Blog (que, nos seus primórdios, entre 2004-05, foi de um programa de rádio) sobre rock e cultura pop. Hoje é o blog de Chico Castro Jr., jornalista formado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Atualmente, é repórter do Caderno 2+ do jornal A Tarde, no qual algumas das matérias vistas aqui foram anteriormente publicadas. Assina a coluna Coletânea, dedicada à música independente baiana. Nossa base é Salvador, Bahia, a cidade do axé, a cidade do terror.
quarta-feira, novembro 27, 2013
PODCAST CLASH CITY ROCKERS #17
CHVRCHES, synthpop hypado, dica de Marcão
Novidades e nem tanto assim.
Com Marcos Rodrigues, Osvaldo Braminha Jr. e Sérgio Cebola Martinez.
Big Star, CHVRCHES, Robyn Hitchcock, Jonathan Wilson etc.
Bem, o episódio de hoje deve se chamar “Tecno City Popppers”.
A canção mela-cueca no fundo parece Madonna. Cruz-credo.
Beatles e Beach Boys são ambos SUPER-ESTIMADOS.
Os Beatles são a banda mais super-estimada da História. Óbvio: São a maior armação de indústria da História.
Faltou registrar os direitos autorais de Marcelo Nova pela frase "Os Beach Boys não prestam nem pra amarrar os sapatos dos Beatles."
Que por sinal nunca foram homens para calçar chuteiras. Eles vestiram foi fantasias de bichinhos de pelúcia.
"Magical Mistery Tour", lembram?
Até eles mesmos preferiram esquecer aquele saco de vômito da discografia deles. De tanta vergonha.
Sempre que me perguntam "Porque você não gosta dos Beatles, Paul McCartney, John Lennon, Pink Floyd, Queen?"
Eu respondo: "Pela mesma razão porque eu não gosto de Chiclete Com Banana, Blitz, RPM, Legião Urbana, Banda Eva, É o Tchan... PORQUE EU SOU HOMEM, PORRA! O gosto da maioria vale merda pra mim. Eu ouço som de macho.
Eu curto Camisa de Venus, Sex Pistols, Clash, Dead Kennedys, Velvet Underground, The Who, Deep Purple, Runaways, L7, THC, Rammstein, Stooges, Black Sabbath.
Mesmo que esses últimos tenham os 4 Palermas de Livercu como "influência / referência", isso se reflete em NADA na sonoridade deles.
Fora isso, ADOREI o gracejo de Oswaldo: “LET’S ROCK!”
Cuidado que titio Marceleza pode te processar, viu?
Enfim, é como eu dizia: nós, o bom povo baiano, merecíamos ser representados por uma maior variedade de astros e estrelas promovidos pelo show business.
Se tal não acontece, é um fato lastimável e um problema a ser administrado pelos nossos dignos órgãos de cultura e arte popular, tão ciosos de promover os talentos mais representativos da nossa criatividade, imaginação e versatilidade.
Esperamos sinceramente que em breve a riqueza de ritmos e harmonias de nossa terra seja uma vez mais digna de admiração mundial e conquistem o respeito internacional, como atestam os simpáticos turistas que nos dão a honra de sua visita e saem daqui com os corações e almas aquecidos pela nossa ternura e calor humano que fazem da Bahia uma terra dourada habitada por um povo apaixonante.
Discordo em relação aos Beatles meu caro Ernesto...principalmente na fase hamburgo, era sujeira o som dos caras...e eles são melodistas excepcionais...mas eu acho o Paul um saco...grande músico, mas almofadinha...sobre o Pink Floyd, sugiro ouvir os singles e o 1o disco com Syd Barrett...progressive punk, hardcore pschedelic...é OUTRA ONDA...
mas vc curte Roxette man...som páia da porra, nunca entendi isso-hehehehehehe
e cindy lauper-hehehhehe ela deve ter umas 3 faixas q lembra minha infância que eu gosto...
Eu já tive a suprema infelicidade de ouvir os discos do Pink Floyd, com e sem Syd Barrett. TODOS. De cabo a rabo. Cortesia de minha irmã psicopata. Nunca ouvi nada pior em termos de música estrangeira. Ela só parou com aquela tortura quando eu toquei Velvet Undeground no máximo e ameacei lembrar a todos o passado vergonhoso dela de fã do Menudo.
