Capitão América 2: O Soldado Invernal reforça na tela a mesma sensação de universo compartilhado dos quadrinhos, com muitas conexões – e ainda é uma diversão dos diabos, imperdível para qualquer nerd que se preze
“It’s all connected”. Está tudo conectado, avisou a conta de Twitter dos Marvel Studios alguns dias atrás.
E quem tem acompanhado tanto os filmes da Marvel quanto a série de TV Agents of Shield (às quintas-feiras no canal Sony) percebeu o quanto isso é verdade.
Capitão América 2: O Soldado Invernal, que estreia amanhã, é mais uma página nessa imensa narrativa iniciada lá atrás em Homem de Ferro (2008) e que se espraiou por todos os filmes da Marvel desde então – excluindo os filmes do Homem-Aranha e X-Men, nas mãos da Sony e da Fox, respectivamente.
E que página. Melhor do que Capitão América: O Primeiro Vingador (2011), que era basicamente uma apresentação do personagem, esta segunda aventura solo do Sentinela da Liberdade nas telas tem tudo o que os fãs já se acostumaram a esperar nos filmes da Marvel: ação, ação, ação, humor, ação, ficção científica, ação, espionagem, humor e mais ação.
Tudo isso, seguindo a mesma filosofia que a Marvel segue nos quadrinhos há mais de cinco décadas: “It’s all connected”.
Aqui e ali, pipocam referências a pessoas, fatos e objetos que farão os nerds terem tremeliques em suas cadeiras.
Só uma, para dar um gostinho: em um diálogo, o nome de Stephen Strange, o Doutor Estranho das HQs, é brevemente citado, devendo aparecer em algum filme próximo.
Com isso, os estúdios Marvel seguem firmemente a mesma filosofia que fez a fama e riqueza dos quadrinhos Marvel: amarrar todos os personagens em um mesmo universo compartilhado.
Isso em um filme de ação (quase) ininterrupta, sempre em uma escala e velocidade algumas RPMs acima da capacidade do olho humano de acompanhar.
O resultado é alucinante, mas não chega a confundir. A narrativa fluida dos diretores Joe e Anthony Russo, aliando humor de super-herói (traço característico dos filmes da Marvel desde o primeiro Homem de Ferro) com muita ação e um senso de conspiração por trás de tudo carrega os espectadores sem tempo para respirar até a conclusão – e ainda os deixa querendo mais
Complô na Shield
Tudo começa quando a Viúva Negra (Scarlett Johansson) interrompe o cooper de Steve Rogers (o Capitão América, na pele de Chris Evans) e convoca o heroi para uma missão de resgate em um navio, sequestrado pelo terrorista franco-argelino Batroc (seu inimigo regular nas HQs).
Após os socos, chutes, saltos e bordoadas de praxe, o Capitão confronta Nick Fury (Samuel L. Jackson), diretor da agência anti-terrorismo Shield sobre seus métodos pós-11 de Setembro (na verdade, pós-batalha de Nova York vista em Vingadores).
“Isso não é paz, é medo”, diz Steve. A partir daí, uma grande trama de conspiração dentro da Shield começa a tomar forma.
Logo, o Capitão, a Viúva e seu amigo Sam Wilson (Anthony Mackie), o heroi Falcão em grande estreia, estarão em rota de colisão com dois inimigos ocultos.
Um é o Soldado Invernal (o ator Sebastian Stan) do título. O outro é um alto escalão dentro da própria Shield.
E tudo o que acontece – que não é pouca coisa – a partir disso terá impacto direto nos episódios desta semana em diante do seriado Agents of Shield e também nos próximos filmes da Marvel, especialmente Vingadores 2: A Era de Ultron, atualmente em fase de filmagens.
Afinal, tudo está conectado.
13 comentários:
A música nova da Vendo 147 é um trompasso auditivo de dar gosto!
Ouve só:
http://www.vendo147.com/wp/?p=1049
Os quadrinhos estão cada vez mais modernos. A última edição de Invencível (que nunca mais saiu no Brasil)traz o estupro de um homem por uma mulher.
http://www.bleedingcool.com/2014/04/09/rape-and-the-modern-superhero-comic-invincible-110/
O que mais vão inventar?
E mais importante, por que isso nunca aconteceu comigo?
A estupradora é gostosona, mas é tão feia e machona com aquele cabelo curto que dá nojo olhar pra cabeça dela. Aquilo corta metade do tesão.
Sem contar que bater até tirar sangue um monte de vezes corta a outra metade.
Foda.
Frank, por obséqio, comente algo em homenagem a José Wilker.
Nosso melhor ator, com aquela voz monumental e dicção extraordinária, era o nosso Marlon Brando.
Ontem assisti A Guerra dos Guararapes em que ele interpreta um dos líderes militares colonizadores protestantes holandeses, que cospem na cara dos católicos portugueses coisas como essa frase antológica, ainda mais chocante, corajosa e subversiva, considerando que o filme foi feito em plenos ufanistas Anos de Chumbo da Ditadura Militar, e pela estatal Embrafilme:
“Um povo formado por índios selvagens, negros escravizados e brancos aproveitadores, jamais será um país LIVRE!”
De arrepiar.
Mais subversivo impossível. O homem cuspiu nos valores oficias do patriotismo e do orgulho nacional. Normalmente, isso seria censurado. Mas, como ele estava interpretando gente "do outro lado", deixaram passar, como se ele fosse um desprezível "vilão". Acontece que o filme inteiro mostra que os verdadeiros desprezíveis eram os colonizadores portugueses, com o atraso e o terror da Inquisição, catequização, exploração, etc.
