-Semana passada chegou às minhas mãos o Hot Fuss, disco dos Killers que está explodindo a banda.A primeira audição no Rock Loco da semana passada junto com Bigs não impressionou, mas seguidas audições grudaram feito chiclete no ouvido, e agora não sai do cd player. Trafegando entre o tecnopop e o gotico, o disco está desde já entre os melhores do ano. Enquanto não sai por aqui baixe na net.A Rolling Stone estava certa.
-Tambem merece menção o fenomenal "Antics" , novo do Interpol totalmente disponivel na net.Destaque para "Take you on a cruise" e a belissima "Not even Jail".Alias este disco é um dos maiores casos de vazamento na net do ano.A atmosfera do disco é sufocante, e apesar da obvia emulação do Joy Division, o tema recorrente é alienação e não desejo de morte.Ansiedade pura.No que dá misturar anfetamina com calmantes.
-Outros lançamentos nas gringas que merecem destaque, o novo do Durutti Column,"Tempus Fugit"(olha aê Messias) e depois de 15 anos o segundo disco dos reis do pós-rock,o Bark Psyscosis, "Codename:Dustsucker".
-brincando de deus fucking rules!
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
quinta-feira, setembro 30, 2004
quarta-feira, setembro 29, 2004
MÃOS DE FOGUINHO: UNI-VOS!
Último show em Salvador
A banda de heavy metal DREARYLANDS realizará seu último show em Salvador este ano no próximo dia 8 de outubro. O evento acontecerá no Clube de Engenharia, na rua Carlos Gomes, Centro, a partir das 21h, e contará com a participação de duas outras bandas, Insaintfication e Draconi. Os ingressos custam R$ 6,00.
No dia seguinte a DREARYLANDS vai à cidade de Alagoinhas participar do festival Alagohell, juntamente com grupos da região e de Salvador.
Já no final do mês de outubro, a banda embarca para São Paulo, onde tocará em algumas casas da capital e interior e se apresentará ao vivo no programa Stay Heavy, uma referência para o meio metálico brasileiro. Veiculado todo domingo pela emissora a cabo allTV, o programa pode ser assistido em todo o mundo via Internet. Para assistir acesse www.alltv.com.br ou o site do webzine Skyhell www.skyhell.net, aos domingos entre 13h e 15h. Conheça mais sobre o Stay Heavy no www.stayheavy.com.br.
é isso... por enquanto
ósculos e amplexos
Leo Leão
www.drearylands.com
www.fotolog.net/drearylands
A banda de heavy metal DREARYLANDS realizará seu último show em Salvador este ano no próximo dia 8 de outubro. O evento acontecerá no Clube de Engenharia, na rua Carlos Gomes, Centro, a partir das 21h, e contará com a participação de duas outras bandas, Insaintfication e Draconi. Os ingressos custam R$ 6,00.
No dia seguinte a DREARYLANDS vai à cidade de Alagoinhas participar do festival Alagohell, juntamente com grupos da região e de Salvador.
Já no final do mês de outubro, a banda embarca para São Paulo, onde tocará em algumas casas da capital e interior e se apresentará ao vivo no programa Stay Heavy, uma referência para o meio metálico brasileiro. Veiculado todo domingo pela emissora a cabo allTV, o programa pode ser assistido em todo o mundo via Internet. Para assistir acesse www.alltv.com.br ou o site do webzine Skyhell www.skyhell.net, aos domingos entre 13h e 15h. Conheça mais sobre o Stay Heavy no www.stayheavy.com.br.
é isso... por enquanto
ósculos e amplexos
Leo Leão
www.drearylands.com
www.fotolog.net/drearylands
segunda-feira, setembro 27, 2004
Vamos rapidamente que o bicho tá pegando
Me surpreendi com o show da Sangria no Berinjela. Já tinha boas expectativas pelo q tinha ouvido falar e coisa e tal, mas essa apresentação, curta, grossa e astral foi tão boa e me causou uma impressão tão positiva, que não me causará espanto se, em pouco tempo, a Sangria se tornar uma das bandas mais queridas e requisitadas no circuito rock da cidade. Também, não era para menos: com a experiência de Apú e a energia de Bola nas guitarras, a segurança de Pedro Bó no baixo, o magnetismo e carisma de Maurão nos vocais e a cavalice de Emanuel (revelação) na bateria, não dava para esperar por menos. Riffs pesados, bateria animalesca... enfim, um puta show de rock no talo. Destaque para as covers Lay, lady lay de Dylan na linha daquela versão do Ministry e Deep down my throat, da Úteros em Fúria (e por sinal, única música de autoria de Apú no disco da Úteros), ótimas. Abrindo o fim de tarde, a Theatro de Seraphin fez o seu competente show, já visto em outras ocasiões. Confesso que não é minha banda preferida, mas também não desgosto. Acho que vou gostar mais quando ouvir o CD em casa, com calma, acompanhando as letras. Menino Júnior sola sua guitarra q é uma beleza, e acho q seu professor Borel certamente sorri ao ouvi-lo, de lá do outro lado, mas talvez meu amigo Nariga devesse pensar em encurtar só um pouquinho seus belos solos. Talvez. E só um pouquinho, maluco, zangue comigo não! A brincando de deus foi aquilo de sempre: excelente. Não vou comentar um negócio que não precisa de retoque, até por q my time is short now. Deixa passar logo pr'outro assunto q tô sem tempo: ZEZÃO, NÃO SAIU! Pra quando é afinal? Dá um toque pra gente aê! Fui.
