McCain.


Paralelo à isso, ainda na primeira metade da década de 70, grupos como o MC-5 e os Stooges, ambos de Detroit, radicalizaram no som distorcido e na atitude contestadora. O primeiro, se aliando aos ativistas radicais dos Panteras Negras e pichando "fuck you" nas janelas da gravadora. Já o segundo, além de escancarar todo o tédio e a descrença no futuro adotados depois pela geração "no future" inglesa, ainda revelou o fantástico frontman Iggy Pop, modelo básico do vocalista de punk rock: seco como um vara-pau, totalmente alucinado e potencialmente perigoso - especialmente para si mesmo.


Os anos 80 trouxeram o hardcore, que se espalhou pelo mundo, e o estilo gótico de bandas como Bauhaus e Sisters of Mercy.


Em 1991, o Nirvana estourou na América, abrindo as portas das gravadoras majors para todo o rock alternativo americano, que até então, vivia relegado aos porões.

24 comentários:

Franchico disse...

Rapaz quase me mijei de tanto rir agora.

Vejam isso, vejam isso, pelo amor de deus!...

http://youtube.com/watch?v=UhHhXukovMU

ITALIAN SPIDER-MAN!

Nei Bahia disse...

No fim punk também virou história e cada um carrega sua cruz. Sua arrogância em ser guardião da pureza na cultura pop cobra o preço de tempos em tempos. Nada melhor para jornalista aproveitador, daqueles que gostam de reescrever a história, pode ser por canalhisse ou ignorância.
A vida é dura senhores, com ou sem moicano!!!

Franchico disse...

Concordo!

(Não entendi direito, mas se Nei Bahia falou, eu concordo!...)

Franchico disse...

Ih! A gente estamos no Iútchubi!

http://www.youtube.com/watch?v=QM44uy-Bq-4

osvaldo disse...

depois de ver o rock loco no you tube so resta retomar-mos o podcast.brincando brincando foi uma iniciativa pioneira.sr nei bahia onde estas?

osvaldo disse...

e chicão, mais uma otima materia.esclarecedora em relação ao punk, e uma especie de ideologia que acompanhou o tal"movimento".foi mais uma utopia, mais que naquele momento da historia, foi extremamente vital não só para o rock, como tambem para aquele momento historico especifico que indicava um impasse entre a vida em sociedades capitalistas e a vida nas entao ainda vivas sociedades socialistas. Foi quando os odiados Reagan e Thacther iniciaram uma revolução conservadora, no mesmo momento quando tudo indicava que as economias capitalistas entrariam em colapso, e que o totalitarismo dos paises socialistas deixou evidente de vez que não era a alternativa para jovens urbanos ja vivendo a terceira geração da revolução industrial. O punk e o caos reinante neste breve hiato pre- Reagan pareciam fazer sentido.

Franchico disse...

Brami, sempre dando aquele grau bala na contextualização. Possa crer, Margaret Thatcher e Reagan foram fundamentais no estabelecimento de um ambiente perfeito para o punk (e o pessimismo típico do pós-punk) florescerem ainda mais...

E aí, Bramis, esse duelo ao pôr-do-sol na Feira Hype hj vai rolar ou não?

cebola disse...

Mais uma vez, parabéns, camarada Chico Rotten. Só vou dar uma de advogado do pai do rock ( alguém tem que sê-lo, niet?). Certamente, não há em nenhum aspecto um incitamento à violência por parte de um "movimento" que, na verdade surgiu, em sua faceta mainstream, como uma grande estratégia de mercado. Não vamos discutir aqui a cerca do ovo e da galinha que nem tenho saco. Mas é fato que, assim como em outros grupos mais, ou menos "dogmáticos", a exarcebação de opiniões tendem à traduzir-se em violência em momentos pontuais. Essa questão de São Paulo é outra. Não são punks, são babacas racistas, e aí é outra coisa. Mas querer dizer que não existe nenhum tipo de violência no punk, é como querer negar este traço em ted-boys, em mods, em rockers, e por aí vai. Não se constrói trincheiras só pra brincar de esconde-esconde, né?

Franchico disse...

