Conhecido pelos brasileiros mais de orelhada – graças às trilhas de novelas da Globo – do que pelos discos em si, o grupo argentino-uruguaio Bajofondo (foto Picky Tallarico) pode muito bem ter se superado em seu novo álbum, Presente.
Ao lado do Gotan Project (que fez um grande show no Teatro Castro Alves há coisa de dois anos), o Bajofondo é um dos pioneiros do movimento de renovação da música argentina, chamado tango electronica.
Como o nome já entrega, é uma mistura do tango (geralmente instrumental, via Astor Piazzolla) com a música eletrônica contemporânea – para o horror dos puristas.
Porém, o que ele não contavam era com a astúcia dos homens por trás da empreitada, no caso o argentino Gustavo Santaolalla e o uruguaio Juan Campodónico.
Santaolalla é um veterano da música popular latina. Aos 62 anos, ele já fez de tudo: liderou várias bandas de rock, produziu outras tantas, dirigiu selos fonográficos e ganhou dois oscars pelas trilhas sonoras dos filmes Babel e Brokeback Mountain.
Já Campodónico se tornou um dos nomes mais importantes do rock uruguaio ao liderar a banda Peyote Asesino, nos anos 1990, além de ser parceiro ocasional do também oscarizado Jorge Drexler.
Em 2002, Santaolalla e Campodónico recrutaram Luciano Supervielle (piano), Martín Ferres (bandoneón), Javier Casalla (violino), Gabriel Casacubierta (contrabaixo) e Verónica Loza (vozes, VJ), dando início ao coletivo Bajofondo Tango Club, que ainda contava com outros músicos e até rappers.
Após dois álbuns de grande sucesso não só do lado de lá do Rio da Prata, mas também mundo afora, o Bajofondo (que aboliu o Tango Club) chega ao terceiro álbum, Presente.
Pluralidade musical
De cara, o que impressiona em Presente é sua a dimensão: do número de faixas (21!) à quantidade de músicos envolvidos.
Ao se somar o octeto efetivo mais uma orquestra com dezenas de convidados, são 37 músicos. Só de violinistas, doze.
Chega-se à sofisticação de ter um responsável só pelo theremin – o exótico instrumento eletrônico criado pelo russo Léon Theremin em 1928.
Essencialmente instrumental, há poucas faixas cantadas – o que está longe de deixar o álbum menos interessante.
Com início e encerramento bem definidos pelas faixas Intro e Outro, o miolo constituído pelas 19 faixas restantes são um delírio musical que é rioplatense e universal, ancestral e contemporâneo, tradicional e moderno – tudo ao mesmo tempo.
Com as batidas eletrônicas, apreciadores do tango mais tradicional podem achar que o Bajofondo o destitui de um de seus traços mais característicos, que é sua dramaticidade inerente.
Ledo engano: ela está lá o tempo todo, especialmente nas frases elaboradas pelas cordas, como em Nocturno, Caminante Rendezvouz e Patrás.
Mas se há um termo que realmente define Presente é pluralidade.
Espalhados pelo CD há elementos de hip hop (Sabelo), rock (as guitarras pesadas de La Trufa y El Sifón), rebetika (música folclórica grega, em Patrás), milonga (Milongón) doo-wop (Oigo Voces) e até cânticos de torcida de futebol (Olvidate).
Além, claro, da eletrônica. Um golaço musical, de abalar qualquer Bombonera.
Bajofondo / Presente / Produzido por Gustavo Santaolalla e Juan Campodónico / Sony Music - selo Sony Masterworks / R$ 25,90 / www.bajofondomusic.com
Battlestar Galatica foi genial.
ResponderExcluirPortlandia é genial.
O que acontece então quando duas séries geniais se encontram?
Genialidade em dobro, claro!
Portlandia - Battlestar Galatica - One More Episode:
http://www.youtube.com/watch?v=gzY7POVQhp0
Pronto, já perdi a vontade de ver o filme do Renato Russo:
ResponderExcluirhttp://omelete.uol.com.br/somos-tao-jovens/cinema/somos-tao-jovens-critica/
Boa crítica serve para isso: poupar o tempo (e o dinheiro) do trabalhador.
