Material da clássica revista Creepy dos anos 1960 ganha mais um volume
Muito antes da invasão zumbi de The Walking Dead (a HQ), o terror já dava as cartas nos quadrinhos como uma grande sensação, além de atrair alguns dos maiores talentos da indústria.
Em Creepy: Contos Clássicos de Terror, podemos conferir um pouco dessa produção.
Aqueles com mais de 40 anos que liam HQ nos anos 1970 talvez já a conheçam: muito desse material foi publicado no Brasil na saudosa revista Kripta, da editora RGE (atual Globo).
Para apreciadores de qualquer idade, este segundo volume pela Devir (o primeiro saiu em 2013), é puro deleite.
Em 304 páginas desfilam algumas das maiores lendas dos quadrinhos, como Archie Goodwin, Frank Frazetta, Alex Toth, Wally Wood, John Severin, Joe Orlando, Steve Ditko, Gene Colan, Gray Morrow e muitos outros.
Esperteza que dribla censura
Fundada em 1964 por Russ Jones para Warren Publications, a Creepy ecoava, em temática e estética, as revistas de terror da EC Comics, fechada pelo governo americano durante a caça às bruxas da era McCarthista.
Creepy se safou da graças a uma esperteza do seu editor, James Warren: rodada em formato magazine (o mesmo da Veja, por exemplo), não lhe era exigido o selo de aprovação do Comics Code Authority, criado no auge da perseguição.
A mesma estratégia foi utilizada com sucesso nas duas outras revistas de terror da editora: Vampirella e Eerie – esta última, como Creepy, também está sendo republicada no Brasil em volumes, pela Mythos Editora.
Jones logo se desentenderia com Warren, dando lugar ao lendário editor e roteirista Archie Goodwin, que depois se tornaria um dos principais nomes da Marvel nos anos 70 e 80.
Em P&B, Goodwin e um dream team de desenhistas criaram milhares de páginas em que valia tudo para assustar e surpreender o leitor: desde adaptar contos de Edgar Alan Poe (O Barril de Amontillado) e Bram Stoker (Drácula) a recorrer a medos mais “modernos”, como guerras, robôs revoltados e conspirações de assassinato.
O alívio cômico ficava por conta da apresentação sempre mordaz do anfitrião da revista, o tenebroso Titio Creepy, além dos muitos anúncios de produtos típicos da época, como o veículo do Frankenstein, bonecos do Drácula, óculos de raios-X etc. Uma delícia.
Creepy: Contos Clássicos de Terror – Volume Dois / Vários autores / Devir/ 304 p. / R$ 49 / capa dura: R$ 60 / www.devir.com.br
Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Falando no diabo...
http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/arqueologos-encontram-a-tumba-de-dracula-16062014
e essa Chico?
q tal?
http://boainformacao.com.br/2014/05/a-inacreditavel-historia-da-mulher-que-descobriu-ser-sua-propria-gemea/
wim wenders e aprendenders...
Sensatez em pauta, o antídoto à polarização burra que tem contaminado 9 entre dez palpiteiros da política no Brasil:
http://www.brasilpost.com.br/diego-iraheta/elite-povo_b_5501439.html?utm_hp_ref=brazil
Volto a insistir: aderir a lados no Brasil é pedir para ser mané.
Tem que pensar com objetividade, sem paixões.
O resto é retardamento mental dos colunistas da Veja seus ingênuos seguidores.
EXATO. E por falar em objetividade...
Sabe o que é mais complicado na história REAL de Drácula?
ELE NUNCA FOI NENHUM "vilão" Anti-Cristo servindo ao Diabo. Muito pelo contrário.
Vlad Tepes é um SANTO da Igreja Católica Romana por ter SALVADO a Romênia do avanço do Império Islâmico. Ele SALVOU o povo romeno do extermínio mais horroroso. E fez os verdadeiros maus sofrerem de volta, fazendo-os provarem o gosto do próprio veneno.
O Conde da Transilvânia e Príncipe da Valáquia é um HERÓI nacional para os romenos.
É verdade que ele foi um empalador. Maaaas... como toda história tem dois lados, o fato é que todos aqueles que o Vlad empalou TAMBÉM ERAM EMPALADORES. O empalamento era um método comum de assassinato cruel cometido por soldados turcos otomanos.
Os mesmos soldados imperialistas que no século 20 inventaram o método mais monstruoso de genocídio em Marchas da Morte e Campos de Concentração, exterminando 5 milhões de civis de todas as idades, principalmente na Primeira Guerra Mundial --- e que inspiraram o Holocausto Nazista na Segunda.
E sabe duma coisa? Considerando que os islamistas são os maiores assassinos em massa da História Humana, acho que o velho Vlad foi mesmo um herói pra Humanidade. O cara evitou um GENOCÍDIO, que é o que os muçulmanos sempre costumam fazer em cada país "conquistado" --- isto é, cada povo massacrado em que eles enfiam a religião deles goela abaixo da população.
O problema é que depois de morto pegaram o cara pra Cristo; digo, pra Anti-Cristo. Tudo porque o escritor inglês Bram Stocker ouviu falar de uma mulher romena com fama de vampira: a condessa Barthoria.
Por isso que eu nunca respeito as estórias de terror.
Postar um comentário