Muito bem colocado, Cebola. Como se trata de uma matéria para o grande público leigo, achei melhor não entrar no mérito das brigas de gangues entre as diversos "tribos" (odeio essa determinação), desde os anos 50 nos EUA e UK.

Além de correr o risco de deixar a matéria confusa para o leitor médio (fãs de Ana Carolina, Seu Jorge ou algo tipo), não havia espaço para esse aprofundamento.

Vc vê que no final eu tive de dar uma "acelerada" na trajetória do punk rock, exatamente por conta desse problema (falta de espaço).

Aí só um livro mesmo pra dar conta de tanto detalhe, e com certeza, já devem haver alguns por aí, escritos por pessoas bem mais qualificadas do que eu, até por que inclusive, estavam lá in loco...

osvaldo disse...

to vendo parcialmente pela enessima vez a re-re-re-representação da premição da mtv europa. certa altura da parada dave grohl( alguem aí ja ouviu o excelente novo disco dos foo fighters?) pergunta a michel stipe que musica ele queria ter escrito. stipe responde "radio nowhere" do novo springsteen. a porra do disco é pegajoso. e "the pretender" faixas de abertura dos foo fighters é perfeita.

Franchico disse...

Se fosse para assistir a um único episódio d'Os Simpsons para o resto da vida - ainda bem que isso é só uma suposição besta - seria esse aqui:

http://www.omelete.com.br/teve/100009293/Os_Simpsons.aspx

Franchico disse...

Já está lá no Bahia Rock a programação do Boom Bahia:

http://www.bahiarock.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1442

Na verdade, já tem até site no ar:

http://www.boombahia.com.br/

Master Messiah, a mil por hora.

Marcos Rodrigues disse...

Radio Nowhere from The Boss ta' linkado no CCR:
http://clashcityrockers.blogspot.com/

Franchico disse...

Ótima entrevista do jornalista baiano Gonçalo Jr. sobre várias coisas, inclusive sobre o plágio que o (excelente) livro dele, A Guerra dos Gibis, foi vítima.

http://www.bigorna.net/index.php?secao=entrevistas&id=1195164600

Convém usar um guarda-chuva durante a leitura, pois voa farpa pra todo lado.

Franchico disse...

Agora até revista em quadrinhos pode dar pobrema nos aeroportos do 1st world...

Editor de quadrinhos é barrado em aeroporto nos EUA por causa de um gibi

http://www.omelete.com.br/quad/100009321/Quadrinhos.aspx

Marcos Rodrigues disse...

O CCR ta' de cara nova. Agora não tem template da Blogger certo; o design é exclusivo :) e foi todo redesenhado para o aniversario do cambaleante mas combatente blog, que completa 3 anos agora em dezembro.
http://clashcityrockers.blogspot.com

osvaldo disse...

Carta do clube do rock que envolve o Boom Bahia:


ROCK BAIANO DE VERDADE??
Segundo Fábio Cascadura, a volta do Festival Boom Bahia significa que o estado
terá um festival de "rock de verdade".


Por Cleber Silva



A banda baiana de rock, Cascadura, abriu o show do Lobão na última sexta-feira (09/11), na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, pelo projeto "Sua nota é um show", do governo do estado.



Como este texto não tem a intenção de resenhar os shows, vou atentar somente à uma declaração de Fábio Cascadura, vocalista da banda baiana, quando ao final do seu show vociferou sobre a volta do Festival Boom Bahia como a grande expressão do "Rock de verdade feito na Bahia".



"Fiquem ligados. Salvador vai ter um festival de rock de verdade. É a volta do Boom Bahia. Salvador terá um festival de rock de verdade".



Neste momento, não escrevo em nome da Associação Cultural Clube do Rock da Bahia (ACCRBA). Escrevo em nome de grandes bandas que passaram por diversos festivais espalhados pela capital e pelo interior. Tenho como infeliz a declaração do senhor Cascadura. Tal afirmação nega a qualidade e credibilidade de inúmeras bandas que participam dos festivais de rock – sob a visão do Fábio – "de mentira".



