terça-feira, abril 30, 2013

KALU É UM TALENTO SURPREENDENTE E VOCÊ DEVERIA CONHECER SEU TRABALHO, AMARALINA

Membro de uma  verdadeira reserva ecológica de talentos (o grupo do  Encontro de Compositores do Teatro Vila Velha), o soteropolitano Kalu (foto: Lívia Cunha) se traduz em uma grata surpresa no seu primeiro disco, Amaralina.

Lançado com show no Pelourinho há coisa de duas semanas, o CD é um primor em vários sentidos.

Da produção sempre caprichada de andré t. ao lindo projeto gráfico de Duardo Costa (sim, o ex-Vendo 147 é artista visual) – sem esquecer, claro, do principal: as canções belas e quase sempre maduras  de Kalu.

Engana-se, porém, quem acha que o rapaz nasceu ontem. Aos 27 anos, ele está na estrada da música local desde os 16. É ex-membro dos grupos Clube da Malandragem e Forró da Gota. Com Amaralina, lança-se solo.

“Já fiz muito som de baile pela noite. Agora é a hora de ouvirem meu trabalho”, afirma Kalu.

“O repertório do CD é um apanhado de composições que venho fazendo ao longo dos anos. Tem coisa de 2008 até 2012”, detalha o músico.

“Sou poeta”

Brasileiro contemporâneo, o som de Kalu passeia do ijexá ao rock, passando pelo samba, reggae e outros ritmos.

Ouvindo Amaralina, a influência de Lenine fica meio evidente aqui e ali.

“Ele é uma influência, mesmo. Não pretendo negar isso. Aliás, eu mesmo vejo bem isso nas faixas Cantora de Banheiro e A Cura”, admite, honesto.

“Mas também tem Gil, Caetano, Gonzaguinha, Chico Buarque, os caras que ensinaram a incluir poesia na letra”, diz.

“Sou poeta também. Eu sei que soa estranho dizer isso, ‘sou poeta’, mas eu escrevo poemas. Então meu contato com a poesia veio através desses caras, pelo trato poético. Além daqueles que seguiram essa tradição, como  o próprio Lenine, Chico César e Zeca Baleiro”, detalha.

Cronista social, letrista sensível, bom cantor, músico de responsa: Kalu é mais um daqueles talentos surpreendentes que a Bahia produz e costuma não dar a mínima – é que o rapaz não manda ninguém sair do chão.

“Acho que isso tem mudado aos  poucos. O público tem crescido. Hoje você vai no show da Baiana System e vê roqueiros do Rio Vermelho e público do Bahia Cafe Hall. Mas sim, claro, Salvador ainda é um lugar com muitas limitações para a música não-comercial”, conclui.

Ouça / baixe: www.kalu.art.br

NUETAS
 

Hoje! Alex Pochat! & Os Cinco Elementos! (Que na verdade são uns seis ou sete)! Grátis! Porra!
O colunista blogueiro não mente: Alex Pochat & Os Cinco Elementos (foto Jenny Morales) é um dos preferidos da casa. Sério, o cara e sua banda de feras fazem um super show. Experimente hoje, 21 horas, no Largo Quincas Berro D’Água. Grátis.


Swagger night! Ô, ô!

O melhor da moderna black music local está na festa Swagger. Se liga: Soraia Drummond (reggae, dub),  Laz Paz (rap), Manospreto (reggae roots) e DJ Nai Sena. Casa da Águia (antiga Zauber), 22 horas, R$ 15.

Les 'furieux' Royales

O rock ‘n’ roll primitivo e furioso dos Les Royales faz a Rockabilly Sessions hoje, no Dubliner’s Irish Pub. DJs BigBross e Bruno Aziz nas pick-ups. 22 horas, R$ 15 ou R$ 10 (pela lista rockabillysessions@gmail.com).

3 comentários:

Franchico disse...

Ops, aviso importante. Onde está escrito "Kalu", por favor, leia-se "Kalívis".

Depois não digam que eu não avisei....

Franchico disse...

Ed Motta anda cantando a bola desse garoto chamado Lucas Arruda.

O primeiro disco dele nem saiu no Brasil, já foi direto pras Oropa.

http://www.youtube.com/watch?v=UdvvZfjTwDQ

É possível que acabe se constituindo em um novo queridinho em breve.

Mas o som é dos bons mesmo.

Desde que vc seja do tipo que curte Steely Dan e Lincoln Olivetti, bem entendido....

Rodrigo Sputter disse...

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=QR5uH6mrYmM

ja viu isso man???