Anunciado em São Paulo em julho, a série de eventos nacionais Circuito Banco do Brasil dá o pontapé inicial em Salvador, amanhã, no Wet ‘n’ Wild.
Com muitos shows, tenda eletrônica, campeonato de skate vertical e até mostra de artes, o evento começará de tarde e se estenderá madrugada adentro com a discotecagem eletrônica encerrando as atividades.
A expectativa maior é pelo show da principal atração internacional (coisa ainda rara nesta capital), a cantora inglesa de neosoul Joss Stone, já que todas as outras não são inéditas e já foram assistidas inúmeras outras vezes pelo público local.
Como é de se esperar, a organização do evento promete toda uma estrutura de conforto para o público, a começar por 200 seguranças dentro e “presença dos efetivos da Policia Militar, Polícia Civil e Guarda Civil Metropolitana” fora do Wet.
O material de divulgação ainda lista 150 banheiros químicos, 2 postos médicos e 2 ambulâncias, equipe de orientadores de público e quatro bares fixos.
Talento precoce
Simpática, mas dona de sotaque praticamente indecifrável para não-britânicos, Miss Stone conversou rapidamente por telefone com A TARDE.
Sincera, disse que ainda não sabia do set list do show: “Ih, nem sei! Sabe como é, acho que vejo isso quando chegar aí! Vai ter música velha, música nova, algumas muito velhas, outras nem tanto. Não decidi ainda”.
Seu último álbum, The Soul Sessions Volume 2, saiu ano passado, como uma continuação do seu primeiro disco – o Vol. 1 (de 2003) – então, é de se supor que o show terá músicas deste álbum, além de grandes sucessos, como Super Duper Love, Right to Be Wrong, You Had Me e Fell in Love With a Boy, entre outros.
Precoce, Joss se iniciou bem cedo na vida artística: “Sim, eu comecei bem novinha, ficava cantando pela casa. Na verdade, comecei a cantar profissionalmente já aos 12 anos”, conta.
Hoje aos 26, ela foi a precursora de um ressurgimento da soul music, o qual depois trouxe Amy Winehouse, Sharon Jones & The Dap-Kings, Charles Bradley e muitos outros artistas dos dois lados do Atlântico.
“Eu acho maravilhoso (esse ressurgimento). A música soul nunca morreu de fato, nem fugiu por aí. Ela só não era uma música popular... popular, entende?”, reflete Joss.
“Mas quando as pessoas viram o quão bons Amy e outros artistas são, não demorou para eles chegarem ao Top Ten. Foi mesmo uma pena Amy ter ido embora tão cedo. Ela mostrou que, quando você faz música com sentimento, as pessoas são atraídas naturalmente. Não se trata apenas de sacudir a bunda na pista de dança. Graças a Deus, rock 'n' roll também é sobre sentimentos”, acrescenta.
Há coisa de dois anos, Joss participou do projeto Super Heavy, que rendeu um álbum com Sir Mick Jagger, Dave Stewart, Damien Marley e outros artistas.
”Adoraria fazer outro (disco), mas não depende de mim. Você deveria perguntar a ele (Jagger), não a mim”, diz.
Depois do Soul Sessions Vol. 2, ela pretende entrar em breve no estúdio para gravar um novo álbum, mas ainda não sabe como será: "Ainda não, não estou bem certa, sabe? Tenho muitas ideias, mas não sei se serão suficientes".
Sobre suas influências, ela é bem direta: "Aretha Franklin. Sim, foi ela quem me levou a fazer o que faço. Ela é a maior".
Já sobre os diferentes estilos de soul music, ela diz não ter assim, um preferido: "Eu não saberia nomear um, é uma grande mistura para mim. Não há um som único no qual eu gostaria de me fixar".
Cheia de planos, ela planeja entrar no livro Guinness com uma turnê que percorrerá todos os países do mundo, a partir de 2014: “Oh, yeah. Vou tentar fazer isto ano que vem. Tenho certeza de que será muito divertido”, acredita a cantora.
Sobrevivente com dignidade
Uma das últimas bandas (daquilo que restou) do pop rock brasileiro a manter certa dignidade no mainstream, o Skank é outra atração aguardada, já que há algum tempo não se apresenta aqui.
“Cada show é diferente, cada público é de um jeito, mas aí sempre somos muito bem recebidos pelo calor e carisma baiano. Estamos muito felizes em poder voltar pra cidade”, conta o tecladista Henrique Portugal.
“Sempre tentamos fazer um show que, antes de qualquer coisa, agrade ao público. Então procuramos tocar aquelas que os fãs mais gostam, sendo mais antigas ou mais novas”, avisa.
