Oreah (centro) e a Declinium na foto de Faustino Menezes |
Uma das bandas locais preferidas desta coluna está de volta à cena com material inédito e show.
A Declinium, banda de Camaçari que é praticamente um Joy Division baiano, lança neste sábado, com um show no Estúdio Casarão, Sombras e Luzes, seu novo álbum.
Ou quase novo. Consta que as cinco faixas de Sombras e Luzes foram registradas há mais de dez anos, mas só agora elas viram a luz do dia.
“Tem um montão de histórias a respeito desse disco, mas a real é que a gente tinha essas músicas guardadas há um tempão e não sabíamos o que fazer com elas”, conta Oreah, vocalista e baixista.
“Então, como não conseguimos lançar um disco novo esse ano a trinca de selos (Brechó, BigBross, São Rock) resolveu lançar. Foi uma ideia do Wilson (Santana), dono da Brechó Discos”, acrescenta.
Dono da voz mais bonita e impressionante do rock baiano, Oreah – codinome de Erivaldo Reis – revela que, por incrível que pareça, ele nunca fez aula de canto:
“Não man, na real eu nunca pensei em cantar numa banda, saca? Queria ficar no meu canto, tocando meu baixo e bebendo cerveja, mas como nunca conseguimos um vocalista, eu comecei a cantar”, conta.
“Pra mim foi um lance natural. Antes da banda eu não cantava nem no banheiro. Vou aprendendo um pouco a cada dia. Tem uma galera aê que acha que eu levo jeito”, diz.
Calejados e com fome de bola
Fundada no ano 2000 em Dias D’Ávila mas baseada em Camaçari, a Declinium segue em plena atividade.
“Cara, a gente nunca para. Em 2017 um dos guitarristas resolveu sair, aí entraram Everton Mendonça na guitarra e Tiago Matos nos teclados. Começamos a ensaiar e compor as músicas pro próximo disco, mas banda independente você sabe como é. Já temos o próximo disco pronto, só falta grana pra gravar, se a gente pudesse já tinha saído”, conta.
“Dar tempo é um lance que não existe pra gente. Quanto a shows, estamos sempre fazendo, A Declinium toca pelo menos uma vez por mês até outubro”, acrescenta.
Além de Oreah, Everton e Tiago, a Declinium conta com Ericson França (bateria) e Leandro Rodrigues (guitarra).
“Sábado vai ser o nosso segundo show em Salvador com essa formação. Vamos tocar algumas canções com os amigos da Jato Invisível e Pastel de Miolos. Todo mundo calejado mas com fome de bola”, conclui.
Pastel de Miolos, Declinium e Jato Invisível / Sábado, 16 horas / Estúdio Casarão (Center Condomínio Pedras do Vale, Bonocô) / R$ 15
NUETAS
Show de Calouros
Notas cinematográficas na coluna de hoje. Atenção para o curta-metragem Show de Calouros, que conta com nosso querido Rodrigo Sputter Chagas (The Honkers) no elenco e tem canções de Glauber Guimarães. Direção de Diego Haase e Rodrigo Araújo. Assista sexta-feira, 19 horas, na Sala de Arte Ufba. Gratuito.
Miles, Jonas, Marcelo e o circo
Sábado, dia 26, o gênio do jazz Miles Davis faria 92 anos. Para comemorar, o Cidade Picolino promove a Balada CineCirco. Às 18 horas tem exibição de documentário sobre Miles. Às 19, exibição do filme baiano Jonas e o Circo sem Lona, seguido de bate-papo. E 21 horas, show do Marcelo Brasil Quinteto em Tributo a Miles Davis. Tudo lá no Circo Picolino, em atividade de atividade de extensão da Universidade Livre do Circo. A contribuição é espontânea.
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ResponderExcluirvaleu Chico, vc ainda me emociona...
e declinium é a melhor banda de indie rock da américa latina...de todos os tempos e além!!