Referência do hip hop baiano, o rapper Daganja (foto: Max Gaggino) faz um show imperdível para os apreciadores de black music (ou só de music, ponto) nesta sexta-feira.
Imperdível por que, além de mandar muito bem na letra e nas ideias, o rapper se apresenta acompanhado de banda ao vivo, integrada por músicos de alta responsabilidade.
A noite ainda conta com o convidado MC Marechal (Niterói - RJ) e VJ Gabiru, com suas projeções.
“O show é para marcar o lançamento virtual do EP Tá no Ar”, anuncia Daganja.
“O disco tem oito faixas e foi gravado aqui em Salvador, nos Estúdios WR, com produção do DJ Gug, Vitor H e Abel Vargas, de Curitiba. A mixagem e a masterização é de Luis Café, especializado em hip hop. O cara já trabalhou com MV Bill, Emicida, Rashid, todo mundo”, conta.
No show, Daganja sobe no palco acompanhado de alguns dos músicos que gravaram o Tá no Ar: Alan do Grave (baixo), Prince Addam (guitarra), Manchinha (trombone) Ras Elias (trompete) e DJ Leandro. As baterias são programadas.
Tá no Ar e na rua também
”O título é Tá no Ar por que, desde que comecei, todo o meu processo de evolução musical se deu independente de ‘estar na mídia’. Nossa música vai além disso. Se estou no ar, é graças às facilidades da internet, através da qual conseguimos chegar em todo o Brasil e em outros países”, reflete o rapper.
Esperto e articulado, Daganja gravou diversas cenas do clipe para a faixa Nossa Conquista durante uma das manifestações ocorridas durante o mês de junho, em Salvador.
“O tema da música é sobre isso mesmo. A ideia foi do Max Gaggino, diretor. Fomos para a rua e também captamos imagens de pessoas que são símbolo de resistência, como um amigo meu que é padeiro. Tem um que faz artesanato, outro que tem um estúdio. Pessoas que conseguem lutar a batalha do dia a dia sem perder a graça, a dignidade”, observa.
No show de sexta-feira, ele convida todos a gravarem os próprios vídeos.
“É um clipe em produção coletiva. Todo mundo filma com o que tiver na mão. Depois a gente coleta a imagens para montar o clipe”, convida.
Daganja / Show de lançamento do CD Tá No Ar/ Part.: MC Marechal (RJ) / Largo Pedro Archanjo (Pelourinho) / Sexta-feira, 21 horas / Gratuito
Ouça, baixe: www.daganjaoriginal.com
NUETAS
Júlio: agosto agitado
Só dá o guitarrista Júlio Caldas no Pelourinho este mês. Sábado, tem show na Teresa Batista (21 horas, grátis). E dias 15 e 29, ele prossegue com o IV Circuito Guitarra Baiana, no Teatro Sesc Senac, sempre com convidados. 20 horas, gratuito.
Concertos gratuitos
Chão - Um Concerto Solo é o título de uma série de três concertos do Camará Ensemble (grupo de música de câmara da Osufba), que começa hoje, no Palacete das Artes. Serão apresentadas peças solo para violoncelo, flauta, saxofone tenor e violino. Hoje e nas próximas duas terças-feiras (13 e 20). Às 20 horas, gratuito.
Qd5 e a Recompensa
Quarteto de Cinco leva o show Recompensa ao Teatro Gamboa Nova na sexta-feira e sábado. 20 horas, R$ 20 e R$ 10.
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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10 comentários:
A rádio do XI Festival de Música da Educadora está no ar.
http://www.irdeb.ba.gov.br/festivaleducadora/
Músicas de Alex Pochat (mais Frank Zappa do que nunca), Vivendo do Ócio, Candice Fiais e por aí vais...
A louquíssima série It's Always Sunny in Philadelphia cita o Kraftwerk em seu poster da nona temporada:
http://omelete.uol.com.br/series-e-tv/its-always-sunny-philadelphia-ganha-poster-para-nona-temporada/
Tomara que o FX volte a exibi-la no Brasil. Eu rachava o bico geral.
Liberem Johnny Depp. Esse coroa já anda é variando das ideias...
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/08/1322295-johnny-depp-e-produtor-culpam-criticos-pelo-fracasso-de-o-cavaleiro-solitario.shtml
Longa dos Pinguins de Madagascar? Imperdível desde já!
http://omelete.uol.com.br/madagascar-3/cinema/penguins-madagascar-tera-benedict-cumberbatch-como-dublador/
O Âncora 2, sequencia da maravilhosa comédia com Will Ferrel e Steve Carell, começa a dar as caras:
http://www.bleedingcool.com/2013/08/06/anchorman-2-cover-photo-and-more-plot-details-or-at-least-detail/
Estupidamente gênios. Ou genialmente estúpidos. Algo por aí.
E o BRockzinho só desce cada vez mais, ladeira abaixo....
http://br.noticias.yahoo.com/blogs/mira-regis/por-pouco-n%C3%A3o-ocorreu-uma-trag%C3%A9dia-141850367.html
Também, com "estrelas" desse quilate...
