sexta-feira, setembro 04, 2015

A MISSÃO É ENTRETER

Estreia: O Agente da U.N.C.L.E., de Guy Ritchie, retoma antiga série de TV com potencial para  franquia

A despeito do seu apelo nostálgico, adaptações cinematográficas de séries de TV de sucesso são sempre uma aposta alta: se a busca for para agradar  aos fãs mais antigos, corre-se o risco de alienar o grande público – sendo o inverso também verdade.

Em O Agente da U.N.C.L.E., o diretor Guy Ritchie caminha com certa habilidade nessa corda bamba.

Adaptação da série norte-americana da rede NBC, exibida nos EUA entre 1964 e 1968, O Agente da  U.N.C.L.E. era um produto típico da sua época, criado na esteira do sucesso dos filmes de James Bond: um drama de espionagem e aventura em meio a Guerra Fria e a ameaça nuclear, protagonizado por dois agentes secretos, o norte-americano Napoleon Solo e o russo Illya Kuryakin.

Já o filme de Guy Ritchie (diretor dos filmes do Sherlock Holmes com Robert Downey Jr.),  é mais um típico produto do seu diretor: um blockbuster milionário, dirigido com sua habitual mão pesada, a qual costuma privilegiar o estilo antes de qualquer coisa.

Ainda assim, Ritchie acertou a mão em alguns pontos, como manter a ambientação nos anos 1960, conferindo ao desenho de produção (cenários, figurinos etc) o charme típico da mais psicodélica das décadas.

Acertou também no roteiro, ao mante-lo mais ou menos simples, sem tantos detalhes confusos como nos filmes do Sherlock Holmes, o que ajuda a manter o interesse do espectador aceso nas suas quase duas horas de duração.

Outro acerto é o tom: irônico, bem-humorado, sexy e violento, como, aliás, são os outros filmes do diretor.

De resto, é bobagem buscar profundidade ou metáforas neste tipo de filme – até por que não é sua função. Os protagonistas, interpretados por Henry Cavill (o criticado Superman de O Homem de Aço) e Armie Hammer (O Cavaleiro Solitário), apesar de muito charmosos, são rasos como um dry-martini.

Resgate em Berlim

Para o bem ou para o mal, a dinâmica dos chamados buddy-movies (filmes de parceiro) está toda lá: Napoleon (Cavill) e Kuryakin (Hammer) começam o filme em lados opostos, tentando literalmente matar um ao outro.

Mas quando a ameaça comum surge, os dois são obrigados se unir, criando uma tensão que oscila entre a pirraça e o respeito mútuo.

A trama começa em Berlim, logo após a construção do Muro que dividiu a cidade entre Ocidental e Oriental.

Napoleon precisa resgatar, do lado Oriental, uma garota (Alicia Vikander) que é filha de um cientista ligado aos nazistas da 2ª Guerra, o qual estaria empenhado na criação de uma arma que pode desequilibrar a balança do poder na Guerra Fria.

Sem que ele saiba, Kuryakin também está lá, com a mesma missão.

Após uma sequência de abertura eletrizante, com um balé automobilístico pelas ruas de Berlim, o trio parte para a Itália, onde se defrontará com uma organização criminosa obscura nos cenários luxuriantes de Roma e Nápoles.

No fim das contas, O Agente da  U.N.C.L.E. cumpre bem sua missão de entretenimento escapista, segurando com habilidade o espectador nas suas duas horas de projeção.

Em tempo: outro destaque do filme é a incrível trilha sonora spy-jazz de Daniel Pemberton, que ainda inclui uma canção do Tom Zé, Jimmy Renda-se, além de Nina Simone, Roberta Flack, o ítalo-americano Louis Prima etc.

O Agente da UNCLE (The Man From U.N.C.L.E., 2015) / Dir.: Guy Ritchie / Com  Henry Cavill, Armie Hammer e Alicia Vikander / Cinemark, Cinépolis Bela Vista e Shopping Salvador Norte, Espaço Itaú de Cinema - Glauber Rocha, UCI Orient Shoppings Barra, da Bahia e  Paralela / 12 anos

11 comentários:

Rodrigo Sputter disse...

https://www.youtube.com/watch?v=r3qaQxhSsso

esses delinquentes hoje seriam coroinhas perto da nossa juventude-hehehehehe

Rodrigo Sputter disse...

http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2015/09/04/keith-richards-chama-metallica-e-black-sabbath-de-piadas/

responda-me Mr. Castro.

Franchico disse...

Meu querido, o negócio é seguinte: se Keith Richards falou, TÁ FALADO.

Rodrigo Sputter disse...

mas do Sabbath??????
aí é pegar pesado...fora que os Stones nem tão com essa moral toda assim pra ele sair metendo o pau ni todo mundo...o Sabbath lançou um grande disco esses tempos...sobre Metallica e esses raps atuais aí blz...

