Um dos artistas mais inquietos entre os originais do pop rock oitentista, Arnaldo Antunes (foto: Fernando Laszlo) volta a se apresentar em Salvador.
Desta feita, ele volta à Concha Acústica amanhã, para lançar seu novo álbum.
Com título tipicamente arnaldiano – Disco – o álbum acaba de chegar às lojas e, segundo seu autor, era para ele ter dois lados. Mas acabou com três.
“Propositalmente, esse álbum era para ter duas facetas: uma mais rock e outra, de canções mais serenas. Era minha intenção deixar esse contraste bem marcado”, conta o músico paulista, por telefone.
“Mas aí foram surgindo canções de acento mais pop, como Ela é Tarja Preta e Sou Volúvel, gerando um terceiro lado, que é mais pop, mesmo”, percebe.
Quem acompanha sua carreira, vai gostar de saber de uma novidade em sua discografia: pela primeira vez, Arnaldo canta acompanhado de cordas, metais e madeiras, nas faixas Muito Muito Pouco e Dizem (Quem Me Dera), parceria dele com Marisa Monte e Dadi Carvalho.
Os arranjos são de Ruriá Duprat – sobrinho de Rogério, maestro do Tropicalismo. “Conheci o Ruriá por causa de um concerto da Orquestra Jazz Sinfônica de que participei – e de cara eu adorei a experiência”.
Convite feito e aceito, a gravação ficou, como diz Antunes, “um grande barato”.
“Eu nunca tinha trabalhado esse dialogo de banda pop com cordas e sopros. Pra mim, foi uma novidade muito interessante”, relata o cantor.
Outras parcerias em Disco incluem Marina Lima (Grávida), João Donato (O Fogo), Caetano Veloso (Morro, Amor), Céu e Hyldon (Trato), além de releitura de Mama (Gilberto Gil).
Intimidade de pijamas
“Antes de Disco, fiz dois ao vivo: o Acústico MTV (2012) e Ao Vivo Lá em Casa (2010). Antes desses teve o Iê Iê Iê (2009), que era diferente, remetia a uma sonoridade específica”, lembra.
“Disco é mais diversificado, mais parecido com Saiba (2004), no sentido de experimentar diferentes caminhos e temáticas que dialogam entre uma canção e outra”, afirma.
Arnaldo é conhecido pelo cuidado que costuma ter com tudo que envolve seus shows, desde a escalação da banda até cenário e figurino – e no show de Disco não é diferente.
“O cenário com vídeos e iluminação é da Ana Turra e Márcia xavier. A ideia é projetar nossas sombras no palco. Tem todo um trabalho de delinear os vídeos com as projeções”, descreve.
Mas o mais curioso é mesmo o figurino: Arnaldo e banda sobem no palco de pijamas. “O figurino é do Marcelo Sommer, com quem trabalho desde o Ao Vivo no Estúdio (2007). Sim, são pijamas, mas como é do Sommer, fica mais elegante”, justifica, bem humorado.
“Me sinto a vontade e elegante de pijama. Também é uma forma de compartilhar certa intimidade”, conclui.
Arnaldo Antunes – Show de lançamento do CD “Disco” / domingo, 19 horas / Concha Acústica do Teatro Castro Alves / 1º Lote R$ 80 e R$ 40 / Vendas: Bilheteria do TCA e SACs dos Shoppings Barra e Iguatemi
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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5 comentários:
Mais artilharia pesada contra o Procure Saber, desta vez do biógrafo de Marighella.
http://farofafa.cartacapital.com.br/2013/10/11/caixas-pretas-chapas-brancas/
Enquanto isso, em sua coluna semanal, a Vedete de Sto. Amaro sai pela tangente de forma vergonhosa:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/10/1355897-censor-eu-nem-morta-defende-se-caetano-sobre-biografias.shtml
E aqui:
http://andrebarcinski.blogfolha.uol.com.br/2013/10/12/caetano-e-a-arte-de-escrever-muito-sem-dizer-nada/
Não adianta. Nada do que essa gente diz é capaz de convencer a mais ingênua das polyanas de que não se trata de censura.
Finalmente, a Marvel anuncia em Nova York a republicação e a conclusão da série do Miracleman, travada há décadas por disputas legais:
http://www.bleedingcool.com/2013/10/12/marvel-to-republish-miracleman-from-january-2014-to-its-conclusion/
O Motoqueiro Fantasma tomou juízo e vai trocar a motoca por um carro:
http://omelete.uol.com.br/marvel-comics/quadrinhos/motoqueiro-fantasma-vai-voltar-em-versao-motorista-fantasma
Tá certo. Vai que aparece uma oftalmologista psycho e joga o carro em cima dele?
Bicho, eu não tenho opinião formada sobre o assunto...eu não entendo pq tanto blablabla por biografia, saber da vida das pessoas...acho que as biografias agora estão + focadas em fofocas do que na obra...não sei se toda história da vida de alguém deve ser contada...tem coisas que a pessoa prefere esquecer...mas tb acho bizarro esse papo de censura...mas se o biografado não gostar da biografia???
se bell marques fosse escrever uma biografia sobre Chico Castro, vc ia gostar-hehehehehe
Cara, eu amo ler biografia...mas entendo quem fique um pouco chateado em ver sua intimidade levada a público...mas tb é curioso ver essa galera falando de censura...enfim, deixa eles que são ricos pra lá.
Sputter, vc é um cara inteligente. Vou deixar vc formar sua opinião antes de te dizer o que acho disso.
Por que essa aí "e se escrevessem a sua biografia" é a opinião mais rala e comum de todas.
Vc é bem melhor que isso.
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