terça-feira, março 01, 2011

SÉRGIO DIAS: "EU SOU O CORVO NEGRO MESMO! NÃO IA ROLAR PERIQUITO, SACA?"

Os céticos vão ter que engolir essa: Haih ou Amortecedor, o disco novo d’Os Mutantes, honra o legado da maior banda do rock nacional.

Mesmo sem contar com 2/3 dos membros fundadores (Arnaldo Baptista e Rita Lee), o grupo arregimentado pelo remanescente Sérgio Dias (ao lado do baterista original Dinho Leme) se provou apto a levar adiante o nome e o legado do combo roqueiro / tropicalista surgido em 1966.

Lançado no exterior em 2009, Haih ou Amortecedor só agora chegou ao mercado nacional, via Coqueiro Verde, o selo independente presidido por Léo Esteves, filho caçula de Erasmo Carlos e atual gravadora do Tremendão – um motivo de orgulho para Sérgio.

A espera valeu a pena. Em Haih estão conservadas – não em formol – todas as características que tornaram os Mutantes famosos: a experimentação, o humor irreverente, a excelência instrumental, as referências à cultura popular brasileira, os arranjos caleidoscópicos.

Certamente, a assinatura do Mutante honorário Tom Zé em sete das 13 canções do disco ajudou bastante nisso. Jorge Benjor, outro antigo parceiro da banda, também marca presença na (hilária) faixa O Careca.

Ultra-viajandão, mas muito divertido e de som bastante heterogêneo, graças à variedade de vozes e ritmos apresentados, o disco é de audição fácil para quem se dispuser a embarcar na viagem neo-Mutante.

Curiosamente, o conceito central do álbum é um tanto obscuro. Ele abre com o presidente russo Vladimir Putin discursando. E termina com os hinos do Brasil, da Rússia e dos Estados Unidos misturados, em uma mixagem meio confusa.

Mas o miolo, as canções entre um extremo e outro, deverão satisfazer até o mais desconfiado fã das antigas.

As faixas de Tom Zé em parceria com Sérgio, especialmente Amortecedor, 2000 e Agarrum, Anagrama e Bagdad Blues poderiam estar facilmente em qualquer álbum antigo da banda (ou até do próprio Zé).

Já O Mensageiro, balada folk escrita e cantada por Sérgio Dias, é a faixa mais acessível do disco e poderia até tocar em rádios – se estas ainda tocassem música e não apenas jingles.

Outro destaque é Singin’ The Blues, da cantora neo-Mutante Bia Mendes, em parceria com Erasmo, um divertido rock no estilo da Jovem Guarda.

ENTREVISTA

Sérgio Dias, 60 anos em 1º de dezembro, está numa boa, bicho. Sem se incomodar com os que o criticam por tocar adiante sua própria versão d’Os Mutantes – para muitos, um sacrilégio sem o irmão Arnaldo e Rita Lee – ele conseguiu, de qualquer forma, lançar um disco bastante elogiado pela imprensa internacional desde o lançamento, em 2009. O bom disco, as críticas favoráveis e a coesão do grupo atual – após as saídas de Zélia Duncan e Arnaldo – o deixaram confiante para seguir adiante, sem se intimidar com o peso do legado que o nome Mutantes carrega. Nesta entrevista por telefone, de sua casa em Henderson (cidade vizinha a Las Vegas), ele se emociona ao falar de Tom Zé, Gal Costa e do último show da banda por aqui, em 1972. Dica: vale buscar na internet o vívido relato do grafiteiro local Miguel Cordeiro sobre este show (leia aqui: http://www.miguelcordeiroarquivos.blogger.com.br/2006_10_01_archive.html).

Sérgio, você ficou satisfeito com o resultado final do álbum? Pretende continuar gravando discos d'Os Mutantes com essa formação atual?

Sérgio Dias: Fiquei muito feliz pois fizemos do jeito que queríamos, livres, sem olhar para trás, do jeito que tinha que tinha que ser, quase todo em português. Eu não esperava uma reação tão forte no estrangeiro. Estamos com 4, 5 estrelas em todos os grandes veículos, como Mojo, Village Voice, Uncut, The Guardian, New York Times. Com certeza, vamos continuar. Em maio ou junho estamos entrando em estúdio aí no Brasil para gravar disco novo . E vai ser no meu estúdio em São Paulo, o Zorg.

Mesmo sem Rita e Arnaldo, o CD soa muito Mutantes. Foi uma consequência do trabalho com antigos colaboradores, como Tom Zé e Jorge Ben Jor?

SD: O Tom Zé foi o melhor parceiro que eu já tive na minha vida. Gênio é pouco, não tem palavra para descrever. Ele me chama de baraúna e ele é pau ferro. Uma preciosidade do Brasil, e ter tido a sorte de encontra-lo agora... Por que antigamente, não tinha bagagem intelectual nem para dizer bom-dia e agora nossa parceria ficou tão bonita! É um tamanho amor, tamanho amor, é uma coisa que estava escrita nas estrelas, como diria Tetê Espíndola. E acho que vai durar por muito tempo. Ele é um Mutante também, assim como somos todos um pouco Tom Zés.