PRA COMEÇO DE CONVERSA,
na minha humirde ainda q por vezes estúpida opinião, tocar no Rock in Rio já tá errado logo de cara. Bom, eu num sou músico nem nada, então vou apenas reproduzir o email q recebi. Cada um q tire suas conclusões.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Olá a todos. Pedimos sinceras desculpas a todos que estiveram no Rock In Rio Café nesse sábado, dia 25/09, esperando ver uma apresentação do Automata e não a viram. O nosso show não aconteceu porque a administração do Rock In Rio Café alegou não ter sido paga pela Eh Show! Produções, a produtora do
evento, e que, portanto, não valeria custear luz e etc com a presença de poucas pessoas no local. É curioso, entretanto, que isso só tenha ocorrido após a apresentação das outras duas bandas escaladas para o evento, Mosiah e Superfly. Encorajamos fortemente que as cerca de 40 pessoas que estavam na casa de shows e
compraram ingressos para nos ver entrem em contato com a Eh Show! Produções através dos
telefones 245-0091 (Luana), 8824-4133 (Eric), 8825-0091, 248-6932, 8805-1928 ou 3491-8817 e exijam seu dinheiro de volta. O ressarcimento pode ser obtido amigavelmente ou através de queixa no Juizado de Pequenas Causas. O que se seguiu a esse impedimento imposto foi uma tentativa da banda protestar
ao ligar nossos amplificadores o mais alto possível e tocarmos mesmo assim, sem PAs ou microfones. Durante a execução da primeira música do set, "Sob Céus de Ba(h)ía", muitos não entenderam porque não se ouvia a voz de Sérgio ou o instrumental através dos PAs, apesar do vocalista ter sinalizado a todos que o som havia sido "limado". Então, próximo ao final da música, ao perceberem os gestos contundentes de protesto do vocalista, os técnicos da casa desplugaram os amplificadores das tomadas, obrigando a banda a parar. Um chute em
um monitor de palco custou a Cláudio (guitarra e vocal) uma agressão e ameaça de sacar uma arma por parte de um dos seguranças do Rock In Rio Café. A Polícia Militar foi chamada pela banda e uma série de agressões
por parte dos seguranças da casa de shows se sucedeu, culminando com o roubo e destruição de uma câmera filmadora que havia registrado todos os acontecimentos e seus protagonistas. Cerca de 8 pessoas foram agredidas covardemente pelos seguranças do Rock In Rio Café, incluindo Jera (bateria) e sua esposa, a pessoa
que havia filmado tudo. A chegada da Polícia Militar foi lenta e sua ação ineficaz a partir do momento em que os agressores notaram sua presença e aparentemente lacraram-se dentro do Rock In Rio Café. A PM nada fez pois não pode invadir propriedade privada. As devidas providências já foram tomadas, a Polícia Civil
já registrou a ocorrência, e isso é apenas o início do que deve se configurar em algo juridicamente constrangedor para o Rock In Rio Café, que mostrou covardia, incompetência e despreparo para lidar com pessoas, os
consumidores do produto que oferta: serviços. Asseguramos a todos que isso não ficará impune, como muitas coisas nesse país, e pedimos aos demais agredidos fisicamente pelos seguranças do Rock In Rio Café que prestem queixa em alguma delegacia da Polícia Civil o mais rápido possível. Façam a diferença deixando o Rock In Rio Café saber que agiram com covardia; liguem para lá e afirmem que boicotarão a casa a partir de
agora. O telefone é 461-0300. Obrigado,
AUTOMATA. www.automata.art.br Jera jera@automata.art.br shows@automata.art.br
71-8804-5681 ICQ:31527559 MSN:jelmet@yahoo.com AOL:jeracravo
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Olá a todos. Pedimos sinceras desculpas a todos que estiveram no Rock In Rio Café nesse sábado, dia 25/09, esperando ver uma apresentação do Automata e não a viram. O nosso show não aconteceu porque a administração do Rock In Rio Café alegou não ter sido paga pela Eh Show! Produções, a produtora do
evento, e que, portanto, não valeria custear luz e etc com a presença de poucas pessoas no local. É curioso, entretanto, que isso só tenha ocorrido após a apresentação das outras duas bandas escaladas para o evento, Mosiah e Superfly. Encorajamos fortemente que as cerca de 40 pessoas que estavam na casa de shows e
compraram ingressos para nos ver entrem em contato com a Eh Show! Produções através dos
telefones 245-0091 (Luana), 8824-4133 (Eric), 8825-0091, 248-6932, 8805-1928 ou 3491-8817 e exijam seu dinheiro de volta. O ressarcimento pode ser obtido amigavelmente ou através de queixa no Juizado de Pequenas Causas. O que se seguiu a esse impedimento imposto foi uma tentativa da banda protestar
ao ligar nossos amplificadores o mais alto possível e tocarmos mesmo assim, sem PAs ou microfones. Durante a execução da primeira música do set, "Sob Céus de Ba(h)ía", muitos não entenderam porque não se ouvia a voz de Sérgio ou o instrumental através dos PAs, apesar do vocalista ter sinalizado a todos que o som havia sido "limado". Então, próximo ao final da música, ao perceberem os gestos contundentes de protesto do vocalista, os técnicos da casa desplugaram os amplificadores das tomadas, obrigando a banda a parar. Um chute em
um monitor de palco custou a Cláudio (guitarra e vocal) uma agressão e ameaça de sacar uma arma por parte de um dos seguranças do Rock In Rio Café. A Polícia Militar foi chamada pela banda e uma série de agressões
por parte dos seguranças da casa de shows se sucedeu, culminando com o roubo e destruição de uma câmera filmadora que havia registrado todos os acontecimentos e seus protagonistas. Cerca de 8 pessoas foram agredidas covardemente pelos seguranças do Rock In Rio Café, incluindo Jera (bateria) e sua esposa, a pessoa
que havia filmado tudo. A chegada da Polícia Militar foi lenta e sua ação ineficaz a partir do momento em que os agressores notaram sua presença e aparentemente lacraram-se dentro do Rock In Rio Café. A PM nada fez pois não pode invadir propriedade privada. As devidas providências já foram tomadas, a Polícia Civil
já registrou a ocorrência, e isso é apenas o início do que deve se configurar em algo juridicamente constrangedor para o Rock In Rio Café, que mostrou covardia, incompetência e despreparo para lidar com pessoas, os
consumidores do produto que oferta: serviços. Asseguramos a todos que isso não ficará impune, como muitas coisas nesse país, e pedimos aos demais agredidos fisicamente pelos seguranças do Rock In Rio Café que prestem queixa em alguma delegacia da Polícia Civil o mais rápido possível. Façam a diferença deixando o Rock In Rio Café saber que agiram com covardia; liguem para lá e afirmem que boicotarão a casa a partir de
agora. O telefone é 461-0300. Obrigado,
AUTOMATA. www.automata.art.br Jera jera@automata.art.br shows@automata.art.br
71-8804-5681 ICQ:31527559 MSN:jelmet@yahoo.com AOL:jeracravo
sexta-feira, setembro 24, 2004
BANDINHAS OBSCURAS (E DAS ANTIGAS) QUE VALEM A PENA CONHECER
Feliz da vida por finalmente ter conseguido colocar meu toca-discos para funcionar após uns três anos longe dos vinis, voltei minha atenção nas últimas semanas para minhas velhas bolachonas e re-ouvi e re-avaliei vários disquinhos antigos de bandas que, se chegaram a desfrutar de alguma fama (ou no mínimo, críticas favoráveis na saudosa Bizz) 15 atrás, hoje quase ninguém se lembra. Pensando nisso, resolvi enumerar aqui algumas dessas bandas. Se alguém aí conhece alguma(s) dela(s), ou vier a conhece-la(s) via Soulseek e similares, please, compartilhe suas impressões com o Rock Loco lá embaixo nos comments.