Penso na Cobalto, banda de grande carreira nos cenários regional, nacional e internacional. A Nomin tem suas músicas executadas em rádios estrangeiras e foi citada como uma das preferidas de um dos maiores vocalistas de Metal do mundo, Edu Falaschi, do Angra. Malefactor e Mystifier têm carreiras internacionais estabelecidas. Penso no Palco do Rock, caminhando para a 14ª edição, o Cajazeiras Metal Fest, o Attrito Bandas Novas e tantos outros distribuídos, principalmente, pela periferia e subúrbio da cidade. Temos festivais em Águas Claras, Cabula, São Marcos, Beiru, Lapinha, Bonfim, Plataforma, Itapuã... Temos festivais em cidades como Simões Filho, Candeias, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Serrinha...



Não sei se é falta de conhecimento ou excesso de negação. Posso até acreditar na tentativa de centralização do circuito rocker. Para a classe média alta, detentora de bens importantes e com acesso facilitado aos melhores produtos relacionados à produção musical, não é interessante a perda de seus espaços para as bandas do subúrbio. Acho que alguém já disse algo do tipo. É o mesmo modus operandi de outrora, aplicado à cultura de massa baiana.



Fábio Magalhães "Cascadura" poderia citar o Festival Boom Bahia (o primeiro nome tem referência fonética bem apropriada à bundalização cultural sofrida pela Bahia nos últimos anos) como mais um festival de rock baiano. Poderia ser mais responsável e ater-se apenas para um maior desenvolvimento da cultura rocker dentro de um estado que começa a respirar democracia cultural, ou pelo menos, tenta respirar. Poderia ter sido menos centralizador e ajudar de alguma forma uma das culturas mais subjugadas do estado.



Em tempo, um bilhete salvou a noite. Ele fazia referência ao Palco do Rock 2008, que também está incluso no Grito Rock Brasil (ver mais em www.gritorock.com.br). Foi lido por um dos apresentadores e me deixou mais tranqüilo. Antes de eu ir para casa, tive que aturar Fábio e Lobão tentando agradar Lázaro. Leram a letra "Maluco Beleza", de Raul Seixas, sob os olhares de Jayme Figura.



Acredito que relegar outros festivais em detrimento de um festival "ressuscitado" e que, felizmente, volta para dar mais opções ao público rocker da cidade, é perder o senso de coletividade do qual o rock baiano sempre precisou. É mais uma prova de que poucos sairão para dar bons frutos. Infelizmente sou um tanto distópico nesse sentido.



SITE: www.accrba.com.br
FOTOLOG: www.fotolog.com/accrba
RÁDIO/PODCAST: www.accrba.com.br/radio.htm
ORKUT: www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5760159
MSN: accrba@hotmail.com

Marcos Rodrigues disse...

ACCR, Bramz?! Lembre do velho Bob Jeff: "- Sai dai rápido, Zé!".

Nei Bahia disse...

essa azia não vale um sonrisal!!

Anônimo disse...

Desde 1963 sou um adepto(OPS!)Teddy Boy porque meu pai era um legitimo "edwardian drap"e como tal fui criado.Por volta de 76/77estavamos agitando essa paulicéia como prenunciadores punk.As bandas MALA VELHA/IVREICH/GESTAPO(esquecidas no DVD Botinadas)já mostravam a que vieram.As interminaveís repreensões policiais fizeram-nas desistir de continuar.Até 83, punk era politica ativa e diversão até cair nas baixarias,babaquices,mal gosto e fundamentalismo piegas.De lá pra cá retornei minhas raizes eduardianas(TED BOY)mesmo com 61 anos.Odeio violencia gratuita,porque sou de uma geração se o cidadão quer se impor ou mostrar respeito,a briga tem de ser "mano a mano,ninguém entra".Também pelo fato de ser protestante,é ridicúlo um cristão como eu cair a tal nivel idiota.Mas o mundo é isso mesmo,cada um tem sua caminhada,tem seus momentos bons e maus.O que importa é cumprir os compromissos,fazer a diferença dentro de uma verdadeira humildade,lutar pelo que se acredita,dar uma força onde precizarem,fazer desse mundo uma coisa legal, mesmo sabendo que é dificilímo.A minha receita é JESUS CRISTO,trabalho braçal e...muito,mas muito HILLBILLY ROCK-HILLBILLY ROLL!!!

Ernesto Ribeiro disse...

"Punk é Pacifismo"

Permita que eu discorde?