Quanto aos seus termos "progressive punk, hardcore pschedelic" eles são evidentente oxímoros --- tão paradoxais e impossíveis de contraditórios / esquizofrênicos quanto "Punk Sertanejo" ou "Hippie de Direita" ou "Black Metal de Cristo".
Eu fico imaginando se essa sua impressão não é o resultado de doses excessivas de uma banda notória por ter fãs que só suportam aquele som mediante doses cavalares de LSD. E cujos fãs são geralmente velhos mentalmente sequelados que só escutam os disccos prostrados na poltrona.
Em tempo: conforme eu disse ao gravador de meu amigo americano Robert Gaulke, autor do livro The Nervous Tourist, que me pediu para repetir essa frase:
"O Brasil é o único país do mundo onde JOVENS curtem Pink Floyd, vestem calça boca-de-sino, ouvem discoteque e onde o Movimento Hippie ainda é levado a sério." É muita vontade de ser brega, cafona e ridículo. É a pátria do mau gosto. Tai um povo que só anda pra trás. Essa é a nossa vocação nacional. Está no nosso sangue, junto com a corrupção, a preguiça e a malemolência. E nada vai nos tirar isso.
Quanto ao Roxette: eles são os melhores no que fazem, com aquela sonoridade própria de pop-rock barulhento e baladas românticas. Nesse sentido, o casal de suecos segue a mesma tradição do Rockabilly, só que muito mais alto e pesado.
Vergonha seria gostar de Titãs ou Paralamas. Só para termos de comparação, eu lhe conto uma história:
Durante um Hollywood Rock da vida, depois de dormir por duas horas ao sonzinho chaporoso e nadificante dos Titãs (“plim-plum-o pulso... ainda pulsa...”) que eram apresentados como “rock brasileiro” mas é mais chato do que discurso no Senado...
...de repente, a platéia do estádio foi acordada pelo som tonitruante de uma guitarra distorcida e suja, tocando acordes porrada e riffs pesadíssimos, mas ainda sem desenhar uma melodia pronta.
Ouvi a coisa no rádio em transmissão ao vivo Transamérica FM, e minha irmã perguntou assustada: “O que é isso?!? Uma banda de Death Metal?!?”
“Não. Calma... é só o guitarrista do Roxette afinando a guitarra. Espere só até o show começar.”
Aí o estádio veio abaixo.
Brasileiro é humilhado até por uma dupla tecnopop.
Como disse o crítico musical Marcel Plasse, quando esteve nos Estados Unidos, falando para um compatriota:
“Não adianta. Nós crescemos ouvindo Caetano Veloso. Isso amolece o cérebro de qualquer cidadão. Os americanos têm nervos de pedra (rock). Qualquer banda de churrascaria do interior dos EUA é infinitamente mais dura e pesada do que as nossas. Até a pior banda americana é melhor do que a melhor banda brasileira. É melhor desistir. Ou então mudar de hábitos musicais. O que mata o brasileiro é o mau gosto. Pra TUDO.”
Ano 2000. Na porta do Café Colapso, converso com um velho comparsa.
Morotó Slim:
“O brasileiro é o povo mais cafona do planeta. O Brasil é mais brega do que Las Vegas. Pior até que os argentinos.
Lá em Buenos Aires os jovens curtem muito mais rock do que aqui. Uma vez rolou um show de uma banda punk sem nenhum marketing, nenhuma divulgação na mídia, só propaganda boca-a-boca. E eles LOTARAM um estádio! Aí a prefeitura proibiu. Os fãs não quiseram sair do estádio. A polícia baixou a porrada em todo mundo, e foi uma batalha campal. Por causa do rock n roll.
Aqui em Salvador nunca vai ter nada disso. Aqui não tem cena nenhuma. Aqui os adolescentes preferem ouvir arrocha, axé, breganejo... Na Bahia, os jovens parecem velhos.”
Em 2003, quando eu concedi uma entrevista a Robert Gaulke, no processo de escrita do do livro The Nervous Tourist, ele já sentira na pele a tensão anti-americana na cena de rock baiana durante um show de nossas amigas da banda Lilith.