THE WATERBOYS: essa banda fazia Pepe Escobar, o mais pernóstico e chupador dos críticos da Bizz, subir nas tamancas e delirar com seu som mezzo rock, mezzo música folclórica de pescadores irlandeses. Começou em 1983 com o escocês Mike Scott e chegou a fazer sucesso até mesmo no Brasil em 86 com o hit The whole of the moon, lindíssima canção cheia de belas imagens em sua poética letra. Diziam fazer um negócio chamado big music, que creio eu, era um lance intenso, quase sempre em tons altos, empolgante. Mike Scott esbanjava emoção com sua voz esganiçada e quase sempre desafinada, mas mesmo assim, era uma ótima banda. Tinha um saxofonista também, coisa que muita gente acha brega pra caralho, por associar o instrumento àquelas músicas de motel, na linha da famigerada Why worry, dos dispensáveis Dire Straits. Tolice. Um saxofone bem encaixado e tocado sem afetação pode arrepiar a nuca até do mais empedernido indie rocker. Recomendados: This is the sea (1985, contém o hit acima citado), Fisherman?s blues (1988, mais próximo da música folclórica celta e melhor disco da banda na minha opinião) e Greatest Hits (1991), este último disponível na Escalpo para alugar e copiar. Vale bastante a pena.
http://www.mikescott.com/
http://www.netsonic.fi/~steiner/Waterboys/
http://www.waterboysfans.com/
JOE STRUMMER AND THE LATINO ROCKABILLY WAR: Tio Joe Strummer dispensa apresentações: líder do Clash, banda seminal do punk inglês, blah, blah, blah, como diria Iggy Pop. Após o fim da banda, Mick Jones, o outro frontman clashiano, fundou o bacana B.A.D., Big Audio Dynamite, lançou alguns discos legais (em 85 e 86) e até esteve no Brasil em 87 ou 88 para shows que quem viu, diz que foi descaralhante. Tio Joe, por sua vez, levou algum tempo para se aviar na vida, mas quando o fez, mandou bem pra cacete. Em 1989, ele lançou com a Latino Rockabilly War (que nome genial) a trilha sonora de um hoje esquecido filme, intitulado Permanent record, (no Brasil, Para sempre na memória). No filme, um jovem e desconhecido Keanu Reeves fazia pouco mais que lamentar a perda do melhor amigo e companheiro de banda, que se suicidara de forma brusca e brutal. Na trilha, Joe Strummer mandava ver com uns rocks maravilhosos que, sim, lembravam o Clash e transbordavam de energia, só que pareciam contar com o Peninha (do Barão Vermelho), na percussa. Bom demais. Coisa que faria aqueles fedelhos do Libertines darem um braço para chegar perto, sabe? Pena que as músicas dele só ocupavam o lado A do disco. No B, só duas músicas se salvavam: uma faixa do Lou Reed, que até aparece rapidamente no filme em uma cena ótima (Something happened, legal) e outra do Stranglers (All day and all of the night, cover clássico dos Kinks). O resto era baba, mesmo. Mas o lado A resplandecia. No ano seguinte, ele lançou um vinil cheio, Earthquakes alguma coisa, num lembro direito. Saiu no Brasil, mas não cheguei a ouvir. Deve ser no mesmo nível, imagino. Mais tarde, Joe dissolveria o L.R.W. e lançaria discos com os Mescaleros. Depois ele morreu. Triste.
http://www.strummersite.com/
http://www.joestrummer.us/Latino.html
HOTHOUSE FLOWERS: Outra banda que fazia um cruzamento de música folclórica celta / irlandesa com rock, só que aqui, eles puxavam mais para um acento soul music, que devo dizer, me agradava bastante ali pelos idos de 89, 90. Originária de Dublin, os Flores de Estufa chegaram a ter o aval de Bono Vox quando começaram e lançaram dois belos discos no fim dos anos 80: People (1988, o melhor deles) e Home (1990). Depois disso, sumiram. Pena, pois não faziam feio, não. O vocalista era super carismático e esbanjava emoção tentando emular os grandes cantores de soul music (coisa que, hoje, a gracinha Joss Stone parece fazer com um pé nas costas). Nunca vi cd deles em lugar nenhum. Engraçado como lembram o The Comitments, banda do maravilhoso filme de mesmo nome do Alan Parker. Dublinenses fazendo soul. Exótico, bacana: boa música bem tocada e bem gravada.
http://www.hothouseflowers.com/
http://www.vh1.com/artists/az/hothouse_flowers/bio.jhtml
THE HOUSE OF LOVE: Ainda me lembro da frase que abria a crítica do disco de estréia deles na Bizz, em 1988: ?Guy Chadwick (o band leader) é o grande bardo alemão do rock inglês?. Passei anos achando que o cara era alemón, mas na verdade, o tal crítico, que não lembro quem era, se referia ao estilo deprezão e ligeiramente perverso das letras do rapaz. Nessa, os indies vão se amarrar. Ou já se amarram. Pelo menos, os mais espertos entre eles. Oriunda do cast do selo Creation, de Alan McGee, o grande artífice da geração shoegazer, o House of Love carregava nas guitarras embebidas em fuzz, nos vocais abafados e tristonhos e climas, digamos, chuvosos. Pode-se dizer que o HOL é uma espécie de elo perdido do britpop, pois fez a ponte entre os anos Smiths e o início da cena propriamente dita, com Oasis e companhia. Só conheço o primeiro disco (The House of Love, 1988), lançado aqui em vinil pela Stiletto, que na época, tava bombando, lançando no Brasil Bauhaus, Joy Division, Cocteau Twins, The Fall e outras preciosidades pós-punk em vinil. Sublime, recomendadíssimo, ouçam e chorem, indie boys and girls, chorem. Os discos seguintes eu não cheguei a ouvir, vi apenas um clipe de uma música no Lado B da MTV uma vez e me decepcionei. A fórmula original estava diluída e já havia perdido seu efeito.