Depois de Blade, Justiceiro e Demolidor, agora é a vez dos direitos cinematográficos do Motoqueiro Fantasma retornarem à Marvel:
ResponderExcluirhttp://www.bleedingcool.com/2013/05/03/ghost-rider-and-blade-are-back-with-marvel-but-the-studio-seem-gunshy/
A Marvel despista e diz não ter planos imediatos para qualquer um destes personagens por enquanto....
A quem interessar possa....
ResponderExcluirSEGUE RELEASE:
New Orleans Jazz volta à grade do BIS ao vivo
O New Orleans Jazz & Heritage Festival volta à grade do BIS e será transmitido com exclusividade nos dias 3, 4 e 5 de maio. Pela primeira vez, o público poderá assistir ao vivo na TV o tradicional evento que acontece em New Orleans. Ao todo serão mais de 24 horas de conteúdo e oito horas de transmissão por dia. Nos três dias, o BIS exibirá - de 16h30 à meia-noite – diversos shows do evento, que reunirá jazz, gospel, blues, rock, folk, música latina e africana.
Entre os nomes confirmados, artistas consagrados, novos e músicos locais. Em sua 43ª edição, o festival receberá John Mayer, Ben Harper and Charlie Musselwhite, Daryl Hall and John Oates, Phoenix, Billy Joel, Widespread Panic, Gary Clark, Jr., Willie Nelson & Family, Trombone Shorty & Orleans Avenue, Gipsy Kings, Better Than Ezra, Laura Bell Bundy, Galactic, Marcia Ball, Ivan Neville’s Dumpstaphunk, Anders Osborne, Bonerama, Marc Broussard e Cowboy Mouth, entre outros.
já viu??
ResponderExcluirhttps://www.youtube.com/watch?v=74TSKJyvERo
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=o5DokdB4uCs
http://www.youtube.com/watch?v=hOZIwg0rfe0
ResponderExcluirnova faixa da rapeiza da Teenage Buzz...em breve o ep dos caras!!!
Find a Girl and draw your life.
ResponderExcluirQual adolescente nunca quis achar um amor, ficar com essa paixão a vida inteira, e montar uma banda de rock para divertir com sua patota?
A Teenage Buzz acaba de lançar seu novo EP, há tempos não ouço algo tão bom vindo de pessoas tão novas...o + velho da banda tem 21 anos apenas...
Fico feliz - & honrado - dos caras terem gostado e entitulado seu debut com um título que eu sugeri...mas não me ouviram e não colocaram a capa que eu fiz-ehehhehe
Por pirraça vou colocar aqui a capa que fiz-heheehhe
Baixem, os caras conseguem misturar o indie rock com o garage rock dos 60´s como praticamente não se viu aqui na cidade...até parece que fui eu quem fiz-hehehehehe
Pra mim 2 faixas + genias do disco são o Bonus (a 1a gravação dos caras) Sex After Ice Crem (Syd Barrett numa versão soteropolitana tomando um sorvete na ribeira no fim de tarde de uma 4a feira) e Follow, uma canção que entraria no Beatles for Sale (meu 3o disco favorito dos Beatles) caso ele fosse feito na década de 2010, com um final velvetiano.
Fico pensando o que será desses caras quando "amadurecem", ou não...só espero que não aconteça como rola com a maioria das bandas daqui:
Apodrecem antes de ficar madura...afinal, ô cidadezinha ingrata pro rock.
Não percam tempo e baixem logo:
http://www.4shared.com/rar/g0QhErmI/Teenage_Buzz-Buzzin_Around_201.html
Gravado pro Leo Marinho, batera dos Futchers/Honkers, no seu estúdio MD, pra deixar o EP com um gostinho + especial.
Ps.: Minha Capa:
http://sphotos-c.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc6/602542_366321793487823_1379123961_n.jpg
RIP Peu Sousa.
ResponderExcluirhttp://www.ibahia.com/detalhe/noticia/ex-guitarrista-de-pitty-e-encontrado-morto-em-salvador/?
Sem comentários.
EU tenho um comentário:
ResponderExcluirCARALHO!
PORRA!
PORQUÊ, PEU?
PUTA QUE PARIU!