Fez-se um discurso anti-imperialista ao microfone. Eu fiquei na minha, pois ambos os lados estavam errados. Ele já tinha a fama de ser um típico americano liberal, condenando o governo Bush e viajando por países e Terceiro Mundo, se apresentando como "americano fraco" ou "Bobeira G."
Trocamos e-mails, onde enviei a ele meus primeiros contos de ficção, e ele vibrou de entusiasmo ao responder que eu deveria publicar aquilo em meu próprio livro.
quanta besteira fala esse Ernesto. Tava achando tudo apenas babaquice até ele falar de Roxette, banda xulé de FM. amigo, vc diz que beatles e pink floyd não são sons de homem e ouve roxette? vc diz que beatles é uma armação e gosta de sex pistols. na boa, vc parou no tempo que nem seu idolo Marcelo Nova...
Entrevista ao Observatório da Imprensa: MARCEL PLASSE
Você foi um dos primeiros jornalistas a lançar uma revista solo de música, a Vírus, que circulou a partir da segunda metade da década de 90. Ela durou algum tempo e acabou. O que aconteceu? Qual foi a lição tirada dessa experiência?
Marcel Plasse: A Vírus tentou ser uma alternativa à Bizz/Showbizz, apresentando com destaque artistas que não tinham espaço na imprensa mainstream. Era uma aposta ousada, típica de críticos de rock. Foi uma aventura passional, que rendeu muitas brigas e custou dinheiro.
(...)
A Vírus nunca deu lucro, nem empatou suas contas. O único dinheiro que entrava mesmo era os das grandes gravadoras. Nenhuma gravadora independente investiu um centavo na Vírus, mesmo concentrando o espaço no alternativo.
Tinha lá mil indivíduos que compravam a revista sempre que ela saía. Como laboratório de experiências, foi privilegiada.
(...)
Uma aula sobre jornalismo musical, com a voz da experiência na imprensa alternativa repleta de lições sobre fracasso / sucesso:
PS: Eu tenho uma edição da Vírus de 1996, num especial sobre o Punk de vários países. Tem até um artigo escrito por Marcelo Nova. Já xeroquei pra lhe dar, Frank.
bicho, desculpe, mas o termo é usado há tempos...e se vc ouvir a estrutura musical do pink com Syd é outra outra...poucas notas e repetições...essas outras q vc citou, são coisas da mídia...assim como existe o psychedelic pop, nos anos 60...depois dê uma pesquisada sobre...eu ODEIO pink floyd, mas ADORO Syd Barrett, que é OUTRA onda...não entendi a comparação de rockabilly e roxette. diga mais sobre...titãs ainda tem uma música ou outra legal...paralamas no começo tb, uns skas...sua irmã num deve conhecer nada de rock, pra achar roxette death-hehehe...com vc mesmo disse, ela era fan de menudo...e o que o marcel falou eu discordo totalmente, conheço muitas bandas boas aqui que são muito melhores do que qq uma dos eua...procure thee butchers´ orchestra, pra citar um rock duro...eu toquei em 2005 na argentina, e LOTOU mesmo...mas eu conheço mais banda boa aqui do que lá...rapaz, eu não gosto de qq tipo de governo...mas o eua tb faz por merecer...embora vc vá discorrer aqui sobre várias coisas...Ernesto e desde quando pequena gravadora tem $$$??? por isso as majors davam...pequenos selos malmente tem $$ pra lançar um disco...
uma pena q o anônimo não assine...é legal saber quem fala as coisas...
eu não concordo com Ernesto em um monte de coisas...mas esconder-se no anonimato é vil...Ernesto pode falar um monte de zorra que não concordo (outras sim), mas pelo menos dá a cara a tapa...
Ernesto, ouça essas 2 faixas, são bem rock, vocal "sujo", pra frente, a 2a é bem crua tb:
Tanx Chicvsz. Again. Ao ler os coments lembrei um episódio! Uma vez uns carinhas amigos de meu irmão, numa festinha cheia de álcool e churras vieram me pedir dicas e saber o que eu ouvia...Well...eram fãs de hard, punk, metal...rockdehomemporra!! ;) Daí, eu falei que só tava ouvindo Echo e Smiths (não inteiramente verdade, é claro, mas eu também queria rir um pouco) e os guris estupefatos se entreolharam meio em choque e finalmente um me perguntou...cebooola, você gosta de rock gay!!? Hehehe, sim, meu filho eu gosto. Então meu grito semi-histérico deve ser assim: EU PROVAVELMENTE NÃO SOU HOMEM, POORRA!! Ui. By, doces e beijinhos. Let´s rock now baby.