Unoficial House of Love: http://hem.passagen.se/nyholm/holindex.html
Oficial Guy Chadwick: http://website.lineone.net/~shineon.productions/
http://www.trouserpress.com/entry.php?a=house_of_love
KILLING JOKE: Legítima representante geração pós-punk inglesa, o Killing Joke tá aí há mais de 20 anos e até hoje zoa os ouvidos do seu fiel séqüito de fãs, lançando discos cada vez mais pesados, obscuros e barulhentos. Apresentando batidas tribais, guitarras desconjuntadas, letras apocalípticas, depressivas e revoltadas com a estupidez humana, o Killing Joke definitivamente não é aquela banda que você vai querer ouvir para relaxar depois de um dia de trabalho. A não ser que você tenha um chefe tirânico e odiento, aí pode ser uma boa opção para desopilar o fígado e soltar os bichos sozinho, no escuro do quarto (o que é ótimo às vezes). Não à toa, Kurt Cobain era tão fã da banda, que chupou os riffs iniciais de Eighties, faixa do ótimo disco Nightime (1985), para a introdução do hit Come as you are, do clássico Nevermind, de 91 (e que mano Caetano fez o favor de cagar em cima, só por que queria e pronto. Ah, bastardo!). E a ligação como o clã Nirvana não parou por aí: recentemente, Dave Grohl participou (ou ficou de participar? Help, Bramz!) de um disco da banda. Moral é isso aí, neguinho. Outro disco recomendado, esse relativamente fácil de achar em cd, é o sombrio Pandemonium (1994), um verdadeiro compêndio de como fazer música caótica e apocalíptica. Produzido por Youth (que também já trabalhou com o U2 e o Depeche Mode), o som é um verdadeiro abismo sonoro que mistura timbres eletrônicos, guitarras pesadíssimas, bateria seca, violinos e exóticos instrumentos egípcios com o conceito de matemática fractal ou do caos (por sinal, título de uma das músicas). Para completar, ainda teve faixas gravadas na tumba de um faraó, dentro de uma pirâmide egípcia! Sensacional, climão. Na época do lançamento, saiu uma notícia na Bizz que dizia que, em algumas casas noturnas de Londres, algumas pessoas tinham ânsias de vômito e passavam mal quando rolava a macabra faixa Exorcism na pista de dança. Sinistro. E muito bacana também.
http://www.killingjoke.com/
http://www.killing-joke.com/
DIESEL PARK WEST: Agora o bicho pegou. Sei quase nada dessa banda. Tenho em vinil o único disco deles que saiu no Brasil, Shakespeare Alabama (1988). Eram britânicos, mas na época, a Bizz os classificou como ?a mais americana das bandas inglesas?, de forma elogiosa. Ouvi bastante na época e curti muito sua sonoridade algo country rock, mas com aquelas melodias doces que só os britânicos são capazes de engendrar de forma que faz parecer tão fácil. O vocalista é bem bacana. Pesquisando no site oficial, descobri que a banda existe até hoje, lançando discos e sobrevivendo no underground, possivelmente graças à uma fiel legião de fãs. No primeiro mundo tem dessas coisas. Em si, a banda não tem nada demais, mas também, nada de menos. Enfim: corra atrás por sua própria conta e risco. Pode valer a pena. Ou não...
http://www.dieselparkwest.com/
http://members.tripod.com/~gski/tripodindex.html
THE HOOTERS: Deixei a mais fraquinha dessa leva para o final. Naturais da Filadélfia, os Hooters foram vendidos nos anos 80 como a banda que acompanhou a Cindy Lauper no início de sua carreira. Hummm... O som era um pop new wave que se em alguns momentos chegava a empolgar, deixando o ouvinte com vontade de bater os pés ou até mesmo dançar, em outros, resvalava com vontade no pop radiofônico mais chinfrim. Se for arriscar, recomendo os discos de 1987, One way home, e o seguinte, Zig zag (1989). Cada um tem duas ou três babinhas de rádio chatas, mas de resto, é um som bem americano legal da época, bem trilha sonora dos filmes adolescentes de Hollywood, tipo Te pego lá fora ou Namorada de aluguel. Na época chamavam de MOR (middle of the road) rock, música para se ouvir dirigindo. Inofensivo, animado na maior parte do tempo e descontraído. Ótimo também para ouvir varrendo a casa, dançando com a vassoura.
http://www.thehooters.net/
http://www.ipass.net/chasb/hooters.htm
http://www.thehooters.de/
Por hoje é só, pessoal. Tio Chico cansou.
THE WATERBOYS: essa banda fazia Pepe Escobar, o mais pernóstico e chupador dos críticos da Bizz, subir nas tamancas e delirar com seu som mezzo rock, mezzo música folclórica de pescadores irlandeses. Começou em 1983 com o escocês Mike Scott e chegou a fazer sucesso até mesmo no Brasil em 86 com o hit The whole of the moon, lindíssima canção cheia de belas imagens em sua poética letra. Diziam fazer um negócio chamado big music, que creio eu, era um lance intenso, quase sempre em tons altos, empolgante. Mike Scott esbanjava emoção com sua voz esganiçada e quase sempre desafinada, mas mesmo assim, era uma ótima banda. Tinha um saxofonista também, coisa que muita gente acha brega pra caralho, por associar o instrumento àquelas músicas de motel, na linha da famigerada Why worry, dos dispensáveis Dire Straits. Tolice. Um saxofone bem encaixado e tocado sem afetação pode arrepiar a nuca até do mais empedernido indie rocker. Recomendados: This is the sea (1985, contém o hit acima citado), Fisherman?s blues (1988, mais próximo da música folclórica celta e melhor disco da banda na minha opinião) e Greatest Hits (1991), este último disponível na Escalpo para alugar e copiar. Vale bastante a pena.
http://www.mikescott.com/
http://www.netsonic.fi/~steiner/Waterboys/
http://www.waterboysfans.com/
JOE STRUMMER AND THE LATINO ROCKABILLY WAR: Tio Joe Strummer dispensa apresentações: líder do Clash, banda seminal do punk inglês, blah, blah, blah, como diria Iggy Pop. Após o fim da banda, Mick Jones, o outro frontman clashiano, fundou o bacana B.A.D., Big Audio Dynamite, lançou alguns discos legais (em 85 e 86) e até esteve no Brasil em 87 ou 88 para shows que quem viu, diz que foi descaralhante. Tio Joe, por sua vez, levou algum tempo para se aviar na vida, mas quando o fez, mandou bem pra cacete. Em 1989, ele lançou com a Latino Rockabilly War (que nome genial) a trilha sonora de um hoje esquecido filme, intitulado Permanent record, (no Brasil, Para sempre na memória). No filme, um jovem e desconhecido Keanu Reeves fazia pouco mais que lamentar a perda do melhor amigo e companheiro de banda, que se suicidara de forma brusca e brutal. Na trilha, Joe Strummer mandava ver com uns rocks maravilhosos que, sim, lembravam o Clash e transbordavam de energia, só que pareciam contar com o Peninha (do Barão Vermelho), na percussa. Bom demais. Coisa que faria aqueles fedelhos do Libertines darem um braço para chegar perto, sabe? Pena que as músicas dele só ocupavam o lado A do disco. No B, só duas músicas se salvavam: uma faixa do Lou Reed, que até aparece rapidamente no filme em uma cena ótima (Something happened, legal) e outra do Stranglers (All day and all of the night, cover clássico dos Kinks). O resto era baba, mesmo. Mas o lado A resplandecia. No ano seguinte, ele lançou um vinil cheio, Earthquakes alguma coisa, num lembro direito. Saiu no Brasil, mas não cheguei a ouvir. Deve ser no mesmo nível, imagino. Mais tarde, Joe dissolveria o L.R.W. e lançaria discos com os Mescaleros. Depois ele morreu. Triste.