Rodrigo Sputter disse...

https://www.youtube.com/watch?v=LO1VVSJ1S78

Cocaine...all around my brain...nunca tive curiosidade de experimentar cocaína...mas a canção eu gosto muito...


A letra...pelo menos da versão do Jack..."simples"...enxuta e linda...

Yonder comes my baby all dressed in blue,
Hey baby, whatcha gonna do,
Cocaine, all around my brain

Hey baby, come here quick,
This old cocaine's gonna make me sick
Cocaine, all around my brain

Yonder comes my baby all dressed in white,
Hey baby, gonna stay all night
Cocaine, all around my brain

Hey baby, come here quick,
This old cocaine's gonna make me sick
Cocaine, all around my brain...


https://www.youtube.com/watch?v=CPsOpJGBRNc

e a versão original do mestre Rev. Gary Davis.

Falando em Rixard:

https://www.youtube.com/watch?v=SutO9tW9k9g

boa versão por sinal...


uma das melhores versões da faixa...

https://www.youtube.com/watch?v=YrMyuZKmfSE

Por anos foi minha fave...mas essa do Jack é imbatível...

Ernesto Ribeiro disse...

http://www.absolutdrinks.com/pt/drinks/dry-martini/


Drinks e Receitas: Dry Martini, só os inteligentes gostam!



É fato que o Martini não é um drink pra ser tomado num bar com a galera, depois do jogo, ou simplesmente pra confraternizar, pois, como ja diz no nome (Dry), é seco, bem seco, o que sugere uma degustação mais lenta e comedida, geralmente num momento mais introspectivo da nossa vida (ou vocês não sabiam que o psicológico influencia o degustar da bebida?), e, talvez por isso, seja a bebida predileta de inúmeros escritores renomados por aí. Aliás, um deles gostou tanto da bebida que escreveu um livro inteiro só sobre Dry Martini. O livro se chama “Stirred, Not Shaked!”


http://gnt.globo.com/receitas/receitas/dry-martini-veja-a-receita-classica-do-drinque.htm

Rodrigo Sputter disse...

http://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2015/09/04/slayer-ouca-as-novas-you-against-you-e-cast-the-first-stone/

Rodrigo Sputter disse...

http://quadrikomics.blogspot.com.br/2015/09/revista-top-rock.html

yeah!!!!
meu começo do rock foi com essa revista!!

Ernesto Ribeiro disse...

.

É no mínimo curioso que Keith Richards tenha demorado 47 ANOS para fazer a resenha de Sgt. Pepper’s. E justamente durante a divulgação do disco solo dele, quando ele precisa de exposição máxima na mídia para atrair a atenção do público.

Mas no mais eu CONCORDO com ele. Só acrescento que TODA a obra dos Beatles cabe inteirinha numa lata de lixo.

Ernesto Ribeiro disse...




Sem querer polemizar – e com todo o respeito ao devido mérito do artista – mas Jack Kirby era um desenhista medíocre. Foi mais um rabiscador de tipos com aparência espalhafatosa em figurinos bizarros e ambientações lisérgicas típicas dos anos 60, além de inovar com aquela atmosfera efervescente de raios, vapores e radiação.


Mas, para desenhar figuras humanas , Kirby era uma negação. Os traços dele são toscos que doem. As posturas não possuem nenhuma naturalidade. Todos que ele desenhava pareciam estar sempre posando, e ao mesmo tempo estáticos, como manequins expostos numa vitrine. TODOS os rostos que ele desenhava tinham a mesma cara de paisagem: vazios, indiferentes e nauseantes de tão inexpressivos. A estrutura facial é sempre a mesma: plana, inumana, irreal.


Os olhos dos personagens transmitem NADA. Mesmo quando a atitude ou a linguagem de corpo deveriam ser acompanhados por um olhar adequado, desde o Hulk furioso, o Thor eufórico ou a donzela em perigo ao vilão ameaçador, o cidadão assustado, o cientista pensativo e o Galactus se despedindo da Terra com um aprendizado e uma lição filosófica. Não tem jeito. São sempre os mesmos olhos estúpidos, vazios e sem vida, as mesmas bocas abertas num esgar paralisado de bonecos e as mesmas caras chapadas de bolacha maria.


Nem sequer existe alguma sensação de movimento. A arte-final era tão pobre e limitada que fazia até um cartum de desenho animado parecer mais dinâmico e realista. Deprimente. Nunca vi um artista tão bidimensional.

Ernesto Ribeiro disse...

.

Satanás tá fudido:


Chuck Norris se torna pastor de uma igreja evangélica nos EUA.


Apenas seis anos depois de se converter ao cristianismo.


http://www.gospelgeral.com.br/chuck-norris-se-torna-pastor-de-uma-igreja-nos-eua/


Agora é que o Diabo vai apanhar feio.


O Cão vai ficar todo vermelho de tanto hematoma.