Por que o disco demorou tanto de sair no Brasil? Lá fora saiu em 2009, não foi isso?

SD: Num sei, bicho. O Brasil é um pouco difícil de entender nessas coisas. Na época (2009) estávamos sob contrato com a Sony, mas na hora H, deu para trás. E eu num ia perder tempo de ficar batendo em porta de gravadora. Então nos direcionamos para cá (para os EUA), aonde tínhamos uns 4 ou 5 selos interessados, aí eu tive de passar para um advogado. Por que era gente amiga, como Mike Patton, Sean Lennon... No Brasil eles não acreditaram no disco por causa da saída do Arnaldo e da Zélia. Mas Os Mutantes é uma coisa maior do que as pessoas, é mais sério do que eu, Arnaldo, Rita ou qualquer coisa do gênero. Acredito que (a mudança de gravadora) foi para melhor. Saindo pelo Coqueiro Verde, para começar, estamos na companhia do Erasmo, que é uma das pessoas que eu mais respeito em termos de integridade, constância e pedigree. Estamos em casa.

O disco começa com Vladimir Putin discursando e termina com os hinos da Russia e do Brasil misturados. Haih é um disco conceitual? Faz parte do conceito? Por que Putin? Por que o hino russo?

SD: Na verdade, no fim do disco, tem os hinos do Brasil, da Rússia e dos Estados Unidos misturados. Foi uma coisa que a gente que viveu na Guerra Fria, da rivalidade entre a União Soviética e os EUA. Diante de tudo que está acontecendo no mundo, achamos que seria legal lembrar aos americanos como era interessante ter um adversário a altura no tabuleiro de xadrez. O que eles tem agora? Chavez? Naquele época, com o Khrushchov (Nikita Serguêievitch Khrushchov, líder da União Soviética entre 1953 e 1964) aconteceram coisas muito interessantes. Acho que os americanos estão dando uma importância excessiva ao Taleban, em termos históricos, não tem mais ninguém com o peso de uma União Soviética. Quando eles estavam competindo, era lindo, a corrida espacial a trouxe muitas coisas positivas.

Na capa de Haih há um corvo fotografado por você e no encarte você aparece com um traje que lembra um corvo. E na música O Mensageiro você canta: "Eu sou o corvo negro".

SD: Mas eu sou o corvo negro mesmo, entende? Todo mundo esperava que a gente viesse em tecnicolor, muita corzinha, paz & amor. Mas as coisas não são mais assim. O corvo bica seu olho, mas também é um elemento mágico, tem toda uma aura de mistério. Desde Edgar Allan Poe, né? O corvo fala! É um bicho da pesada! Não ia rolar um periquito! É muito porrada esse disco, é muito forte para ser outra coisa. E eu sou o corvo negro, por que fui o arauto dessa situação nova, uma coisa muito boa. Jogaram os Mutantes de novo na minha vida e agora não dá mais para tirar.

Além da experiência natural de 40 anos de carreira, o que mais diferencia o Sérgio Dias da primeira encarnação dos Mutantes do Sergio Dias de hoje?

SD: Num sei, cara, é difícil dizer, eu me vejo como a mesma pessoa, exatamente igual. Meus ideais, minha luta de ser honesto com o que faço, me sinto o mesmo garoto. Às vezes fico dormindo aqui, me sinto cansado, mas o tesão e o sonho são a mesma coisa. Minha mãe, quando já tava com 80 e tantos, me falava que o corpo parava, mas a cabeça continuava igual. Eu sinto exatamente isso, por isso é um grande barato encontrar o Tom Zé, ele é uma criança. Tom Zé é a fonte da juventude.

Quando veremos um show dos Mutantes em Salvador?

SD: Cara, que saudades da Bahia! Com certeza estamos loucos para tocar aí! Agora as pessoas ai tem que ser um pouco mais ativas para que possamos fazer isso. Não dá para entrar num carro e ir. Mas a vontade é imensa! No que depender da nossa vontade... Bicho, nunca esqueço do nosso último show em Salvador, na Concha Acústica (28 de fevereiro de 1972)! Eu não lembro do show no Barbican, mas lembro desse! Ficamos hospedados em Itaparica e ainda vimos um show do Luiz Gonzaga! Uma coisa que não tem parâmetro! Quando a gente vê o que sai daí hoje em dia... Coitado do Brasil.

Qual foi a última coisa boa que você ouviu do Brasil?

SD: Pô, tem tanta coisa, mas sou meio ruim de nomes. Tenho a maior vergonha disso. A Zélia Duncan é maravilhosa. Tanta gente cheia de potencial para a música. O Brasil ainda é maior manancial do mundo, musicalmente. A gente só precisa retomar de onde paramos desde o maldito golpe de estado que arrasou com nossa cultura. Você tem o Lula Queiroga... Tanta banda que tá começando com a atitude completamente livre, assim que acabaram as majors – graças a deus. A liberdade retornou, então eu vejo a garotada se libertando dos formatos de verso-bridge-refrão, essa coisa idiota. Vi muita coisa interessante, mas minha memória não funciona, cara, foi muito LSD! Só sobrou o (neurônio) Tico. O Teco foi embora! (Risos)

Depois de vocês, em termos de influência, uma das bandas que mais marcou a garotada atual foi o Los Hermanos. Conhece?