Prezados anônimos: do mesmo jeito que nosso comentarista-mór de ego descontrol faz, assinando suas ideias - por mais esdrúxulas que sejam -, agradeceria que vcs fizessem o mesmo.
Não há por que ter medo de dizer o que se pensa.
Com respeito mútuo e bom senso, todos podem dizer o que pensam.
Citando uma frase genial do próprio Mestre Glass Onion:
Aparentemente, todos nós aqui curtimos belas músicas feitas por gente bem-nascida com a mesma atitude de "Não sei se sou triste porque sou feliz ou se sou feliz porque sou triste; mas se não faltar a minha mesada, tudo bem."
eu num tenho nada contra ou a favor roxette...e da Cindy tb gosto de umas q lembram a infância...mas acho curioso vc gostar do duo pop...foi por causa da mina lá de "uma linda mulher"?
Marceleza deveria ter uma bela mesada do Seo Nova, o que num é nada ruim...pior é passar necessidade-hehehehe
E acho legal a discordância, a discussão...eu conheço Ernesto e Chico há quase 20 anos e somos parecidos em umas coisas e BEM diferentes em outras...e isso não faz que eu seja inimigo dos caras, muito pelo contrário...o pior mal gosto de Ernesto é simpatizar futebolisticamente com as cores rubro negras-ehhehehe
o que mais gosto em você é o seu senso de humor único, mestre Sputter!
Lembra daquela campanha publicitária de celulares com as cores dos dois times? O garoto-propaganda fazia um torcedor do Vitória tentando vender o celular pra torcida do Bahia --- e vice-versa.
"...Pena que esse tricolor aqui tem uma combinação de cores que não vai dar pra usar nos jogos além da Segunda Divisão... chuif... é tão triste..."
RARARARARARARA
Quanto á Julia Cara-de-Caveira Roberts, aquela mocréia deprimente já entrou pra História desde 1990 como a Farsa Mais Feia do Cinema de Todos os Tempos --- junto com Merdonna Zumbi, a traveca Glenn Glose Cara-de Macho e o homenzinho bizarro Jamie Lee Curtis.
OK, pra encerrar esse assunto com chave de ouro, aí está uma coisa que TODOS NÓS GOSTAMOS:
LITA FORD --- A Rainha do Heavy Metal que formatou a estética de todos os videoclipes de rock de arena dos anos 80, guitarrista das Runaways e mais sensual delícia do Rock n Roll.
Ernesto, mas num somos undergroubds? pq estar na elite do futebol-heehhehehe...mas deuszémais...2a divisão não mais...e pra estar na 1a se nunca vai ganhar? hehehehe...porra Ernestão...minha teoria de tu gostar de roxette foi por água abaixo, meu mundo caiu...pensei q tu tinha visto o filme e pirado na Julita...
Somente no Rock & Roll se vê tanta subversão de texto / imagem. O refrão da segunda canção clássica de Lita Ford, com a produção / fotografia / direção de arte é extraordinariamente cinematográfica, é:
"I'm Hungry For Your Sex!"
...com imagens da meninininha Alice no País das Maravilhas.
...enquanto a Deusa do Metal chacoalha o corpo toda molhadinha gritando o refrão.
27 comentários:
Bem, o episódio de hoje deve se chamar “Tecno City Popppers”.
A canção mela-cueca no fundo parece Madonna. Cruz-credo.
Beatles e Beach Boys são ambos SUPER-ESTIMADOS.
Os Beatles são a banda mais super-estimada da História. Óbvio: São a maior armação de indústria da História.
Faltou registrar os direitos autorais de Marcelo Nova pela frase "Os Beach Boys não prestam nem pra amarrar os sapatos dos Beatles."
Que por sinal nunca foram homens para calçar chuteiras. Eles vestiram foi fantasias de bichinhos de pelúcia.
"Magical Mistery Tour", lembram?
Até eles mesmos preferiram esquecer aquele saco de vômito da discografia deles. De tanta vergonha.
Sempre que me perguntam "Porque você não gosta dos Beatles, Paul McCartney, John Lennon, Pink Floyd, Queen?"
