Nei Bahia, Osvaldo Braminha Silveira Jr. e Miguel Cordeiro calçam suas luvas cirúrgicas e se enfiam até o braço - lá eles - em um assunto pra lá de pantanoso: indie rock.
De forma a preservar a saúde mental, o blogueiro se incluiu fora dessa.
Essa é a parte um. Em breve, parte 2.
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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4 comentários:
Caralho, tem coisa pior que Vampire Weekend nesse universo???? Vai ser ruim assim na PUTAQUEPARIU!!!!!!!!
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Que felicidade ler seus palavrões, mestre. Smells Like Freedom.
Foram 10 dias de paz. Um trabalhador como Chico Castro Jr. merece esse descanso. Daí o meu silêncio.
Quando gênios se reportam a outros:
Joe Strummer — Walk on the Wild Side --- ao vivo
https://www.youtube.com/watch?v=p4SlPckIjUI
John Lydon — Malhando Ozzy, Courtney, Axl Rose --- e parodiando Neil Young em "Hey,Hey, My My" numa performance IMPAGÁVEL
https://www.youtube.com/watch?v=NqMO44r2twQ
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OK. Antes de começar a comentar essa aula, seria interessante fazer um contraste mostrando o extremo oposto:
CHOQUE — Johnny Rotten fazendo comercial de manteiga
Johnny Rotten, o criador do Movimento Punk, no anúncio da Country Life
Antes que você diga:
"É o fim do mundo: o Rei dos Punks, o Príncipe da Anarquia,
o Arauto do Apocalipse, o Inimigo Público n° 1 da Monarquia, o Anti-Cristo Podrão, o fundador do maior movimento de contestação de todos os tempos, o radical extremista Johnny Rotten se vendeu ao Sistema!"
...saiba que ele só fez isso para financiar o novo disco e turnê do Public Image com dinheiro do próprio bolso, sem gravadora nem patrocínio de empresa nenhuma. Ou seja: Joãozinho Podre continua um total independente.
Do meu ponto de vista, foi o Sistema quem aceitou o Movimento Punk até assimilá-lo (engolindo-o).
Uma coisa é certa, após ver os dois vídeos: mais inglês impossível.
Então, engole essa (com manteiga):
John Lydon : Country Life butter
https://www.youtube.com/watch?v=8hzQsvxtLTM
https://www.youtube.com/watch?v=6m99DGLPGJA
O texto da redação publicitária é coerente com o caráter subversivo do homem: Lydon nos diz que compra essa marca não por patriotismo, nem por gostar de vida campestre ou das vacas. E brinca com o duplo sentido da palavra country ("campo" ou "país") e faz jogo de palavras com "It's not a Great Britain, but a great butter!" ("Isso não é uma Grã-Bretanha, mas uma grande manteiga!")
Como publicitário, devo dizer que John Lydon é o melhor garoto-propaganda do mundo : ele sozinho fez com que o consumo de manteiga subisse 50% no país inteiro! Ao estrelar o comercial da Country Life, a audiência dos programas também aumentou. O mérito é da curiosidade de todos em ver o Punk Supremo "se vendendo ao sistema capitalista": não apenas os fãs do vocalista dos Sex Pistols e do Public Image, mas também os seus desafetos (e mesmo os punks radicais anti-publicidade) quiseram assistir a propaganda de 30 segundos. O resultado é que a inserção do anúncio no intervalo comercial inverteu as regras (o rebelde Rotten adorou isso) da relação midiática entre TV, telespectadores e patrocinadores: em vez de a audiência do programa atrair os anunciantes, mirando um público-alvo conhecido pelas pesquisas, foi o comercial do produto que elevou a audiência do programa, atraindo mais telespectadores pela força de carisma do garoto-propaganda no anúncio. Em certos dias, ocorreu o impensável: a audiência do intervalo comercial foi maior do que a audiência do programa inteiro! O mestre do cinismo John Lydon / Johnny Rotten deve estar gargalhando até hoje: em 2008, assim como em 1977, ele tornou a dar um nó nas nossas cabeças e torceu os (pre)conceitos, mudando o curso de rios inteiros de pensamento. O punk sempre ri por último.
Moral da história: nunca subestime o potencial de subversão de um verdadeiro rebelde. Mesmo quando ele trabalha para o sistema que jurou destruir. Anarchy sells.
por
Ernesto Ribeiro Oliveira
ou
Ernesto Rotten Olivetto
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Bem, eu sei NADA sobre o indie rock que vocês todos não saibam. Por isso mesmo esse podcast foi uma aula pra mim. Só me resta então CONCORDAR com vocês: What The Fuck??!!!
Mas, respondendo á pergunta do mestre Franchico: nesse meio cultural intelectualóide na cultura pop, tem coisa pior que Vampire Weekend nesse universo, sim:
Charlie Brown, ou Peanuts, o desenho animado e o quadrinho mais DEPRIMENTE já feito. Aquele menino parece um velho: careca, triste, depressivo, deprimente, podre. Baixo astral total. Aquele Charles M. Schulz é uma dor no rabo, metido a existencialista. Mais indie impossível. Só podia mesmo ser um fã dos Smiths.
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