SD: Não tive tempo de ouvir tão profundamente Los Hermanos, por que eu tava ocupado para ouvir tudo. Agora mesmo, estou gravando uma música para uma obra do meu irmão Claudio, chama Gea. Tô tratando como se fosse um filme. Ando sempre muito ocupado, é difícil de parar, pesquisar, não dá tempo.

Vocês estão fazendo shows em Las Vegas? E depois?

SD: Não, eu moro aqui em Henderson, Nevada, na pontinha de Las Vegas. Toda a nossa estrutura se centrou aqui. Agora estamos indo para a Austrália e Indonésia, uma turnê grande por lá. Nunca pensei em tocar lá na vida. Depois disso, em julho, vamos para a Europa. Já tem show marcado na Inglaterra. Em maio e junho vamos ao Brasil, e em 2012, no Rock in Rio Madri. Ah! E em setembro, tocamos com Tom Zé no Rock in Rio do Rio!

Será que numa dessas não rola uma passagem pela Bahia?

SD: A Bahia é a terra onde nascemos! Caetano, Gil, Gal... Meu Deus, que saudade louca que eu tenho da Gal! A gente precisa ir aí de qualquer jeito! Diga isso na matéria!

Haih... Ou Amortecedor / Mutantes / Coqueiro Verde / R$ 24,80

Os Mutantes - O Mensageiro from daniel bittencourt on Vimeo.

54 comentários:

Franchico disse...

Brama, o pop up da agência de viagem não aparceu mais hj. Mas agora me apareceu um sapo bem aí do lado. Mas quem botou esse sapo aí? Sai daí, bicho! Xô! Sai, sai! Xô!

Franchico disse...

Apaguei o sapo do image shack na tora, lá no código do blog! Se aparecer de novo, apago de novo, qtas vezes for necessário! Humph!

osvaldo disse...

Not so fast Chico. Realmente não abriu o pop-up do Viagens. Em compensação abriu uma do "boutique" de celulares em Frânces! Um conhecido meu que trabalha com midia social me disse que provavelmente é um acordo do nosso host o Blogger.Com, que se não me engano é do Google. Anyways vamos arubuservar. E como não falei no post anterior, falo agora, Nelson Gonçalves não foi o maior crooner do país. Foi nosso maior e melhor cantor, ever.

Franchico disse...

Recebido por email....

VandexTv com Paulinho Oliveira - Dia 01/03/11 - Terça 20:30 hs - Assista pelo site: www.vandex.com.br

Franchico disse...

Nelsão era foda! Tenho um DVD dele que é de chorar. Nos extras tem um depoimento dele de uns 20 minutos, ele contando sobre o vício em pó e como ele se livrou dele, que é, com o perdão do clichê, uma lição de vida. Aliás, uma das únicas vezes em que o clichê, de fato, se aplica. (Ops).

glauberovsky disse...

chicão,
o haih é muito bom, mas acho estranho usar o nome MUTANTES...sei lá, vou ler a entrevista.

.......................

lí a matéria "geração em transe". acho que no caso da cascadura, retrofoguetes, ronei, nancyta, faz sentido total o diálogo com elementos locais e mpb e tal. respeito, mas não é o meu caminho. gosto de muitos discos dos medalhões da mpb, mas o que procuro é algo próprio, um caminho meu. seria totalmente artificial colocar um tambor manguebeat aqui, um agogô ali pra fazer parte. aliás, não quero fazer parte de zuorrra nenhuma, rsrs. e não tenho a menor intenção de dialogar com a música de carnaval baiana. quanto ao que diz a matéria, é verdade: as fronteiras já ruíram há muito...forçar é que é chato.

...................

to terminando o livro de lobão. muito bom! li em 4 dias, sem parar. poderia ter mais 300 páginas...importante pra entender os 80s e o próprio lobão, que é muito mal entendido, reduzido. o cara tem, no mínimo, 6 albums excelentes. é um poeta, sem dúvida e grande músico e compositor. um sobrevivente.

GLAUBER

Nei Bahia disse...

Oswaldo, Miltinho tá coladinho e Nelsão!!!!

Franchico disse...

Valeu, Glauber! Sobre a matéria de hj no Cd2, a intenção foi dar uma provocadinha mesmo, levantar algumas questões, constatar outras. Espero não ter julgado nem diminuído ninguém - sem essa de "no meu tempo era melhor" e tal. (Olha que até era, mas não é esse o caso, então não espalha...). Tb tô precisando sair do lugar comum das pautas do dia a dia, tipo "neguinho tal lançou disco tal, fulaninho X lançou o livro Y. Não posso só ficar sendo pautado pelo mercado. Eu tb tenho que lançar pautas. Não demora, vc vai ver matérias "mais ou menos parecidas" pipocando por aí....