http://www.strummersite.com/
http://www.joestrummer.us/Latino.html
HOTHOUSE FLOWERS: Outra banda que fazia um cruzamento de música folclórica celta / irlandesa com rock, só que aqui, eles puxavam mais para um acento soul music, que devo dizer, me agradava bastante ali pelos idos de 89, 90. Originária de Dublin, os Flores de Estufa chegaram a ter o aval de Bono Vox quando começaram e lançaram dois belos discos no fim dos anos 80: People (1988, o melhor deles) e Home (1990). Depois disso, sumiram. Pena, pois não faziam feio, não. O vocalista era super carismático e esbanjava emoção tentando emular os grandes cantores de soul music (coisa que, hoje, a gracinha Joss Stone parece fazer com um pé nas costas). Nunca vi cd deles em lugar nenhum. Engraçado como lembram o The Comitments, banda do maravilhoso filme de mesmo nome do Alan Parker. Dublinenses fazendo soul. Exótico, bacana: boa música bem tocada e bem gravada.
http://www.hothouseflowers.com/
http://www.vh1.com/artists/az/hothouse_flowers/bio.jhtml
THE HOUSE OF LOVE: Ainda me lembro da frase que abria a crítica do disco de estréia deles na Bizz, em 1988: ?Guy Chadwick (o band leader) é o grande bardo alemão do rock inglês?. Passei anos achando que o cara era alemón, mas na verdade, o tal crítico, que não lembro quem era, se referia ao estilo deprezão e ligeiramente perverso das letras do rapaz. Nessa, os indies vão se amarrar. Ou já se amarram. Pelo menos, os mais espertos entre eles. Oriunda do cast do selo Creation, de Alan McGee, o grande artífice da geração shoegazer, o House of Love carregava nas guitarras embebidas em fuzz, nos vocais abafados e tristonhos e climas, digamos, chuvosos. Pode-se dizer que o HOL é uma espécie de elo perdido do britpop, pois fez a ponte entre os anos Smiths e o início da cena propriamente dita, com Oasis e companhia. Só conheço o primeiro disco (The House of Love, 1988), lançado aqui em vinil pela Stiletto, que na época, tava bombando, lançando no Brasil Bauhaus, Joy Division, Cocteau Twins, The Fall e outras preciosidades pós-punk em vinil. Sublime, recomendadíssimo, ouçam e chorem, indie boys and girls, chorem. Os discos seguintes eu não cheguei a ouvir, vi apenas um clipe de uma música no Lado B da MTV uma vez e me decepcionei. A fórmula original estava diluída e já havia perdido seu efeito.
Unoficial House of Love: http://hem.passagen.se/nyholm/holindex.html
Oficial Guy Chadwick: http://website.lineone.net/~shineon.productions/
http://www.trouserpress.com/entry.php?a=house_of_love
KILLING JOKE: Legítima representante geração pós-punk inglesa, o Killing Joke tá aí há mais de 20 anos e até hoje zoa os ouvidos do seu fiel séqüito de fãs, lançando discos cada vez mais pesados, obscuros e barulhentos. Apresentando batidas tribais, guitarras desconjuntadas, letras apocalípticas, depressivas e revoltadas com a estupidez humana, o Killing Joke definitivamente não é aquela banda que você vai querer ouvir para relaxar depois de um dia de trabalho. A não ser que você tenha um chefe tirânico e odiento, aí pode ser uma boa opção para desopilar o fígado e soltar os bichos sozinho, no escuro do quarto (o que é ótimo às vezes). Não à toa, Kurt Cobain era tão fã da banda, que chupou os riffs iniciais de Eighties, faixa do ótimo disco Nightime (1985), para a introdução do hit Come as you are, do clássico Nevermind, de 91 (e que mano Caetano fez o favor de cagar em cima, só por que queria e pronto. Ah, bastardo!). E a ligação como o clã Nirvana não parou por aí: recentemente, Dave Grohl participou (ou ficou de participar? Help, Bramz!) de um disco da banda. Moral é isso aí, neguinho. Outro disco recomendado, esse relativamente fácil de achar em cd, é o sombrio Pandemonium (1994), um verdadeiro compêndio de como fazer música caótica e apocalíptica. Produzido por Youth (que também já trabalhou com o U2 e o Depeche Mode), o som é um verdadeiro abismo sonoro que mistura timbres eletrônicos, guitarras pesadíssimas, bateria seca, violinos e exóticos instrumentos egípcios com o conceito de matemática fractal ou do caos (por sinal, título de uma das músicas). Para completar, ainda teve faixas gravadas na tumba de um faraó, dentro de uma pirâmide egípcia! Sensacional, climão. Na época do lançamento, saiu uma notícia na Bizz que dizia que, em algumas casas noturnas de Londres, algumas pessoas tinham ânsias de vômito e passavam mal quando rolava a macabra faixa Exorcism na pista de dança. Sinistro. E muito bacana também.
http://www.killingjoke.com/
http://www.killing-joke.com/
DIESEL PARK WEST: Agora o bicho pegou. Sei quase nada dessa banda. Tenho em vinil o único disco deles que saiu no Brasil, Shakespeare Alabama (1988). Eram britânicos, mas na época, a Bizz os classificou como ?a mais americana das bandas inglesas?, de forma elogiosa. Ouvi bastante na época e curti muito sua sonoridade algo country rock, mas com aquelas melodias doces que só os britânicos são capazes de engendrar de forma que faz parecer tão fácil. O vocalista é bem bacana. Pesquisando no site oficial, descobri que a banda existe até hoje, lançando discos e sobrevivendo no underground, possivelmente graças à uma fiel legião de fãs. No primeiro mundo tem dessas coisas. Em si, a banda não tem nada demais, mas também, nada de menos. Enfim: corra atrás por sua própria conta e risco. Pode valer a pena. Ou não...