Eu respondo: "Pela mesma razão porque eu não gosto de Chiclete Com Banana, Blitz, RPM, Legião Urbana, Banda Eva, É o Tchan... PORQUE EU SOU HOMEM, PORRA! O gosto da maioria vale merda pra mim. Eu ouço som de macho.
Eu curto Camisa de Venus, Sex Pistols, Clash, Dead Kennedys, Velvet Underground, The Who, Deep Purple, Runaways, L7, THC, Rammstein, Stooges, Black Sabbath.
Mesmo que esses últimos tenham os 4 Palermas de Livercu como "influência / referência", isso se reflete em NADA na sonoridade deles.
Fora isso, ADOREI o gracejo de Oswaldo: “LET’S ROCK!”
Cuidado que titio Marceleza pode te processar, viu?
Rararara, delícia! Maravilha, galera...
Enfim, é como eu dizia: nós, o bom povo baiano, merecíamos ser representados por uma maior variedade de astros e estrelas promovidos pelo show business.
Se tal não acontece, é um fato lastimável e um problema a ser administrado pelos nossos dignos órgãos de cultura e arte popular, tão ciosos de promover os talentos mais representativos da nossa criatividade, imaginação e versatilidade.
Esperamos sinceramente que em breve a riqueza de ritmos e harmonias de nossa terra seja uma vez mais digna de admiração mundial e conquistem o respeito internacional, como atestam os simpáticos turistas que nos dão a honra de sua visita e saem daqui com os corações e almas aquecidos pela nossa ternura e calor humano que fazem da Bahia uma terra dourada habitada por um povo apaixonante.
Discordo em relação aos Beatles meu caro Ernesto...principalmente na fase hamburgo, era sujeira o som dos caras...e eles são melodistas excepcionais...mas eu acho o Paul um saco...grande músico, mas almofadinha...sobre o Pink Floyd, sugiro ouvir os singles e o 1o disco com Syd Barrett...progressive punk, hardcore pschedelic...é OUTRA ONDA...
mas vc curte Roxette man...som páia da porra, nunca entendi isso-hehehehehehe
e cindy lauper-hehehhehe
ela deve ter umas 3 faixas q lembra minha infância que eu gosto...
Meu caro Rodrigo,
Eu já tive a suprema infelicidade de ouvir os discos do Pink Floyd, com e sem Syd Barrett. TODOS. De cabo a rabo. Cortesia de minha irmã psicopata. Nunca ouvi nada pior em termos de música estrangeira. Ela só parou com aquela tortura quando eu toquei Velvet Undeground no máximo e ameacei lembrar a todos o passado vergonhoso dela de fã do Menudo.
Quanto aos seus termos "progressive punk, hardcore pschedelic" eles são evidentente oxímoros --- tão paradoxais e impossíveis de contraditórios / esquizofrênicos quanto "Punk Sertanejo" ou "Hippie de Direita" ou "Black Metal de Cristo".
Eu fico imaginando se essa sua impressão não é o resultado de doses excessivas de uma banda notória por ter fãs que só suportam aquele som mediante doses cavalares de LSD. E cujos fãs são geralmente velhos mentalmente sequelados que só escutam os disccos prostrados na poltrona.
Em tempo: conforme eu disse ao gravador de meu amigo americano Robert Gaulke, autor do livro The Nervous Tourist, que me pediu para repetir essa frase:
"O Brasil é o único país do mundo onde JOVENS curtem Pink Floyd, vestem calça boca-de-sino, ouvem discoteque e onde o Movimento Hippie ainda é levado a sério." É muita vontade de ser brega, cafona e ridículo. É a pátria do mau gosto. Tai um povo que só anda pra trás. Essa é a nossa vocação nacional. Está no nosso sangue, junto com a corrupção, a preguiça e a malemolência. E nada vai nos tirar isso.
Quanto ao Roxette: eles são os melhores no que fazem, com aquela sonoridade própria de pop-rock barulhento e baladas românticas. Nesse sentido, o casal de suecos segue a mesma tradição do Rockabilly, só que muito mais alto e pesado.