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Gosto muito do Dylan Dog, o detetive do sobrenatural dos fumetti italianos. Mas botar Brandon Routh com sua carinha de baby johnson pra fazer o personagem no cinema... sei não, acho que não foi uma boa escolha. Em todo caso, pretendo conferir.

http://www.omelete.com.br/cinema/dylan-dog-dead-night-tem-mais-11-fotos-e-um-poster/

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Ainda sobre adaptações de HQs europeias para o cinema, vale conferir As Múmias do Faraó, dirigido por Luc Besson, baseado nas bande desinée da heroína Adele Blanc-Sec (genial, esse nome), uma espécie de Indiana Jones de saias, criada por Jacques Tardi (espero não ter errado no francês). Só não vi no cinema por que TODAS as cópias exibidas em Salvador eram dubladas. Como não sou analfabeto, esperei sair em DVD. E valeu a espera: o filme é muito bom, charmoso e bem produzido na medida, sem aqueles exageros típicos do Besson (o Quinto Elemento fede!), com muito humor e a atriz principal é lindíssima (e sem precisar parecer toda atlética, como as americanas). Uma das melhores "sessão da tarde" que vi nos últimos anos. "Recomeindo!"

Anônimo disse...

glauber, perfeito, as fronteiras ruíram...só não entende quem não quer que só existe música boa e ruim, o resto é ditado pelos modismos regulares e enviesados...agora já pagaram pau demais para os referidos arttistas aí da cena daqui...fudeu...só não me venham dizer que ronei inventou isso e retro elevou a estado de arte aquilo porque já sonrisal demais para minha cabeça
ouvindo capitão beefheart!!!!!!!
e viva dodô e osmar!!!!!!!
cláudio moreira

Nei Bahia disse...

Guimarães, não seja ingênuo; as fronteiras estão lá, firmes e fortes, a diferença é que são feitas de um material especial onde nós que estamos dentro do território menor, temos a ilusão de um mundo que se abre pra todos igualmente, enquanto se olhando lá de fora, os muros estão lá, delimitando as fronteiras do lugares onde os latifundiários do saber e da cultura vem em busca de novidades e uma certa credibilidade duvidosa.

glauberovsky disse...

nei,
de que fronteiras você está falando? acho que há algum ruído na comunicação aqui. musicalmente, não existe mais fronteira, não, velho. não como antes. mas nem sei se entendi o que você quis dizer. meio confuso.
GLAUBER

Anônimo disse...

me referi a fronteiras estéticas, nei se refere a mercado
cláudio "turbonegro" moreira

Franchico disse...

Na música mainstream, ao meu ver, as fronteiras caíram faz tempo. Vejam o festival de verão. Na sequencia, vc tem uma banda "de rock" (pode ser de Capital Inicial a Restart, passando por Charlie Brown Jr. e Jota Quest), um sertanejo (de Luan Santana a qualquer uma dessas duplas, que parecem todas iguais mesmo), um grupo de pagode (sem nomes, por favor) e um axé (qualquer uma das cantoras ou bandas, tb sem nomes, por favor). Qdo vc (lá ele) vai em um dia qualquer do festival e assiste a cada um desses shows enfilerados, a constatação a que se chega é a seguinte: É TUDO IGUAL. A sonoridade é a mesma, as letras falam das mesmas merdas, a postura de palco é mesma e a forma de se dirigir ao público também é a mesma para todos eles. A música pop mainstream no Brasil (acho que no EUA tb não é diferente) se tornou uma GRANDE MASSA AMORFA, sem personalidade, sem sonoridades específicas, SEM NADA. É uma espécie de totalitarismo estético, a padronização total, uma "axezização" completa, que castra tudo o que poderia de existir de original (algo que nem acredito) em todos os os artistas que transitam no mainstream.

Nesse sentido, sim, eu diria que as fronteiras entre axé, pop rock, sertanejo, pagode e etc caíram sim. O interessante é que juntos, todos eles se tornaram muito menos do que suas somas. Canibalizaram-se mutuamente até desaparecerem todas as suas características originais.

osvaldo disse...

ontem no santo antonio o taz tomou ares do que no passado chamavam de "happening" com as projeções de imagens feitas pelo coletivo olho da rua e da galera de jornalismo fotografico da facom, com trilha sonora de ponta de marcos rodrigues e tarcizo buenas. lotado e fervilhante, deu uma sensação de movimentação, diferente do eterno "welcome to the empty seats"( quem matar esta referencia ganha um doce, de açucar) dos eventos que o "rock" esta presente.alias, o rock nos 60 e 70 principalmente,cresceu muito sua penetração (epa!)quando associado a outras formas de arte.
e depues falo sobre o livro de lobão, que realmente é muito interessante, mas tem muita coisa imprecisa, mal contada e Lobão no fundo no fundo (la dele!)acha que a tchurma dele, que hj se restringe a apenas ele, é a unica que sabe das coisas.menas lobão.

Franchico disse...