http://www.dieselparkwest.com/
http://members.tripod.com/~gski/tripodindex.html
THE HOOTERS: Deixei a mais fraquinha dessa leva para o final. Naturais da Filadélfia, os Hooters foram vendidos nos anos 80 como a banda que acompanhou a Cindy Lauper no início de sua carreira. Hummm... O som era um pop new wave que se em alguns momentos chegava a empolgar, deixando o ouvinte com vontade de bater os pés ou até mesmo dançar, em outros, resvalava com vontade no pop radiofônico mais chinfrim. Se for arriscar, recomendo os discos de 1987, One way home, e o seguinte, Zig zag (1989). Cada um tem duas ou três babinhas de rádio chatas, mas de resto, é um som bem americano legal da época, bem trilha sonora dos filmes adolescentes de Hollywood, tipo Te pego lá fora ou Namorada de aluguel. Na época chamavam de MOR (middle of the road) rock, música para se ouvir dirigindo. Inofensivo, animado na maior parte do tempo e descontraído. Ótimo também para ouvir varrendo a casa, dançando com a vassoura.
http://www.thehooters.net/
http://www.ipass.net/chasb/hooters.htm
http://www.thehooters.de/
Por hoje é só, pessoal. Tio Chico cansou.
quinta-feira, setembro 23, 2004
Mais uma vez recebemos nessa terça um roqueiro de Santa Cruz e mais uma banda. Acho que tem mais banda de rock na cidade do que de qualquer outro estilo. Ai vai o que rolou na terça:
Hapy Mondays - Kinky Afro
New Order - Regret
Calexico - Humano
Mutation Lab - Searching for Something
Cansei de Ser Sexy - Meeting Paris Hilton
Ira - Longe de Tudo
Jano be Front - Fausto e o Dragão
Franz Ferdinand - Michael
Zambotronic - Foc Mauris
Arnaldo Baptista - LSD
The Feitos - Um dia você vai querer me Beijar
Titãs - Nome aos Bois
Pixies - Bone Machine
Detroit Cobras - Hey Sailor
Beastie Boys - Sabotage
P-50 - Segunda-feira
Belasco - Oh My!
Coubel - Ligue e Ouça
Le Tigre - Deceptacon
Yoko Ono (c/ John Lennon) - Kiss Kiss Kiss
Joy Division - She´s Lost Control
Hapy Mondays - Kinky Afro
New Order - Regret
Calexico - Humano
Mutation Lab - Searching for Something
Cansei de Ser Sexy - Meeting Paris Hilton
Ira - Longe de Tudo
Jano be Front - Fausto e o Dragão
Franz Ferdinand - Michael
Zambotronic - Foc Mauris
Arnaldo Baptista - LSD
The Feitos - Um dia você vai querer me Beijar
Titãs - Nome aos Bois
Pixies - Bone Machine
Detroit Cobras - Hey Sailor
Beastie Boys - Sabotage
P-50 - Segunda-feira
Belasco - Oh My!
Coubel - Ligue e Ouça
Le Tigre - Deceptacon
Yoko Ono (c/ John Lennon) - Kiss Kiss Kiss
Joy Division - She´s Lost Control
terça-feira, setembro 21, 2004
50 ANOS DO ROCK BAIANO: DATAS
A extensa e bacanuda matéria de Zezão sobre os 50 anos do rock na Bahia está saindo no jornal A Tarde em partes. A primeira parte (anos 50, 60 e 70) saiu no dia 21 de agosto, um sábado. A segunda parte (anos 80) saiu quinze dias depois, em 5 de setembro, domingo. A terceira e quarta, segundo o próprio Zé, sairão nos dias 25 e 26 de setembro, ou seja, sábado e domingo próximos. Quem perdeu as duas primeiras partes pode fuçar nas bibliotecas de suas faculdades para conferir. Coisa fina, para levar para casa e arquivar como material de consulta. Mais informações, no post logo abaixo.
sexta-feira, setembro 17, 2004
FRANCHICO EM CRISE, ANTI-HERÓI AMERICANO, BIG ZÉ E OS 50 ANOS DO ROCK BAIANO
Algo de errado acontece comigo. Estou sem assunto para o blog do Rock Loco. Porra, vou falar de quê? Tim Festival? Pra quê, se vc já pode ler tudo na coluna do Confúcio, digo Lúcio Ribeiro, que já está ali do lado e com todas as informações quentinhas? Vou contar minhas escórias? Pra quê, se o super junky Zap n' Roll, já é a maior sujeira? Acho que eu vou falar de quadrinhos. Melhor: vou dar uma dica de um filme bala, baseado numa revista em quadrinhos que estreou hoje aqui em Salvador, meio na moita, como quem não quer nada. Mas querendo tudo. Está no Cinema do Museu, no Corredor da Vitória, o Anti-Herói Americano, filme baseado na obra de Harvey Pekar, quadrininsta (ou quadrinhista?) undergroud americano de primeira linha. Não sei muito mais sobre o filme, mas a crítica de um modo geral aplaudiu, foi premiado em Sundance e no trailer que vi (quando fui ver Elefante), até o mega-ultra-hiper-super-overmaster Robert Crumb aparece no filme, incentivando o personagem de Pekar a desenhar e ir em frente com a idéia de fazer quadrinhos. Pareceu bem empolgante, pelo menos para este gibimaníaco jurássico que vos escreve.
Ah, um outro lance que merece toda a vossa (e nossa) atenção é a série de reportagens sobre os 50 anos do rock baiano que o jornalista (e meu irmão de fé) Zezão Castro está produzindo para o jornal A Tarde. Já era para falado sobre isso por aqui antes, mas dei mole. Já saíram duas partes, em duas páginas duplas repletas de história, histórias, fotos, capas de discos e compactos, canhotos de ingressos e o escambau. Palmas para o honorável periódico e sua editoria de cultura por abrir um espaço tão grande e privilegiado para o merecido registro definitivo da (até então não-contada) história do rock baiano. Na primeira parte da extensa reportagem, Zezão enfocou os anos 50, 60 e 70. Na segunda, os anos 80. Vai ter uma terceira (sobre os anos 90), e possivelmente uma quarta parte (anos 00?). Em e-mail recebido por mim essa semana, Zezão colocou da seguinte forma: ?A matéria saírá no próximo final de semana, 25 e 26?. Ou seja, é para comprar, ler e guardar, pois além de registrar, Zezão acaba por também fazer parte da própria história. Zé, meu filho, você é foda, e não é de hoje. Um cheiro no cangote mal-cheiroso.