Qualquer pessoa que me conheça sabe que NINGUÉM é mais fã de Punk Rock do que eu. Claudio Moreira é o primeiro a atestar que "Ernesto Ribeiro é o último a deixar as barricadas do Movimento Punk em 78" e por aí vai. Já transitei pela cena punk dos EUA, Inglaterra e São Paulo, e conheço de perto os PUNKEKAS baianos. Participei da criação da cena punk em Salvador quando assistia os shows do Camisa de Venus desde 1983. Assisti todos os documentários sobre o assunto. Minha biblioteca especializada tem todos os livros e autobiografias punks em português e um importado em inglês. Estudei a fundo a História do Punk e escrevi até uma tese sobre isso.

Então, acho que tenho o direito de dizer com alguma propriedade o seguinte:

SER PUNK É SER VIOLENTO.

E mais: ser punk é muitas vezes ser CRIMINOSO ou simpatizante de grandes criminosos.


A palavra "punk" SEMPRE foi usada na língua inglesa para definir MARGINAIS. Vagabundos. Imprestáveis. Prostitutas. E, principalmente, BANDIDOS. Desde a peça de William Shakespeare "Medida por Medida" em que ao final um personagem se recusa a cumprir a ordem do rei de se casar com uma prostituta, dizendo: "Casar com um punk é apressar a própria morte."

Eu amo a beleza da arte, mas não os artistas. Amo o Punk Rock bem feito dos Sex Pistols, Clash, Dead Kennedys, Camisa de Venus, Stooges, Offspring e algumas canções dos Ramones.

Mas, pessoalmente, eu sei que muitos deles são seres humanos PODRES por dentro e por fora.

Punks esfaquearam e mataram o garçom John Clayton Moreira Batista, nos Jardins, por ele não ter lhes emprestado um isqueiro.

Quatro adultos e quatro adolescentes – que fariam parte do grupo Devastação Punk – foram detidos pela polícia.

O menor G. C., 17 anos, foi espancado por um grupo de 25 punks, que saíam de uma casa noturna no Bom Retiro. Nove foram detidos.

O balconista Jaílton de Souza Pacheco foi esfaqueado e morto, no centro, por três jovens que se identificaram como punks. Motivo: ele se recusou a fazer um desconto na venda de um pedaço de pizza.

Um punk paulista que foi vítima de skinheads, assassinado a pancadas e facadas, era um membro da Devastação Punk, uma das gangues mais violentas de São Paulo. Era, confessadamente, um rematado brigão, que andava armado de soco inglês e estava sendo investigado pela polícia por um homicídio cometido em 2007. Morreu no curso de uma pancadaria infernal, na qual estiveram envolvidas duas centenas de pessoas, e até agora não se sabe precisamente quem o matou.

O vocalista Pádua, da banda punk brasileira da banda Passeatas, tentou jogar na própria platéia uma bomba de coquetel molotov que explodiu na mão dele, mutilando-o. "Na época, a intenção era machucar todo mundo mesmo", conta Pádua, que hoje usa um gancho no braço direito. Ele tentou ASSASSINAR os próprios fãs, ou as pessoas que tiveram a infelicidade de ir assistir um show dele.

Jayne County gratuitamente atacou Dick Manitoba com um pedestal do microfone e quebrou-lhe os ossos da clavícula. Sid Vicious agredia pessoas na rua gratuitamente, tentando dar chutes no rosto de Steve Dior e outros punks. Cheetah Chrome matou um porquinho atirando-o pela janela de um prédio.

E quase todos eles eram NAZISTAS.

Ernesto Ribeiro disse...

TODAS as bandas punks rock americanas e inglesas até o final dos anos 70 possuíam pelo menos um integrante que simpatizava com os názis e vestiam a suástica até em bandeiras nos shows, como Siouxsie and the Banshees, que deixaram isso explícito na canção "Too Many Jews for My Liking". ("Há Judeus Demais Para o Meu Gosto")


Ron Asheton foi o precursor, inventando o Punk Rock e inaugurando a obsessão pelo nazismo. "Aprendi alemão só para ouvir os discursos de Hitler. No casamento de Iggy com uma garota judia, fui o padrinho, vestido com o uniforme do Exército Nazista com todas as medalhas do Terceiro Reich e hasteei a bandeira da suástica."