Inacreditável, a cretinice desse cara. Tranquilamente, uma dos maiores manés da música brasileira em qualquer gênero, tempo ou estilo. Fora que a banda é um lixo.
Jah me livre!
Tudo - mas tudo mesmo - do Pelvs, uma das melhores bandas de indie rock do Brasil em todos os tempos, disponível para baixar, aqui:
http://pelvs.net/
Se ainda não conhece nada, comece por este: Peninsula – 2001. É lindo.
PARTE 1:
O homem de aço e os críticos de merda
O que acontece quando estréiam nos cinemas de todo o mundo no mesmo dia duas super-mega-produções, cada uma custando mais de 250 milhões de dólares, de dois estúdios rivais?
Resposta óbvia: uma guerra suja.
Parafraseando aquele clichê dos duelos no Velho Oeste, “Esta bilheteria é pequena demais pra nós dois.”
É mesmo: a um custo desses, contando com os outros gastos na distribuição, divulgação etc, cada filme precisaria arrecadar cerca de 1 bilhão de dólares para dar lucro real. Superman o Homem de Aço e O Cavaleiro Solitário não cabem juntos no mesmo mês, na mesma semana, muito menos no mesmo dia. Alguém ia ter que perder. E quem vence nem sempre é o cara bom. Pelo contrário: num duelo onde vale tudo, a trapaça vem sempre com um tiro pelas costas.
Ou vários. Disparados pelos capangas do bandido.
Todo mundo sabe que quase todos os críticos de cinema são uns vermes mentirosos, corruptos e de péssimo gosto. Mas como vivemos na Era da Farsa (e no país dos farsantes) já era de se esperar que a distribuidora Warner subornasse os principais reviwers de cinema na grande imprensa para defender a qualquer custo o seu super-produto de aço e caluniar o selvagem concorrente, o melhor filme do ano, O Cavaleiro Solitário , fazendo-os fingir enxergar pêlo em casca de ovo.
Na revista Veja , Isabela Boscov fingiu se indignar com o roteiro. Ela e o resto. Subornados ou não, todos mentem. O fato é: não há uma grande disparidade entre uma cena de ação em que os heróis não se machucam e uma cena de extrema crueldade, quando é um filme da Disney: a tal crueldade não é mostrada, mas apenas sugerida. Se o filme foi mal nas bilheterias, a culpa é de quem não o assistiu. E quem assistiu O Cavaleiro Solitário , adorou. Mais: a platéia riu, torceu e vibrou a cada cena, do início ao fim. Poucos filmes hoje em dia são tão envolventes.
PARTE 2 --- FINAL:
Agora, vamos ver qual o filme nessa disputa que tem mesmo um roteiro desprezível:
Só para você ter uma idéia do quanto esse Homem de Aço é débil-mental: quando o planeta Terra está prestes a ser devastado pelos vilões, o Messias Super-Cristo de 33 anos Superman vai a uma igreja católica perguntar a um padre se a Humanidade merece ser salva.
Até uma criança diria: “Isso não é um super-herói, é um super-cuzão!”
Já no quesito interpretação dos atores, nem sequer existe comparação: em O Cavaleiro Solitário , Johnny Depp faz um de seus trabalhos mais brilhantes e corajosos de sua carreira, como um índio traumatizado desde a infância, sobrevivente de um genocídio. A síndrome do stress pós-trauma é tão forte no personagem quanto sua atuação magnífica e corajosa.
Quanto ao novo Super-Homem...
Well, um raro crítico de cinema que merece aplausos pela honestidade de honrosa exceção é Bruno Porciuncula, no jornal baiano ATarde:
“Henry Cavill tem o biótipo ideal para o papel, mas não o carisma, e nem é um bom ator. A testa franzida é o único recurso dramático dele no filme. Ainda não foi desta vez que o Super-Homem ganhou uma adaptação á altura. As raras cenas que serviriam de alívio cômico simplesmente não funcionam, sendo incapazes de arrancar uma risada. Ao final, o que temos é um razoável filme de ação que poderá ser facilmente esquecido em pouco tempo.”
(Dizer que aquele manequim voador é um ‘ator’ já é generosidade demais. As fotos dele no filme são constrangedoras. O sujeito mantém a cara imóvel, numa pseudo-compenetração patética. O cara é ridículo. Até uma porta interpreta melhor do aquilo. Perto de Henry Cavill, até Arnold Schwarzenegger parece o Al Pacino.)
Agora, veja o que diz na maior cara-de-pau o vagabundo da Folha de S. Paulo , Cássio Sterling Carlos:
“Henry Cavill é pouco convincente como Clark Kent? Pouco importa. O que interessa é o comentário expresso por uma militar:
‘Ele é tesudo.’ ”
Parafraseando aquele clichê sobre prostitutas: “Esses vagabundos estão cada vez mais descarados.”
Fantastic!
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