Ah, um outro lance que merece toda a vossa (e nossa) atenção é a série de reportagens sobre os 50 anos do rock baiano que o jornalista (e meu irmão de fé) Zezão Castro está produzindo para o jornal A Tarde. Já era para falado sobre isso por aqui antes, mas dei mole. Já saíram duas partes, em duas páginas duplas repletas de história, histórias, fotos, capas de discos e compactos, canhotos de ingressos e o escambau. Palmas para o honorável periódico e sua editoria de cultura por abrir um espaço tão grande e privilegiado para o merecido registro definitivo da (até então não-contada) história do rock baiano. Na primeira parte da extensa reportagem, Zezão enfocou os anos 50, 60 e 70. Na segunda, os anos 80. Vai ter uma terceira (sobre os anos 90), e possivelmente uma quarta parte (anos 00?). Em e-mail recebido por mim essa semana, Zezão colocou da seguinte forma: ?A matéria saírá no próximo final de semana, 25 e 26?. Ou seja, é para comprar, ler e guardar, pois além de registrar, Zezão acaba por também fazer parte da própria história. Zé, meu filho, você é foda, e não é de hoje. Um cheiro no cangote mal-cheiroso.
quinta-feira, setembro 16, 2004
quarta-feira, setembro 15, 2004
Programa dessa terça
Homenagem aos aniversariantes Casé, Yara, Carol, Adriana e Bel.
Motorhead - Louie Louie
Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta - Obediência
David Bowie - Rebel Rebel
Iggy Pop - Candy
Made in Pop - Para quem não Sabe Amar
Portal
Sonic Youth- Schizophrenia
Engenheiros do Hawaii- A Cidade em Chamas
Lupine - Weeooh
Los Canos - Uma Bandinha de Rock
Soundgarden - Jesus Christ Pose
Autoramas- Motocross
My Blood Valentine - Soft as Snow
Damião Experança
Van Halen - Jump
Belasco - Wife
Flaming Lips - Divine Hammer
Dead Billies - The Devil Made me Do it
Lô Borges (Clube da Esquina)- Trem de Doido
The Cure - Just Like Heaven
Canastra - Nuvem Negra
Paralamas do Sucesso - O Homem
Bandages - Hot Hot Heat
Edgard Scandurra- Abraços e Brigas
Motorhead - Louie Louie
Ronei Jorge & Os Ladrões de Bicicleta - Obediência
David Bowie - Rebel Rebel
Iggy Pop - Candy
Made in Pop - Para quem não Sabe Amar
Portal
Sonic Youth- Schizophrenia
Engenheiros do Hawaii- A Cidade em Chamas
Lupine - Weeooh
Los Canos - Uma Bandinha de Rock
Soundgarden - Jesus Christ Pose
Autoramas- Motocross
My Blood Valentine - Soft as Snow
Damião Experança
Van Halen - Jump
Belasco - Wife
Flaming Lips - Divine Hammer
Dead Billies - The Devil Made me Do it
Lô Borges (Clube da Esquina)- Trem de Doido
The Cure - Just Like Heaven
Canastra - Nuvem Negra
Paralamas do Sucesso - O Homem
Bandages - Hot Hot Heat
Edgard Scandurra- Abraços e Brigas
segunda-feira, setembro 13, 2004
OBRIGADO, OBRIGADO...
À todos que compareceram à sensacional festa do Rock Loco: Bola & Cléo, Vandinho & Arabela, Sombra, Zezão, Flávio Pulgão Oliveira, Franciel & namorada (sorry, confesso q esqueci o nome), Pierry & Margareth, Cebola & namorada (sorry again pelo mesmo motivo), Yara, Adriana, Batata e Tales (os dois últimos ficaram pouco, mas marcaram presença), Xanxa & Juana, Juca de Mário (q foi gripada e tudo), Greyce de Roney, Carol (q me aguentou insuportavelmente bebum e passando mal depois), João Carlos Sampaio, Silvis, Messias, César Vieira, Patrícia, Jandyra, Laudelino Cagasprite e mais uma galera monstra q a) ou eu não lembro ou b) não conheço pessoalmente, mas que fizeram essa segunda festa tão ou mais animada q a primeira. Obrigado ao voto de confiança da galera q me deixou discotecar por muito mais tempo do q inicialmente achei q ia e me incentivou, obrigado à Mário & Sora pela decoração que carrego impregnada na pele até hj (maldita purpurina!), pelos jatos de confete e pela tequila (q me derrubou). Obrigado à Braminha pelo CD do Manic Street Preachers e por continuar nos pick-ups qdo ele me pediu para assumir o som de novo e eu fui embora, por q já tava no lixo. Obrigado à Roney pela discotecagem bala (e pela rasgação de seda, mas não espalha, pelamordedeus). Obrigado à Luciano por fechar a festa em alta. Obrigado à Big pelo astral e pelo brinde. Obrigado à Mário por segurar uma onda q não é mole, não. Só para terminar: quem não foi, perdeu. Mas outras virão, aguardem. (Sora! Publica as fotas aqui! Tô doido pra ver como ficaram.)
quinta-feira, setembro 09, 2004
É NÓIS NA FITA: ROCK LOCO NA MTV
Uhú! O eterno rockloquete Don Jorge manda avisar que sábado agora, 11 de setembro, vai ao ar na MTV local (canal 13 UHF) a reportagem que ele fez sobre o Rock Loco com Mário e Roney lá mesmo, nas luxuosas dependências do estúdio da Primavera FM. Nossos bilhões de fãs espalhados em todos os quadrantes do cosmo conhecido (e desconhecido) não podem deixar de assistir, sob risco de perder mais um momento histórico na cronologia rockloquetiana. Então presta atenção: A REPORTAGEM DA MTV SOBRE O ROCK LOCO VAI AO AR NESTE SÁBADO, 11 DE SETEMBRO, ENTRE AS 17 E AS 18 HORAS, NO CANAL 13 UHF. Pegou? Pegou?
quarta-feira, setembro 08, 2004
NA LUTA PARA SE MANTER NO AR, O ROCK LOCO PROMOVE SUA SEGUNDA FESTA
Como ninguém aqui considera o ROCK LOCO um trabalho no sentido convencional da palavra, a equipe responsável pelo programa manda às favas o pessimismo, o terrorismo, o preguiçismo e o babaquismo em prol de continuar fazendo o que realmente gosta: fuzarca (inclusive com a língua portuguesa). Isto posto, vimos a público comunicar que estamos promovendo mais uma festinha para levantar uns trocados e manter o programa no ar para poder continuar infernizando o juízo de quem se dispõe a sintonizar a Primavera FM 103.5 de terça a sexta, das 20 às 22h.