Excrusive, diz que o livro do Lobão vai virar filme tb. Se Bruna Surfistinha pode, mermão...

http://www.omelete.com.br/cinema/biografia-de-lobao-vai-virar-filme/

E Cebola, já viu isso?

http://www.omelete.com.br/cinema/torre-negra-javier-bardem-praticamente-confirmado/

glauberovsky disse...

osvaldão,
comenta aí sobre o livro de lobão. gostaria de ouvir uma crítica. achei que o camisa de venus foi meio que esquecido ali, apenas uma ou duas linhas. mas enfim, é um recorte. o livro fala basicamente de lobao e do rio. fica por ali.

ouvindo o primeiro dos paralamas e o primeiro de lobão [feito bem antes], fica evidente que herbert "roubou" o estilo de cantar do outro [o que acabou sendo bom, já que depois, lobão mudou de estilo, ficando mais agressivo e irônico no O ROCK ERROU]. é gritante: tem faixa do CENA DE CINEMA de lobão, que parece que é o próprio herbert que tá cantando. herbert é talentoso pacas, mas que deu uma roubada de alma, deu.
GLAUBER

Franchico disse...

Bramis, caso vc escreva uma crítica / comentário sobre o livro do Lobão, em envie, que eu publico como post...

osvaldo disse...

glauber,vou escrever sim. li o livro, vi a entrevista na globo news, tenho ouvido muitas entrevistas do grande lobo. vivi, intensamente aquela epoca descrita no livro,é uma epoca q me interessa muito. gosto muito de algumas coisas que lobâo fez, outras nem tanto,no saldo ele é um dos melhores do tal rock brasil,mas tem umas coisas do lobão e sua tchurma ishperta... faço o post e te mando chicão.

Anônimo disse...

Miguel Cordeiro

eu estava na Concha neste showzaço dos Mutantes no final do verão de 1972. e não duvide, foi um dos melhores da história da banda ! espaço lotado até o talo e eles dispararam repertório de puro rock e sem concessões. eu inclusive escrevi sobre esta apresentação no Clash City Rockers, e depois postei uma versão revisada em meu blog.

interessante que na época, momento complicado na nossa história, os shows nos principais palcos da cidade eram agendados por produtores sem vínculos com o governo. portanto, bem diferente de hoje onde tudo tem a mão oficial.

converso constantemente sobre isso com Osvaldo Brama, e ele gosta de brincar dizendo que percebo teorias da conspiração em tudo. mas vale observar que nos últimos quatro anos, apenas a Nação Zumbi – que é uma banda ok, diga-se - já se apresentou por aqui umas 50 [cinquenta] vezes, no mínimo. e sempre com o patrocínio da Petrobrás, Caixa Econômica, Banco do Brasil e da Secult.

quanto ao suposto choque de gerações que ocorre atualmente no rock produzido na Bahia é engraçado observar que de geração em geração, e em [duvidosa existência de] batalhas e conflitos, não é só o negão que é discriminado por aqui. o rock´n´roll agora é a “Geni” da garotada descolada de Soterópolis que gosta de misturar.

e nestes longos e sinuosos caminhos a história é deturpada e recontada de acordo com as preferências dos produtores e analistas culturais alinhados com o hype e com o oficialismo.

e no embalo deste baba de pernas de pau, é com enorme surpresa que descobrimos que Raul Seixas é misturéba, e não rock´n´roll; mesmo que ele próprio se auto denominasse Raul Rock Seixas e mesmo tendo um texto estritamente contracultural,

e assim o neo-telurismo baiano emoldurado em barbichas medonhas, calças de capoeira e sandálias de verdureiro elege Zé do Peixe como ícone supremo do rock. e nos shows de Salvador o bordão agora é outro: “toca Jeneci ! toca Lenine !”.

enfim, a gente somos inútil...

osvaldo disse...

hahaha. forças ocultas, forças ocultas! miguel, a bahia yaya é tão fraca culturalmente que nem conspirar ninguem consegue e/ou pode.falta curtura para cuspir na escultura. volta janio!

Anônimo disse...

Miguel Cordeiro

não, Osvaldo !! eles podem ser medíocres culturalmente falando, mas são inteligentes demais nas manhas da política, inclusive no uso da cultura enquanto política de dominação. yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay. e está tudo dominado !!! !

Anônimo disse...

conde nosferatu miguelito está certíssimo...e lobão também: o rock errou mesmo!!!!!!!
cláudio "turbonegro" moreira

glauberovsky disse...

bom, no som, raul misturava, isso é inegável. era praticamente um tropicalista, esteticamente. e que bom. a questão não é misturar ou deixar de misturar. a questão é se toca no nervo ou não, se é bom ou não. se é só hypezinho ou algo realmente consistente. o resto é bobagem.
GLAUBER

cebola disse...

Putamerda! Bardem como Roland promete. Já que não dá pra ser o velho Clint...pena. Mas essa opção é muito boa. Gosto do cara (ui).
Está sendo, sem a menor sombra de dúvida, o projeto que mais me criou ansiedade na vida. Esta maldita expectativa pode estragar tudo, eu bem sei!
Ah sim! REM. Já ouvi e gostei! Recomeiiindo:
http://www.npr.org/2011/03/01/133998085/first-listen-r-e-m-collapse-into-now#playlist

Anônimo disse...