Grande Wilker.
A patética versão da revista Veja sobre os acontecimentos de meio século atrás é tipo assim:
“Leonel Brizola provocou o golpe militar porque ele estava vestindo uma roupa muito provocante — que dizia: ‘Sou socialista, moreno, cunhado, popular, e não mereço ser fuzilado!’ Taí o culpado.”
O Maior Estadista da História do Brasil foi o mais injustiçado: derrubado por ratos de farda, sofreu o mais longo exílio, expulso por 15 anos, teve a carreira interrompida, foi caluniado e mais atacado do que qualquer outro. Um grande desperdício de oportunidade para o país.
Nosso LÍDER mais carismático e eloquente, o mais corajoso e simpático, orgulho nacional.
Votei em Leonel Brizola para presidente nas duas vezes em que ele se candidatou e votaria de novo — com orgulho.
Leonel Brizola no Melhor Discurso já Feito na História da TV : última fala no último debate presidencial 1989
http://www.youtube.com/watch?v=6dt43SGuIa8
Tava bizoiando esse site gringo especializado em versões cover (sorry o eufemismo) e vi o post "Five Good Covers: Little Wing (Jimi Hendrix)". E com quem me deparo lá?
Armandinho!
http://www.covermesongs.com/2013/08/five-good-covers-little-wing-jimi-hendrix.html
...Com Stanley Jordan, ao vivo na Praia do Forte, durante o Phoenix Jazz Festival que teve lá há um ou dois anos.
Olha o que falam dele: "This breathtaking version of “Little Wing” was recorded in 2010 at the Phenix Jazz Festival in Brazil, along with Armandinho, a Brazilian musician and composer, who is a genre mixer in his own right. Armandinho begins the performance on an electric bandolim, an 8 string traditional Brazilian instrument, and ends it shredding on a guitarra baiana, an electric 5 string mandolin, while Jordan taps away brilliantly". Bravo!
Betty e Veronica choram. Riverdale em luto oficial de três dias. Archie está morto.
http://www.universohq.com/noticias/archie-vai-morrer/
Poxa, que ótima notícia:
http://www.universohq.com/noticias/hqm-editora-lanca-revista-em-quadrinhos-dark-horse-apresenta/
Sobre Wilker, o que posso dizer é que era um fã como qualquer brasileiro que cresceu assistindo TV, Ernesto. Presença poderosa, voz fortissima e inesquecível, personagens que todos lembramos...
Enfim, é uma grande perca.
"Onde vc conheceu esse cara? Na porra de um show do Mumford & Sons?"
http://omelete.uol.com.br/21-jump-street/cinema/anjos-da-lei-2-ganha-novo-trailer-para-maiores-de-18-anos/
Quase me mijei de rir vendo o primeiro. Claro que vou ver o segundo.
Thanks for the feedback.
About Wilker, eu tive a grata experiência de assisti-lo no cinema em O Homem da Capa Preta, um dos mais brilhantes momentos do cinema brasileiro --- de fato, um dos raríssimos filmes nacionais que já assisti, além dos Trapalhões, tão poucos que se pode contar nos dedos de uma mão só.
Sobre o Capitão América: o único ponto fraco é o fraquíssimo ator Chis Evans, que mantém a cara de menino bobo com a boca aberta até na Segunda Guerra Mundial, fazendo deste mais um Recruta América.
Quanto ao seu emplogante artigo: maravilhoso como sempre. Só lamento que a linguagem jornalística da crítica cinematográfica tenha banalizado o uso da expressão "nerd" ("otário") coisa que nós evidentemente não somos. Enfim, são os vícios de linguagem que são reproduzidos por osmose, para um público leitor em sua maioria dependente de expressões pré-fabricadas.
Mas tudo bem.
hj fui visitar o big ben e tava rolando um coral, só com as véia de 90 anos, os véio...tavam cantando certinho mesmo, a professora de canto deles, fala umas coisas "clichês" pra eles, pra anima-los, de auto estima, vc precisava ver como eles ficavam felizes...tinha gente em cadeira de rodas, tinha gente q nem cantar cantava, mas tá ali já era a felicidades pra ele...véi, quase chorei... palavras tipo "eu sou feliz, vc é meu amigo, eu sou seu amigo, obrigado a deus por estar vivo e com saúde", coisas "bobas", mas véi, tinha um poder...só vc vendo véi...
vai ter apresentação 4a agora, vou ver... a professora me perguntou o que eu queria agradecer a deus, eu disse que agradecia por ele ter me apresentado esse coral maravilhoso, que fez valer minha semana, foi véinho vindo me abraçar, veínha me abraçando, pedindo pra eu ir lá...e olha q nao sou dos mais religiosos...véi, um pouco de amor pra galera já é muito...se vc for visitar uma vez por mÊs, acho q tem gente lá que chora...
Tao anunciando uma reuniao do Nirvana com Joan Jett no vocal!Po,tenho de ver isso de qualquer jeito!
Ae grande Ernesto,parabens atrasado pelo seu cumpleanos!Vai ai um presente,um dos melhores (se nao o melhor) covers de todos os tempos,versao impecavel mesmo com o homi quebrando a baqueta aos 1:47.
https://www.youtube.com/watch?v=16u0wwCfoJ4#aid=P8aXNt9IJ2g
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