Vergonha seria gostar de Titãs ou Paralamas. Só para termos de comparação, eu lhe conto uma história:
Durante um Hollywood Rock da vida, depois de dormir por duas horas ao sonzinho chaporoso e nadificante dos Titãs (“plim-plum-o pulso... ainda pulsa...”) que eram apresentados como “rock brasileiro” mas é mais chato do que discurso no Senado...
...de repente, a platéia do estádio foi acordada pelo som tonitruante de uma guitarra distorcida e suja, tocando acordes porrada e riffs pesadíssimos, mas ainda sem desenhar uma melodia pronta.
Ouvi a coisa no rádio em transmissão ao vivo Transamérica FM, e minha irmã perguntou assustada: “O que é isso?!? Uma banda de Death Metal?!?”
“Não. Calma... é só o guitarrista do Roxette afinando a guitarra. Espere só até o show começar.”
Aí o estádio veio abaixo.
Brasileiro é humilhado até por uma dupla tecnopop.
Como disse o crítico musical Marcel Plasse, quando esteve nos Estados Unidos, falando para um compatriota:
“Não adianta. Nós crescemos ouvindo Caetano Veloso. Isso amolece o cérebro de qualquer cidadão. Os americanos têm nervos de pedra (rock). Qualquer banda de churrascaria do interior dos EUA é infinitamente mais dura e pesada do que as nossas. Até a pior banda americana é melhor do que a melhor banda brasileira. É melhor desistir. Ou então mudar de hábitos musicais. O que mata o brasileiro é o mau gosto. Pra TUDO.”
Ano 2000. Na porta do Café Colapso, converso com um velho comparsa.
Morotó Slim:
“O brasileiro é o povo mais cafona do planeta. O Brasil é mais brega do que Las Vegas. Pior até que os argentinos.
Lá em Buenos Aires os jovens curtem muito mais rock do que aqui. Uma vez rolou um show de uma banda punk sem nenhum marketing, nenhuma divulgação na mídia, só propaganda boca-a-boca. E eles LOTARAM um estádio! Aí a prefeitura proibiu. Os fãs não quiseram sair do estádio. A polícia baixou a porrada em todo mundo, e foi uma batalha campal. Por causa do rock n roll.
Aqui em Salvador nunca vai ter nada disso. Aqui não tem cena nenhuma. Aqui os adolescentes preferem ouvir arrocha, axé, breganejo... Na Bahia, os jovens parecem velhos.”
Em 2003, quando eu concedi uma entrevista a Robert Gaulke, no processo de escrita do do livro The Nervous Tourist, ele já sentira na pele a tensão anti-americana na cena de rock baiana durante um show de nossas amigas da banda Lilith.
Fez-se um discurso anti-imperialista ao microfone. Eu fiquei na minha, pois ambos os lados estavam errados. Ele já tinha a fama de ser um típico americano liberal, condenando o governo Bush e viajando por países e Terceiro Mundo, se apresentando como "americano fraco" ou "Bobeira G."
Trocamos e-mails, onde enviei a ele meus primeiros contos de ficção, e ele vibrou de entusiasmo ao responder que eu deveria publicar aquilo em meu próprio livro.
Grande Bob.
http://www.geist.com/fact/reviews/nervous-tourist/
Toda vez que ando me achando muito rabugento, Alan Moore vem e me mostra que o buraco - lá dele - é muito mais embaixo.
http://omelete.uol.com.br/quadrinhos/alan-moore-diz-que-odeia-super-herois
quanta besteira fala esse Ernesto. Tava achando tudo apenas babaquice até ele falar de Roxette, banda xulé de FM. amigo, vc diz que beatles e pink floyd não são sons de homem e ouve roxette? vc diz que beatles é uma armação e gosta de sex pistols. na boa, vc parou no tempo que nem seu idolo Marcelo Nova...
Hey, Frank, boas notícias!
Tem alguém mais rabujento do que o Alan Moore: o Anônimo.
Cara, em que banda ele toca? Belle & Sebastian?
rarararara
Falando no Grande Mestre:
Entrevista ao Observatório da Imprensa: MARCEL PLASSE
Você foi um dos primeiros jornalistas a lançar uma revista solo de música, a Vírus, que circulou a partir da segunda metade da década de 90. Ela durou algum tempo e acabou. O que aconteceu? Qual foi a lição tirada dessa experiência?