Gráuber, Gráuber, mistura essa porra! Como me disse certa vez um amigo (aliás, muito elogiado aqui nesse blog, mas não deixe os donos saberem....psiu!) jornalista não gosta de música, gosta de novidade, mesmo que não seja novidade de verdade, é que eles não conhecem porra nenhuma....rs

Franchico disse...

É claro. Nós, jornalistas somos a escória da terra, nunca sabemos de nada, não entendemos de nada, não conhecemos nada, não somos capazes de elaborar nada, não temos credibilidade, não temos moral, não prestamos para nada.

Exceto quando elogiamos artista / disco / livro / filme. Aííiíí, sim! Somos "O Cara", sabemos tudo, conhecemos tudo, somos "gente boa".

Eu já tô acostumado.

(Nada pessoal, viu, anônimo? Até por que não sei quem vc é. Só re-re-re-constatando uma verdade mais antiga do que nós mesmos...)

Nei Bahia disse...

Vamos por partes:

1- esteticamente as fronteiras são colocadas e retiradas dependendo do momento. No acesso, ou mercado com queiram chamar, elas nunca deixarão de existir e são essas que nos referimos, mesmo que em algum momento nos referimos as primeiras.
2- Vou comprar o livro de Lobão, já vi que se não fico sem papo no TAZ e nos "pós ever..." da vida.
Mais vamos ser claros: a geração rock 80 Brasil é 95% oportunidade e 4% pressão e 1 % talento. Amadores até o talo, alguns continuam assim até hoje, o fim da ditadura militar abriu portas que ninguém lembrava que existiam, tal era a escuridão cultural . Foi a re-invenção da juventude urbana brasileira, que precisa ser identificada e classificada, e assim precisava de uma trilha sonora; que estava na frente subiu na caçamba e foi na onda. Talento de verdade era muito escasso, e ainda é , vide Nando Reis se comparando a Neil Young e “todos” concordando.

Franchico disse...

Isso aí do Nando Reis que vc falou é fato, Nei. O cara vive arrotando Neil Young pra cá, Neil Young pra lá, e nunca, jamais, em nenhum momento, fez nada que se aproximasse do micróbio do chulé do pior disco do canadense (Landing on Water? Re-ac-tor?). Fraco, fraco, fraco. Vai morrer escrevendo hitzinho de padaria pro J. Quest e fazendo xouzinho com banda de axé naqueles buracos da Av. Paralela.

Franchico disse...

Vejam o primeiro cartaz (animado) do novo filme do Conan! Ficou bem legal!

http://www.omelete.com.br/cinema/conan-o-barbaro-3d-veja-o-primeiro-poster/

Cabeças vão rolar, yeah!

glauberovsky disse...

nei,
cazuza, lobão, renato russo, titãs, fizeram coisas muito boas, outras brilhantes. merecem meu respeito e admiração. me fala um garoto roqueiro agora, que escreva como esses caras? 4 discos, um de cada um: jesus não tem dentes [titãs], vida bandida [lobão], 4 estações [legião urbana] e maior abandonado [barão vermelho]. tem mais verve aí nesses discos que em tudo que rolou nessa década. isso num é pouco, não.

não gosto do que nando reis faz na carreira solo. principalmente as letras.

GLAUBER

Anônimo disse...

Raul não era tropicalista. Raul fazia rock. este papo que ele misturava surgiu depois do advento dos misturébas, que usam da produção musical de Raul para justificar as misturébas lá deles.

a proposta de Raul sempre foi dentro do rock; e mais: dentro do rock´n´roll. e isso o fazia diferenciar de outros artistas que, aí sim, misturavam [sem ser misturéba], a exemplo de Novos Baianos, Fagner e Alceu Valença.

a presença de ritmos como xote, música nordestina, tango, música brega na obra de Raul se assemelha com aquilo que alguns roqueiros internacionais fazem.

Dylan em alguns momentos incorpora traços da música mexicana, Leonard Cohen usa valsas, Paul Simon usa música étnica, Neil Young usa eletrônica. e lá fora todos eles nunca deixaram de ser categorizados como roqueiros autênticos.

as letras das canções de Raul eram dentro do espírito da contracultura, característica que na música só existe no rock e no jazz. 95 por cento da discografia de Raul é rock. apenas 5 por cento tem o lance da tal mistura. a qual querem imputar como determinante na música de Raul como se toda obra dele fosse assim uma espécie de Lenine.

insisto em mencionar Raul porque é conversa corrente entre a turma das antigas que ele ou é odiado ou é ignorado pelo pessoal mais novo da música aqui na Bahia. toda essa geração descolada surgida dos anos 90 pra cá não gosta de Raul nem reconhece a sua importância.

Nei Bahia disse...

Guimarães meu caro....os 4 referidos discos, batidos em liquidificador em velocidade alta acrescidos de , leite em pó de boa procedência , calda de chocolate e um pouco de Ovomaltime , dão em porra nenhuma que preste!!!