A festa ROCK LOCO É... se dará nas dependências do estabelecimento Calypso Heineken Station a partir das 23 horas desta sexta-feira, 10 de setembro, com a presença iluminada e a discotecagem inspirada dos adorados (e modestos) apresentadores do programa, a saber:
Sora Maia: fotógrafa do rock e ladies first.
Franchico: coroinha do rock e campeão de cuspe em distância.
Roney Jorge: cantor das multidões e ladrão de bicicleta.
Braminha: Mini bebedor e mega dançarino.
Mário Jorge: comandante da fuzarca, atualmente residindo atrás do armário, onde aguarda a sua visita.
Big Brother: esse ainda vai rachar o assoalho do Colapso com seu suíngue de peso.
Luciano Matos: cuidado com esse. Cabongues na cabeça são sua especialidade.
A seguir, acompanhe alguns depoimentos de sobreviventes da primeira festa do Rock Loco, realizada no Calypso no dia 9 de julho:
Não, não doeu. Na verdade, até gostei. Júnior, da dupla Sandy Júnior.
Não lembro direito. Só queria saber por que até hoje tem purpurina grudada pelo meu corpo. Luma de Oliveira, atriz.
Uma perdição, uma afronta à todos os valores éticos e religiosos que deveriam permear nossa sociedade. Mais uma prova de que a juventude está perdida. Dona Marileide de Jesus, dona de casa.
Nunca vi patota mais animada. Climério Carneiro, presidente do Clube dos Colecionadores de Selos.
A festa ROCK LOCO É... se dará nas dependências do estabelecimento Calypso Heineken Station a partir das 23 horas desta sexta-feira, 10 de setembro, com a presença iluminada e a discotecagem inspirada dos adorados (e modestos) apresentadores do programa, a saber:
Sora Maia: fotógrafa do rock e ladies first.
Franchico: coroinha do rock e campeão de cuspe em distância.
Roney Jorge: cantor das multidões e ladrão de bicicleta.
Braminha: Mini bebedor e mega dançarino.
Mário Jorge: comandante da fuzarca, atualmente residindo atrás do armário, onde aguarda a sua visita.
Big Brother: esse ainda vai rachar o assoalho do Colapso com seu suíngue de peso.
Luciano Matos: cuidado com esse. Cabongues na cabeça são sua especialidade.
A seguir, acompanhe alguns depoimentos de sobreviventes da primeira festa do Rock Loco, realizada no Calypso no dia 9 de julho:
Não, não doeu. Na verdade, até gostei. Júnior, da dupla Sandy Júnior.
Não lembro direito. Só queria saber por que até hoje tem purpurina grudada pelo meu corpo. Luma de Oliveira, atriz.
Uma perdição, uma afronta à todos os valores éticos e religiosos que deveriam permear nossa sociedade. Mais uma prova de que a juventude está perdida. Dona Marileide de Jesus, dona de casa.
Nunca vi patota mais animada. Climério Carneiro, presidente do Clube dos Colecionadores de Selos.
segunda-feira, setembro 06, 2004
Country Esquisito
Já faz algum tempo que a imprensa musical inglêsa demonstra especial interesse no chamado alt country, vertente alternativa do musica country norte-americana.Grupos como Wilco, Lambchop, e Calexico, ganharam uma notoriedade que escapou ao Uncle Tupelo, ao Gin Blossoms,e especialmente ao Whiskeytown, e abriu as portas para a novissima geração de artistas do genero como Devendra Banhart, Joanna Newson, Six Organs of Admittance e gerou superstars como Ryan Adams(ex-Whiskeytown). Estranhamente, ao mesmo tempo que o genero remete a raizes da velha musica country, o alt-country, tambem chamado de country esquisito( weird country), se distancia do country mais comercial e reacionario de artistas tipo Garth Brooks e Shania Twain , tanto musicalmente, quanto tematicamente. Temas mais intimistas, instrumental viajante e experimental, e letras sensiveis, descrevem o avesso do cowboy.Artistas como Jeff Tweedy(Wilco), Dick Wagner(Lambchop) estão mais para o "loser" de Beck , e golpeiam o esteriótipo do tipico norte- americano do centro-sul e do interior dos States(os rednecks), racistas e reacionarios, gerando um estranhamento que choca os rednecks.Alem disso , em alguns momentos se ouve momentos de musica sublime e inspirada. Para quem se interessa são recomendados, Nixon do Lambchop, Yankee Foxtrot Hotel do Wilco, Heartbreaker do Ryan Adams, Car Wheels on a gravel road de Lucinda Williams , qualquer um do Gin Blossoms, Oh me, oh my do Devendra Banhart dentre outros varios.
quarta-feira, setembro 01, 2004
O programa dessa terça recebeu o digníssimo Sérgio Kopinsky, baixista da Ladrões de Bicileta. Com um pouco de atraso, devido a um misterioso (ate hoje não sei o motivo) engarrafamento que paralisou a cidade, o programa foi gravado e começa a ser produzido em série para quem quiser adquirir. A idéia é ficar rico com as fitas vendidas (Sim, fitas em cassete) para podermos comprar uma rádio excluiva pro rock. Veja o que rolou nessa terça:
Echo & The Bunnymen ? Killing Moon
Los Tetas ? Sale Luca
Los Tetas ? Porcel
Camisa de Venûs ? Amanhã
Guizzmo ? Eu Quero estar Sedado
Faith no More ? A Small Victory
brincando de deus ? De Profundis
Stone Temple Pilots ? Trippin on a Hole in a Paper Heart
Golpe de Estado ? Zumbi
Elton John ? Tiny Dancer
Gang 90 ? Jack Kerouac
Arnaldo Antunes ? Que te Quero
Duran Duran ? Planet Earth (Cabra Cega)
Genesis ? Home by the Sea
Hellacopters ? I Wanna Touch
Echo & The Bunnymen ? Killing Moon
Los Tetas ? Sale Luca
Los Tetas ? Porcel
Camisa de Venûs ? Amanhã
Guizzmo ? Eu Quero estar Sedado
Faith no More ? A Small Victory
brincando de deus ? De Profundis
Stone Temple Pilots ? Trippin on a Hole in a Paper Heart
Golpe de Estado ? Zumbi
Elton John ? Tiny Dancer
Gang 90 ? Jack Kerouac
Arnaldo Antunes ? Que te Quero
Duran Duran ? Planet Earth (Cabra Cega)
Genesis ? Home by the Sea
Hellacopters ? I Wanna Touch
Assinar:
Postagens (Atom)