Marcel Plasse: A Vírus tentou ser uma alternativa à Bizz/Showbizz, apresentando com destaque artistas que não tinham espaço na imprensa mainstream. Era uma aposta ousada, típica de críticos de rock. Foi uma aventura passional, que rendeu muitas brigas e custou dinheiro.
(...)
A Vírus nunca deu lucro, nem empatou suas contas. O único dinheiro que entrava mesmo era os das grandes gravadoras. Nenhuma gravadora independente investiu um centavo na Vírus, mesmo concentrando o espaço no alternativo.
Tinha lá mil indivíduos que compravam a revista sempre que ela saía. Como laboratório de experiências, foi privilegiada.
(...)
Uma aula sobre jornalismo musical, com a voz da experiência na imprensa alternativa repleta de lições sobre fracasso / sucesso:
LEIA MAIS EM:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/iq021220032.htm
PS: Eu tenho uma edição da Vírus de 1996, num especial sobre o Punk de vários países. Tem até um artigo escrito por Marcelo Nova. Já xeroquei pra lhe dar, Frank.
bicho, desculpe, mas o termo é usado há tempos...e se vc ouvir a estrutura musical do pink com Syd é outra outra...poucas notas e repetições...essas outras q vc citou, são coisas da mídia...assim como existe o psychedelic pop, nos anos 60...depois dê uma pesquisada sobre...eu ODEIO pink floyd, mas ADORO Syd Barrett, que é OUTRA onda...não entendi a comparação de rockabilly e roxette. diga mais sobre...titãs ainda tem uma música ou outra legal...paralamas no começo tb, uns skas...sua irmã num deve conhecer nada de rock, pra achar roxette death-hehehe...com vc mesmo disse, ela era fan de menudo...e o que o marcel falou eu discordo totalmente, conheço muitas bandas boas aqui que são muito melhores do que qq uma dos eua...procure thee butchers´ orchestra, pra citar um rock duro...eu toquei em 2005 na argentina, e LOTOU mesmo...mas eu conheço mais banda boa aqui do que lá...rapaz, eu não gosto de qq tipo de governo...mas o eua tb faz por merecer...embora vc vá discorrer aqui sobre várias coisas...Ernesto e desde quando pequena gravadora tem $$$??? por isso as majors davam...pequenos selos malmente tem $$ pra lançar um disco...
uma pena q o anônimo não assine...é legal saber quem fala as coisas...
eu não concordo com Ernesto em um monte de coisas...mas esconder-se no anonimato é vil...Ernesto pode falar um monte de zorra que não concordo (outras sim), mas pelo menos dá a cara a tapa...
Ernesto, ouça essas 2 faixas, são bem rock, vocal "sujo", pra frente, a 2a é bem crua tb:
http://www.youtube.com/watch?v=oa-98UbhQ9I
http://www.youtube.com/watch?v=I7e1RUXUx7o
Tanx Chicvsz. Again.
Ao ler os coments lembrei um episódio! Uma vez uns carinhas amigos de meu irmão, numa festinha cheia de álcool e churras vieram me pedir dicas e saber o que eu ouvia...Well...eram fãs de hard, punk, metal...rockdehomemporra!! ;) Daí, eu falei que só tava ouvindo Echo e Smiths (não inteiramente verdade, é claro, mas eu também queria rir um pouco) e os guris estupefatos se entreolharam meio em choque e finalmente um me perguntou...cebooola, você gosta de rock gay!!? Hehehe, sim, meu filho eu gosto. Então meu grito semi-histérico deve ser assim: EU PROVAVELMENTE NÃO SOU HOMEM, POORRA!!
Ui.
By, doces e beijinhos. Let´s rock now baby.
Complementando seu comment, Cebola:
https://www.youtube.com/watch?v=am2HJy_m9ZQ
O que é babaca: esse papo de rock de macho ou achar que tudo de fora é melhor do que é feito no Brasil?
Prezados anônimos: do mesmo jeito que nosso comentarista-mór de ego descontrol faz, assinando suas ideias - por mais esdrúxulas que sejam -, agradeceria que vcs fizessem o mesmo.
Não há por que ter medo de dizer o que se pensa.
Com respeito mútuo e bom senso, todos podem dizer o que pensam.
Grato, o blogueiro.
É isso aí, Mestre Cebola!
Por isso que eu bato no peito e digo com orgulho: EU CURTO ROXETTE, PORRA!