A última lembrança que eu tenho de Peu foi pouco antes da fama:
No já costumeiro Tributo a Kurt Cobain, com Pitty nos vocais, Peu na guitarra e Rex na bateria, no (urgh!) Café Colapso, na saída do show, logo na entrada, eu o chamei:
"Peu, quer fumar um beck comigo?"
"Sou mais!"
"Então enrola aí o shape, que a massa eu já tratei."
A gente queimou um lá mesmo na calçada da rua semi deserta. Depois da meia-noite, aquela ladeira era um lugar desolado.
Peu geralmente falava pouco, mas naquele momento ele estava entusiasmadíssimo, abriu a conversa e soltou uma novidade em off pra mim: eles (a “Pitty Band”) estavam prestes a assinar com uma gravadora grande, com todo o esquema promocional já armado para promove-los em toda a grande mídia, o que os tornava a primeira banda de rock baiano a chegar ao estrelato depois do Camisa de Venus.
Eu nem sabia qual era a formação do grupo. Nunca assisti nenhum show da banda de Pitty. O som dela é besta demais. As letras já eram abomináveis desde o Inkoma, uma das piores merdas que já se gravou nesse país. Eu só a assistia tocando bateria nas Shes, dançando no último show dos Dead Billies, fazendo dueto com Mosckabilly em "My Favorite Crime" e cantando naquele evento anual, que fez tanto sucesso que depois se tornou mensal. Ou seja: a melhor coisa que ela fez na vida foi cantar covers do Nirvana.
Mas eu curtia o som da guitarra de Peu. Na época, ele ainda era febril, radical e talentoso. Ele realmente conseguia ser profissional e visceral.
Depois, soube que a piração da estrada foi demais pra cabeça dele, e o cara pirou o cabeção. Nos shows, se tornou cada vez mais descontrolado. Fazia solos cada vez mais longos e estridentes. E não comia reggae de ninguém. Aquilo foi demias pra dona Priscilla Leone. Daí porque ele foi demitido da banda e se afundou naquele turbilhão psíquico.
Descanse em paz, Peu. Você vai fazer falta.
Hoje á noite, eu vou acender um baseado em sua memória.
Para muita gente 2a é um dia ruim...mas hj não tinha como ser mais PÉSSIMA, acordo e um amigo vem me falar da morte de Peu Sousa...eu fiquei uns segundos pensando, "han? como assim cara" e ele me passou um link falando sobre a perda...
ResponderExcluirEstou aqui até agora sem acreditar, como se estivesse lendo um capítulo de um livro, ou um filme, e esperando que fosse apenas uma morte na ficção...mas não é...
Ainda semana passada encontrei-me com ele...Peu brincou comigo, rimos, falamos rapidamente e a boa impressão que sempre tive dele, a amizade, a boa energia foi a de sempre...
Conheço o cara há pelo menos 18 anos...a 1a lembrança que tenho dele foi a banda Mayonese Love, que vi ali na faculdade de ciências contábeis, um bom lugar pro rock na 1a metade dos anos 90...
Tem 2 fotos nossas, cantando no bom - e saudoso - Calypso, uma versão animal de Femme Fatale do Velvet Underground, há quase 10 anos:
http://www.fotolog.com.br/teenage_idol/5980943/
http://www.fotolog.com.br/teenage_idol/5963580/
Muito abalado aqui com essa triste notícia...
Vaya con Dios Amigo.
Mais um RIP, desta vez atrasado, para Jeff Hanneman:
ResponderExcluirhttp://g1.globo.com/musica/noticia/2013/05/morre-guitarrista-do-slayer-jeff-hanneman.html
A bruxa tá solta mesmo....
:(
ResponderExcluirA propósito dessa merda toda que me deixou deprê pracaralho, deixo aqui um apelo aos meus amigos roqueiros baianos:
ResponderExcluirPOR FAVOR, PAREM DE SE MATAR, PORRA!
Existem mais coisas na vida além desse sonho adolescente idiota de virar rock star, ser rico e famoso.
Antes que me apedrejem, acrescento que não estou julgando Peu (não sabemos o que DE FATO aconteceu e talvez jamais saibamos).
Esse recado também não é dirigido a ninguem em especial. SÉRIO.
Eu só tô de SACO MUITO CHEIO desse clichê vagabundo de roqueiro suicida.
CHEGA, NÉ?
PORRRRRRRA!!!!!!!!!!!!!!!