Anônimo disse...

cara que falou de raul, falou certíssimo...e nei bahia deixa de bobeiro senão te entrego como fã do kiss que vc sempre foi!!!!!!!
cláudio moreira

Anônimo disse...

Miguel Cordeiro

fui eu que escrevi sobre Raul Seixas acima. esqueci de colocar meu nome.

glauberovsky disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
glauberovsky disse...

nei, aí é gosto, meu velho. é preciso entender o que os caras diziam pra poder gostar. timbragem, produção? é parte da época, dá até um charme. respeito sua opinião, mas sei do que estou falando.

miguel, colocar xote, música brega etc no rock é misturar, meu cumpadre. simples assim. outra: contracultura só no rock e no jazz? tropicália é total contracultura, meu amigo.

caramba, tá difícil...parece que eu to num boteco nos anos 80. falta cultura pra cuspir na estrutura.

GLAUBER

Anônimo disse...

raul é raul e acabou...ele era libertário...no seu melhor ou pior...
e faustino é faustino e acabou....abraços a todos e bom carnaval...baranga, mercenárias e velhas virgens...lá vou de mala e cuia para esse palco do rock...se me chamarem de "tio" lá vou dá cascudo!!!!
cláudio moreira

Anônimo disse...

calma glauber...senão vai faltar saliva para vc cuspir...
cláudio "turbonegro" moreira

glauberovsky disse...

pois é, raul é raul e acabou. e faustino é faustino e acabou. e a tropicália é a tropicália e acabou. e nicuri é o diabo.

GLAUBER

Anônimo disse...

Miguel Cordeiro

caro Glauber: é uma discussão infindável, com certeza. concordo que Raul misturava. só que isso tem de ser analisado de maneira específica e não de forma generalizada. porque simplesmente dizer que Raul misturava favorece a falta de informação e cultura da geração misturéba que tem o costume de confundir as referências. mistura é uma coisa, misturéba é outra coisa. você sabe disso. inclusive, você é um dos poucos sobreviventes [ou será o único?] da sua geração que ainda ama e faz rock´n´roll.

e quanto ao lance da contracultura na Tropicália, é claro que este movimento tinha um forte traço contracultural. porém, a Tropicália enquanto movimento mesmo, não durou mais que 2 anos. de 1967 a 1969. e foi aí que veio o AI 5, a censura se acirrou e a repressão política da ditadura militar deu um freio nas inovações culturais empreendidas por artistas da época.

vivi aquela movimentação porque era fã das coisas dos tropicalistas. eu que desde os 7 anos de idade adorava rock e os Tropicalistas faziam o rock moderno brasileiro. e quando Caetano e Gil foram pro exílio em Londres, em 1969, os roqueiros brasileiros que os admiravam pensaram que pelo que eles estavam fazendo aqui entre 1967/69, quando eles retornassem ao Brasil viriam numa explosão ainda maior de rock´n´roll.

e isso não aconteceu, embora Caetano e Gil tenham lançado dois excelentes álbuns, em 1972: Transa e Expresso 2222, respectivamente. os primeiros discos deles após a estadia em Londres. e é notório que eles voltaram mais alinhados com a estética da MPB, e até estabeleceram uma proposta de MPB moderna. contudo, o rock e a contracultura de antes cedeu espaço para uma estética dominantemente brasileira, tanto no que se refere ao som quanto nas letras as quais perderam o sarcasmo de antes.

então, a partir do retorno dos baianos do exílio a Tropicália roqueira e sua inclinação contracultural ficaram para trás. e minha análise não tem nenhum juízo de valor.

Raul, sem dúvida, foi influenciado pela Tropicália, mas nunca deixou a verve roqueira em segundo plano e seu texto nunca abandonou a mordacidade contracultural.

Caetano fez É Proibido Proibir, Divino Maravilhoso acompanhado dos Mutantes; e alguns anos depois fez aquela música maravilhosa chamada Terra. Raul fez Ouro de Tolo, Al Capone, Metamorfose Ambulante. e alguns anos depois gravou Aluga-se, Cowboy Fora da Lei e Rock´n´Roll [Panela do Diabo].

Raul sempre teve a pegada iconoclasta. Caetano é mais conciliador com o brazilian way of life, o jeitinho brasileiro. e, convenhamos, Raul jamais faria algo como Leãozinho, né?

Anônimo disse...

Pessoal, desculpem a franqueza mas não vou ler o livro de Lobão, pois não me interessa. Acho que ele se destaca mais pelas polêmicas do que por sua produção. Acredito que, principalmente na Bahia, algumas panelinhas convencionam que o hype é "tal banda" e aí fica sendo aquilo mesmo. Concordo que a produção do rock nacional nos anos 80 foi muito fraca, a despeito do que se fala. Prefiro ler a biografia do Ozzy, pra mim é mais relevente. Nada pessoal, questão de gosto. E a propósito, Kiss é do caralho.
Marcelo.

cebola disse...

