Quem frequentava a cena alternativa / roqueira da cidade em meados dos anos 1990, início dos 2000, deve se lembrar da Banda Setembro.
Formada por músicos talentosos que se inspiravam em Earth Wind & Fire, Tim Maia e Cassiano, entre outras potências soul e MPB, ela começou a chamar atenção quando ainda se chamava Jardim da Infância.
Depois de mudar de nome e gravar um primeiro CD (algo bem mais complicado na época) chamou a atenção de Ed Motta, que a elogiou publicamente, em uma entrevista na MTV.
Com o nome “quente”, se mudaram para São Paulo. “Tocamos em algumas casas. Mas aí cada um precisou trabalhar e se sustentar. A banda ficou em segundo plano. Só o baterista (Kezo) ficou por lá. O resto voltou pra cá”, relata o vocalista, CH.
Pois bem, passados alguns anos, eis que a Setembro (em foto de Antônio Geraldo Paim) está de volta com disco de inéditas, dois novos integrantes e a mesma sofisticação nos arranjos.
Intitulado simplesmente 2, o álbum está todo disponível para audição no site oficial da banda e foi produzido pelo baixista original, Alexandre Processo.
Além deste último, Zé Travassos (guitarra) CH, a Setembro hoje conta com Anderson Chrystopher (bateria), e Bruno Aranha (teclados).
Não quero dinheiro
“A Setembro nunca acabou, na verdade. Só parou, mas sempre quisemos fazer um novo trabalho”, diz CH.
O primeiro passo foi a participação em um musical do grupo teatral Dimenti. “Ali desenvolvemos um conceito de musical para nossa estética, adequando nossas canções ao ritmo da peça, um viés cênico”.
“Mas o grande incentivo mesmo foi nossa participação no disco tributo ao Guilherme Arantes, A Cara & O Coração, no qual gravamos duas faixas”, conta.
Com o disco pronto e disponível (inclusive para venda no iTunes), a Setembro se prepara para o show de lançamento, depois de amanhã.
“O que mais gostei depois de tudo é essa mobilização em torno de algo que não tem relação direta com comércio. Não busca dinheiro. Busca valor estético. Esse desprendimento natural que existe em todo músico”, garante o vocalista.
Banda Setembro /Show de lançamento do CD 2: Quinta-feira, 22 horas / Commons Studio Bar / R$ 20 (lista no www.commons.com.br ou antecipado na Midialouca) e R$ 25 (na porta)
Ouça: bandasetembro.com.br
NUETAS
Manu no Sesc Pelô
Irreverente, carismática e baita cantora, Manuela Rodrigues (foto Márcio Lima) se apresenta no Teatro Sesc-Senac Pelourinho sexta-feira e sábado. A moça conta com super banda. Se liga na formação: Tadeu Mascarenhas (teclado e direção musical), Son Melo (baixo), Júlio Caldas (guitarra, guitarra baiana, cavaquinho e violão) e Lalo (batería). No show ela já apresenta música nova, que deverá constar do seu próximo álbum. 20 horas, R$ 20 e R$ 10
Mês do rock segue
Anda no Pelô, a programação do mês do rock segue em alta nesta sexta-feira com Radiola (Largo Tereza Batista) e Cascadura (Largo Pedro Archanjo). 21 horas, entrada gratuita.
Latinidad no Visca
CH Strattman leva os belos sons do seu Efecto Vertigo ao Visca Sabor & Arte. Sábado (20), 22 horas, R$ 15 (preço único). CD à venda no local. Recomendo.
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
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6 comentários:
Deve ter sido um dia feliz e divertido em Seattle.
http://www.spin.com/gallery/sub-pop-silver-jubilee-built-to-spill-king-tuff/
Atenção no sujeito que pede para "grampear $$$" nele mesmo. Essas crianças....
outra volta dos 90´s:
http://www.factmag.com/2013/07/16/mazzy-star-details-first-album-since-1996-listen-to-california-now/
Grande Mazzy Star. Me arrependi de não ter adquirido os dois cds clássicos deles por 5 euros cada na fnac do Porto.....
Como se chama um kryptoniano comunista? Kal-Max!
Como chama uma kryptoniana que faz música brega? Jor-Elma.
Tirado do tuiter @EdsonAran
zorra man...deu mole...aqui vai pagar 50 contos se importar...em 1 só...
cê num comprou pá num dar na vista pá patroa né?
Que bobagem, né Sputter? Claro que não.
Não comprei ali na hora por que me interessei por outros - uma coletânea do Tom Waits, a trilha sonora do Air para o filme As Virgens Suicidas, Attack & Release do Black Keys, Mundo Pequenino do Deolinda, HQs portuguesas, revistas europeias (Mojo, Uncut, Blitz, NME etc), garrafas de vinho, as maravilhosas latas d'A Conserveira etc e tal.
Questão de triagem mesmo. A grana (e o limite de peso na bagagem) te forçam a prestar atenção nisso....
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