Mick Jones e Paul Simonon começaram a carreira na banda London SS. Dee Dee Ramone e os Dead Boys colecionavam suásticas e armas do Exército Nazista. Johnny Blitz tinha uma tatuagem da suástica quando tinha sido esfaqueado e ia ser operado na emergência por um médico judeu, que passou o serviço para um cirurgião negro. Assim como pessoas ligadas aos Ramones, como os empresários Arturo Vega e Danny Fields, que eram simultaneamente drogados, viados, judeus e nazistas.


Isso sem contar os desvios de caráter não-violentos, que TODOS eles tinham.


Iggy Pop e Scott Asheton foram traficantes de heroína. Wayne Kramer do MC5 vendia cocaína.


Arturo Vega era um pedófilo que sonhava em trepar com BEBÊS.


John Lydon admite orgulhosamente que serviu FEZES misturadas na comida para os amigos da esposa dele comerem.



Johnny Ramone era fã do psicopata assassino Charles Manson. Mick Jones admirava tanto o traficante brasileiro Escadinha que fez uma canção para o mafioso. Os caras do Clash eram COMUNISTAS, e o próprio Joe Strummer se arrependeu disso no final da vida, definindo-se assim: "Era isso o que nós éramos, uma gangue de stalinistas."


Joey Ramone eram um TRAVESTI vagabundo de dois metros de altura que roubava da própria mãe todos os vestidos, jóias, maquiagem e sapatos de salto alto. Ele foi expulso de casa porque era mesmo um merda imprestável parasita, e foi internado num hospício várias vezes. Não é por nada que os 4 Ramones se odiavam tanto que nem falavam um com o outro.


Iggy Pop é abominável. Um maldito travesti viciado débil-mental com cara de débil-mental, olhar de débil-mental, cabelo de débil-mental, roupas de débil-mental, atitudes de débil-mental e voz de débil-mental, berrando letras de débil-mental que ele nunca soube cantar. Ele sempre morreu de inveja dos colegas de banda, a quem ele depreciava, caluniava e trapaceava até destruir os Stooges. Quando ele se afundava nas drogas e na piscina se afogando, os Stooges diziam: "Deixe ele se fuder! Vai ter o que merece!"


Sid Vicious era uma FARSA de um MERDA POSER DÉBIL MENTAL CAGÃO, o verme mais desprezível que já rastejou sobre a terra --- tudo de ruim que o punk nunca devia ser. Destruiu os Sex Pistols em um ano. Nos show, ele não tocava nada. NADA. Apenas batia a esmo nas cordas do contrabaixo. Ao vivo, os próprios colegas de banda mantiam o amplificador dele DESLIGADO, porque eles tocavam uma coisa e ele outra. Ele NUNCA tocou porra nenhuma, literalmente. Os únicos registros gravados dele em estúdio são dele como cantor --- um cantorzinho de merda, com voz pastosa de débil-mental.


A imagem que fica dele é a do perdedor ensangüentado, que se cortava pra chamar atenção. Um IMBECIL fazendo cara de mau. A imagem divulgada pelo SISTEMA como "modelo perfeito de punk" para enganar os jovens e desmoralizar o Movimento Punk.



Óbvio redundante: "o caráter de um movimento é feito pelas pessoas que o fazem."

Ernesto Ribeiro disse...

Nada mais constrangedor do que os PUNKEKAS brasileiros: MACACOS copiando as aparências, imitando todos os defeitos. UNIFORMIZADOS, sem criatividade nem originalidade ou talento. IGNORANTES COLONIZADOS usando a farda de jaqueta de couro preta mesmo num calorão tropical. RIDÍCULOS. Brigando por nada, cheios de viadagens e retardadices, com apelidos patéticos: "Debilóide" "Morto" são piadas ruins de quem quer ser fracassado. DESPREZÍVEIS. Vestindo correntes sem saber usá-las, só fazendo merda...


...PALHAÇOS.

Anônimo disse...

O comunismo e o anarquismo vermelho é cria da praga judaica sionista. Punk tem mais é que se foder, apanhar ou dar um tiro na cabeça desses lixos humanos.