Falando em hype...Sabe o que é que é o maior hype do mundo? O hype! Só se fala nisso! Tal banda é hype, tal é hype disfarçado ou sei lá o que...Eu, sinceramente, não dou uma moeda de dois centavos pra uma "crítica" que diz: Isso é hype. É mesmo? Que bom pra eles. Que aproveitem bem enquanto dura e cresçam dando gargalhadas sentados em sacos de dinheiro. E depois sumam de vista ou lancem uma obra prima. I don´t give a shit. Lembrem-se sempre: Circa 63 tinha uma banda "hype" estourando na ilha, com uma puta estratégia de marketing por trás, cortesia de um gênio empresarial judeu e homossexual, para a rima por aí, chamado Brian Samuel Epstein. Acho que aqueles garotos deram certo.
Vamos acabar com o hype do hype, per favore?

Franchico disse...

Rodrigo Sputter Chagas surge de Elvis Presley no clipe de Geração Y, da Pessoas Invisíveis. Engraçado.

http://www.youtube.com/watch?v=7wmgOwnr_J4

glauberovsky disse...

ok, miguel. é por aí. mas não sou o único, não. acho que o pessoal faz rock e muito bem feito, mas eles têm uma vontade de colocar elementos "abrasileiradores" em seu som e eu não. é algo pessoal, respeito a escolha de cada um. na verdade, eu e solovera só estamos aqui, fazendo nosso som, de acordo com nossas referências.

li seu texto sobre o show dos mutantes de 72. caramba, dava o braço direito para estar lá.

GLAUBER

glauberovsky disse...

no embalo, entrevista recente com lobão:

http://videos.bol.uol.com.br/#view/lobo-solta-o-verbo-e-diz-tudo-o-que-pensa--jovem-pan-04021A3160C4A16327&tag/144|m%FAsica

GLAUBER

Franchico disse...

A propósito, pessoal, post novo por aqui, agora, só depois da quarta-feira de cinzas. Só avisando.

Franchico disse...

Um dos seriados que mais estou curtindo atualmente é o piradíssimo Community (canal Sony, toda quinta, 21h30). O lance é que a música de abertura também me conquistou, é linda demais. Trata-se de uma banda de Los Angeles chamada The 88, apenas um CD inteiro gravado. Fui no MySpace deles. Não tem a musiquinha do seriado, mas não é que bandinha é boa, mesmo?

Experimentem:

http://www.myspace.com/the88

Franchico disse...

Outra dica de banda nova legal, do meu colega Lucas: gostas de Teenage Fanclub, Lush, Pavement, Dinosaur Jr.?

Ouça Yuck, "melhor estreia de 2011", por enquanto.

Aqui:

http://www.guardian.co.uk/music/musicblog/2011/feb/17/yuck-album-exclusive-stream

Pra ficar beeeeem distante do barulho desagradável dessas ruas imundas e mal-cheirosas dessa cidadezinha nojenta.

glauberovsky disse...

zuorra, chicón, o 88 virou minha banda nova preferida. excelente! o disco da capa com o copo de leite [capa sensacional] é muito bom! obrigado!

GLAUBEROVSKY

Franchico disse...

Precisa ouvir At Least It Was Here, a canção tema de Community, Glauber!

Já procurei o mp3 que nem maluco por aí, mas não achei.

Segue, então, os links para o youtbe:

Começe por aqui: a abertura da série, uma animação com dobras de papel, versão de 30 segundos da música:

http://www.youtube.com/watch?v=YKmX7j_ySis

E aqui, a música em full version, com a letra na caixa de descrição:

http://www.youtube.com/watch?v=qEGbjR1Y9Qo

osvaldo disse...

vcs nao pulam carnaval nao é? o blog estava movimentado no carná.estava em porto seguro/arraial d'ajuda e definitivamente o pagode baiano dominou a playboyzada brazuca, nao eh so a baianada. e chicovsky , use o programa tube catcher , q transforma os videos do you tube em arquivos de audio.

Anônimo disse...

A Baranga fez um excelente show do palco do rock...arregaçaram, de lavar a alma de qualquer pessoa com formação rock and roll...Baranga!!!!!!!!!!!!!!
cláudio moreira

glauberovsky disse...

beleza, chicón. olha isso, cara. perfeição!

the 88 - "nobody cares"

http://www.youtube.com/watch?v=P6PnpikSi2E

GLAUBEROVSKY

Ernesto Ribeiro disse...

Como disse Jack, o Estripador, vamos por partes:


1 - Pela segunda vez na vida, eu concordo com Nei Bahia e o aplaudo pela resposta brutal que o interlocutor mereceu. E uma vez mais eu fico mortificado em ver que esse mesmo interlocutor é de novo o meu ex-assecla Glauber Guimarães. De fazer chorar. É o fim do mundo como eu o conhecia.


2 - Rocker ou mistureba, Raul Seixas sempre fez misturas indigestas. Eu o prefiro consumido puro: rock ou balada. Sua obra-prima definitiva é "Gitá". Linda, genial, numa progressão harmônica arrebatadora.


3 - Cara, que DVD é esse de Nelson Gonçalves? Me diz aí o título pra eu comprar! Tô na maior fissura...