Sobrevivente em um cenário pop degradado, o Skank não tem segredo para continuar fazendo sucesso: “Para nós é muito simples e orgânico o jeito que o Skank toca, compõe, faz música. Então estar nessa há tanto tempo só nos faz perceber que temos muita sorte de fazer o que fazemos”, reflete Henrique.
Sobre um novo álbum de estúdio, ele preferiu não dar maiores detalhes, mas adiantou: "Estamos empolgados, mais para saber o que o público vai pensar sobre. Como passamos bastante tempo em estúdio, juntos, fazemos um som que pra gente sempre será SKANK. Mas é só o pessoal que pode nos dizer".
Esta é terceira vez que o Skank se apresenta no mesmo dia e palco que Joss Stone. Alguma chance de uma jam inédita? “Seria muito legal se rolasse”, limitou-se a comentar Portugal.
Circuito Banco do Brasil / Palco Brasil: Banda Praiana, Preta Gil e Jau, Monobloco / Palco Circuito: Jota Quest, Skank, Joss Stone, Carlinhos Brown (COM Rogério Flausino e Samuel Rosa) / Eletrônico: Ask2Quit E Taboo / Amanhã, portões abertos à partir das 14 horas / Wet ‘n’ Wild (Av. paralela, S/N) / R$ 160 e R$ 80 / Balcões Ticketmix
Matéria publicada antes no Caderno 2+ do jornal A Tarde. Agradecimentos a Roberta e Renata, da InPress Pini.
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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10 comentários:
James Spader (Ultron) e Robert Downey Jr. (Tony Stark) em cena de Vingadores 2: Age of Ultron:
http://www.bleedingcool.com/2013/08/29/what-if-you-cast-a-part-an-no-one-cared-reaction-to-spader-as-ultron/
Na verdade, esta cena, se não me engano é do clássico Hughesiano Mulher Nota 1000... Mas foi uma boa sacada.
Na verdade, a cena é de Abaixo de Zero, aquele filme sobre riquinhos boçais drogados de Beverly Hills - que aliás, tem uma das trilhas sonoras mais legais de todos os tempos (na minha humirde opinião).
A maravilhosa Anna Calvi está voltando:
http://www.chromewaves.net/2013/08/breathe-easy-the-return-of-anna-calvi-is-nigh/
Ouçam Eliza.
Aqui, minha matéria sobre seu primeiro CD:
http://rockloco.blogspot.com.br/2011/07/anna-calvi-nasce-primeira-diva-vera-do.html
Trailer do especial de 50 anos do Doctor Who:
http://omelete.uol.com.br/doctor-who/series-e-tv/doctor-who-trailer-do-especial-de-50-anos-relembra-historia-da-serie
Muito legal.
Meu preferido - dos poucos que assisti - é David "Olhos Arregalados" Tennant. Por causa da sua eterna expressão de raiva e / ou perigo iminente, ele estava sempre zoiúdo. Intenso!
Esse penúltimo, Matt Smith, sempre de gravata borboleta, achei meio sem sal, me desanimei. Vamos ver como se sai o novo, Peter Capaldi.
é chico...tá na hora da gente pegar a carabina e dar na cara pra estragar o enterro:
https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/q71/s720x720/1000929_10151865241969553_1665093149_n.jpg
Joss Stone pertence á quele seleto grupo de cantoras que sempre se apresentam nos shows DESCALÇAS, para manter a ligação com a Mãe-Terra.
Assim como Jennifer Finch, baixista / vocalista das L7 --- e outras cantoras viscerais.
Mais um capítulo da novela "SER PUNK É SER VIOLENTO" :
Johnny Ramone em sua autobiografia Commando, assume que foi um ASSALTANTE COVARDE, tomando dinheiro de crianças, esmurrando idosos e atirando tijolos pelas janelas de residências, sem se importar se ia ferir ou matar alguém.
O livro já está disponível nas livrarias baianas há meses.
Mas a pior parte é anunciada logo no prefácio:
Johnny Ramone relembra alegremente orgulhoso que mandou jogar SPRAY DE PIMENTA da polícia no rosto dos seus próprios fãs na platéia de um show do Ramones --- e se divertiu sadicamente vendo a multidão correr para molhar os olhos.
"Isso era um show do Ramones." esclarece Johnny.
Sputter, país em que Anitta e Naldo são cantores, Sarney é da ABL, Grampinho é prefeito, pastores evangélicos homofóbicos são vereadores e deputados (um deles é presidente da Comissão de Direitos Humanos) e jogadores de futebol ditam moda e comportamento, entre outros milhões de absurdos diários - vc vai esperar O QUE de um povinho desses? Estupidez a toda prova, no mínimo. Pelo menos, é o que eu espero. O pior do Brasil é o brasileiro, meu velho. Acredite.
depois de pablo beiçola, ops, capilé no roda viva...num espero mais nada...daqui a pouco carla perez tá fazendo doutorado e escrevendo sua tese...
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