...e umas 5 ou 6 cançõezinhas de Cyndi Lauper na primeira fase dela, que ninguém é de ferro.
Não sei porque Rodrigo Sputter tem algo contra. E daí?
Guilty pleasures, que não os tem? Amo Tears For Fears e Human League - entre outros pouco bem vistos pelos ditos roqueiros respeitáveis.
Citando uma frase genial do próprio Mestre Glass Onion:
Aparentemente, todos nós aqui curtimos belas músicas feitas por gente bem-nascida com a mesma atitude de "Não sei se sou triste porque sou feliz ou se sou feliz porque sou triste; mas se não faltar a minha mesada, tudo bem."
hehe...
Poderia ser uma frase de Marcelo Nova. Mas não é.
Eu não disse?
Cebola é um gênio.
eu num tenho nada contra ou a favor roxette...e da Cindy tb gosto de umas q lembram a infância...mas acho curioso vc gostar do duo pop...foi por causa da mina lá de "uma linda mulher"?
Marceleza deveria ter uma bela mesada do Seo Nova, o que num é nada ruim...pior é passar necessidade-hehehehe
E acho legal a discordância, a discussão...eu conheço Ernesto e Chico há quase 20 anos e somos parecidos em umas coisas e BEM diferentes em outras...e isso não faz que eu seja inimigo dos caras, muito pelo contrário...o pior mal gosto de Ernesto é simpatizar futebolisticamente com as cores rubro negras-ehhehehe
hahahaha
o que mais gosto em você é o seu senso de humor único, mestre Sputter!
Lembra daquela campanha publicitária de celulares com as cores dos dois times? O garoto-propaganda fazia um torcedor do Vitória tentando vender o celular pra torcida do Bahia --- e vice-versa.
"...Pena que esse tricolor aqui tem uma combinação de cores que não vai dar pra usar nos jogos além da Segunda Divisão... chuif... é tão triste..."
RARARARARARARA
Quanto á Julia Cara-de-Caveira Roberts, aquela mocréia deprimente já entrou pra História desde 1990 como a Farsa Mais Feia do Cinema de Todos os Tempos --- junto com Merdonna Zumbi, a traveca Glenn Glose Cara-de Macho e o homenzinho bizarro Jamie Lee Curtis.
OK, pra encerrar esse assunto com chave de ouro, aí está uma coisa que TODOS NÓS GOSTAMOS:
LITA FORD --- A Rainha do Heavy Metal que formatou a estética de todos os videoclipes de rock de arena dos anos 80, guitarrista das Runaways e mais sensual delícia do Rock n Roll.
Lita Ford — Playing With Fire
http://www.youtube.com/watch?v=pcvcMQQH3xw
Lita Ford — Hungry
http://www.youtube.com/watch?v=NTeJK_SyPXg
Lita Ford — Kiss Me Deadly
http://www.youtube.com/watch?v=4uFFDSaci4E
Lita Ford — Falling in and Out of Love
http://www.youtube.com/watch?v=0C3k4JCT_SQ
Lita Ford — Close My Eyes Forever --- dueto com Ozzy Osbourne
http://www.youtube.com/watch?v=xfzX3wKIPlM
Ernesto, mas num somos undergroubds? pq estar na elite do futebol-heehhehehe...mas deuszémais...2a divisão não mais...e pra estar na 1a se nunca vai ganhar? hehehehe...porra Ernestão...minha teoria de tu gostar de roxette foi por água abaixo, meu mundo caiu...pensei q tu tinha visto o filme e pirado na Julita...
essa caixa de comentário do Rock Loco tá uma latrina de banheiro de rodoviária da porra. só tem merda.
Rock Loco: um blog que não é pouca merda. É um pinico cheio!
Boa tarde para vc também e volte sempre, caro Anônimo.
Ultimíssima: só completando:
Somente no Rock & Roll se vê tanta subversão de texto / imagem. O refrão da segunda canção clássica de Lita Ford, com a produção / fotografia / direção de arte é extraordinariamente cinematográfica, é:
"I'm Hungry For Your Sex!"
...com imagens da meninininha Alice no País das Maravilhas.
...enquanto a Deusa do Metal chacoalha o corpo toda molhadinha gritando o refrão.
Papai Noel, eu quero a minha Caloi.
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